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PSICOLOGIA DA 
APRENDIZAGEM
Unidade 4
Desenvolvimento e 
aprendizagem
CEO 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
DIRETORA EDITORIAL 
ALESSANDRA FERREIRA
GERENTE EDITORIAL 
LAURA KRISTINA FRANCO DOS SANTOS
PROJETO GRÁFICO 
TIAGO DA ROCHA
AUTORIA 
RAQUEL ELISABETH DUMASZAK
4 PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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A
U
TO
RI
A
Raquel Elisabeth Dumaszak
Olá. Sou formada em Psicologia, nas modalidades 
bacharelado e licenciatura, e, desde então, atuo com Psicologia, 
Educação e Aprendizagem. Tenho interesse por assuntos que 
envolvem neurociências, comportamento e cognição, temáticas 
que segui na pós-graduação. Fui convidada pela Editora 
Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes 
e espero contribuir bastante com seu aprendizado teórico e 
profissional!
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6 PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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Teorias do desenvolvimento ................................................... 9
O Behaviorismo ..................................................................................................10
Watson: o pai do Behaviorismo .....................................................................10
Aprendizagem por condicionamento clássico .............................. 13
A teoria de Skinner ...........................................................................................16
Aprendizagem por condicionamento operante ........................... 19
O Humanismo .......................................................................... 25
Carl Rogers: breve histórico ............................................................................26
A pessoa como centro ......................................................................................28
O ensino centrado no aluno ...........................................................................30
A psicanálise ........................................................................... 35
Freud e a Psicanálise: breve histórico ........................................................... 35
As fases de desenvolvimento na Teoria Psicanalítica ................................. 38
A fase oral ............................................................................................39
A fase anal ...........................................................................................40
A fase fálica .........................................................................................42
Período de latência e fase genital ...................................................44
A Psicanálise e a Educação .............................................................................44
Aprendizagem na adolescência ............................................ 48
Estresse e estratégias de resiliência .............................................................50
A ansiedade na sala de aula ...........................................................................53
SU
M
Á
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7PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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A
PR
ES
EN
TA
ÇÃ
O
No campo do desenvolvimento infantil, existem várias 
teorias, que abordam desde as fases do crescimento da criança 
até a maneira como ela se comporta no mundo. Nesta unidade, 
trabalharemos as três teorias fundamentais do desenvolvimento, 
bem como suas implicações no processo de aprendizagem. 
A primeira, o Behaviorismo, tem como foco do 
desenvolvimento o comportamento da criança diante das 
situações vividas por ela. Assim, ele acontece mediante 
estímulos no ambiente e respostas emitidas pelo sujeito, com a 
aprendizagem também sendo concebida dessa forma. 
Na segunda, o Humanismo, o foco é no sujeito. O 
desenvolvimento e a aprendizagem acontecem por meio das 
experiências vividas pelo homem no mundo e de como essas 
vivências se constroem mediante as relações interpessoais 
que cada sujeito estabelece. A aprendizagem, nesse caso, é 
autodeterminada. 
Na terceira, a Psicanálise, o desenvolvimento se dá a 
partir da organização da energia em torno das zonas erógenas, 
constituindo, assim, fases de desenvolvimento. A aprendizagem 
acontece por meio da relação afetiva e da identificação entre 
professor e aluno. 
Ainda abordaremos alguns fatores que interferem de 
forma negativa na aprendizagem e atrapalham o desempenho 
escolar, principalmente de adolescentes: o estresse e a ansiedade. 
A aprendizagem é um processo importante em todas as 
fases da vida escolar e deve ser entendida de diferentes formas 
para que, no ambiente da sala de aula, seja mais bem aproveitada. 
8 PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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O
BJ
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IV
O
S
Seja muito bem-vindo à Unidade 4 – Desenvolvimento 
e aprendizagem. Nosso compromisso é auxiliar você na 
aprendizagem dessa etapa de estudos: 
1. Definir os conceitos relacionados com as teorias do 
desenvolvimento humano.
2. Compreender o pensamento humanístico de Carl 
Rogers no que concerne à pessoa como o centro e ao 
ensino centrado no aluno.
3. Entender os princípios da psicanálise de Freud, 
identificando suas fases, fazendo um paralelo entre 
essas fases e a educação.
4. Lidar com o estresse e a ansiedade dos estudantes 
em fase de adolescência, aplicando as estratégias de 
resiliência.
Então, preparado para uma viagem rumo ao 
conhecimento? Vamos lá!
9PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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Teorias do desenvolvimento 
OBJETIVO
Neste capítulo, vamos entender os conceitos 
relacionados às teorias do desenvolvimento 
humano. E então, preparado? Vamos lá!
As teorias do desenvolvimento nos ajudam a compreender 
as crianças e os adolescentes por meio da descrição e exploração 
das mudanças psicológicas, comportamentais e de personalidade 
que sofrem no decorrer do tempo. Elas buscam explicar de que 
maneiras esses pequenos sujeitos mudam e como tais mudanças 
afetam a sua aprendizagem. As teorias são importantes para 
delimitar algumas diferenças existentes na personalidade de 
crianças e adultos.
O interesse pelo estudo do desenvolvimento da 
infância é recente na História da Humanidade. Até o século XIX, 
aproximadamente, as crianças eram tratadas como adultos, e 
a partir dos 3 a 4 anos de idade já participavam das mesmas 
atividades deles. 
No início do século XX, percebe-se uma preocupação 
mais ampla com as crianças e com a necessidade da educação 
formal. A disciplina era exercida ainda de forma violenta, com 
castigos tanto em casa como na escola. Essas atitudes somente 
começaram a mudar com o estudo sistemático e científico do 
desenvolvimento da criança.
Ao longo desta unidade, vamos discorrer sobre a 
relevância desse saber, mostrando algumas das importantes 
teorias do desenvolvimento infantil e como elas estão 
relacionadas à aprendizagem.
10 PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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O Behaviorismo
A abordagem comportamental entende que a 
aprendizagem é regulada por fatores situacionais: a situação 
em que o comportamento ocorre (em que momento o aluno se 
comporta de determinada maneira), o próprio comportamento 
(que comportamento ele manifesta) e as suas consequências (o 
que acontece com o aluno quando se comporta de determinada 
maneira). O efeito da interação dessas contingências sobre o 
aluno depende de suas características internas somadas à sua 
história de vida e ao momento específico em que a aprendizagem 
está ocorrendo.
A teoria comportamental trabalha com modificações de 
comportamento, utilizando técnicas próprias, e é especialmente 
aplicada quando é necessário clarificar e estabelecer limites, 
extinguir comportamentos inadequados ou desenvolver novos 
comportamentos. Geralmente, suas técnicas são utilizadas junto 
com outras abordagens complementares. 
O Behaviorismo salienta a importância do planejamento 
da ação pedagógica, fazendo com que a aprendizagem do aluno 
gere consequências naturalmente reforçadoras (positivas) ao 
aprender. 
Watson: o pai do Behaviorismo 
IvanPavlov foi um fisiologista russo que descobriu a 
Teoria do Reflexo Condicionado em suas pesquisas com cães. 
Seus estudos serviram de base para as teorias comportamentais 
de Watson e Skinner. 
As teorias comportamentais do desenvolvimento têm 
sua base no Positivismo, em que o conhecimento, para ser de 
11PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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fato uma ciência, precisava passar por etapas sistemáticas de 
observação e confirmação empírica. Assim, em meados do século 
XIX, nos Estados Unidos, J. B. Watson foi o primeiro representante 
do ambientalismo. 
DEFINIÇÃO
O Positivismo foi uma escola filosófica criada 
pelo francês Augusto Comte (1798-1857). Para os 
filósofos positivistas, a ciência deve ser construída 
por meio de um protocolo sistemático de 
observações empíricas e de fenômenos concretos 
passíveis de serem observados e confirmados por 
consenso público.
Watson ficou famoso por uma declaração, em que dizia: 
Deem-me uma dúzia de crianças saudáveis, 
bem formadas, e o mundo que eu especificar 
para criá-las e garanto poder tomar qualquer 
uma ao acaso e treiná-la para ser o especialista 
que se escolher – médico, advogado, artista, 
gerente comercial e até mesmo mendigo ou 
ladrão, independentemente de seus talentos, 
inclinações, tendências habilidades, vocações 
e da raça de seus ancestrais. (WATSON [s. d.] 
apud GOULART, 2000) 
Figura 1 – J. B. Watson
 
