Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 103 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 103 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 103 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e
Finanças) Microeconomia - 2024
(Pós-Edital)
Autor:
Celso Natale
22 de Janeiro de 2024
Celso Natale
Aula 05
Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Introdução (Monopólio) 3
..............................................................................................................................................................................................2) Monopólio 4
..............................................................................................................................................................................................3) Barreiras de Entrada 5
..............................................................................................................................................................................................4) Demanda da firma monopolista 6
..............................................................................................................................................................................................5) Receita média 7
..............................................................................................................................................................................................6) Receita Marginal 8
..............................................................................................................................................................................................7) Maximização de lucro do monopolista 13
..............................................................................................................................................................................................8) Regra de determinação de preço 15
..............................................................................................................................................................................................9) Lucro do monopolista 19
..............................................................................................................................................................................................10) Monopólio, custos sociais e regulamentação 20
..............................................................................................................................................................................................11) Peso morto do monopólio 21
..............................................................................................................................................................................................12) Regulamentação 23
..............................................................................................................................................................................................13) Discriminação de preços 27
..............................................................................................................................................................................................14) A (inexistente) curva de oferta do monopolista 30
..............................................................................................................................................................................................15) Monopsônio 31
..............................................................................................................................................................................................16) Resumo 33
..............................................................................................................................................................................................17) Questões Certo-Errado 34
..............................................................................................................................................................................................18) Questões Alternativas 55
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
2
103
INTRODUÇÃO 
O monopólio puro é bem interessante. Trata-se de uma construção teórica, onde apenas uma 
empresa oferta determinado bem sem simular. Na prática, não há monopólios puros no “mundo 
real”, porque todo bem tem um simular, por isso dizemos que é apenas um modelo, que nos 
permite compreender os principais aspectos. 
Por isso, vamos chamá-lo apenas de monopólio, que é como as bancas fazem. 
E a aula, novamente, será mais fácil caso você tenha levado a sério as aulas anteriores. A 
tendência do curso durante as próximas páginas é esta: cada vez mais fácil, se aproveitar bem as 
aulas anteriores. 
Depois reiniciamos tudo e vamos para cima de Macroeconomia. 
Novamente, deixamos a maior parte das questões para o final, assim podemos avaliar com maior 
eficácia se o conteúdo foi absorvido, sem falar que a maioria das questões aborda diversos tipos 
de mercado em conjunto. 
Nesta aula, veremos cobranças de concorrência perfeita com monopólio, por exemplo. 
Para encerrar, não deixe de fazer nenhuma questão! Como recurso didático, deixei para 
ensinar parte teoria na resolução de algumas delas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
3
103
MONOPÓLIO 
Já vimos uma situação extrema; a concorrência perfeita, na qual a atomicidade do mercado 
garante que nenhum agente individual seja capaz de influenciar, sozinho, o preço de mercado, 
e a ausência de barreiras de entrada e saída, bem como a homogeneidade dos produtos, 
garante que as coisas continuem assim. 
Depois desse parágrafo de revisão introdutório, você já deve imaginar que vamos direto ao outro 
extremo: o monopólio. 
Como estamos falando de uma situação extrema, faz-se importante destacar que se trata apenas 
de uma construção teórica; assim como a concorrência perfeita, não existe monopólio puro. 
A primeira característica do monopólio é que a produção é dominada por uma única firma, que 
recebe o nome de monopolista. Ela consegue influenciar os preços do mercado por meio de 
ações individuais. 
No monopólio, o mercado (setor) inteiro é a firma monopolista. 
Claro que tudo tem um limite. O monopolista não irá aumentar indefinidamente seus preços, 
pois, como vimos quando aprendemos sobre a curva da demanda, a quantidade que os 
consumidores dispostos a comprar de um bem qualquer dependerá de seu preço, e isso não é 
diferente no monopólio. 
Portanto, estar sozinho no mercado dá ao monopolista o poder de ajustar sua quantidade 
ofertada e, consequentemente, o preço, até maximizar seu lucro. 
Além disso, há outras hipóteses básicas da teoria do monopólio. 
De que o monopolista: 
 Possui perfeito conhecimento da sua curva de custos. 
 Possui perfeito conhecimento da curva de procura do mercado. 
 Deseja maximizar seu lucro. 
Mas o que garante que, ao ver os lucros extraordinários do monopolista, outras empresas não 
decidam ofertar o produto e morder um pedaço do mercado? 
O que permite ao monopolista continuar sozinho? 
 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
4
103
Barreiras de Entrada 
Existem diversas barreiras que impedem a entrada de concorrentes no mercado monopolista, 
mas todas elas são variações de alguma das seguintes: 
▶ Controle de recursos escassos: é o caso de uma fabricante de joias que detenha o 
controle de grande parte das minas de diamante, por exemplo. 
▶ Economias de escala (Monopólio Natural): alguns empreendimentos demandam um 
enorme investimento inicial, mas têm um custo total médio decrescente. É o caso das 
empresas de energia elétrica, que precisam construir estaçõesdispendiosas e uma 
enorme rede de transmissão. A empresa estabelecida, que já está produzindo para muitos 
consumidores, terá um custo médio baixo, o que torna muito difícil para que um novo 
entrante consiga competir com seus preços. 
▶ Superioridade tecnológica: essa característica permite à empresa desenvolver produtos 
com qualidade a um custo menor do que as demais. 
▶ Externalidade de rede: significa que a empresa tem um grande número de 
consumidores, e esse fato gera valor para cada consumidor. Em outras palavras, quanto 
mais clientes, mais atrativo é o produto. Um bom exemplo é o Facebook: não faria sentido 
entrar na rede se nenhum de seus contatos estivesse lá, mas como há milhões de usuários, 
é interessante para o consumidor participar. Isso dificulta as coisas para uma nova rede 
social entrar no mercado. 
▶ Barreiras legais (Governo): existem duas formas pelas quais o governo cria um 
monopólio: ele pode conceder a exclusividade da prestação de um serviço ou 
fornecimento de um produto, ou pode garantir os direitos sobre uma criação. Os Correios, 
por exemplo, têm a exclusividade sobre o serviço de entrega de correspondências (cartas) 
no Brasil. Já a garantia de exploração econômica de uma criação é chamada de patente, 
no caso de invenções, e os direitos autorais, no caso de criações artísticas. 
▶ Controle de recursos essenciais (essential facilities): o exemplo real desse tipo de 
barreira é o caso de uma empresa ferroviária que adquiriu e passou a controlar todos os 
acessos a St. Louis, nos Estados Unidos, negando o acesso às ferrovias concorrentes, que 
ficavam impedidas de oferecer serviços ferroviários para e através de St. Louis. O tribunal 
concluiu que se tratava de uma tentativa de monopolizar e determinou que as ferrovias 
rivais tivessem acesso à ponte, terminais e abordagens. 
 
 
 
 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
5
103
A demanda da firma monopolista 
Se o monopolista é o único produtor do mercado, é natural que sua demanda, ou seja, a 
demanda com a qual ele se depara (a demanda de seus consumidores), seja a demanda de 
mercado. 
Portanto, a curva de demanda do monopolista assume o formato decrescente que conhecemos 
bem, onde o preço é negativamente relacionado à demanda; quando o preço sobe, a 
quantidade demandada cai, e vice-versa. 
 
É por isso que o poder do monopolista é grande, mas não é absoluto: ele pode aumentar o 
preço sem ver sua demanda acabar (como ocorre para a empresa competitiva), mas isso significa 
que diminuirá a demanda de seu produto. 
Isso porque não importa quanto um bem seja desejado ou necessário; sua demanda diminuirá 
quando o preço aumentar. 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
6
103
Receita Média 
A curva de demanda do monopolista é também sua curva de receita média. Veja, por exemplo, 
o caso da banca organizadora de concursos FGV (podia ser Cebraspe, FCC, Cesgranrio etc. – é 
só um exemplo). 
Ao organizar um concurso qualquer, a banca determinará a taxa de inscrição (preço) e, 
dependendo do valor cobrado, atrairá mais ou menos candidatos. 
 
Percebemos, pelo gráfico, que ao fixar a taxa de inscrição em R$150, a FCC atrairá 80.000 
candidatos. Sua receita total será de R$12.000.000. 
Como RMe=RT/q, nesse nível sua receita média será R$150; exatamente como mostrado pela 
curva de demanda. Diminuindo o preço da inscrição para R$80, haverá 90.000 candidatos, de 
forma que a receita total fica em R$7.200.000. Novamente, RMe=RT/q diz que a receita média 
será igual a R$80. 
É por isso que dizemos que a curva de demanda do monopolista é também sua curva de receita 
média. E claro, RMe=p, assim como ocorre na concorrência perfeita. 
 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
7
103
Receita marginal 
Para compreendermos o comportamento da receita marginal do monopolista, vamos supor uma 
firma que se depare com a seguinte função de demanda: p=10-q. Note que estamos definindo 
o preço em função da quantidade, e é assim que costuma acontecer, de fato. 
 
O monopolista tem poder sobre a quantidade que será ofertada no mercado. Ele 
pode optar por produzir mais ou menos. 
 
Contudo, ao produzir mais, a única forma de “dar vazão” às unidades adicionais 
é reduzindo o preço, já que ao preço original não haverá demanda suficiente. 
 
