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Resumo de Constitucional 1° Bimestre REPARTIÇÃO DAS COMPETÊNCIAS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA ● Conceito de Competência Tributária: Visto que os entes federativos são autônomos, o constituinte, em 1988, outorgou a cada um deles, determinados tributos próprios→ para que pudessem fazer frente à suas despesas ○ Autorização constitucional para que cada ente federativo possa instituir, legislar, descrever suas hipóteses de incidência, seus sujeitos ativos, passivos e suas bases de cálculo e alíquotas, sobre determinado tributo ○ EX. Com isso, ao atribuir competência tributária para o Estado em relação ao ICMS, por exemplo, a Constituição Federal outorgou poderes para que cada Estado institua o seu ICMS, bem como defina as regras gerais de incidência, tais como definição de alíquotas, contribuintes e responsáveis, dentre outras questões, observadas sempre as limitações de ordem constitucional, bem como estabelecidas em lei complementar. ○ A Constituição não cria tributos→ seria mais difícil fazer esses ajustes e adaptar as políticas tributárias às necessidades locais e às condições econômicas específicas de cada região. ○ Federação política (partilha de competências). ○ Federação tributária (competência de cada ente federativo para criar, fiscalizar e cobrar determinadas espécies tributárias). ■ Relação subjetiva entre contribuintes e Estado — pagamento dos tributos. ■ Competência impositiva legislativa: a lei cria os tributos. ● Conceito de Tributo: ○ Art. 3° do CTN: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção por ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade plenamente vinculada. ■ Para uma determinada ação ser considerada um tributo, ela deve atender a certas características específicas, independentemente de como é denominada 1 ■ Para que uma determinada obrigação seja considerada um tributo, é necessário que a entidade que a criou tenha competência tributária para tanto.→ Respeitar constituição e CTN ○ Prestação pecuniária compulsória: Obrigação de dar→ tira a vontade das partes→ estabelece compulsoriedade→ obrigações tributárias→ FORÇA DO ESTADO ○ Emmoeda ou cujo valor nela se possa exprimir: admite o pagamento em bens susceptíveis de avaliações (exceção a regra).→ APENAS PARA TRIBUTOS ATRASADOS→ LEI ESPECÍFICA AUTORIZANDO ○ Que não constitua sanção por ato ilícito: ■ Multa: sanção de natureza administrativa pelo descumprimento de uma obrigação (não tem natureza tributária). ■ Tributo — de natureza tributária. ■ Ilicitude: para o direito tributário, a origem do dinheiro/patrimônio não importa (o crime é de responsabilidade do direito penal). ○ Instituída perante Lei: princípio da estrita legalidade tributária — a lei deve trazer todos os contornos da espécie tributária (quem cobrará o imposto; quem paga o tributo; em que momento o tributo é devido; em que local) — tudo deve estar descrito minuciosamente na lei — art. 150, I. ■ Art. 37 CF — fala sobre a administração pública e estabelece 5 princípios: legalidade, impessoalidade, moralidade, eficiência e publicidade. ■ Legalidade: o administrador público só pode fazer aquilo que a lei expressamente autoriza. ■ Caso algo seja esquecido, como um fato, o contribuinte não está obrigado. ● Identificação da natureza específica dos tributos ○ Não são relevantes: ■ O nome que se dá ao tributo na Lei (EX. Não é pq chamo de imposto que é imposto) ■ Não é relevante para os impostos, taxas e contribuição de melhoria, a destinação legal do produto da arrecadação (IPVA não tem nada a ver com rua, ele vai para o cofre do Estado e ele gasta com o que quiser, escolas, hospitais, etc.) ■ Em todos os casos, a natureza específica dos tributos é determinada pelo FATO GERADOR, ou pela HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA da respectiva obrigação 2 ● Conceito legal, sendo a formulação hipotética de um fato que, se ocorrendo concretamente, dá nascimento à obrigação. ● O