Fonte: Wikimedia Commons 
12 PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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Com esse discurso, Watson dava início aos estudos do 
comportamento e da influência do ambiente na aprendizagem. 
Ele lançava o Behaviorismo e transformava a análise da 
aprendizagem no estudo da modificação do comportamento 
como resultado da experiência. 
Alguns pontos do pensamento de Watson são 
fundamentais para entendê-los:
 • Rejeição à introspecção – Watson acreditava que a 
introspecção era uma fonte insatisfatória de dados e 
que a ciência deveria lidar apenas com fatos acessíveis 
a todos. 
 • Maior crença no ambiente do que na hereditariedade 
– no pensamento de Watson, predominavam fatores 
objetivos em detrimento daquilo que era subjetivo; 
logo, priorizava-se aquilo que poderia ser aprendido 
por meio dos sentidos e da observação. 
 • O efeito do ambiente na aprendizagem se dá por meio 
de condicionamento de reflexos – assim, não seria 
necessário recorrer a faculdades não observáveis para 
explicar comportamentos de homens e animais. 
Watson foi considerado o pai do Behaviorismo norte-
americano. Ele era discípulo de Pavlov nos estudos de reflexo 
condicionado e inspirou outros pesquisadores como E. L. 
Thorndike, que desenvolveu a Lei do Efeito em sua pesquisa. 
DEFINIÇÃO
Lei do Efeito: a repetição de um ato que causa um 
resultado desejável aumenta a probabilidade de 
ocorrência desse mesmo ato.
13PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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Pavlov, em suas pesquisas, chegou à seguinte fórmula: 
a associação de um estímulo não condicionado (comida) com a 
apresentação de um estímulo neutro (campainha) pode provocar 
uma resposta condicionada (salivação), ou seja, aprendida. 
Aprendizagem por condicionamento 
clássico 
Pavlov desenvolveu as suas pesquisas sobre o 
condicionamento do comportamento analisando as atitudes 
de cães. Pavlov foi o primeiro a desenvolver uma teoria sobre 
o condicionamento do comportamento, que, teoricamente, 
poderia ser aplicada a qualquer contexto. 
Primeiramente, consideramos que o estímulo reflexo 
ou incondicionado (S1) gera uma resposta incondicionada (R1). 
A salivação dos cães de Pavlov é, inicialmente, uma resposta 
incondicionada ao estímulo incondicionado - que é o alimento. 
Estímulo incondicionado: estímulo que elicia 
automaticamente uma resposta incondicionada, por exemplo, o 
alimento. 
Resposta incondicionada: resposta que é 
automaticamente eliciada pelo estímulo incondicionado, por 
exemplo, a salivação. 
Pavlov descobriu, então, que, associando um estímulo 
neutro (S2), como o som de uma sineta, antes do estímulo 
incondicionado, os cães já começavam a salivar. A isso, deu-se 
o nome de condicionamento. Um som é apresentado logo antes 
do EI (alimento). Os dois estímulos são associados, gerando uma 
resposta. 
14 PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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Depois do processo de condicionamento, os cães 
passaram a salivar assim que ouviam a sineta. O som passou a 
ser um estímulo condicionado (S2), e a salivação, uma resposta 
condicionada (R2).
Estímulo condicionado: estímulo que passa a eliciar uma 
nova resposta após o condicionamento clássico, por exemplo, o 
som da sineta.
Resposta condicionada: resposta eliciada pelo estímulo 
condicionado após o condicionamento clássico. 
Observe a Figura 2.
Figura 2 – Esquema de aprendizagem por condicionamento clássico
Em que:
S1: estímulo incondicionado.
R1: resposta incondicionada.
S2: estímulo neutro/estímulo condicionado.
R2: resposta condicionada.
Fonte: Elaborada pela autoria (2021).
15PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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SAIBA MAIS
Para saber mais sobre o assunto, assista ao vídeo 
“Condicionamento clássico explicado”, do canal 
Universo da Psicologia, clicando no QR-Code.
VOCÊ SABIA?
Watson ficou tão impressionado com os 
estudos de Pavlov sobre o condicionamento 
de comportamentos que resolveu testar a 
aplicabilidade do método em respostas emocionais 
humanas, como o medo. Para isso, ele e sua 
assistente de pesquisa, Rosalie Rayner, realizaram 
um estudo com um bebê de 11 meses, o pequeno 
Albert. Watson usou como estímulo neutro 
um coelho. Albert não tinha medo do animal, 
pois quando o viu antes do condicionamento, 
aproximou-se dele e o tocou. Watson, então, 
esgueirou-se por trás de Albert e bateu com um 
martelo em uma barra de ferro, produzindo 
um som muito forte. A resposta de Albert foi de 
evitação e fuga (chorar e tentar engatinhar para 
longe) a esse ruído. Watson e Rayner associaram 
então a visão do coelho com o ruído até que 
apenas a visão do bicho produzia a resposta de 
medo e evitação em Albert. Watson demonstrou, 
com esse experimento, que com é possível 
condicionar até mesmo respostas emocionais a 
partir do condicionamento clássico.
https://www.youtube.com/watch?v=YMsqEmhaszE
16 PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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Figura 3 – Watson e o experimento com o pequeno Albert
 
Wikimedia Commons.
A teoria de Skinner 
Figura 4 – B. F. Skinner
 
Wikipedia Commons.
B. F. Skinner nasceu em 1904, na Pennsylvania, ano em 
que Pavlov recebia o Prêmio Nobel de Medicina. Ele estudou 
a obra de Watson Behavior: an Introduction to Comparative 
Psycology e a publicação de Thorndike, Psicologia Educacional. Em 
1931, Skinner concluiu o Doutorado em Psicologia em Harvard 
e começou a lecionar na Universidade de Minnesota, em 1936. 
17PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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VOCÊ SABIA?
Skinner escreveu diversas obras ao longo de sua 
carreira, entre elas o romance Walden II (1948), 
que retrata uma sociedade ideal, em que não 
há violência, privilégios, divisão de classes e 
propriedade privada. Skinner deixa claro, neste 
livro, sua crença de que a vida do homem pode ser 
boa mediante um planejamento que vise ao maior 
bem para o maior número de pessoas, aplicando 
os princípios da Teoria de Reforçamento. 
A proposta teórica de Skinner era fundamentada na 
análise científica do comportamento. Nesse pensamento, o 
homem não é autodeterminado nem autossuficiente, mas 
determinado pelo ambiente. Para Skinner, as versões iniciais do 
ambientalismo eram falhas, pois deixavam muito espaço para o 
indivíduo autônomo, e, para ele, o ambiente assume funções que 
antes eram atribuídas ao homem. 
Skinner ressalta que o homem não controla o ambiente; 
contudo, também não é uma vítima dele. O homem é controlado 
por um ambiente que ajuda a construir. Desse modo, os estímulos 
(Sa) que vêm do ambiente geram respostas (R) no homem, que, 
por sua vez, devolve uma resposta (Sc) ao ambiente.
Figura 5 – Esquema do Condicionamento Operante
Fonte: Elaborada pela autoria(2021).
A teoria de Skinner gira em torno do controle do 
comportamento e dos estudos das consequências observáveis. 
Ele escolheu algumas áreas do comportamento humano para 
dar exemplos sobre o controle. 
18 PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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 • Controle pessoal.
 • Educação.
 • Governo. 
Em todos esses aspectos, Skinner utiliza o sistema 
de reforço/punição para explicar o controle. Toda sociedade 
estabelece normas e regras de convivência; Skinner chama de 
reforço o recebimento de alguma gratificação ou admiração 
– aquilo que recebemos como incentivo para a manutenção 
de determinado comportamento. A punição, ao contrário, é a 
consequência que escapa ao desejável. É utilizada sob forma 
de censura ou acusação, com a intenção de extinguir um 
comportamento. 
Skinner preconiza que todo comportamento pode ser 
aprendido, inclusive o comportamento verbal, que ele define 
como o comportamento reforçado pela mediação com outras 
pessoas. 
A aquisição da linguagem, aqui, se dá por meio da 
imitação do comportamento verbal dos adultos, os quais vão 
reforçando suas respostas para que elas se tornem cada vez mais 
próximas do padrão de linguagem considerado adequado. Como 
consequência desse reforçamento seletivo da comunidade, a 
criança aprende a discriminar quais, entre as suas verbalizações, 
implicarão reforços e quais não.
19PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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REFLITA
Vimos até aqui que, a partir da análise do 
comportamento, bastaria que manipulássemos 
as variáveis ambientais mediante reforço aos 
comportamentos esperados e punição para os 
comportamentos indesejáveis; seria possível obter 
qualquer resultado que quiséssemos aprender e 
ensinar o que melhor nos convém. Você acredita 
que uma aprendizagem nesses moldes tenha 
um resultado satisfatório? Acredita que seja 
duradouro?
Aprendizagem por condicionamento 
operante 
No condicionamento clássico, a aprendizagem se dá 
pela associação de estímulos ambientais e suas respostas. No 
condicionamento operante, essa relação é complexificada, pois 
associa os comportamentos a suas consequências, mediante 
processo de reforço ou punição. É chamado de condicionamento 
operante porque opera no ambiente, produzindo uma 
consequência. 
A pesquisa sobre o comportamento e suas consequências 
teve início com Edward Lee Thorndike e sua caixa enigmática. 
Nos seus estudos com a caixa, Thorndike desenvolveu a Lei do 
Efeito: qualquer comportamento que resulte em consequência 
satisfatória tende a ser repetido, e qualquer comportamento que 
resulte em consequência insatisfatória tende a não ser repetido. 
20 PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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Figura 6 – E. Thorndike
 