Para efeitos de prova, a equivalência das funções p=10-q e q=10-p pode ser 
usada conforme a necessidade. 
A tabela abaixo demonstra as quantidades e receitas para cada preço. 
Preço 
(p) 
Quantidade 
(q) 
Receita total 
(RT) 
Receita marginal 
(RMg) 
Receita média 
(RMe) 
10 0 0 - - 
9 1 9 9 9 
8 2 16 7 8 
7 3 21 5 7 
6 4 24 3 6 
5 5 25 1 5 
4 6 24 -1 4 
3 7 21 -3 3 
2 8 16 -5 2 
1 9 9 -7 1 
0 10 0 -9 0 
Vamos começar de cima. 
Ao preço de R$10, nenhuma unidade é vendida (q=10-10), e por isso a receita é zero. Ao diminuir 
o preço para R$9, acontece o primeiro fato notável: na primeira unidade vendida, a receita 
marginal é igual à receita total e à receita média (R$9, em nosso exemplo). 
Às duas unidades, temos que a receita total passa de R$9 para R$16, com receita marginal igual 
a R$7 e receita média de R$8. Apesar de começarem iguais, conforme a receita marginal começa 
a cair, ela começa a “puxar” a receita média para baixo, e isso nos leva ao segundo fato notável: 
a receita marginal do monopolista é inferior à receita média (preço). 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
8
103
Vamos adiante para novas conclusões. Quando passamos de 5 para 6 unidades, a receita 
marginal passa a ser negativa, de forma que a unidade adicional implica em redução da receita 
total. Eis então nosso fato: enquanto a receita marginal é positiva, a receita total está 
aumentando; quando a receita marginal é negativa, a receita total está diminuindo. 
Talvez você já esteja desconfiando da relação entre a receita marginal e a elasticidade-preço da 
demanda, mas vamos transformar essa suspeita em certeza matemática. 
 
 
A RECEITA MARGINAL E A ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
Antes de apresentarmos a relação entre RMg e EPD, precisamos de uma equação para a receita 
marginal. Vamos construí-la por meio de um exemplo. Os números foram escolhidos para 
simplificar os cálculos e, assim, podermos nos concentrar no raciocínio. Se você quiser torná-los 
mais realistas pode multiplicar pelo valor que lhe convir. 
A FCC, ao ser hipoteticamente escolhida para organizar um concurso qualquer, estabelece a taxa 
de inscrição de R$8 (preço). Nesse valor, ela terá 3 inscritos para o concurso, com receita total 
de R$24. De repente, alguém tem a ideia de diminuir o preço para R$5. Sob o novo preço, o 
número de inscritos aumenta para 4, resultando numa receita total de R$20. 
Como a receita marginal é a variação na receita total resultando da variação na quantidade 
(RMg=
∂RT
∂q
), concluímos que a RMg é igual a -4. O gráfico abaixo mostra algo interessante sobre 
a variação na receita total: 
 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
9
103
A variação na receita total será igual à área do retângulo A, menos a área do retângulo B. Quer 
ver? O retângulo A tem área igual a 5 (altura de 5 x base de 1), enquanto o retângulo B tem área 
de 9 (altura de 3 x base de 3). A variação na receita total, portanto, é igual a 5-9=-4. Exatamente 
como calculamos. 
Para facilitar a compreensão, podemos chamar o retângulo A de efeito quantidade e o 
retângulo B de efeito preço; o primeiro representa o aumento da receita decorrente do aumento 
da quantidade, enquanto o outro mostra a quedada receita decorrente da queda no preço. 
Com isso, podemos substituir δRT na fórmula da RMg pela diferença entre os retângulos, 
utilizando as variáveis destacadas à direita do gráfico: 
RMg=
∂q.p
1
+q
0
.∂p
∂q
 
Podemos simplificar a equação, dividindo δq por δq: 
RMg=p
1
+ q
0
.
∂p
∂q
 
Como, em decorrência da lei da demanda, ou δp é negativo ou δq é negativo, a conclusão 
reforça que a receita marginal sempre será inferior ao preço. Em outras palavras, como 
∂p
∂q
 será 
menor do que zero (preço sobe, quantidade desce, e vice-versa), a segunda parte da equação 
sempre será subtraída de p1. 
Agora vamos falar de elasticidade-preço da demanda. Lembremos que a EPD é igual a 
p
q
.
∂q
∂p
. 
Diante disso, podemos fazer algumas manipulações1: 
RMg = p+q
∂p
∂q
 = p+p (
q
p
.
∂p
∂q
) = p(1+
1
p
q .
∂p
∂q
) 
De forma que concluímos que: 
RMg = p(1+
1
EPD
) 
Como a elasticidade-preço da demanda é um valor negativo, podemos chegar a: 
 RMg = p(1-
1
|EPD|
) 
 
1 Se não compreender as manipulações, pode ir direto para a conclusão, destacada em negrito. O custo X benefício 
de desenvolver a base algébrica necessária não compensa, mas é vital que você saiba a relação entre RMg e EPD; 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
10
103
Dessa relação, podemos concluir algumas coisas interessantes. Na concorrência perfeita, onde 
a elasticidade-preço da demanda é infinita, teremos o seguinte: 
RMg=p(1-
1
∞
) = p(1-0) = p.1 = p 
Ou seja, na concorrência perfeita, RMg=p. 
Agora vem a parte interessante. Provavelmente você lembra que a demanda elástica em relação 
ao preço é aquela que tem valor superior a 1, ou seja, EPD>1 indica demanda elástica. 
Vamos imputar um valor igual a 2 para vermos o que isso significa para a receita marginal: 
RMg = p(1-
1
2
) = p (
1
2
) = 
p
2
 
Aí está: quando a demanda é elástica em relação ao preço a receita marginal é positiva. Isso 
já nos dá uma dica do que acontece quando a demanda é inelástica (EPD<1), mas vamos ver o 
que acontece quando EPD=0,5: 
RMg = p (1-
1
1
2
) = p(1-2) = p(-1) = -p 
Como o preço é sempre positivo, qualquer que seja seu valor, quando a demanda é inelástica, 
teremos RMg negativa. 
Como qualquer firma, o monopolista maximiza seus lucros igualando receita marginal e custo 
marginal. Isso nos leva à conclusão de que o monopolista não ofertará quando a demanda for 
inelástica, por dois motivos: 
1º Motivo (esse é mais fácil): não existe CMg negativo. Então o monopolista não consegue 
igualar RMg e CMg quando a demanda é inelástica, pois a RMg é negativa. 
2º Motivo (esse precisamos desenvolver um pouco mais): A primeira coisa que você precisa se 
lembrar é que a elasticidade-preço da demanda varia ao longo da curva da demanda, conforme 
demonstrado no gráfico abaixo, que agrega ainda a relação que aprendemos entre RMg e EPD. 
 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
11
103
 
Portanto, é como se a firma monopolista pudesse “andar” pela curva de demanda, variando sua 
oferta e os preços. Ela simplesmente não atuará na parte inelástica da curva, onde a RMg é 
negativa. 
Eu sei que parece contraintuitivo. Mas pense no seguinte. 
Nessa situação, quando a curva ainda é inelástica, é conveniente reduzir a quantidade ofertada 
e aumentar o preço, obtendo assim maior receita e, consequentemente, maior lucro (já que 
menor produção resulta em menores custos). 
Também concluímos, pela análise do gráfico, que a curva de receita marginal é duas vezes 
mais inclinada que a curva de demanda e receita média quando a demanda é linear. 
Agora que já sabemos onde a monopolista não maximiza seu lucro, é hora de vermos qual 
quantidade produzida será o equilíbrio nesse tipo de mercado. 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
12
103
Maximização de Lucro do Monopolista 
Sejamos diretos: o monopolista maximiza seu lucro produzindo a quantidade que iguala sua 
receita marginal e seu custo marginal. 
 
Mas é claro que há muito mais nesse gráfico que devemos analisar (e que cai em provas). 
Para começar, observe o que acontece quando a firma monopolista produz uma quantidade 
inferior à quantidade que maximiza seu lucro, como qA abaixo, ou quando produz a quantidade 
superior qB: 
 
A área sombreada A representa o lucro perdido (ou que deixou de ganhar) ao produzir a 
quantidade qA. É assim, pois cada unidade entre qA e q* acrescentaria receita superior ao custo 
(RMg>CMg), ou seja, cada uma dessas unidades produzidas daria lucro. 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
13
103
A área B, por sua vez, representa o prejuízo adicional (ou lucro perdido) ao produzir quantidades 
superiores a q*. Nesse caso, cada unidade entre q* e qB trouxe lucro negativo, pois teve custo 
superior à receita (RMg<CMg). 
 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
14
103
Regra de determinação de preço do monopolista 
Lembra da equação RMg=p(1-
1
|𝑬𝑷𝑫|
)? 
Como ela é importantíssima, chegaremos a ela por outro caminho, para ajudar a lembrar na hora 
da prova. 
Quando a empresa competitiva aumenta sua produção em uma unidade ao preço ‘p’, ela 
adiciona seu preço à receita (RMg=p). 
Mas calma! 
No caso do monopolista, que se defronta com uma curva de demanda decrescente, precisamos 
fazer um ajuste, ou seja, precisamos considerar: 
[1] a redução no preço do produto necessária para aumentar a quantidade vendida (
∂p
∂q
), e 
[2] o efeito dessa variação na quantidade total vendida (q). 
Assim, chegamos a: 
RMg=p + q . 
∂p
∂q
 