fato gerador é o evento ou a situação definida em lei que faz surgir a obrigação tributária, impondo ao contribuinte o ônus de pagar um tributo. Ele é a "causa" que desencadeia a obrigação de pagar impostos. ● Hipótese de incidência: Letra da lei, ou seja, é a descrição de um fato em abstrato que me obriga a pagar um tributo (IPVA diz que é obrigada a pagar qm é proprietário de veículo automotor)→ se não tem carro e nem casa, não tenho que pagar imposto, já que não encaixa na lei ● Fato imponível: é quando a situação descrita hipotética acontece de fato no mundo real (compro um carro, a partir deste momento sou obrigado a pagar o IPVA) ● é a partir da letra da lei que identificamos as diferentes espécies tributárias ■ FATO GERADOR = H.I. + F.I. ● Espécies de Tributos (5) ○ Vinculados (à atuação estatal): participação do estado na atuação daquela espécie tributária ou, a repercussão deste (estado fornece água, licença, autorização, obras que valorizam imóvel particular, documentos): ■ Taxas: está diretamente relacionado a um serviço público específico prestado pelo Estado ou ao exercício do poder de polícia estatal→ Fato gerador: é configurado por uma atuação estatal específica referível ao contribuinte, que pode consistir na prestação regular do poder de polícia, ou na prestação ao contribuinte, ou a colocação à disposição deste, de serviços público específico e divisível (art. 146. II, da CF, e art. 77, do CTN)→ A hipótese de incidência é uma atuação estatal diretamente, imediatamente referida ao contribuinte. ● Serviço: água, luz, documentos, etc.→ a Taxa de Emissão de Documentos, a Taxa de Coleta de Lixo e a Taxa de Licenciamento Anual de Veículo.→ é conseguida a partir do momento que o Estado presta o serviço, tem que pagar mesmo não usando pq o serviço está ali ● Polícia: Exige poder fiscalizador do Estado→ Ex. Taxa paga para o Detran na hora de fazer a prova prática (CNH); 3 Passaporte; taxa de vigilância sanitária, taxa de localização, taxa de licença para publicidade, taxa de licença para construção. (você paga pelo serviço mas pode não recebê-lo) → Só paga se precisar ■ Contribuição de Melhoria: Relação entre o Estado e o contribuinte é indireta: Contribuinte→Melhoria→ Estado. ELEMENTO INTERMEDIÁRIO É A VALORIZAÇÃO DO IMÓVEL→ Se não valorizar, não há contribuição→ a valorização deve ser fruto de trabalho PÚBLICO→ Paga apenas UMA vez ○ Contribuições especiais: Podem assumir forma de IMPOSTO ou TAXA, depende da sua finalidade→ O que faz um imposto ou taxa ser uma contribuição de melhoria? TER DESTINAÇÃO ESPECÍFICA PARA A TRIBUTAÇÃO→ todo valor arrecadado será destinado a uma causa específica: ■ Sociais: Pagam o INSS (Previdência)→MANTER SEGURIDADE SOCIAL (COFINS) ● Empregador: situação fática = remunerar funcionários. (salários)→ imposto sobre a folha de salários. (sem atuação estatal) ● Empregado: taxa descontada mensalmente do salário (paga contribuições, como a previdência, perante uma contrapartida do Estado — relação direta). ■ Intervenção no domínio econômico: é utilizada para preservar a ordem econômica do país, como para controlar a inflação e a disponibilidade de produtos essenciais no mercado.→ (CIDE) ● EX. O Brasil quer incentivar o uso de gasolina ao invés de etanol, com o objetivo de promover media biosustentável, para isso aplica tributo sobre etanol e tira este da gasolina. ■ Interesse de categoria profissional ou econômica (corporativas): ● Refere-se às contribuições destinadas ao custeio de sindicatos e entidades de fiscalização e regulamentação profissional, como CRM, Crea e CRP. ■ Art. 149 §§2 a 4 ● não são aplicadas sobre o dinheiro recebido por empresas brasileiras pela venda de produtos ou serviços para o exterior. ● Podem incidir sobre a importação de petróleo e seus 4 derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível. → importação de produtos estrangeiros ou serviços em geral. ● As contribuições podem ter alíquotas ad valorem, ou seja, calculadascomo um percentual do