Fonte: Wikipedia 
Skinner, na década de 1930, redefiniu os termos de 
Thorndike. Para ele, “consequências satisfatórias e insatisfatórias” 
eram expressões subjetivas. Assim, no pensamento de Skinner, 
um reforçador é um estímulo que aumenta a probabilidade de 
ocorrência de uma resposta anterior; e um estímulo punitivo 
diminui a probabilidade de ocorrência dessa resposta. 
DEFINIÇÃO
Reforçador: estímulo que aumenta a probabilidade 
de uma resposta anterior. 
Punitivo: estímulo que diminui a probabilidade de 
ocorrência de uma resposta anterior.
Desse modo, o reforço é o processo pelo qual a 
probabilidade de uma resposta é aumentada mediante a 
apresentação de um estímulo reforçador depois da resposta, 
e a punição é o processo pelo qual a chance de uma resposta 
ocorrer é diminuída mediante a apresentação de um estímulo 
punitivo depois da resposta. 
21PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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Exemplo: imagine que você está condicionando 
operantemente sua cachorra. Assim, se cada vez que 
ela se sentar, você der comida, a comida será o estímulo 
reforçador, e o processo de aumentar o comportamento 
de se sentar seria chamado de reforço. Igualmente, se 
você a condicionasse a parar de pular sempre que apertar 
um spray de água em seu rosto, o spray seria o estímulo 
punitivo, e o processo para reduzir o comportamento de 
pular seria chamado de punição. 
DEFINIÇÃO
Reforço: processo pelo qual a chance de se 
obter uma resposta é aumentada mediante a 
apresentação de estímulo reforçador. 
Punição: processo pelo qual a chance de se 
obter uma resposta é diminuída mediante a 
apresentação de estímulo punitivo.
Skinner não apenas redefiniu os termos da Lei de Efeito, 
mas também ampliou a pesquisa, subdividindo os termos em 
reforço positivo e negativo, e punição positiva e negativa. A 
palavra “positivo”, aqui, significa que um estímulo foi adicionado; 
e a palavra “negativo” quer dizer que um estímulo foi removido. 
Skinner também definiu dois tipos de estímulos: estímulo 
apetitivo (agradável) e estímulo aversivo (desagradável).
22 PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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DEFINIÇÃO
Estímulo apetitivo: é um estímulo agradável. Por 
exemplo: dinheiro, boas notas, comida. 
Estímulo aversivo: é um estímulo desagradável. Por 
exemplo: choque elétrico, notas baixas, doenças. 
Reforço positivo: reforço em que é apresentado 
um estímulo apetitivo. 
Reforço negativo: reforço em que é removido um 
estímulo aversivo. 
Punição positiva: punição em que é apresentado 
um estímulo aversivo. Punição negativa: punição 
em que é removido um estímulo apetitivo. 
No reforço positivo, é apresentado um estímulo apetitivo 
(agradável); já na punição positiva, é apresentado um estímulo 
aversivo (desagradável). Por exemplo, elogiar uma criança por 
fazer tarefas é um processo de reforço positivo, pois se acrescenta 
um estímulo agradável, o elogio. Bater em uma criança por não 
obedecer às regras é um exemplo de punição positiva, pois se 
acrescenta um estímulo desagradável, a violência. 
No reforço negativo, um estímulo aversivo é retirado; 
já na punição negativa, um estímulo apetitivo é retirado. Um 
exemplo de reforço negativo seria tomar um analgésico para 
dor de cabeça. A remoção da dor (estímulo aversivo) leva a uma 
maior chance de repetir o comportamento de tomar o analgésico. 
Um exemplo de punição negativa é proibir uma pessoa de usar o 
carro (estímulo apetitivo) depois que ela chegou em casa depois 
da hora combinada. Ser privada de dirigir levará à obediência 
futuramente. 
23PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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ACESSE
Assista ao vídeo “Skinner e o condicionamento 
operante” para saber mais sobre essa forma de 
condicionamento, clicando no QR-Code.
Observe o Quadro 1:
Quadro 1 – Reforço e punição negativos e positivos
Positivo Negativo
Reforço
É apresentado um estímulo 
agradável. 
É removido um estímulo 
desagradável.
Punição
É apresentado um estímulo 
desagradável. 
É removido um estímulo 
agradável. 
Fonte: Elaborado pela autoria (2021).
É importante ressaltar que o que serve de reforço ou 
punição é relativo a cada indivíduo, em contexto específico 
e em determinado momento. O que nos diz se um estímulo 
serviu como reforçador ou punitivo é se o comportamento-alvo 
continuar ocorrendo (reforço) ou parar (punição).
https://www.youtube.com/watch?v=A9GWeVA5O1k
24 PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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RESUMINDO
E então, compreendeu tudo que estudamos neste 
capítulo? Vamos revisar um pouco do que vimos. 
Neste capítulo, você viu que o condicionamento 
clássico é a aquisição de uma nova resposta 
(resposta condicionada) a um estímulo 
previamente neutro (estímulo condicionado) que 
sinaliza, confiavelmente, a chegada de um estímulo 
incondicionado. Você também aprendeu que o 
condicionamento operante é a aprendizagem a 
partir da associação dos comportamentos as suas 
consequências. Desse modo, comportamentos 
que são reforçados, ou seja, que produzem 
consequências satisfatórias, serão fortalecidos. Por 
outro lado, comportamentos que são punidos, ou 
seja, que produzem consequências insatisfatórias, 
serão enfraquecidos. 
25PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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O Humanismo
OBJETIVO
Neste capítulo, vamos compreender o pensamento 
humanístico de Carl Rogers no que diz respeitoà pessoa como o centro e ao ensino centrado no 
aluno. E então, preparado? Vamos lá!
O Humanismo faz parte da chamada Terceira tendência 
na Psicologia americana. É denominado assim porque se 
diferencia radicalmente das duas forças maiores da Psicologia: 
o Behaviorismo e a Psicanálise. No Humanismo, a ideia de 
homem psicológico é rejeitada e é adotado o ponto de vista 
fenomenológico e existencialista para compreender o indivíduo 
e o mundo.
O Existencialismo moderno se desenvolve em torno 
do conceito fenomenológico de intencionalidade, significando 
a característica do pensamento que independe dos fatos 
objetivos ou dos eventos externos. Para clarificar a influência 
do Existencialismo, é importante esclarecer alguns aspectos da 
Filosofia da época: 
 • Todas procedem de uma vivência existencial, difícil de 
definir e variável de filósofo para filósofo. 
 • O objetivo principal da investigação é o que chamamos 
de existência, e o sentido atribuído a esse vocábulo 
é variável, mas trata-se de uma maneira de ser 
particularmente humana. 
 • A existência é concebida de maneira atualista. Ela nunca 
é, mas cria-se em liberdade; é um projeto, um devir. 
 • Os existencialistas consideram o homem como mera 
subjetividade, que é entendida em um sentido criador: 
o indivíduo cria-se livremente a si mesmo, ele é a sua 
liberdade. 
26 PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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IMPORTANTE
O Humanismo é também um dos pilares da 
Psicologia da terceira força. Com interesse pelos 
valores humanos, o reconhecimento da pessoa 
é a entidade de valor incalculável. O Humanismo 
contemporâneo assume um caráter comunitário, 
diferentemente do Humanismo histórico da 
Renascença. 
Carl Rogers foi o teórico que identificou essa terceira 
tendência na Psicologia e quem representou essa nova vertente 
teórica. 
Carl Rogers: breve histórico 
Figura 7 – Carl Rogers
 