Ou seja, a receita marginal do monopolista é igual ao preço mais um ajuste por causa da variação 
no preço (∂p/∂q) que afeta todas as unidades vendidas (q). 
Agora vamos manipular a equação acima. 
Lembre-se de que ao multiplicarmos um termo “X” qualquer de uma equação por um termo “Y” 
e, em seguida, dividirmos por “Y”, a equação não se altera. Outra forma de pensar nisso é a 
seguinte: o número 1 é o elemento neutro da multiplicação. Então, multiplicar por 1 não muda 
nada em qualquer termo. E acontece que qualquer valor dividido por ele mesmo é igual a 1. Por 
exemplo: 1547/1547=1, 18/18=1, Y/Y=1 e, portanto, p/p=1. 
Faremos isso com “q”, ao multiplicá-lo “p/p”: 
RMg=p+
p
p
.q.
∂p
∂q
 
Aqui apenas reescrevo a expressão de multiplicação: 
RMg=p+p.
q
p
.
∂p
∂q
 
E, agora, vou apenas destacar alguns termos da equação que obtivemos: 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
15
103
RMg=p+p.
q
p
.
∂p
∂q
 
O termo destacado é o inverso da elasticidade-preço da demanda, que é EPD = 
p
q
.
∂q
∂p
. 
Lembre-se que o inverso de um número é a troca do numerador pelo denominador, ou seja, o 
número “5”, que pode ser escrito como “5/1”, tem por inverso o número “1/5”. O inverso de “X” 
é “1/X”, então o inverso de “EPD” é “1/EPD”. 
Portanto, se 
p
q
.
∂q
∂p
= EPD, então 
p
q
.
∂q
∂p
=
1
EPD
 
Sendo assim, podemos concluir que: 
RMg=p+p.
1
EPD
 
Simplificando a multiplicação de ‘p’ por ‘1’, teremos: 
RMg=p + 
p
EPD
 
Ao fatorar por ‘p’ (ou colocar ‘p’ em evidência): 
RMg=p(1+
1
EPD
) = p + 
p
EPD
 
Como o objetivo da empresa é maximizar seus lucros, ela precisará igualar RMg e CMg, e nós 
podemos substituir: 
CMg=p + 
p
EPD
 
Reorganizando para isolar o preço: 
p=
CMg
1+
1
EPD
 
Essa equação ‘destacadona’ é aonde eu queria chegar: ela é a regra de determinação de 
preços do monopolista. Então, o próximo passo é opcional: se você considerar que a EPD, em 
regra, énegativa, e quiser usar o valor absoluto em módulo da EPD, basta inverter o sinal assim: 
p=
CMg
1 – 
1
|E
PD
|
 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
16
103
Então, use qual preferir, ok? 
Mais importante: o que a equação da regra de determinação de preços nos diz? 
Ela diz, por exemplo, que quando a EPD for infinita, como ocorre em concorrência perfeita, o 
preço será igual ao custo marginal. 
Por isso, quando mais elástica for a curva de demanda com a qual se depara o monopolista, ou 
seja, quanto mais o monopólio for parecido com uma concorrência perfeita, menor será o preço 
que o monopolista poderá cobrar para maximizar seus lucros. Faz sentido, não é? 
Por outro lado, quanto mais próxima de 1 for a EPD, maior será o preço e sua diferença em 
relação ao CMg. 
“Por que 1 e não 0, professor?” 
Porque o monopolista não atua no trecho inelástico. ; ) 
Então, 1,0001 é elástico, mas menos elástico que 10, por exemplo. 
Vamos ver, na tabela, dois exemplos. Na coluna da esquerda, temos uma situação na qual a EPD 
é muito alta, enquanto na coluna da direita, ocorre o contrário (apesar de a demanda ainda ser 
elástica). Em ambos os casos o CMg é igual a R$5. 
EPD=100 EPD=1,1 
p=
CMg
1-
1
|EPD|
 p=
CMg
1-
1
|EPD|
 
p=
5
1-
1
𝟏𝟎𝟎
 p=
5
1-
1
1,1
 
p=
5
0,99
 p=
5
0,09
 
p=5,05 p=55,55 
Viu só que diferença enorme? Por isso, dizemos que quanto menos elástica1 for a demanda, 
maior será o poder do monopolista. 
 
1 Note que não usamos o termo “mais inelástica” pois, por definição, a demanda inelástica é inferior a 1, 
e o monopolista não atua nesse caso. 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
17
103
A margem que o monopolista obtém acima do custo marginal recebe o nome de mark-up, e 
será rapidamente investigada por nós. 
Mark-up do monopolista 
Vamos manipular: 
p=
CMg
1-
1
|EPD|
 
Na verdade, é simples, vou apenas dividir os dois lados da equação por “CMg”, assim: 
p
CMg
=
CMg
1-
1
|EPD|
.CMg
 
E resolvendo o lado direito (CMg/CMg=1), chegamos a: 
p
CMg
=
1
1-
1
|EPD|
 
Cada lado na equação nos mostra a margem (mark-up) entre o preço e o custo marginal. 
Isso apenas reforça o que já havíamos concluído: quando maior a elasticidade-preço da 
demanda, ou seja, quanto mais sensíveis os consumidores forem às mudanças de preços, menor 
é o poder do monopolista em fixar preços acima de seu custo marginal. 
Índice de Lerner: mensurando o poder de monopólio 
Desenvolvido por Abba Lerner em 1934, seu índice serve para mensurar o poder do 
monopolista, e é facilmente calculado: basta dividirmos a diferença entre o preço e o custo 
marginal pelo preço: 
ILerner=
p-CMg
p
 
Ele sempre assumirá valores entre 0 e 1. Quando o preço for igual ao custo marginal – como 
acontece no mercado competitivo – o numerador será igual a zero e o índice também, indicando 
ausência de poder de monopólio. 
Quanto maior for o preço, mais próximos serão o numerador e o denominador, levando o índice 
a um valor próximo a 1, e indicando grande poder de monopólio. 
Simples e elegante, não? Ah! E cai em concursos... 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
18
103
O lucro do monopolista 
Ao produzir a quantidade que iguala receita e custo marginais, o lucro é dado pela diferença 
ente RMe e CMe, conforme demonstrado abaixo: 
 
O lucro total, por sua vez, é dado pela multiplicação do lucro unitário pela quantidade, ou seja, 
pelo retângulo cuja área é (RMe-CMe) x q*. 
Portanto, enquanto p*>CMe, o monopolista terá lucros extraordinário. Como há barreiras de 
entrada, é esperado que o monopolista será capaz de continuar obtendo lucros positivos 
mesmo no longo prazo, ao contrário do que ocorre no mercado competitivo. Esse lucro de 
longo prazo sempre dependerá da relação entre a demanda por seu produto e seus custos 
médios de longo prazo. 
As regras para interromper a produção são as mesmas que vimos: a firma monopolista deixará 
de ofertar ao mercado caso o preço que maximiza seus lucros (RMg=CMg) seja inferior ao seu 
custo variável médio. 
No longo prazo, como todos os custos são variáveis, o monopolista abandonará o mercado 
quando o preço for inferior ao custo total médio. 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
19
103
MONOPÓLIO, CUSTOS SOCIAIS E REGULAMENTAÇÃO 
Iniciamos um novo tópico porque, apesar de estarmos, ainda, falando de monopólios, vamos 
colocar o governo no meio. 
Quando isso acontece, não só as questões assumem um aspecto diferente, como a própria 
abordagem requer uma sutil diferença. 
Para começar, vamos entender quais motivos o governo tem para intervir, ou seja, para regular 
o mercado monopolista. 
 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
20
103
Peso morto do monopólio 
Vamos comparar: [1] o que acontece quando uma firma monopolista oferta determinado 
produto, maximizando seus lucros em seu preço de equilíbrio, com [2] o que ocorre quando o 
produto é oferecido em um mercado competitivo. 
Acompanhe os comentários abaixo do gráfico. Não desista antes de chegar ao final do tópico, 
onde tudo estará mais detalhadamente explicado. 
 
Para começarmos, observe que o monopolista cobra mais (pM) e oferece menos (qM) do que o 
mercado competitivo (pC e qC). 
Poderíamos até pensar que ele o faz tomando para si o excedente do consumidor, mas não é 
isso: toda a área sombreada A+B, de fato, representa o excedente perdido pelo consumidor por 
causa da diferença entre o preço e o custo marginal no monopólio. 
Contudo, o monopolista apropria-se apenas da área A, e ainda perde a área C! 
Ou seja, os excedentes B e C ficam perdidos. 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
21
103
 
A área A representa a perda de excedente dos consumidores que poderiam comprar o produto 
por menor preço (PC), mas agora têm de pagar mais (PM). Por isso dizemos que esse excedente 
é transferido aos produtores. 
A área B, por outro lado, representa os consumidores que tinham preço de reserva inferior a PM, 
ou seja, são consumidores que simplesmente não irão comprar ao preço do monopolista e, por 
isso, representam um excedente perdido pelo mercado; essas transações deixarão de ser 
realizadas. 
A área C, por fim, representa o excedente perdido pelo produtor monopolista, por deixar de 
vender a quantidade QC-QM. Claro que para a firma monopolista a área A que ele “capturou” dos 
consumidores mais do que compensa essa perda, mas para o mercado C é um excedente 
perdido. 
Resumindo: 
• O consumidor perde A+B e; 
• O produtor ganha A e perde C: ganho líquido A-C. 
• O mercado como um todo ganha A, mas perde A, B e C. Perda líquida de B+C. 
A conclusão é que o monopólio causa perda líquida para o mercado. É uma falha de 
mercado, e por isso que o governo intervém. 
 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
22
103
Regulamentação 
O governo dispõe de algumas formas para regulamentar o monopólio, evitando que a 
sociedade perca excedente. 
Para compreendermos quais soluções são mais adequadas e, consequentemente, quais são as 
respostas certas às questões de prova, precisamos diferenciar monopólios naturais de 
monopólios não-naturais. 
MONOPÓLIOS NATURAIS 
 
Um monopólio natural ocorre quando uma única empresa pode suprir todo o 
mercado sob um custo inferior ao que duas ou mais empresas teriam. Portanto, 
o monopólio natural é marcado pela presençade grandes economias de escala. 
 