valor da operação (como o faturamento ou a receita bruta), ou alíquotas específicas, que são baseadas em uma unidade de medida adotada. ● estabelece que a pessoa natural que é destinatária das operações de importação pode ser equiparada à pessoa jurídica, dependendo da legislação. ● determina que a lei definirá as situações em que as contribuições incidirão apenas uma vez, ou seja, não haverá cumulação de cobranças sobre a mesma operação ou produto. ○ Não Vinculativos:→ Fato não vinculado à atuação estatal ■ Impostos: consiste no fato qualquer que não atuação estatal. Todas foram feitas pelas próprias pessoas, mas estão impostas na lei como ensejadoras de tributação. Simples fato da lei criar uma situação que obrigada pagamento, sem que ocorra qualquer participação estatal. ● Venda ● Exportação ● Proprietário (IPVA, IPTU) ● Prestar serviços ● Receber atendimentos ● Importação ● receber rendimentos (aluguel) ● Salário (renda)→ imposto de renda ○ princípios: ○ Generalidade: todas as rendas estão sujeitas ao pagamento. ○ Universalidade: todas as pessoas estão obrigadas a pagar. ○ Proporcionalidade: quanto maior a renda, maior o imposto e vice-versa. 5 ○ Problema: desatualização das tabelas de descontos e de abatimentos. ■ Empréstimo compulsório: Tem características equivalentes às contribuições especiais, com a peculiaridade de gerar, para a União, o dever de restituir aos contribuintes. ● A instituição de empréstimo compulsório, dependendo da finalidade que a tenha determinado, deverá (art. 148, II→ no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional), ou não deverá (art. 148, I→para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência) atender ao regime de limitações do poder de tributar. ● Modalidades de competência emmatéria tributária: ○ Impositiva: → Assegura à pessoa de direito público o direito de instituir e arrecadar tributos, fiscalizar os contribuintes e utilizar os respectivos resultados (D. Tributário).→ A CF permite que cada ente federativo legisle sobre seu tributo, isto é, fiscalize o seu contribuinte e cobre (arrecade) seus tributos.→ A forma de compartilhar essa competência impositiva não foi igualitária.→ A União é privilegiada. ■ Privativa: ● Não há prorrogação ou delegação em relação às competências privativas, que são indelegáveis (só quem recebeu pode exercer); ● Impostos, contribuições especiais e empréstimos compulsórios. ● Como exemplo, podemos registrar que somente os Municípios e o Distrito Fe-deral podem instituir o IPTU (competência privativa); apenas a União pode instituir o Imposto sobre a Renda (competência privativa), e assim sucessivamente. ■ Concorrente: ● Taxas e contribuições de melhoria. ● Dependem da atuação estatal. ● O ente responsável por sua cobrança é o que utiliza o dinheiro. ○ Obs: é necessário estabelecer privativamente a competência de cada ente para cobrar certos impostos, 6 pois não dependem da atuação estatal. ○ No caso das taxas e contribuições de melhoria, como dependem da atuação estatal, cada ente que prestou a atuação estatal cobra esses tributos. ● A competência para cobrar tributos está relacionada à prestação de serviços públicos ou à realização de obras. Essa competência é atribuída às diferentes entidades políticas, como União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Por exemplo, se uma obra é de competência federal, como uma rodovia, a União tem o direito de cobrar tributos relacionados a essa obra. O exercício dessa competência tributária é legitimado pela relação entre a cobrança do tributo e a prestação do serviço ou a realização da obra que justifica essa cobrança. ○ Participativa: ● Assegura à pessoa de direito público o direito de participar do produto da arrecadação de tributos instituídos e cobrados por outra (D. Financeiro)→ assegura que os entes federativos tenham direito a participar nos resultados da arrecadação de tributos, mesmo que esses tributos sejam instituídos e cobrados por outro ente federativo. ● Direito de receber parte da receita (dinheiro). ○ Ex: IPVA (destinado ao Estado-membro). ○ Os Municípios têm direito de receber parte da receita desse imposto. ● Reequilíbrio da Federação (objetivo). ○ A União não recebe, só paga. ○ Municípios privilegiados (não pagam, só recebem). ○ Competência Impositiva Privativa: ■ União: ● Impostos: Extrafiscalidade: art. 153, I, II, IV e V ○ Importação, exportação, IPI e IOF.