Fonte: Wikimedia Commons
Carl Rogers foi um terapeuta-educador que não priorizou 
nenhuma das duas profissões – e isso não o prejudicou. Ele via 
em ambas a oportunidade de desenvolvimento do ser humano. 
Seu trabalho não consistia em analisar o campo da Educação 
nem o campo da Saúde Mental, mas na defesa de uma atitude 
profissional que facilitasse o desenvolvimento de todos. 
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Rogers nasceu em 1902, no estado de Illinois, em uma 
família religiosa. Cresceu isolado e limitado pelas crenças 
religiosas e pela rigidez moral da família. Em 1922, em uma 
viagem a Pequim para assistir a uma conferência da Federação 
Mundial de Estudantes Cristãos, fez uma excursão pela China 
Ocidental. Segundo relatos, a partir desta viagem, seus objetivos, 
valores, propósitos e sua filosofia passaram a ser os seus 
próprios, divergente de tudo que o havia sido transmitido até 
então pelos pais. 
Em 1924, iniciou seus estudos no Unios Theological 
Seminary e concluiu seu Doutorado em 1931 no Teacher College, 
da Universidade de Columbia. Em 1930, já publicava artigos em 
revistas especializadas. 
Seu primeiro trabalho foi em um centro de orientação 
infantil, em Rochester. Nos 12 anos que trabalhou nesse centro, 
Rogers desenvolveu seu modelo terapêutico, o qual denominou 
Terapia de relacionamento.
VOCÊ SABIA?
Rogers produziu vídeos sobre o seu método de 
trabalho para fins de pesquisa e de aperfeiçoamento 
da técnica. Alguns vídeos estão disponíveis da 
Internet. Assista a um deles, clicando no QR-Code. 
Em 1951, Rogers publicou o livro “Terapia centrada do 
cliente”, no qual ressalta o aspecto mais revolucionário de seu 
pensamento: o cliente é quem deve ter a força orientadora da 
relação terapêutica. Em 1969, lançou a obra “Liberdade para 
https://www.youtube.com/watch?v=bIxAQ79RmL4
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aprender”, um marco para a Educação, pois continha as condições 
educacionais necessárias para Rogers.
A explicação Rogeriana do processo de aprendizagem 
escolar também é entendida como uma terceira força nas teorias 
de aprendizagem, por se diferenciar das teorias associacionistas 
e cognitivas. Rogers entendia a aprendizagem escolar como um 
processo de autorrealização. 
A pessoa como centro
Rogers desenvolveu uma teoria terapêutica que ficou 
conhecida como representante da terceira força em Psicologia. 
Essa abordagem Rogeriana sobre personalidade e conduta 
enfatiza o sujeito e suas relações interpessoais; com foco no 
desenvolvimento da personalidade do indivíduo, na construção 
e na organização pessoal da realidade; na capacidade de 
atuar como um ser integrado. A orientação interna do sujeito, 
o autoconceito e a visão autêntica de si mesmo são também 
conceitos que Rogers enfatizou em seus escritos. 
Figura 8 – Terapia
 
Fonte: Freepik
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Na perspectiva Rogeriana, o homem é único, tanto em 
sua vida interior, em suas percepções, quanto na sua avaliação 
do mundo. A pessoa é considerada um processo contínuo de 
descoberta de seu próprio ser. Não há modelo a ser seguido. 
O objetivo do homem é a autorrealização, o uso pleno de 
suas potencialidades e capacidades. Para Rogers, o homem não 
tem um fim determinado, mas tem liberdade para se apresentar 
como um projeto permanente e inacabado. O homem é 
arquiteto de si mesmo, como afirma o autor; é consciente de sua 
incompletude ao mesmo tempo em que sabe que é um ser em 
transformação e um agente transformador da realidade. 
DEFINIÇÃO
A teoria Rogeriana enfatiza sujeito, porém não 
há uma dicotomização do homem e mundo. O 
homem se atualiza e atualiza o mundo. 
Para Rogers, o ser humano reconstrói em si o mundo 
exterior a partir de sua percepção, dos estímulos e das 
experiências, e lhes atribui significados próprios. O mundo é 
produzido pelo homem e tem papel fundamental na criação 
de condições de expressão para a pessoa, cuja tarefa é o 
desenvolvimento pleno do seu potencial inerente. 
O foco da teoria Rogeriana é o sujeito, mas uma das 
condições necessárias para o desenvolvimento individual é o 
ambiente. A visão de mundo e da realidade é desenvolvida e 
impregnada de conotações particulares à medida que o homem 
experiencia o mundo e os elementos experienciados vão 
adquirindo significados para ele. 
Segundo Rogers, o papel do subjetivo não deve ser 
minimizado. Dessa forma, rejeita qualquer forma de controle e 
manipulação das pessoas, mesmo que seja sob o pretexto de 
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torná-las mais felizes. A crença na fé e a confiança – termos de 
Rogers – na capacidade da pessoa em seu próprio crescimento 
constituem o pressuposto básico da teoria Rogeriana.
O ensino centrado no aluno 
Vimos que, para Rogers, o sujeito deve estar no centro de 
tudo, e não poderia ser diferente quando pensamos no âmbito 
educacional. O sujeito tem papel fundamental na elaboração do 
conhecimento. Para o autor, o homem conhece ao experienciar 
realidades que possuam significados concretos para ele e, além 
disso, que proporcionem mudança e crescimento. 
Figura 9 – O sujeito na elaboração de seu conhecimento
 
Fonte: Pixabay
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NOTA
A educação não deve ser apenas para a pessoa 
em situação escolar, mas para o homem. Tudo o 
que está a serviço do crescimento das pessoas, 
do interpessoal ou do intergrupal é educação. 
Nesse processo de aprendizagem, os motivos de 
aprender devem ser os do próprio aluno. 
A finalidade da educação é criar condições que facilitem 
a aprendizagem do aluno, liberando sua capacidade de 
autoaprendizagem, tornando possível o seu desenvolvimento 
intelectual e emocional. Seria a criação de condições nas 
quais os alunos pudessem ter iniciativa, responsabilidade, 
autodeterminação, discernimento, que soubessem aprender 
coisas que lhes serão úteis para a solução de seus problemas 
e que tais conhecimentos os capacitem a adaptar-se com 
flexibilidade nas novas situações. 
A escola, de acordo com esse posicionamento, respeita 
a criança como ela é, oferececondições para que possa 
desenvolver-se e possibilita e estimula a autonomia do aluno. 
Uma escola que faz com que alunos ativos fiquem 
sentados em carteiras, estudando assuntos em sua maior parte 
inúteis, é uma escola má. Será boa apenas para os que acreditam 
em escolas desse tipo, para os cidadãos não criadores que 
desejam crianças dóceis, não criadoras, prontas a se adaptarem 
a uma civilização cujo marco de sucesso é o dinheiro. Criadores 
aprendem o que desejam aprender para ter os instrumentos 
que o seu poder de inventar e o seu gênio exigem. Não sabemos 
quanta capacidade de criação é morta nas salas de aula, segundo 
Neill ([s. d.] apud MIZUKAMI, 1986).
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Figura 10 – A educação não se dá apenas na sala de aula, mas em todo lugar que estimule a 
autonomia e possibilite novas experiências
 