É o caso das companhias de saneamento básico, que geralmente são 
monopolistas naturais. Imagine uma cidade servida por duas companhias de 
saneamento, cada qual com seu sistema de esgotos, seus canos cruzando a 
cidade toda, suas estações de tratamento, seus reservatórios... Os custos do setor 
praticamente dobrariam, enquanto a receita total do setor seria a mesma, mas 
agora dividida entre duas empresas, implicando em perda de eficiência para o 
mercado como um todo. 
 
Outros exemplos são as empresas de gás encanado, energia elétrica, telefonia 
fixa, correios, metrô... 
 
Todas têm em comum o fato de que seus elevados custos fixos implicam em 
custos médios decrescentes conforme aumenta a produção, ou seja, economia 
de escala. 
A regulamentação para monopólios não naturais costuma ser mais simples: o governo 
simplesmente impede a concentração nas mãos de um único produtor, ou determina a 
dissolução desse poder de mercado caso ele já exista. 
Há todo um arcabouço jurídico-legal assegurando a legitimidade dessa atuação. 
Há alguns anos, o CADE negou a fusão de Sadia com Perdigão, e de Nestlé com Garoto. Mais 
tarde, com uma série de exigências do governo, as fusões foram aprovadas. Mas o importante é 
saber que o governo age para evitar monopólios não-naturais. 
No caso dos monopólios naturais, por outro lado, impedir a concentração é uma solução muito 
ruim, pois implicará em maiores custos e maiores preços. Então há duas respostas: estatizar ou 
regulamentar. 
A estatização, ou seja, quando o governo decide operar os monopólios naturais por meio de 
empresas públicas, traz problemas políticos e administrativos que (ainda bem) não são cobrados 
em provas de economia, como lobbies, ineficiência e corrupção. 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
23
103
Já a regulamentação é assunto nosso, e ela pode ser de diversos tipos. Contudo, a principal dela 
e aquela na qual nos concentraremos agora é a fixação do preço máximo que o monopolista 
pode cobrar. 
 
Regulação por preço do monopólio 
Como você percebeu, o monopólio causa peso morto e ainda captura excedente do 
consumidor. Sendo assim, ele se afasta da concorrência perfeita, onde os excedentes são 
divididos de forma menos concentrada. 
Portanto, o governo pode “forçar” o monopólio ao equilíbrio da firma competitiva onde o preço 
é igual ao custo marginal (p=CMg), determinando como preço máximo que pode ser cobrado 
pelo monopolista seu próprio custo marginal. 
Graficamente, fica assim: 
 
Perceba que PM e QM são preço e quantidade de equilíbrio do monopolista, então é o que ele 
faria sem regulamentação. 
Ao determinar que o preço máximo é o custo marginal, o governo força o monopólio para o 
preço PC (que é igual ao custo marginal), e para a quantidade QC. 
Perceba que além de proporcionar mais bens transacionados e, melhor ainda, mais baratos, 
essa solução elimina o peso morto! 
Ótimo, né!? 
Nesse caso, você deve ter notado que o monopolista ainda terá lucro extraordinário, porque o 
preço está acima do custo médio. Mas nem sempre vai ser assim... 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
24
103
Por isso, dizemos que p=CMg é a solução ideal, ou melhor opção, mas ela nem sempre será 
possível, porque em alguns casos, ao igualar preço e custo marginal, o monopolista acaba 
arcando com um custo médio superior ao seu preço. Sabe onde isso sempre ocorre? No 
monopólio natural... 
 
Regulação por preço do monopólio natural 
O que vou mostrar agora é por qual motivo a melhor solução para o monopólio natural é 
determinar como preço máximo aquele que iguala o custo médio do monopolista. 
Veja só, no gráfico a seguir, a comparação entre a fixação de três preços: o preço pM que 
maximiza o lucro do monopolista; o preço competitivo pC, igual ao custo marginal; e o preço 
regulamentado pR, igual ao custo médio do monopolista. Após o gráfico, analisaremos cada uma 
das situações. 
Ah! Perceba que o gráfico representa um monopólio natural: a curva de custo médio é 
decrescente: há economia de escala. 
 
Com PM e QM temos o equilíbrio do monopolista, ou seja, preço e quantidade que maximizam 
seu lucro, ao igualar receita marginal e custo marginal. Como vimos, essa situação tem o 
problema de gerar peso morto e perda de bem-estar para o mercado como um todo. 
Caso o governo limitasse o preço ao custo marginal, isso significaria PC, e o monopolista teria 
prejuízos, já que, ao contrário do que ocorre em concorrência perfeita, sua receita média é 
decrescente, e é inferior ao custo médio em QC. 
Também ao contrário do que vimos no monopólio “não natural”, o custo médio (CMe) é sempre 
decrescente, e, portanto, superior ao custo marginal (CMg). Sendo assim, igualar o preço ao 
custo marginal é uma forma de garantir que o preço será inferior ao custo médio, e garantir que 
o monopolista terá prejuízos. 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
25
103
Portanto, essa regulamentação faria com que o monopolista natural deixasse de servir o 
mercado, tornando as coisas ainda piores. 
Para evitar que isso acontecesse, o governo poderia fixar o preço em PC e fornecer um subsídio 
no valor da área sombreada, ou seja, o governo cobriria o prejuízo do monopólio para que ele 
continuasse ofertando a maior quantidade possível ao maior preço possível. 
 
Essa opção seria a melhor possível nessas condições, pois o subsídio garantiria a eficiência do 
monopólio. Contudo, para saber quanto pagar à firma monopolista, o Governo precisaria ter 
acesso às curvas de custo, o que raramente é verdade. Por isso, apesar de ser a opção 
teoricamente mais eficiente, esta não é considerada uma solução prática. 
Por fim, temos a situação na qual o governo fixação do preço no ponto de contato entre as curvas 
de demanda e de custo médio, ao preço PR. Dessa forma, o monopolista obtém lucro econômico 
zero – remunerando seus fatores de produção aos preços de mercado, incluindo seus 
proprietários – cobrando mais e ofertando menos do que no mercado competitivo. Mas essa 
regulamentação é muito mais prática. 
Por isso, apesar de não ser a solução mais eficiente, essa é considerada a melhor solução. E é ela 
que você vai marcar como correta quando aparecer na prova. 
 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
26
103
Discriminação de preços 
Até agora temos trabalhado com a hipótese de que o monopolista vende todas as unidades pelo 
mesmo preço. 
Contudo, o monopolista tem a possibilidade de vender o mesmo produto por diferentes preços. 
A isso, dá-se o nome de discriminação de preços. 
Antes de vermos os tipos de discriminação de preços e a forma como elas são cobradas em 
prova, cabe fazermos um esclarecimento: discriminar preços é vender o mesmo produto a 
preços diferentes, mesmo que cada unidade tenha o mesmo custo. 
Isso exclui da discriminação de preços a cobrança de um valor extra, por exemplo, para enviar o 
produto a uma região distante, posto que são os custos adicionais de transportes que implicam 
no aumento do preço. 
 
Discriminação de primeiro grau (perfeita) 
Esta é a situação ideal para o monopolista. 
Consiste em cobrar o preço máximo que cada consumidor está disposto a pagar. Por exemplo: 
digamos que a demanda do monopolista é dada pela função p=10-2q. 
Com isso, o monopolista discriminador de preços pode cobrar R$8 pela primeira unidade (8=10-
2.1). A segunda será vendida por R$6, a terceira por R$4 e a quarta por R$2. Dessa forma, sua 
receita total será de R$20. 
Se não discriminasse seus preços, caso quisesse vender 4 unidades teria de cobrar R$2 por cada 
uma delas, obtendo receitatotal R$8. 
O consumidor que está disposto a pagar R$8 poderia ter pagado R$2, mas acaba perdendo R$6 
de excedente pela discriminação de preços. 
Dessa forma, o excedente do consumidor passa a ser nulo, e a discriminação de preços perfeita 
consiste na captura de todo o excedente do consumidor pelo monopolista. 
Como não há peso morto, a discriminação de preços de primeiro grau é economicamente 
eficiente, e por isso é chamada de discriminação perfeita. 
 Outro fato interessante é que a receita marginal do monopolista discriminador de primeiro grau 
é que sua curva de receita marginal é igual à curva demanda. Portanto, essa firma produz a 
quantidade para a qual preço, receita marginal e custo marginal são iguais! 
É normal ficar confuso nesse ponto; afinal, o monopolista não produz menos e cobra mais para 
aumentar seus lucros? Normalmente, sim. 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
27
103
Mas o monopolista perfeitamente discriminador, por cobrar o preço de reserva de cada 
consumidor, tem por lucro todo o trecho para o qual a receita marginal supera o custo marginal. 
 