→ Usados para regular/controlar a economia (arrecadação fica em segundo plano)→ Incentivo ao consumo→ Alíquotas alteradas por medida provisória CF (Não precisa respeitar o princípio da anterioridade) ○ Importação de produtos estrangeiros 7 ■ Prestação pecuniária sobre a entrada de mercadorias estrangeiras que serão comercializadas no país. ○ Exportação para o exterior de produtos nacionais ou nacionalizados. ■ Promove a saída das mercadorias para vender no exterior. ○ Renda e proventos de qualquer natureza→ Imposto de renda ○ Produtos industrializados (IPI) ■ Imposto indireto: incide no preço da mercadoria. ● Tabela com as alíquotas de cada produto. ■ Princípio da seletividade: o Estado cria faixas de consumo. ■ O que ele considera como essencial para a sociedade tem o imposto mais baixo. Ex: imposto baixo para os produtos da cesta básica (essenciais).→Majora as alíquotas progressivamente, conforme a essencialidade dos produtos. ■ Princípio da não cumulatividade: Descontar do valor final do imposto, tudo que foi gasto no processo de criação do produto. ● Paga a diferença aos cofres públicos. ● Ex: o valor do imposto na tabela é 100 reais e gastei 60 no processo de ● fabricação, logo o valor do IPI será 40 reais (o que será pago aos cofres públicos). ● Obs: esses princípios também são aplicados ao ICMS, pois é um imposto indireto ○ Operações Financeiras — Operação de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF). ■ Imposto sobre qualquer tipo de operação 8 financeira. ■ Mexeu com dinheiro paga imposto. ■ Característica de extrafiscalidade. ● Ex: Abaixa o IOF, aumenta o consumo. ● Arrecada dinheiro e controla a economia ○ Propriedade territorial rural. ■ Imposto rural: ● Calculado a partir da declaração do fazendeiro/produtor rural (não dá para fiscalizar se a declaração está correta). ● Fraudulento. ○ Grandes fortunas nos termos da lei complementar ■ Ainda não foi utilizado. ● Contribuições especiais — arts. 149 e §§ 2° a 4°; 177, § 4° e 195, I a III. ● Empréstimos compulsórios — art. 148. ○ 7 impostos privativos da União e só ela pode criar contribuições especiais e empréstimos compulsórios. ● Impostos residuais — art. 154, I. ○ Competência residual da União: só ela pode criar impostos novos. ○ Competência da União em matéria tributária para criar impostos residuais. ● Impostos extraordinários — art. 154, II. ○ Na iminência ou no caso de guerra externa. ■ Estados e Distrito Federal: ● Impostos — art. 155 (3 impostos). ○ Transmissão causa mortis e doação. ○ ICMS (projeto para substituir esse imposto pelo imposto sobre o consumo de competência da União. Ainda não foi decidida a questão sobre a competência participativa desse imposto, sua distribuição). ○ Propriedade de veículos automotores. (IPVA) ● Contribuições previdenciárias e assistenciais de seus servidores — art. 149, § 1°. ■ Municípios: ● Impostos — art. 156. 9 ○ IPTU. ○ Inter vivos. ○ ISS. ● Contribuições previdenciárias e assistenciais de seus servidores — art. 149, § 1°. ● Contribuição para custeio dos serviços de iluminação pública — art. 149-A. ○ Competência impositiva concorrente: ■ União, Estados, DF e Municípios: ● Taxas — art. 145, II. ■ De serviço. ■ De polícia. ● Contribuição de melhoria — art. 145, III. ○ Competência Impositiva Participativa:→ autoridade que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios possuempara participar da arrecadação de certos tributos, mesmo que estes sejam de competência da União ou dos Estados, respectivamente.