Fonte: Pixabay
Neill era radical em relação ao modelo escolar. Mas, 
quanto à proposta Rogeriana, tentativas de aplicação foram 
feitas levando em consideração os limites da escola, contudo 
estabelecendo um ambiente de aprendizagem que favorecesse 
a liberdade para aprender. 
Rogers propunha um ensino não diretivo, ou seja, dirigir 
a pessoa à sua própria experiência, para que, assim, ela possa 
se estruturar e agir. A não diretividade implica um conjunto 
de técnicas que têm como base a confiança e o respeito pelo 
aluno. A partir disso, é possível afirmar que há uma teoria da 
aprendizagem na proposta Rogeriana para a Educação. Seus 
princípios básicos são:
 • Todo aluno tem potencialidade para aprender a 
tendência e realizar essa potencialidade. 
 • Todo aluno possui capacidade organísmica de 
valoração. 
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 • Todo aluno manifesta resistência à aprendizagem 
significativa. 
 • Se for pequena a resistência do aluno, então ele realiza 
sua potencialidade para aprender. 
 • O aluno, ao realizar sua potencialidade para aprender, 
torna-se aberto à experiência, reciprocamente. 
 • A autoavaliação é função da capacidade organísmica de 
valoração. 
 • A criatividade é função da autoavaliação. 
 • A autoconfiança é função da autoavaliação. 
 • A independência é função da autoavaliação. 
O professor, nesta abordagem, assume o papel de 
facilitador da aprendizagem, devendo ser autêntico (aberto a 
experiências) e congruente, isto é, integrado, o que implica, 
também, aceitar seu aluno e compreender os sentimentos que 
possui. 
O aluno, nesta abordagem, deve responsabilizar-se pelos 
objetivos referentes à aprendizagem que têm significado para ele 
e precisa ser compreendido como um ser que se autodesenvolve 
e cujo processo de aprendizagem deve-se facilitar. 
A aprendizagem, para Rogers, tem a qualidade de um 
envolvimento pessoal – a pessoa como um todo, tanto no sentido 
sensível quanto sob o aspecto cognitivo. Ela é autoiniciada. Mesmo 
quando o primeiro impulso ou o estímulo vem de fora, o senso 
de descoberta, do alcançar, do captar e do compreender vem de 
dentro. É penetrante. Suscita modificação no comportamento, 
nas atitudes, talvez mesmo na personalidade do educando. É 
avaliada pelo educando. Este sabe se está indo ao encontro de 
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suas necessidades, em direção ao que quer saber. O lócus da 
avaliação pode-se dizer, reside, afinal, no educando. Significar é a 
sua essência. Quando se verifica a aprendizagem, o elemento de 
significação desenvolve-se, para o educando, em sua experiência 
como um todo, de acordo com Rogers (1972 apud MIZUKAMI, 
1986).
RESUMINDO
E então, compreendeu tudo que estudamos neste 
capítulo? Vamos revisar um pouco do que vimos. 
Neste capítulo, você viu que, na perspectiva 
Rogeriana, ser humano significa ser um organismo 
em processo de integração, independente, 
autônomo, que deve ser aceito e respeitado, uma 
pessoa cujos sentimentos e experiências ocupam 
um papel importante no desenvolvimento, que 
possui uma capacidade de autogerir-se, de se 
reajustar, capacidade que deve ser liberada não 
diretivamente; considerada no aqui e agora, que 
interage com outras pessoas, é compreendida 
e se aceita tal como é. Você também aprendeu 
que a proposta Rogeriana para a Educação é a de 
que restaure e estimule a curiosidade do aluno; 
encoraje-o a escolher seus próprios interesses; 
promova todos os tipos de recursos; permita que 
o aluno faça escolhas responsáveis e que assuma 
a responsabilidade das consequências de suas 
opções; dê ao aluno papel ativo na formação 
e na construção de um programa que ele faz 
parte; promova interação entre os meios reais; 
focalize, por meio da interação, os problemas 
reais; desenvolva a autodisciplina e crítica, para 
que os alunos sejam capazes de avaliar tanto 
as suas quanto as contribuições dos outros; e 
capacite o aluno a adaptar-se inteligente, flexível e 
criativamente a novas situações problemáticas do 
futuro.
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A psicanálise 
OBJETIVO
Neste capítulo, vamos entender os princípios da 
Psicanálise de Freud, identificar suas fases e fazer 
um paralelo entre elas e a Educação. E então, 
preparado? Vamos lá!
Um dos marcos do século XX é a Psicanálise e a descoberta 
do inconsciente. Não se pode dissociar a imagem de Sigmund 
Freud da origem e consolidação dessa teoria, apesar da existência 
de grandes nomes entre os colaboradores iniciais. Diante disso, 
vamos a um estudo dos principais conceitos da Psicanálise e a 
sua relação com a Educação. 
Freud e a Psicanálise: breve 
histórico
Figura 11 – Sigmund Freud
 
Fonte: Wikimedia Commons
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Sigmund Freud nasceu em Freiberg, em 1856. Ingressou 
seus estudos na Universidade de Viena, em 1873, concluindo a 
faculdade de Medicina em 1881. Dedicou-se à Psiquiatria para 
posteriormente concluir que os conhecimentos existentes não 
eram significativos. Nas décadas de 1880 e 1890, Freud foi 
reconhecido como um neurologista de renome. 
Iniciou os estudos com Charcot, em Paris, um psiquiatra 
conhecido por seus estudos e trabalhos com pessoas histéricas. 
Freud acompanhou seus seminários e a descoberta de que 
fenômenos histéricos e a hipnose constituíam um mesmo 
processo. Embora mais tarde as teorias de Charcot não tivessem 
sido úteis para a Psicanálise, os estudos sobre o processo 
sugestivo e os sintomas de doenças mentais constituíram a base 
para o pensamento de Freud. 
Figura 12 – Charcot no Hospital Salpêtrière, em Paris
 
Fonte: Wikipedia 
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SAIBA MAIS
O principal colaborador para as ideias iniciais de 
Freud é Joseph Breuer, médico que realizava na 
Áustria pesquisas sobre o tratamento da histeria 
com a hipnose. O trabalho de Breuer no caso Ana 
O. ficou conhecido como o primeiro caso tratado 
no modelo psicanalítico. O método de eliminar 
os sintomas com a retomada de recordações 
traumáticas passadas, chamado Método Catártico, 
ficou conhecido como a cura pela fala. 
Em linhas gerais, esses são os dados iniciais da teoria 
de Freud, que continuou a ser construída nos 50 anos que se 
seguiram. As obras centrais do modelo psicanalítico são: “Os 
estudos sobre a histeria”, escritos com Breuer em 1893-1895; 
“A interpretação dos sonhos” (1900); “Psicopatologia na vida 
cotidiana”, (1901); “Três ensaios para uma teoria sexual” (1905); 
“Os três ensaios clínicos” (1909-1911) – o pequeno Hans, o 
homem dos ratos e o caso Schreber –; “Os instintos e seus 
destinos” (1915); “Luto e melancolia” (1917); “Além do princípio 
do prazer” (1920); “O Ego e o Id” (1923); e “Inibição, sintoma e 
angústia” (1926).
Figura 13 – “A interpretação dos sonhos” em sua primeira edição, em 1900
Fonte: Silva (2014).
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As fases de desenvolvimento na 
Teoria Psicanalítica
A Teoria Psicanalítica versa sobre a estruturação psíquica, 
a existência de processos inconscientes e sua influência na 
vida do sujeito. Na teoria, estão presentes conceitosque não 
cabem ser explicitados aqui, mas ressaltaremos aqueles que 
são necessários para compreender as fases de desenvolvimento 
infantil que Freud desenvolveu ao longo dos seus estudos.
DEFINIÇÃO
A libido é uma energia afetiva original, que 
mobiliza o organismo na direção de seus 
objetivos e progressivas organizações durante o 
desenvolvimento, cada uma suportada por uma 
organização biológica. Cada nova organização da 
libido é apoiada em uma zona erógena corporal e 
caracteriza uma fase de desenvolvimento. 
A libido é uma energia voltada para a obtenção de prazer. 
Nesse sentido, define-se a libido como uma energia sexual, em 
um sentido amplificado do termo, e cada fase de desenvolvimento 
como uma etapa psicossexual de desenvolvimento. 
IMPORTANTE
A sexualidade não é vista por Freud em seu sentido 
usual, mas abarca a evolução de todas as ligações 
afetivas estabelecidas desde o nascimento até 
a sexualidade genital adulta, ou seja, a energia 
sexual mencionada é, para a Psicanálise, uma 
energia vital, que move as estruturas do sujeito. 
Ao organizar-se em torno das zonas erógenas definidas, a 
libido caracteriza as fases do desenvolvimento infantil: fase oral, 
fase anal e fase fálica. Há também um período intermediário, sem 
novas organizações, antes da fase final: o chamado período de 
latência. E, por fim, a fase genital, que é uma organização adulta. 
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DEFINIÇÃO
Define-se a fase de desenvolvimento como a 
organização da libido em torno de uma zona 
erógena, dando uma fantasia básica e uma 
modalidade de relação de objeto. 
A fase oral 
Ao nascer, o bebê perde a relação simbiótica com a mãe e, 
com o corte do cordão, a separação é irreversível. A criança deve, 
assim, iniciar a sua adaptação ao meio. A luta entre os instintos 
de vida e de morte já é um combate franco nesse momento. 
Os processos já existentes na vida intrauterina, de 
incorporar os alimentos e excretar o que é prejudicial, serão agora 
deslocados para as relações com o mundo. A amamentação é 
um exemplo disso. 
Ao nascer, a estrutura sensorial mais desenvolvida 
é a boca, pela qual se buscará o equilíbrio homeostático 
aparentemente perdido. É pela boca que começará a provar 
e a conhecer o mundo, e fará sua primeira e mais importante 
descoberta afetiva: o seio. O seio é o primeiro objeto de ligação 
infantil com o mundo, é o depositário dos seus primeiros amores 
e ódios.
Nesse momento, a libido está organizada em torno da zona 
erógena oral, e a modalidade de relação oral é a incorporação. 
A criança incorpora o leite e o seio, e isso é o equivalente a ter a 
mãe dentro de si. O vínculo inicial pode então ser estabelecido. 
Tudo o que a criança pega é levada à boca. É comendo que ela 
conhece o mundo e que as identificações são estabelecidas. 
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IMPORTANTE
Freud percebe que, além da necessidade de 
alimentação, a criança sente prazer no ato de 
mamar. O prazer oral é uma modalidade que 
se estabelece paralelamente ao prazer de se 
alimentar, mas que se separa dele. Esse vínculo 
de prazer inicial será a base de futuras ligações 
afetivas. 
Devemos ter em mente que os modelos 
psicológicos são organizados sempre tendo como 
base alguma organização biológica. Assim, a 
modalidade incorporativa é a estrutura de base do 
primeiro ano de vida.
No segundo e terceiro ano, o controle muscular e a 
organização psicomotora estão em maturação. É o período em 
que se inicia o andar, o falar e que se estabelece o controle dos 
esfíncteres. No início do segundo ano de vida, a libido passa da 
organização oral para a anal. 
Dois processos psicológicos básicos estão se organizando: 
o primeiro diz respeito às fantasias que a criança elabora sobre 
os primeiros produtos, realmente seus, que coloca no mundo; o 
segundo, ao modelo de relação a ser estabelecido com o mundo 
por meio de seus produtos. Primeiro a criança desenvolve o 
sentimento de ter coisas suas, que ela produz e que pode ofertá-
las ou negá-las ao mundo. Percebemos isso no andar e no falar, 
de modo mais imediato. 
A fase anal 
O período é denominado fase anal porque a libido 
se organiza sobre a zona erógena anal. A fantasia básica será 
ligada aos primeiros produtos, principalmente ao valor simbólico 
das fezes. Duas modalidades de relação serão estabelecidas: a 
projeção e o controle.
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Figura 14 – Estátua feminina com um bebê: fase anal
 