Sua receita total é demonstrada pelas áreas A+B+C, e seu lucro é A+B. Bom para ele. 
 
Discriminação de segundo grau 
Este tipo é bem simples. Consiste em cobrar preços diferentes dependendo da quantidade 
adquirida pelo consumidor. Os exemplos são vastos: compre 4 pague 3, desconto na 5ª 
unidade, programa de fidelidade. 
Contudo, a discriminação pode ocorrer de forma inversa, cobrando valores maiores para 
maiores quantidades, como ocorre com energia elétrica e água, especialmente em momentos 
de racionamento. 
A discriminação de segundo grau costuma ser cobrada apenas conceitualmente, ou seja, basta 
saber do que se trata, sem necessidade de qualquer tipo de cálculo. 
 
Discriminação de terceiro grau 
A discriminação de terceiro grau, assim como a de segundo grau, é cobrada apenas 
conceitualmente. Além disso, pode-se dizer que ela é definida residualmente, ou seja, tudo que 
não é de primeiro ou segundo grau, é de terceiro. 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
28
103
Também podemos definir como a venda de bens por preços diferentes para diferentes 
consumidores, independentemente da quantidade. Há diversos exemplos, como descontos 
para aposentados e estudantes. 
A discriminação de preços de terceiro grau assume diversas formas, mas algumas merecem 
destaque. Ela pode ser ainda feita de forma intertemporal, quando a empresa cobra um valor 
mais alto no começo, vende para quem não está disposto a esperar (pessoas com preço de 
reserva mais alto), e depois diminui os preços para atingir os demais consumidores. 
Há também empresas que discriminam preços praticando preços de pico, ou seja, cobram mais 
caro em momentos de maior demanda. Um exemplo são as passagens aéreas segunda-feira pela 
manhã e sexta-feira à noite. Os hotéis em alta temporada são outro exemplo, ainda melhor. 
Para terminar, as tarifas em duas partes (ou tarifas compartilhadas, como algumas bancas 
gostam de chamar), são uma forma de discriminação na qual é cobrada uma taxa de entrada e 
outra taxa pelo tempo ou quantidade de utilização. 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
29
103
A (inexistente) Curva de Oferta do monopolista 
Uma curva de oferta existe para mostrar as quantidades ofertadas sob cada nível de preços. Isso 
fez sentido no mercado competitivo, onde somávamos as curvas de oferta individuais para obter 
a curva de oferta do mercado. 
No monopólio discriminador de preços, isso não faz sentido. 
O motivo para isso é o seguinte: o monopolista não tem uma correspondência entre 
determinada quantidade e determinado nível de preços, como faria uma curva de oferta. 
O monopolista discriminador de preços ofertará uma determinada quantidade a diversos preços 
diferentes, afinal, ele discrimina preços. 
 
 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
30
103
MONOPSÔNIO 
O monopsônio é muito menos cobrado em provas de concurso do que o monopólio – muito 
mesmo, talvez umas 50 vezes. Por isso, nossa abordagem será menos aprofundada. 
Só não podemos deixar de falar sobre o assunto para você não ter uma desagradável surpresa 
na prova, não é? 
Sua característica principal é a existência de um único comprador no mercado. Esse comprador 
tem poder de monopsônio e, por isso, é capaz de influenciar o preço do bem, adquirindo-o por 
valor inferior àquele que prevaleceria caso houvesse vários compradores. 
Tenha em mente que o consumidor maximiza sua utilidade consumindo a quantidade que iguala 
sua utilidade marginal e sua despesa marginal. 
O consumidor competitivo depara-se com uma curva de despesa marginal constante, pois cada 
unidade adquirida do produto tem, para ele, o mesmo preço, já que ele não consegue influenciar 
o preço de mercado. Também por isso sua despesa média é constante e igual ao preço e à 
receita marginal. Portanto, o preço de equilíbrio (pC) e a quantidade de equilíbrio (qC) o equilíbrio 
do consumidor competitivo é o seguinte: 
 
Já para o monopsonista é diferente: ele irá se deparar com uma curva de oferta crescente, 
indicando que sua demanda individual é suficiente para pressionar os preços, caso queira 
consumir maior quantidade. 
Isso significa que sua despesa marginal é crescente, bem como sua despesa média. A relação 
entre a inclinação de suas curvas é a mesma do monopólio: DMg é duas vezes mais inclinada 
que DMe. Portanto, o monopsonista maximiza sua utilidade em: 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
31
103
 
Concluímos, assim, que o monopsonista consome menor quantidade, sob menor preço. Com 
isso concluímos esta aula, e vamos à bateria de questões! 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
32
103
RESUMO 
• Monopólio é a estrutura de mercado caracterizada pela existência de um único produtor 
para determinado bem, que não possui substitutos. 
• Contudo, um monopólio puro é uma construção teórica. Na prática, sempre há 
substitutos. 
• O que garante que o monopolista fique sozinho são as barreiras à entrada, que podem 
ser decorrentes do controle de recursos escassos, economias de escala, superioridade 
tecnológica, externalidade de rede ou barreiras legais. 
• A curva de demanda para o monopolista é a curva de mercado. 
• Ao mesmo tempo, a curva de demanda é a curva de receita médio e de preço. 
• Ao variar seu preço, o monopolista provoca um efeito em todas as unidades produzidas, 
e por isso sua curva de receita marginal tem o dobro da inclinação da curva de receita 
total. 
• O monopolista não atua no trecho inelástico da curva de demanda linear, pois além de 
significar receita marginal negativa, indica que aumentar o preço aumenta a receita total. 
• O monopolista produz a quantidade que iguala receita marginal e custo marginal, 
maximizando seu lucro. 
• Seu lucro total é dado pela diferença entre preço e custo médio multiplicada pela 
quantidade. 
• O monopolista não tem curva de oferta. 
• Algumas fórmulas importantes: 
 
• A quantidade é menor e o preço é maior no monopólio do que seria em concorrência 
perfeita. 
• O monopólio provoca peso morto, que significa perda de eficiência e leva a regulação do 
governo. 
• Para eliminar a ineficiência do monopólio, o governo pode determinar que o preço 
máximo seja igual ao custo marginal. 
• Contudo, no caso do monopólio natural (economias de escala), isso significaria prejuízo, 
de forma que a regra é p=CMe (lucronormal). 
• O monopolista nem sempre cobra o mesmo preço, podendo discriminar preços: 1º grau 
(perfeita, por preço); 2º grau (por quantidade); 3º grau (outros). 
 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
33
103
1 
QUESTÕES COMENTADAS 
1. (2018/CEBRASPE-CESPE/FUB/Economista) 
Um monopolista maximiza o lucro na parte elástica da demanda, operando com markup maior 
do que um. 
Comentários: 
O monopolista não atuará na parte inelástica da demanda, pois qualquer redução no preço 
significará receita marginal negativa. Recapitulando: 
Como o preço é sempre positivo, qualquer que seja seu valor, quando a demanda é inelástica, 
teremos RMg negativa. Isso porque o efeito do aumento na quantidade demandada é 
superado pelo efeito na queda do preço. 
E não existe CMg negativo. Então o monopolista não consegue igualar RMg e CMg quando a 
demanda é inelástica, pois a RMg é negativa. 
Como qualquer firma, o monopolista maximiza seus lucros igualando receita marginal e custo 
marginal. Isso nos leva à conclusão de que o monopolista não ofertará quando a demanda for 
inelástica. 
Quanto ao mark-up, temos por definição que ele é “p/Cmg”. Como o monopolista nunca atuará 
onde Cmg > p, temos que ele será maior do que 1. 
Gabarito: Certo 
 
2. (2016/CEBRASPE-CESPE/TCE-SC/Auditor Fiscal de Controle Externo - Economia) 
No que se refere à teoria da estrutura dos mercados de bens e de fatores de produção, julgue 
o item subsecutivo. 
Uma empresa em concorrência perfeita maximiza lucros quando iguala o preço de determinado 
produto ao seu custo marginal. Uma empresa monopolista maximiza lucros quando sua receita 
marginal é maior que o custo marginal. 
Comentários: 
A questão começou bem e correta ao dizer que empresas em concorrência perfeita igualam 
preço e custo marginal ao maximizar seus lucros. 
A verdade é que elas igualam custo marginal e receita marginal, como todas as empresas. 
Contudo, receita marginal em concorrência perfeita é igual ao preço, então está correto. 
O erro é em relação ao monopolista, que também iguala receita e custo marginais. 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
34
103
2 
Gabarito: Errado 
 
3. (2018/CEBRASPE-CESPE/FUB/Economista) 
Julgue o próximo item, relativo às diferentes estruturas de mercado. 
A fixação não linear de preços, ou seja, quando o preço da unidade produzida depende da 
quantidade adquirida pelo consumidor, é uma forma de definir discriminação de preços de 3.º 
grau. 
Comentários: 
Vamos recapitular os três graus de discriminação de preços? 
• Discriminação de primeiro grau (perfeita): Consiste em cobrar o preço máximo que 
cada consumidor está disposto a pagar. É a captura de todo o excedente do consumidor 
pelo monopolista. 
• Discriminação de segundo grau: consiste em cobrar preços diferentes dependendo 
da quantidade adquirida pelo consumidor. 
• Discriminação de terceiro grau: além do caráter residual, ou seja, de englobar qualquer 
tipo de discriminação que não seja de primeiro ou segundo grau, podemos definir como 
a venda de bens por preços diferentes para diferentes consumidores. 
Portanto, o enunciado descreve uma discriminação de preços de 2º grau. 
Gabarito: Errado 
 
