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Contratransferência Zimerman

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Síntese do Texto: Contratransferência – Zimerman.
· A contratransferência é um dos conceitos fundamentais do campo analítico. Para Freud a resistência inconsciente do analista revela um obstáculo e recomenda aos analistas a tomarem a postura de um “cirurgião” onde eles possam trabalhar somente com aquilo que foi lhe dado pelo paciente, sem uma aproximação afetiva. Porém, ao mesmo tempo ele recomenda que o analista seja sensível diante do paciente. 
· O conceito de contratransferência passou de obstáculo para contraparte, também visto como um recurso para que o analista compreenda e consiga manejar cada situação analítica em específico. Atualmente, a exposição dos sentimentos do analista tem maior naturalidade, porém a contratransferência continua causando desconforto.
· Para Freud, a contratransferência seriam os sentimentos que surgem no inconsciente do terapeuta como influencia nele dos sentimentos inconscientes do paciente, portanto era preciso que o analista reconhecesse e superasse essa contratransferência.
· Bion destaca a importância do fenômeno contratransferencial valorizando a função do analista em acolher, transformar e devolver as identificações projetivas que o paciente forçou a ficar dentro do analista. E este faz isso por meio das interpretações, dando também a visão de como a pessoa real do analista é.
· O fenômeno contratransferencial atualmente predomina com um aspecto triplo de obstáculo, instrumento técnico ou de um campo. Muitos autores enxergam a contratransferência como um fenômeno inconsciente, mesmo que alguns acreditem que o analista possa usar os efeitos causados por ela, discriminando o que é dele e o que foi projetado nele.
· Há diferença entre a contratransferência e a transferência do analista, pois o primeiro causa uma resposta específica com cada paciente e a outra pode surgir como uma díade narcisista.
· As necessidades do paciente seriam o conteúdo que tem a necessidade de encontrar um continente para acolhê-las e este seria o papel do analista. Também funciona assim no inverso. O analista, ao desempenhar este papel deve conseguir conter suas angústias e desejos, trabalhar sua autocontinência e encontrar um respaldo nos seus conhecimentos teóricos-técnicos. Assim, trabalhando sua capacidade negativa de suportar suas limitações ou sentimentos contratransferenciais negativos. 
· O vínculo do analista com paciente pode sofrer “ataques” pois, de acordo com Bion, o uso de identificações projetivas excessivas pode fazer com que as projeções dos pacientes para com o analista atinjam pontos vulneráveis do terapeuta, causando assim a formação de concluios inconscientes. Esses conluios podem ter natureza sadomasoquista ou fóbico-evitativa de sentimentos ou ainda a partir de uma fascinação narcisista. No geral, estes paralisam a evolução da análise.
· A contratransferência erotizada consiste na ocupação dos desejos eróticos pelo analista e paciente, que pode perverter o vínculo analítico e tornar as interpretações ineficazes. 
· A contratransferência somatizada se deve a forma de somatizações na pessoa do terapeuta, este é tomado por fortes sensações ou sintomas corporais diante dos sentimentos que o paciente não consegue verbalizar. Ou seja, ela provém das projeções do paciente. 
· Antes de ser um psicanalista, é um ser humano e está sujeito a toda ordem de sensações e sentimentos contratransferenciais. O importante é que esses sentimentos sejam assumidos conscientemente pelo analista para que este possa contê-los. Caso contrário, seu trabalho pode ser posto a perder. E se o analista não é afetado pelas experiências desencadeadas, significaria que a situação do paciente não tem valor perante o analista, isso transpõe o limite da neutralidade e passa a ser insensibilidade.