Fonte: Pixabay
As fezes assumem um lugar central na fantasia da criança. 
São objetos que vêm de dentro do próprio corpo, que são parte 
dessa criança, de certo modo. São objetos que geram prazer ao 
serem produzidos. Durante o treino de esfíncteres, as fezes são 
dadas como presentes ou recompensa aos pais, e, se o ambiente 
é hostil, são retidas. 
Quando o desenvolvimento é normal, cada elemento que 
a criança produz é sentido como bom e valorizado. O sentimento 
básico que fica estabelecido a conduzirá por todas as fases 
posteriores da vida ao sentir que ela é adequada e que o que 
ela produz é bom, portanto será sempre livre e estimulada a 
produzir. Esse sentimento de que o que produzimos é bom é 
necessário para todas as reações produtivas que estabelecemos 
com o mundo: trabalho, família, filhos, sociedade. 
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A fase fálica 
No terceiro ano de vida, a libido se organiza novamente; 
agora, a erotização passa a ser dirigida para os genitais. Há um 
interesse infantil por eles, a masturbação torna-se frequente 
e normal, e surge a preocupação com as diferenças entre 
meninos e meninas. Essa discriminação sexual não caracteriza a 
existência de dois genitais, o masculino e o feminino, mas apenas 
a presença ou ausência do pênis. Então, meninos são aqueles 
que têm pênis, e meninas, aquelas que não o possuem. 
A erotização dos genitais, que se inicia nesse período, traz 
a fantasia de meninos e meninas terem um pênis. Mas, à medida 
que o desenvolvimento se processa, a percepção correta da 
realidade confirmará para a criança que só o homem é portador 
de pênis, ficando a mulher na condição de castrada. Na visão 
Freudiana, essa organização do pensamento infantil fornecerá 
as bases diferenciais das organizações psicológicas masculinas 
e femininas. 
Nesta fase, a fantasia básica é fálica, e a tarefa desse 
momento é organizar os modelos de relação entre o homem e a 
mulher. 
IMPORTANTE
Nunca devemos nos esquecer de que estamos 
falando, aqui, da organização da fantasia infantil. 
A procura por parceiros para satisfação sexual real 
é uma tarefa da vida adulta, é um trabalho da fase 
genital. A libido está organizada em torno da zona 
erógena genital, mas configurada pela fantasia 
fálica. Há um acúmulo de tensão, de energia que 
deve ser descarregada na sensação de prazer. E a 
descarga de energia, nesse caso, energia sexual, 
implica a busca por um objeto, um elemento do 
sexo oposto.
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É, portanto, natural que, nesta etapa, o menino busque 
uma figura feminina que cumpra este papel. E a figura feminina 
que ele tem mais próxima é a mãe. A maioria dos vínculos de 
prazer da infância está ligado a ela; a mãe preenche esse papel 
na fantasia infantil. E é essa relação que servirá de suporte para 
que, quando adulto, possa buscar uma parceira sexual com 
quem estabelecerá vínculos afetivos e sexuais.
O pai, neste momento, também tem papel fundamental 
na fantasia da criança e coloca-se como um interceptor entre o 
filho e a mãe. As fantasias infantis de se casar com a mãe, ou ser 
seu namorado, são vedadas pelo pai. O menino fica, então, com 
um sentimento ambivalente de ódio e amor em relação ao pai. 
Isso é o que Freud chamou de Complexo de Édipo. 
DEFINIÇÃO
Complexo de Édipo: estabelece-se um triângulo 
amoroso – o pai, a mãe e o filho. O pai, maior, mais 
forte e dono da mãe, é sentido pelo filho como 
um adversário contra o qual não pode lutar. Nafantasia infantil, devido à erotização e ao amor 
pela mãe, o pai, como forma de punição, o castra. 
Configura-se, então, o temor pela castração, que 
obriga o menino a reprimir a atração sentida pela 
mãe. 
A repressão que ocorre no Édipo marca o fim da fase 
fálica infantil e estabelece o modelo de busca de um amor que 
será retomado na adolescência. 
44 PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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VOCÊ SABIA?
“Édipo Rei” é uma peça do teatro grego antigo escrita 
por Sófocles, por volta de 427 a.C. Aristóteles, na 
sua “Poética”, considerou essa obra como o mais 
perfeito exemplo de tragédia grega. Centra-se na 
família de Édipo, descrevendo eventos com mais de 
8.000 anos. A história dessa família é determinada 
por uma profecia que Édipo irá matar o seu pai e 
se casar com a sua mãe, e a ação dessa primeira 
peça é a descoberta da realização da profecia. 
Período de latência e fase genital 
Com a repressão que ocorre no Édipo, a energia libidinal 
se desloca para outros objetivos não sexuais. A isso, chamamos de 
realizações socialmente produtivas de sublimação. O período de 
latência caracteriza-se pela canalização das energias sexuais para 
o desenvolvimento social. Não há uma nova organização de zona 
erógena, nem de fantasias básicas, nem de novas modalidades 
de relações objetais. É um período intermediário entre a fase 
fálica e a fase genital adulta. A sexualidade permanece reprimida 
até sua eclosão na puberdade. 
Alcançar a fase genital constitui, para a Psicanálise, o pleno 
desenvolvimento do adulto normal. As adaptações biológicas e 
psicológicas foram realizadas, agora é a hora das realizações. É 
capaz de amar num sentido amplo, definindo um vínculo sexual 
significativo e duradouro. 
A Psicanálise e a Educação 
Em seu estudo autobiográfico, Freud afirma que não 
contribui com coisa alguma para a aplicação da Psicanálise à 
Educação, mas é compreensível que as investigações da vida 
sexual das crianças e de seu desenvolvimento psicológico tenham 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Po%C3%A9tica
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atraído à atenção dos educadores e mostrado o trabalho deles 
sob uma nova luz 
Apesar disso, na análise de sua obra, podemos identificar 
algumas vezes em que ele fez referência à Educação. Em “O 
mal-estar da civilização”, Freud apresenta a primeira tarefa da 
educação: a criança deve aprender a controlar seus instintos. É 
impossível conceder-lhe liberdade de pôr em prática todos os 
seus impulsos sem restrições.
A educação e a terapêutica, para Freud, acham-se em 
relação atribuível uma com a outra. A educação procura garantir 
que algumas disposições da criança não causem qualquer 
prejuízo ao indivíduo ou à sociedade. A educação constitui uma 
profilaxia, que se destina a prevenir tanto a neurose quanto a 
perversão, e a psicoterapia procura desfazer o menos estável 
dos dois resultados e instituir uma espécie de pós-educação.
O educador, contudo, trabalha com um material que é 
plástico, aberto a toda impressão, e tem de observar a obrigação 
de não moldar a jovem mente de acordo com suas próprias 
ideias pessoais, mas segundo as disposições e possibilidades do 
educando, de acordo com Freud ([s. d.] apud GOULART, 2015). 
Sabemos que, para a criança, o professor é um substituto 
paterno. O professor pode, assim, abrir ou bloquear o caminho 
para a aprendizagem. O papel da transferência na relação 
criança-professor é fundamental. 
Embora o professor não seja um terapeuta, é importante 
que conheça os fenômenos psíquicos que permeiam a sua 
relação com o aluno. A identificação com o professor é de maior 
importância para o desenvolvimento da personalidade e para a 
aprendizagem intelectual. Além disso, quanto às fantasias das 
crianças expressas no brincar e no falar, o professor pode, desde 
a pré-escola, ser orientado a lidar com elas.
46 PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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VOCÊ SABIA?
Se você ficou interessado em saber mais sobre as 
fases de desenvolvimento psicossexual e a relação 
da Psicanálise com a Educação, assista aos vídeos 
“Freud – Complexo de Édipo e fases psicossexuais”, 
neste QR-Code.
“Freud – Transferência e Educação”, disponível no 
QR-Code.
https://www.youtube.com/watch?v=uJcEEdD1g4c
ttps://www.youtube.com/watch?v=iMiizJ1YkQA
47PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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RESUMINDO
E então, compreendeu tudo que estudamos neste 