4. (2017/CEBRASPE-CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional – Economia) 
Com referência à teoria microeconômica da produção e às respectivas estruturas de mercado, 
julgue o item subsequente. 
No monopólio perfeitamente discriminador de preço, o ótimo de Pareto não pode ser 
alcançado. 
Comentários: 
Um ótimo de Pareto é definido como a situação na qual não é possível melhorar a situação de 
uma parte sem piorar a situação de outra parte. 
O monopolista discriminar de preços de 1º grau (perfeito) captura todo o excedente do 
consumidor para si, mas isso também é um ótimo de Pareto, pois a única forma de melhorar a 
situação dos consumidores é piorando a situação do monopolista. 
Gabarito: Errado 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
35
103
3 
5. (2017/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata) 
Com relação a um produto de um mercado que está sob a situação de monopólio natural, o 
gráfico a seguir mostra: a curva de demanda, D, que corresponde ao preço de venda, p, para 
cada quantidade, Q, demandada pelo mercado, e a curva de custo marginal, C, que 
corresponde ao custo marginal, CMg, quando a produção atinge Q unidades. Nesse gráfico, 
CMg e p estão medidos na mesma escala do eixo vertical. 
 
Tendo como referência as informações e o gráfico apresentados, bem como conceitos a eles 
pertinentes, julgue o item que se segue. 
A quantidade a ser produzida e vendida no mercado a que se refere o gráfico em questão é 
igual àquela determinada pelo cruzamento das curvas D e C. 
Comentários: 
Vamos comparar o gráfico da questão com nosso gráfico que mostra a maximização do lucro do 
monopolista: 
 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
36
103
4 
Repare que a questão forneceu a curva de demanda, que é a mesma de receita média, mas não 
forneceu a curva de receita marginal. 
A curva de receita marginal estaria abaixo da curva de receita média, com o dobro de sua 
inclinação, e, portanto, a afirmação da questão de que o cruzamento das curvas D e C forneceria 
a quantidade a ser produzida por um maximizador de lucro não pode ser verdadeira. 
Nesse ponto, o custo marginal seria superior à receita marginal. 
Gabarito: Errado 
 
 
6. (2017/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata) 
Com relação a um produto de um mercado que está sob a situação de monopólio natural, o 
gráfico a seguir mostra: a curva de demanda, D, que corresponde ao preço de venda, p, para 
cada quantidade, Q, demandada pelo mercado, e a curva de custo marginal, C, que 
corresponde ao custo marginal, CMg, quando a produção atinge Q unidades. Nesse gráfico, 
CMg e p estão medidos na mesma escala do eixo vertical. 
 
Tendo como referência as informações e o gráfico apresentados, bem como conceitos a eles 
pertinentes, julgue o item que se segue. 
Embora seja decrescente no trecho mostrado no gráfico em apreço, C representa a curva de 
oferta do monopolista. 
Comentários: 
Tem um jeito muito simples de acertar questões desse tipo, que é se lembrando que o 
monopolista discriminador de preços não tem curva de oferta. 
“Mas a questão não disse se é discriminador ou não, professor!”. Pois é. Exatamente por isso. 
Acontece que a discriminação de preços é a regra, e, portanto, a questão não poderia estar certa, 
de qualquer forma. 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
37
103
5 
Gabarito: Errado 
7. (2017/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata) 
Com relação a um produto de um mercado que está sob a situação de monopólio natural, o 
gráfico a seguir mostra: a curva de demanda, D, que corresponde ao preço de venda, p, para 
cada quantidade, Q, demandada pelo mercado, e a curva de custo marginal, C, que 
corresponde ao custo marginal, CMg, quando a produção atinge Q unidades. Nesse gráfico, 
CMg e p estão medidos na mesma escala do eixo vertical. 
 
Tendo como referência as informações e o gráfico apresentados, bem como conceitos a eles 
pertinentes, julgue o item que se segue. 
A característica de um monopólio natural é a existência de custos marginais baixos e custos fixos 
muito altos, impedindo a entrada de concorrentes. 
Comentários: 
De fato, os monopólios naturais surgem de peculiaridade de bens com altos custos fixos e 
economias de escala, o que inviabiliza sua produção por mais de uma empresa. 
Gabarito: Certo 
 
8. (2018/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata) 
A partir dos conceitose das teorias usuais de concorrência perfeita, monopólio e oligopólio, 
julgue (C ou E) o item que se segue. 
O serviço de fornecimento de água e saneamento em uma cidade não constitui monopólio 
natural, uma vez que a atuação exclusiva da empresa em sua área é definida por lei ou contrato 
de concessão. 
Comentários: 
Errado! O serviço de fornecimento de água e saneamento é um dos exemplos clássicos de 
monopólio natural, com seus elevados custos fixos e economia de escala. 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
38
103
6 
Gabarito: Errado 
 
9. (2018/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata) 
Uma das principais preocupações da análise econômica é com a precificação no mercado. 
Muitas vezes, ela ocorre de maneira ineficiente e isso acarreta importantes consequências no 
funcionamento da economia. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o item a seguir. 
De acordo com a regra de mark-up, quanto mais preço-elástica for a curva de demanda do 
mercado, maior será o poder de mercado do monopolista. 
Comentários: 
Essa afirmação contraria a lógica. Se o consumidor for muito reativo a variações no preço, o 
monopolista não poderá aumentar muito seus preços. 
Essa conclusão também está implícita no markup do monopolista, que será menor quanto maior 
for a elasticidade-preço da demanda: 
p
CMg
=
1
1-
1
|EPD|
 
E se ainda precisa de algo mais, veja as curvas a seguir e compare a distância entre preço e custo 
marginal entre cada uma delas: 
 
Gabarito: Errado 
 
10. (2012/CEBRASPE-CESPE/ANAC/Analista Administrativo) 
Acerca do comportamento das empresas segundo a estrutura de mercado, julgue o próximo 
item. 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
39
103
7 
O monopsônio é caracterizado pelo mercado comprador quando há apenas uma empresa 
compradora de certo bem ou serviço, que define o preço. 
Comentários: 
Definição precisa de monopsônio, daquelas que nos ajudam a fixar o conceito. 
Gabarito: Certo 
 
11. (2016/CEBRASPE-CESPE/TCE SC/Auditor Fiscal de Controle Externo - Economia) 
A respeito de aspectos da teoria do consumidor, produtividades média e marginal e estruturas 
de mercado, julgue o item seguinte. 
Empresa monopsonista que seja a única compradora de determinada matéria-prima em um 
mercado de muitos fornecedores deve pagar um valor maior pela matéria-prima caso queira 
estimular os fornecedores a aumentar a produção. 
Comentários: 
Por mais poderoso que seja o monopsonista, ele não pode obrigar os produtores a aumentar 
sua produção. Isso só pode ser feito caso esteja disposto a pagar mais. 
Também por isso a curva de oferta com a qual se depara o consumidor monopsonista é 
ascendente. 
Gabarito: Certo 
 
12. (2012/CEBRASPE-CESPE/TCDF/Auditor de Controle Externo) 
Acerca de microeconomia, julgue o item a seguir. 
Se a curva de demanda da empresa for elástica, o markup será pequeno, e essa empresa terá 
pouco poder de monopólio. 
Comentários: 
Questão correta! A maior sensibilidade do consumidor em relação aos preços implica em menor 
poder para a firma monopolista. 
Gabarito: Certo 
 
 
 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
40
103
8 
13. (2009/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata) 
Considere as condições de equilíbrio de mercados em concorrência perfeita, de um lado, e, de 
outro, de mercados sujeitos ao monopólio. Considere, também, que, em ambas as condições, 
os produtores visem ao lucro (L), que resulta da maximização do excedente da receita total (RT) 
em relação ao custo total da produção (CT). Considere, ainda, que, ao maximizar o lucro, os 
produtores levem em consideração, entre outras variáveis, o preço (P), a quantidade produzida 
(Q), a receita marginal (RMg) e o custo marginal (CMg). Com base nessas considerações, julgue 
(C ou E) o item que se segue. 
Em ambas as condições citadas, os preços equivalem ao custo marginal. 
Comentários: 
Perceba como é recorrente em provas esse negócio de igualar custo marginal e receita marginal. 
Como sabemos, essa é a condição de maximização dos lucros da firma, qualquer que seja a 
estrutura de seu mercado. 
Contudo, a questão fala que em ambos os casos o preço será igual ao custo marginal. Isso só é 
verdade na concorrência perfeita, enquanto no monopólio o preço é superior ao custo marginal. 
Gabarito: Errado 
 