→ permite que os entes federativos envolvidos tenham uma fonte adicional de recursos para financiar suas atividades e serviços, contribuindo assim para a descentralização fiscal e a autonomia financeira dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. ■ Estados e Distrito Federal: ● Sobre imposto federal: ○ Imposto sobre a Renda: Retêm o valor retido na fonte, mas as demais obrigações relacionadas ao Imposto de Renda são repassadas à União. ○ Imposto Residual. ○ Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). ○ Produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico. ■ Municípios: ● Sobre impostos federais: ○ Imposto sobre a Renda retido na fonte. ○ Imposto Territorial Rural (ITR). ○ Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). ● Sobre impostos Estaduais: ○ Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). ○ Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). 10 ● OBS: uma Emenda Constitucional estabeleceu a necessidade de um estudo de viabilidade técnica para a criação de novos municípios, visando evitar a criação desordenada que poderia ocorrer apenas para receber os valores provenientes dessas competências tributárias. NACIONALIDADE ● CONCEITO: ○ Estado: proteger os seus nacionais. ○ Nacionais: pagamento de tributos. ○ Elementos do Estado soberano: povo (população), território, governo que ○ exerça poder sobre este território e a população e o reconhecimento pelos ○ outros Estados-Nações. ○ É o status de indivíduo em relação ao Estado (Nação)→ A nacionalidade é atributo da soberania. ○ Todo indivíduo em face do Estado-nação ou é nacional ou é estrangeiro ○ Cada Estado, no exercício do poder que emana da soberania, é que decide quem são os seus nacionais. ■ Nacional: é o sujeito que naturalmente pertence àquele Estado→ um conjunto é chamado de povo (sem o qual não pode haver Estado) → Está preso ao Estado por um vínculo, desde o nascimento, que o acompanha em todos os demais territórios, inclusive estrangeiros→ O nacional é a razão de ser do Estado, que existe por ele e para ele ● Povo: é o conjunto de indivíduos, ligados a um determinado território por um vínculo chamado nacionalidade (Nato + Naturalizado)→ Pela CF, sinônimo de cidadão ● População: neste incluim-se, além dos natos e naturalizados, os estrangeiros e os apátridas. ■ Estrangeiro (todo aquele que não é nacional): Aquele que, na perspectiva de determinado Estado, não pertence a este e sim a outra Nação (Estado ou território)→ Quando alguém está em um país estrangeiro, está sujeito às leis e regulamentos desse Estado enquanto estiver dentro de seu território (territorialidade).→ ao sair desse território, o estrangeiro não está mais sujeito à jurisdição desse Estado ● Sofreram séculos de preconceito, inclusive jurídico→ 11 passaram a serem reconhecidos direitos a ponto de se igualarem aos nacionais, tirando à participação no governo. Ex. um estrangeiro não pode se candidatar a presidente ● Art. 5 CF, caput: assegura aos estrangeiros residentes no País paridade com os brasileiros no tocante aos direitos à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. ● BRASILEIRO NATO E NATURALIZADO ○ Art. 12 CF: No Direito brasileiro, há dois tipos de nacionalidade→ a Constituição vigente ameniza em grande parte as distinções entre as duas classes. ■ Nato (NACIONALIDADE ORIGINÁRIA): Aqueles já nascidos no Brasil→ é reservada a brasileiros natos a participação, como vogais, no Conselho da República (art. 89, VII). ● Art. 12 i: ○ os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; ○ os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; ○ os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; → RESOLVER PROBLEMA DA APATRIA ■ Naturalizado (NACIONALIDADE DERIVADA): é uma pessoa que não nasceu no Brasil, mas se naturalizou brasileira, isto é, possui a cidadania brasileira perante a lei. ● os que, na forma da lei (n° 13.445/2017), adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa (não sendo Portugal)→ apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; ● os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram 12 a nacionalidade brasileira.