capítulo? Vamos revisar um pouco do que vimos. 
Neste capítulo, você viu que a libido é uma energia 
voltada para a obtenção de prazer. Nesse sentido, 
define-se a libido como uma energia sexual, em 
um sentido amplificado do termo, e cada fase de 
desenvolvimento como uma etapa psicossexual de 
desenvolvimento. Você também aprendeu que a 
sexualidade não é vista por Freud em seu sentido 
usual, mas abarca a evolução de todas as ligações 
afetivas estabelecidas desde o nascimento até 
a sexualidade genital adulta, ou seja, a energia 
sexual mencionada é, para a Psicanálise, uma 
energia vital, que move as estruturas do sujeito. 
Por fim, compreendeu que a libido caracteriza as 
fases do desenvolvimento infantil – fase oral, fase 
anal e fase fálica – e que há também um período 
intermediário, sem novas organizações, antes da 
fase final, o período de latência; e a fase genital, 
que é uma organização adulta.
48 PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
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Aprendizagem na 
adolescência 
OBJETIVO
Neste capítulo, vamos aprender a lidar com o 
estresse e com a ansiedade dos adolescentes, 
aplicando as estratégias de resiliência. E então, 
preparado? Vamos lá!
Falamos, até aqui, sobre os diferentes modos de 
compreender a aprendizagem. Seja na infância, seja na 
adolescência, os autores das teorias mencionadas não se 
diferenciam muito. Alguns aspectos, porém, devem ser 
ressaltados no período da adolescência, como fatores que 
podem alterar o rendimento escolar: o estresse e a ansiedade.
No Behaviorismo, a aprendizagem é regulada por fatores 
situacionais (estímulo externo) que geram alguma consequência 
(resposta) para o indivíduo. No Humanismo, a aprendizagem 
se dá pela experiência do homem com o mundo, por meio da 
sua autodeterminação e autorregulação. Na Psicanálise, a 
aprendizagem é permeada pela afetividade e pela transferência 
na relação professor-aluno – a identificação é fundamental. 
O rendimento escolar pode ser definido como as 
modificações no indivíduo, que são proporcionadas pela 
aprendizagem, e a capacidade de recorrer a sua estrutura cognitiva 
para ultrapassar as dificuldades e solucionar problemas, medido 
por notas ou conceitos que apontam para o aproveitamento ou 
não aproveitamento da situação de ensino e aprendizagem. 
O desempenho escolar pode ser afetado por diversos 
fatores: externos, como a escola e a família; e internos, como 
autoconceito acadêmico, a motivação, a ansiedade e outros. 
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NOTA
Estudos acadêmicos sobre desempenho escolar 
salientam que, quando professores demonstram 
apoio, carinho, aprovação e elogios, os alunos 
apresentam maior desempenho escolar. E 
quando a escola oferece apoio, mais estabilidade 
e flexibilidade, e os pais estão cientes das 
necessidades desenvolvimentais de seus filhos, 
apoiando suas decisões, um clima favorável é 
estabelecido.
Depois da família, a escola tem sido percebida como um 
local ideal para a construção de novas maneiras de compreender a 
sociedade e de construir novos hábitos, incluindo, aqui, hábitos de 
saúde. De acordo com a concepção que a Organização Mundial de 
Saúde (OMS) tem de saúde, entendemos que fatores ligados à escola 
podem influenciar na saúde do indivíduo. 
A OMS define saúde como: 
Um estado de completo bem-estar físico, 
mental e social, e não consiste apenas na 
ausência de doença ou de enfermidade. [...] A 
extensão a todos os povos dos benefícios dos 
conhecimentos médicos, psicológicos e afins 
é essencial para atingir o mais elevado grau de 
saúde. (NEPP-DH, [s. d.], on-line)
REFLITA
A saúde psicológicaestá diretamente ligada à saúde 
física de um sujeito. Sendo assim, compreendemos 
que adolescentes que não conseguem construir, 
manter e modificar adequadamente as 
características dos relacionamentos interpessoais 
frequentemente evoluem para quadros 
depressivos e ansiosos. Levando em consideração 
que a aprendizagem se dá em um meio social – a 
escola –, por meio da relação entre professor-aluno 
e aluno-aluno, a qualidade dessa aprendizagem 
fica comprometida.
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A adolescência é um período marcado por diversos 
conflitos relacionados à identidade, ao futuro, às transformações 
corporais; assim, as dificuldades nos relacionamentos 
interpessoais e o estresse podem ser causados tanto por 
modificações sociais que o sujeito vivencia nesta etapa quanto 
pelas suas mudanças biológicas que caracterizam a puberdade. 
Estresse e estratégias de 
resiliência 
Um evento estressor é caracterizado como um estímulo 
que ameaça o organismo, gerando consequências que podem 
ser físicas ou psicológicas. Podemos facilmente identificar como 
evento estressor a morte de alguém, um acidente, uma violência, 
uma doença física, entre outros. Contudo, episódios diários 
menores, eventos corriqueiros, como pequenas frustrações, 
demandas irritantes e coisas que acontecem no dia a dia, podem 
causar prejuízos e ser igualmente nocivas. 
EXPLICANDO 
MELHOR
O estresse é uma condição patológica que se 
desenvolve quando o indivíduo conclui que as 
dificuldades eventuais são excessivas e que a 
sua capacidade de enfrentá-las é menor. Isso 
impossibilita que o indivíduo crie estratégias 
para lidar com esses eventos estressores. Essa 
diferença entre o evento estressor e a capacidade 
do indivíduo de superá-lo altera sua qualidade de 
vida, trazendo prejuízos, diminuindo a motivação 
para atividades diárias. Pode também provocar 
uma sensação de incompetência, inabilidade e, em 
consequência, baixa autoestima
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O evento estressor pode ser definido como uma situação 
do dia a dia que causa irritação, frustração, diminuição de 
motivação ou nervosismo. Pode também ser uma situação maior 
como um ataque violento, a morte de alguém, a descoberta de 
uma doença.
O estresse provoca mudanças na vida do indivíduo, tanto 
biológicas quanto psicológicas. A resposta corporal do indivíduo, 
em termos neurobiológicos, é uma ativação do sistema nervoso 
simpático e da hipófise, glândula responsável pelo gerenciamento 
das emoções e pela manutenção da homeostase.
Já as respostas psicológicas são várias e também relativas. 
Cada indivíduo reage de uma forma diante de um evento estressor, 
mas, em geral, envolvem cansaço, confusão mental, dificuldade 
de concentração, prejuízo na memória, queda de produtividade, 
irritabilidade, agressividade, apatia, queda de autoestima, 
desgaste, isolamento, falta de energia, baixo rendimento 
escolar, comportamento hiperativo, hipersensibilidade emotiva, 
depressão e outras psicopatologias.
Alguns autores sugerem a resiliência e o uso de 
estratégias de coping como forma de enfrentamento desses 
eventos estressores. A resiliência tem sido definida como a 
capacidade que o indivíduo possui de superar as adversidades 
ou a habilidade de lidar com algum episódio estressor e superá-
lo. Já as estratégias de coping são os esforços empregados pelo 
indivíduo na tentativa de lidar com situações estressantes. 
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REFLITA
Você já passou por alguma situação em que 
exercitou a resiliência? Quais foram as suas 
estratégias para superar uma situação de estresse? 
As estratégias de coping são recursos cognitivos, 
emocionais e comportamentais orientados para 
a redução do estresse em situações adversas. 
A estratégia a ser empregada em tal situação 
depende da avaliação que o indivíduo faz dela. 
Assim, em situações avaliadas como modificáveis, 
o indivíduo emprega estratégias que focalizam 
o problema, e em situações avaliadas como não 
modificáveis, as estratégias focalizam na emoção. 
Autores mencionam que as estratégias mais 
utilizadas por adolescentes são de distração que 
envolve relaxamento, por exemplo, a prática de 
exercícios, o abuso de substâncias, entre outras. 
Essas estratégias são para alívio temporário do 
estresse, mas não atuam na fonte do problema. 
Figura 15 – Alunos exercitando a meditação como estratégia contra o estresse
 