14. (2014/CEBRASPE-CESPE/ANTAQ/Especialista em Regulação) 
No que diz respeito às estruturas de mercado, à dinâmica de determinação de preços e lucros 
e à competitividade e estratégia empresarial, julgue o item que se segue. 
A ineficiência do mercado de concorrência imperfeita pode ser medida pela distância entre o 
preço de mercado e o custo marginal do bem. Quanto menor for essa distância, menos eficiente 
será o mercado de concorrência imperfeita. 
Comentários: 
A questão estaria correta se fizéssemos a seguinte alteração: “...Quanto menor for essa distância, 
menos mais eficiente será o mercado.” 
Gabarito: Errado 
 
15. (2006/CEBRASPE-CESPE/TCU/Auditor Federal de Controle Externo) 
Em relação às curvas de demanda e de oferta, julgue o item a seguir. 
A curva de oferta do monopolista é perfeitamente inelástica. 
Comentários: 
A curva de oferta do monopolista, em regra, não existe. E ponto. 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
41
103
9 
Gabarito: Errado 
 
16. (2002/CEBRASPE-CESPE/SENADO FEDERAL/Consultor Legislativo - Economia) 
Em relação à estrutura de mercados monopolistas e oligopolistas, julgue o item abaixo. 
Nos mercados monopolistas, a receita marginal excede o preço do produto em virtude de a 
curva de demanda ser negativamente inclinada. 
Comentários: 
No mercado monopolista, a receita marginal é inferior ao preço do produto em virtude da curva 
de demanda (receita média e preço) ser negativamente inclinada. 
Dessa forma, cada unidade adicional implica em redução do preço. 
Gabarito: Errado 
 
17. (2023/CEBRASPE/ISS-FORTALEZA/Analista Fazendário Municipal) 
Tendo em vista que, em um modelo de mercado em equilíbrio parcial, é possível analisar os 
ganhos e as perdas de bem-estar social mediante análises dos excedentes, julgue o item a 
seguir. 
Normalmente, monopolistas definem seus preços acima dos preços em concorrência perfeita e 
produzem quantidades abaixo do que uma empresa em concorrência perfeita produziria. 
Comentários: 
Isso é verdade. O monopolista coloca seu preço acima do custo marginal (markup) e, 
consequentemente, produz uma quantidade inferior à concorrência perfeita. 
Além disso, a questão fala em “normalmente”, e o faz porque há uma notável exceção: o 
monopolista perfeitamente discriminador. 
Gabarito: Certo 
 
18. (2002/CEBRASPE-CESPE/SENADO FEDERAL/Consultor Legislativo - Economia) 
Em relação à estrutura de mercados monopolistas e oligopolistas, julgue o item abaixo. 
No setor de transportes públicos de massa, como o metrô, a existência de custos fixos elevados 
requer que esses custos sejam partilhados entre muitos produtores e, portanto, estimula a 
competição nesse setor. 
Comentários: 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
42
103
10 
Veja só esta questão que caiu em um dos concursos mais difíceis do país. Ela inverte as coisas; 
na realidade, a existência de custos fixos elevados requer que uma única firma opere no setor, 
caracterizando o monopólio natural. 
Caso mais empresas operassem, cada uma delas teria de arcar, individualmente, com os 
elevados custos, e ainda por cima dividindo as receitas. 
Gabarito: Errado 
 
19. (2002/CEBRASPE-CESPE/SENADO FEDERAL/Consultor Legislativo - Economia) 
Em relaçãoà estrutura de mercados monopolistas e oligopolistas, julgue o item abaixo. 
O fato de as companhias aéreas reduzirem o preço das passagens quando da compra 
antecipada constitui exemplo de discriminação de preço, porque a demanda desses viajantes 
é mais inelástica em relação ao preço. 
Comentários: 
Outra da prova de Consultor do Senado. Realmente, a cobrança de preços maiores para 
compras de passagens “em cima da hora” constitui uma discriminação de preços ¬¬¬– de 
terceiro grau, para sermos mais precisos ¬–, mas é possível porque esses viajantes são inelásticos 
em relação ao preço, afinal, precisam viajar logo! 
Os viajantes que compram antecipadamente são mais elásticos, ou seja, como podem se 
planejar com mais calma, reagem com maior rejeição a preços mais altos. 
Gabarito: Errado 
 
20. (2004/CEBRASPE-CESPE/POLÍCIA FEDERAL/Escrivão) 
Considerando que a análise microeconômica se refere ao comportamento individual dos 
agentes econômicos, julgue o item a seguir. 
Caso um setor estratégico da economia que produz um bem comercializável encontre-se 
dominado por um produtor monopolista, a abertura internacional desse mercado poderá trazer 
grandes ganhos de produtividade e, consequentemente, maior eficiência alocativa para o 
conjunto da economia. 
Comentários: 
Basicamente qualquer coisa que torne um mercado monopolista mais competitivo poderá 
diminuir sua ineficiência. 
Note que a questão foi bastante conservadora ao utilizar o termo “poderá”. Caso fosse mais 
restritiva, afirmando que ocorrerá “com certeza” maior eficiência alocativa, a questão estaria 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
43
103
11 
errada, já que isso dependerá da relação entre os preços domésticos e internacionais. Mas esse 
assunto não nos interessa, o importante é você saber que tornar um monopólio mais competitivo 
é uma forma de aumentar a eficiência do mercado. 
Gabarito: Certo 
 
21. (2010/CEBRASPE-CESPE/SEFAZ-ES/Consultor do Executivo) 
A microeconomia constitui uma importante ferramenta para analisar o comportamento dos 
agentes econômicos individuais. 
Acerca desse assunto, julgue o item. 
Os descontos dados pelas empresas de turismo para pessoas de terceira idade que viajam na 
baixa estação são consistentes com o comportamento de um monopolista discriminador de 
preços. 
Comentários: 
Sim, de fato descontos são formas de discriminação de preços. Podemos ser ainda mais 
específicos: são discriminações de terceiro. Contudo, a questão não pediu esse aprofundando, 
o que é uma pena... afinal, questões fáceis favorecem quem não se preparou, o que não é seu 
caso. 
Gabarito: Certo 
 
22. (2010/CEBRASPE-CESPE/SEFAZ-ES/Consultor do Executivo) 
Julgue o item que se segue, relativo à teoria dos jogos e dos mercados imperfeitos. 
Um monopolista, ao escolher operar onde a curva de demanda é inelástica, não estará 
maximizando seu lucro. 
Comentários: 
Correto. Afinal, se a curva de demanda é inelástica, significa que diminuir a quantidade ofertada 
e aumentar o preço é uma ideia lucrativa, já que resultará em aumento da receita e redução do 
custo. 
Ou seja, enquanto ele pode diminuir a quantidade e aumentar o lucro, ele não estará 
maximizando seu lucro. Ele só estará maximizando quando esgotar essa possibilidade, e isso só 
ocorrerá quando não estiver mais na parte inelástica da curva. 
Gabarito: Certo 
 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
44
103
12 
23. (2010/CEBRASPE-CESPE/MPU/Analista - Economia) 
Acerca da determinação de preços e poder de mercado, julgue o item a seguir. 
Uma empresa monopolista que discrimina preços de acordo com a quantidade consumida da 
mesma mercadoria/serviço pratica discriminação perfeita de preço de primeiro grau. 
Comentários: 
Não. A prática descrita na questão é uma discriminação de segundo grau. A discriminação 
perfeita (primeiro grau) consiste em cobrar exatamente o preço máximo que cada consumidor 
está disposto a pagar pelo produto. 
Gabarito: Errado 
 
24. (2010/CEBRASPE-CESPE/2010/MPU - Analista (Economia) 
Acerca da determinação de preços e poder de mercado, julgue o item a seguir. 
Caso a elasticidade da demanda seja grande, é correto afirmar que o poder de monopólio da 
empresa será pequeno. 
Comentários: 
Perfeito. O poder de monopólio, mensurado pelo índice de Lerner, será menor quanto maior for 
a elasticidade-preço da demanda. Consumidores muito sensíveis às mudanças de preços não 
permitem que o monopolista fixe preços muito altos. 
Gabarito: Certo 
 
25. (2015/CEBRASPE-CESPE/MPU/Analista - Perícia Economia) 
Acerca da determinação de preços e poder de mercado, julgue o item a seguir. 
Toda empresa que apresenta custo médio e custo marginal decrescentes para toda a sua 
produção é considerada um monopólio natural. 
Comentários: 
Apesar de parecer excessivamente exclusiva, essa definição está correta. Lembre-se dela. 
Gabarito: Certo 
 
 
 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
45
103
13 
26. (2013/CEBRASPE-CESPE/TCE RO/Auditor de Controle Externo) 
Normalmente o Estado intervém na economia quando os mercados são imperfeitos, quando 
existem externalidades ou quando é preciso oferecer bens públicos à população. Julgue o 
próximo item, que versam sobre o Estado regulador e suas políticas econômicas. 
Uma forma correta de regulação de preços de monopólios naturais é estabelecer seus preços 
nos níveis dos custos marginais. 
Comentários: 
Igualar os é preços aos custos marginais, para o monopolista natural, é prejuízo na certa, já que 
os custos marginais são inferiores aos custos médios em todo o horizonte relevante de produção. 
Ao aplicar essa regulação, o governo causaria a saída do monopolista natural do mercado. 
A solução mais aceita (pelas bancas, inclusive) é igualar o preço ao custo médio. 
Gabarito: Errado 
 
27. (2012/CEBRASPE-CESPE/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil) 
Acerca da estrutura de mercado, julgue o item que se segue. 
Como a demanda do monopolista é a própria demanda de mercado, o monopolista pode atuar 
conjuntamente sobre o preço e sobre a quantidade. 
Comentários: 
O monopolista pode determinar o preço ou a quantidade, pois está submetido à curva de 
demanda do mercado. 
Em outras palavras, ele não pode determinar os dois (preço e quantidade) simultaneamente, 
como afirmado na questão. 
Gabarito: Errado 
 
28. (2012/CEBRASPE-CESPE/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil) 
Acerca do comportamento das empresas segundo a estrutura de mercado, julgue o próximo 
item. 
A curva de oferta do monopolista é formada a partir de sua capacidade de influenciar o preço 
de mercado do bem. 
Comentários: 
O monopolista não tem curva de oferta, não importa o quanto as bancas insistam nisso; marque 
errado! 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
46
103
14 
Gabarito: Errado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
47
103
15 
LISTA DE QUESTÕES 
1. (2018/CEBRASPE-CESPE/FUB/Economista) 
Um monopolista maximiza o lucro na parte elástica da demanda, operando com markup maior 
do que um. 
 
2. (2016/CEBRASPE-CESPE/TCE-SC/Auditor Fiscal de Controle Externo - Economia) 
No que se refere à teoria da estrutura dos mercados de bens e de fatores de produção, julgue 
o item subsecutivo. 
Uma empresa em concorrência perfeita maximiza lucros quando iguala o preço de determinado 
produto ao seu custo marginal. Uma empresa monopolista maximiza lucros quando sua receita 
marginal é maior queo custo marginal. 
 
3. (2018/CEBRASPE-CESPE/FUB/Economista) 
Julgue o próximo item, relativo às diferentes estruturas de mercado. 
A fixação não linear de preços, ou seja, quando o preço da unidade produzida depende da 
quantidade adquirida pelo consumidor, é uma forma de definir discriminação de preços de 3.º 
grau. 
 
4. (2017/CEBRASPE-CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional – Economia) 
Com referência à teoria microeconômica da produção e às respectivas estruturas de mercado, 
julgue o item subsequente. 
No monopólio perfeitamente discriminador de preço, o ótimo de Pareto não pode ser 
alcançado. 
 
 
 
 
 
 
 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
48
103
16 
5. (2017/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata) 
Com relação a um produto de um mercado que está sob a situação de monopólio natural, o 
gráfico a seguir mostra: a curva de demanda, D, que corresponde ao preço de venda, p, para 
cada quantidade, Q, demandada pelo mercado, e a curva de custo marginal, C, que 
corresponde ao custo marginal, CMg, quando a produção atinge Q unidades. Nesse gráfico, 
CMg e p estão medidos na mesma escala do eixo vertical. 
 
Tendo como referência as informações e o gráfico apresentados, bem como conceitos a eles 
pertinentes, julgue o item que se segue. 
A quantidade a ser produzida e vendida no mercado a que se refere o gráfico em questão é 
igual àquela determinada pelo cruzamento das curvas D e C. 
 
6. (2017/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata) 
Com relação a um produto de um mercado que está sob a situação de monopólio natural, o 
gráfico a seguir mostra: a curva de demanda, D, que corresponde ao preço de venda, p, para 
cada quantidade, Q, demandada pelo mercado, e a curva de custo marginal, C, que 
corresponde ao custo marginal, CMg, quando a produção atinge Q unidades. Nesse gráfico, 
CMg e p estão medidos na mesma escala do eixo vertical. 
 
Tendo como referência as informações e o gráfico apresentados, bem como conceitos a eles 
pertinentes, julgue o item que se segue. 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
49
103
17 
Embora seja decrescente no trecho mostrado no gráfico em apreço, C representa a curva de 
oferta do monopolista. 
 
7. (2017/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata) 
Com relação a um produto de um mercado que está sob a situação de monopólio natural, o 
gráfico a seguir mostra: a curva de demanda, D, que corresponde ao preço de venda, p, para 
cada quantidade, Q, demandada pelo mercado, e a curva de custo marginal, C, que 
corresponde ao custo marginal, CMg, quando a produção atinge Q unidades. Nesse gráfico, 
CMg e p estão medidos na mesma escala do eixo vertical. 
 
Tendo como referência as informações e o gráfico apresentados, bem como conceitos a eles 
pertinentes, julgue o item que se segue. 
A característica de um monopólio natural é a existência de custos marginais baixos e custos fixos 
muito altos, impedindo a entrada de concorrentes. 
 
8. (2018/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata) 
A partir dos conceitos e das teorias usuais de concorrência perfeita, monopólio e oligopólio, 
julgue (C ou E) o item que se segue. 
O serviço de fornecimento de água e saneamento em uma cidade não constitui monopólio 
natural, uma vez que a atuação exclusiva da empresa em sua área é definida por lei ou contrato 
de concessão. 
 
9. (2018/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata) 
Uma das principais preocupações da análise econômica é com a precificação no mercado. 
Muitas vezes, ela ocorre de maneira ineficiente e isso acarreta importantes consequências no 
funcionamento da economia. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o item a seguir. 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
50
103
18 
De acordo com a regra de mark-up, quanto mais preço-elástica for a curva de demanda do 
mercado, maior será o poder de mercado do monopolista. 
 
10. (2012/CEBRASPE-CESPE/ANAC/Analista Administrativo) 
Acerca do comportamento das empresas segundo a estrutura de mercado, julgue o próximo 
item. 
O monopsônio é caracterizado pelo mercado comprador quando há apenas uma empresa 
compradora de certo bem ou serviço, que define o preço. 
 
11. (2016/CEBRASPE-CESPE/TCE SC/Auditor Fiscal de Controle Externo - Economia) 
A respeito de aspectos da teoria do consumidor, produtividades média e marginal e estruturas 
de mercado, julgue o item seguinte. 
Empresa monopsonista que seja a única compradora de determinada matéria-prima em um 
mercado de muitos fornecedores deve pagar um valor maior pela matéria-prima caso queira 
estimular os fornecedores a aumentar a produção. 
 
12. (2012/CEBRASPE-CESPE/TCDF/Auditor de Controle Externo) 
Acerca de microeconomia, julgue o item a seguir. 
Se a curva de demanda da empresa for elástica, o markup será pequeno, e essa empresa terá 
pouco poder de monopólio. 
 
13. (2009/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata) 
Considere as condições de equilíbrio de mercados em concorrência perfeita, de um lado, e, de 
outro, de mercados sujeitos ao monopólio. Considere, também, que, em ambas as condições, 
os produtores visem ao lucro (L), que resulta da maximização do excedente da receita total (RT) 
em relação ao custo total da produção (CT). Considere, ainda, que, ao maximizar o lucro, os 
produtores levem em consideração, entre outras variáveis, o preço (P), a quantidade produzida 
(Q), a receita marginal (RMg) e o custo marginal (CMg). Com base nessas considerações, julgue 
(C ou E) o item que se segue. 
Em ambas as condições citadas, os preços equivalem ao custo marginal. 
 
14. (2014/CEBRASPE-CESPE/ANTAQ/Especialista em Regulação) 
No que diz respeito às estruturas de mercado, à dinâmica de determinação de preços e lucros 
e à competitividade e estratégia empresarial, julgue o item que se segue. 
Celso Natale
Aula 05
BACEN (Analista - Área 2 - Economia e Finanças) Microeconomia - 2024 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
51
103
19 
A ineficiência do mercado de concorrência imperfeita pode ser medida pela distância entre o 
preço de mercado e o custo marginal do bem. Quanto menor for essa distância, menos eficiente 
será o mercado de concorrência imperfeita. 
 
15. (2006/CEBRASPE-CESPE/TCU/Auditor Federal de Controle Externo) 
Em relação às curvas de demanda e de oferta, julgue o item a seguir. 
A curva de oferta do monopolista é perfeitamente inelástica. 
 
16. (2002/CEBRASPE-CESPE/SENADO FEDERAL/Consultor Legislativo - Economia) 
Em relação à estrutura de mercados monopolistas e oligopolistas, julgue o item abaixo. 
Nos mercados monopolistas, a receita marginal excede o preço do produto em virtude de a 
curva de demanda ser negativamente inclinada. 
 
17. (2023/CEBRASPE/ISS-FORTALEZA/Analista Fazendário Municipal) 
Tendo em vista que, em um modelo de mercado em equilíbrio parcial, é possível analisar os 
ganhos e as perdas de bem-estar social mediante análises dos excedentes, julgue o item a 
seguir. 
Normalmente, monopolistas definem seus preços acima dos preços em concorrência perfeita e 
produzem quantidades abaixo do que uma empresa em concorrência perfeita produziria. 
 
18. (2002/CEBRASPE-CESPE/SENADO FEDERAL/Consultor Legislativo - Economia) 
Em relação à estrutura de mercados monopolistas e oligopolistas, julgue o item abaixo. 
No setor de transportes públicos de massa, como o metrô, a existência de custos fixos elevados 
requer que esses custos sejam partilhados entre muitos produtores e, portanto, estimula a 
competição nesse setor. 
 
19. (2002/CEBRASPE-CESPE/SENADO FEDERAL/Consultor Legislativo - Economia) 
Em relação à estrutura de mercados monopolistas e oligopolistas, julgue o item abaixo. 
O fato de as companhias aéreas reduzirem o preço das passagens quando da compra 
antecipada constitui exemplo de discriminação de

Mais conteúdos dessa disciplina