Fonte: Freepik
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A aprendizagem pode ser afetada positiva ou 
negativamente por diferentes fatores. Podemos perceber que os 
fatores estressores influenciam negativamente nesse processo, 
mas é possível, mesmo dentro da sala de aula, ensinar aos alunos 
adolescentes como lidar com esses eventos, criando estratégias 
de enfrentamento próprias de cada sujeito. Com o fortalecimento 
dessas estratégias e do senso de capacidade de superação dos 
problemas, a tendência é de que cada vez menos esses eventos 
interfiram no desempenho escolar dos alunos. 
A ansiedade na sala de aula 
Anteriormente, vimos como o estresse pode afetar os 
alunos em sala de aula. Agora, abordaremos outro fator que 
interfere no desempenho de alunos, em grande parte nos 
adolescentes: a ansiedade. 
Figura 16 – Ansiedade diante de situações escolares pode atrapalhar o desempenho em sala 
de aula
 
Fonte: Pixabay 
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EXPLICANDO 
MELHOR
A ansiedade pode ser caracterizada como uma 
sensação de perigo iminente, aliada a uma atitude 
de expectativa, que provoca uma perturbação mais 
ou menos profunda. Também pode se manifestar 
como um sentimento avassalador de medo de 
tudo que está relacionado ao contexto escolar 
ou a certas situações escolares, determinadas 
disciplinas, professores, situações de avaliação, 
colegas, entre outros. 
Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento 
da ansiedade:
 • Fatores comuns relacionados ao ambiente familiar são: 
pais excessivamente críticos, constantes comparações, 
alto nível de exigência quanto à realização do filho.
 • Fatores mais comuns relacionados ao ambiente escolar 
são: criar expectativas não realistas com relação ao 
desempenho de seus alunos, promover um clima de 
pressão para realização das tarefas, comparação entre 
os alunos, sistema de avaliação rígido e ameaçador, 
clima de competição. O surgimento da ansiedade 
também está associado à capacidade de a criança ou 
do adolescente de interpretar seu desempenho escolar, 
em relação a sua turma e ao seu próprio desempenho 
anterior.
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REFLITA
É possível diferenciar a ansiedade em duas 
formas distintas: a preocupação e a emotividade. 
A preocupação é um componente cognitivo e diz 
respeito às expectativas negativas sobre si mesmo, 
por exemplo, a situação de prova e suas possíveis 
consequências. Já a emotividade está relacionada 
a sentimentos de desprazer, nervosismo e tensão, 
com presença (ou não) de sintomas físicos, como 
tremores, suores, taquicardia e outros. Apesar de 
serem distintas, a preocupação e a emotividade 
estão correlacionadas.
O desempenho escolar é afetado negativamente 
em grande parte pela preocupação, porque os sintomas da 
emotividade tendem a diminuir quando o teste ou exame 
começa; à medida que as preocupações permanecem, podem 
aumentar e tendem a permanecer mesmo depois da avaliação. 
EXPLICANDO 
MELHOR
A ansiedade diante de avaliações tem sido uma 
preocupação dos educadores, considerando 
que ela tende a aumentar com a avançar da 
escolaridade, gerando um padrão motivacional 
disfuncional que prejudica o desempenho 
acadêmico dos alunos. Visto que a situação de 
avaliação escolar é um mal necessário, cabe aos 
professores, à escola e à família auxiliarem o aluno 
a lidar de forma mais funcional com situações de 
ansiedade.
Teóricos da Psicologia cognitiva acreditam que alunos 
ansiosos têm hábitos de estudos deficientes, apresentam 
dificuldade de organizaro material e não processam a informação 
adequadamente; e isso retroalimenta o ciclo da ansiedade. 
Como resposta, hábitos efetivos de estudos capacitam os alunos 
a organizar tarefas de modo que exijam menos capacidade 
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cognitiva do que seria necessário, alimentando, assim, bons 
hábitos de estudos, gerando motivação e diminuindo a ansiedade.
Existe a hipótese de que a ansiedade tende a aumentar 
as demandas feitas na capacidade cognitiva enquanto hábitos 
apropriados de estudos e estratégias efetivas para realização 
de provas capacitam o aluno altamente ansioso a lidar mais 
apropriadamente com as demandas da tarefa. 
A psicologia cognitiva tem demonstrado que as 
estratégias de aprendizagem podem auxiliar no controle de 
variáveis como a ansiedade, a motivação para a aprendizagem, 
as atribuições de causalidade para o sucesso e fracasso escolar, 
entre outras, e, dessa forma, contribuir para a manutenção de 
um estado interno satisfatório que favoreça a aprendizagem. 
Assim, podemos dizer que nem todos os problemas podem ser 
resolvidos na escola, mas, em algumas questões relacionadas 
à ansiedade, principalmente à ansiedade nos momentos de 
avaliação, o professor pode e deve auxiliar seu aluno a lidar de 
uma forma mais funcional com esse momento. 
Há alguns procedimentos que o educador pode adotar 
em sala de aula, a fim de prevenir o desenvolvimento da 
ansiedade, como: esclarecer a finalidade da avaliação, atenuar 
a pressão do tempo na realização de avaliações, informar aos 
alunos quanto à forma de avaliação, fornecer instruções sobre 
o tempo, minimizar o uso de comparações em sala de aula, 
evitar que alunos ansiosos tenham que se expor em sala de aula, 
avaliar de várias maneiras diferentes, não só por testes e provas, 
ressaltar os pontos fortes de seus alunos e auxiliar na superação 
das dificuldades. São práticas importantes e de fácil uso para o 
professor e que contribuem para a prevenção da ansiedade em 
sala de aula.
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Figura 17 – Professora e alunos trabalhando juntos
 
Fonte: Freepik
SAIBA MAIS
Caso queira se aprofundar no tema, leia o artigo 
“Infância, mídias e aprendizagem: autodidaxia e 
colaboração”, clicando no QR-Code.
https://www.scielo.br/j/es/a/TnqxLwrqkSJc6CmgLf8dMgq/?lang=pt 
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RESUMINDO
E então, compreendeu tudo que estudamos 
neste capítulo? Vamos revisar um pouco do que 
vimos. Neste capítulo, você viu que o desempenho 
escolar pode ser afetado por diversos fatores: 
externos, como a escola e a família; e internos, 
como autoconceito acadêmico, a motivação, a 
ansiedade e outros. Você também entendeu que 
o desempenho escolar é afetado negativamente 
em grande parte pela preocupação, porque os 
sintomas da emotividade tendem a diminuir 
quando o teste ou exame começa; à medida que 
as preocupações permanecem, podem aumentar 
e tendem a permanecer mesmo depois da 
avaliação. Por fim, você aprendeu estratégias que 
educador pode adotar em sala de aula, a fim de 
prevenir o desenvolvimento da ansiedade, como: 
esclarecer a finalidade da avaliação, atenuar a 
pressão do tempo na realização de avaliações, 
informar aos alunos quanto à forma de avaliação, 
o fornecimento de instruções sobre o tempo etc.
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BELLONI, M. L.; GOMES, N. G. Infância, mídias e aprendizagem: 
autodidaxia e colaboração. Revista Educação e Sociedade, v. 29, 
n. 104, p. 717-746, 2008.
ÉDIPO REI. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikipedia 
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GOULART, I.B. Piaget: experiências básicas para utilização pelo 
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Desenvolvimento: a idade pré-escolar. São Paulo: EPU, 1981. 
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Acesso em: 6 fev. 2022.
RE
FE
RÊ
N
CI
A
S
	Teorias do desenvolvimento 
	O Behaviorismo
	Watson: o pai do Behaviorismo 
	Aprendizagem por condicionamento clássico 
	A teoria de Skinner 
	Aprendizagem por condicionamento operante 
	O Humanismo
	Carl Rogers: breve histórico 
	A pessoa como centro
	O ensino centrado no aluno 
	A psicanálise 
	Freud e a Psicanálise: breve histórico
	As fases de desenvolvimento na Teoria Psicanalítica
	A fase oral 
	A fase anal 
	A fase fálica 
	Período de latência e fase genital 
	A Psicanálise e a Educação 
	Aprendizagem na adolescência 
	Estresse e estratégias de resiliência 
	A ansiedade na sala de aula

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