→ Usucapião de nacionalidade ● Art 12 II §2: proíbe a criação de tratamento discriminatório entre ambas as classes após a naturalização, garantindo a igualdade de direitos. ○ 12, II, §1: Brasileiro por reciprocidade: Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. (art 12 , 1) ● Art 12 II §3: lista os cargos públicos que são exclusivos de brasileiros natos, ou seja, apenas pessoas que nasceram no país podem ocupá-los. ○ I - de Presidente e Vice-Presidente da República; ○ II - de Presidente da Câmara dos Deputados; ○ III - de Presidente do Senado Federal; ○ IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; ○ V - da carreira diplomática; ○ VI - de oficial das Forças Armadas. ○ VII - de Ministro de Estado da Defesa. ● Obs: a ordem constitucional para substituir o Presidente da República temporariamente é: Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal e Presidente do STF. ○ Os brasileiros naturalizados só não podem ser presidentes das câmaras, logo podem ser deputados, senadores, governadores, etc. ● O ESTRANGEIRO NO BRASIL ○ De acordo com a CF, o cidadão estrangeiro possui os mesmos direitos que o brasileiro, se residente no país.→ o Português, por razões de reciprocidade, goza dos mesmos direitos mesmo sem residir no Brasil ○ A Lei de Migração (Lei nº 13.445/2017) regulamenta a entrada, permanência e saída de estrangeiros no Brasil→ Apesar da Constituição garantir esse direito em tempo de paz, a lei estabelece condições e procedimentos específicos para exercê-lo, exigindo conformidade com suas disposições legais para sua efetivação. o estrangeiro não tem direito a ingressar no país, mesmo se “refugiado”, se não atender às exigências da lei → pode ser repatriado incontinenti (devolvido para seu país de origem 13 imediatamente) ○ Sobre a permanência de estrangeiros no Brasil, mesmo residentes, podem ter autorização negada ou ser deportados conforme a lei. ○ Extradição: cooperação entre nações a fim de que indivíduos possam ser entregues a outra nação para responder por seus crimes na Justiça→ Exceção: Art. 5º, LII - a Constituição veda a extradição por crimes políticos ou de opinião ● AQUISIÇÃO DE NACIONALIDADE ○ É inerente à organização fundamental do Estado ○ Dimensão pessoal do Estado→ estabelece as obrigações e os direitos entre um indivíduo e o Estado (conexão legal) ○ A atribuição da nacionalidade pelo ordenamento jurídico, e aquisição desta pelos indivíduos, pode ser involuntária (apenas nascendo no país (jus soli → imigração) ou tendo pais de lá (jus sanguinis→ emigração)) ou voluntária (quando se escolhe virar cidadão por meio de um processo legal e expressando sua vontade) ■ Países de imigração: onde chegam muitas pessoas de outros países (por isso a forma de aquisição de nacionalidade mais comum é a jus soli, já que fica mais fácil criar uma sensação de pertencimento aqueles que nasceram no país independentemente de sua descendência, além disso, oferecer cidadania aos filhosde imigrantes pode atrair pessoas que queiram viver legalmente no país). ■ Países de emigração: Onde muitos cidadãos saem para viver em outro países, frequentemente optam pelo critério do "jus sanguinis" para garantir que seus cidadãos que nasçam no exterior possam manter uma ligação legal e cultural com sua terra natal. ○ OBS: ■ A Constituição por tradição adota o sistema do “jus soli”, porém com atenuações. ○ ➢ Emenda n° 3 de 1994: ■ Circunstâncias para manter a nacionalidade brasileira, mesmo que adquira outra nacionalidade ou saia do país. ■ estabeleceu circunstâncias para manter a nacionalidade brasileira mesmo que um indivíduo adquira outra nacionalidade ou saia do país. ■ Essas circunstâncias se aplicam aos brasileiros que estão a serviço 14 do Brasil no exterior. ● Modos de aquisição no Direito Brasileiro: ○ O artigo 12, I, a, da Constituição brasileira concede nacionalidade aos nascidos no Brasil. No entanto, há uma exceção para filhos de pais estrangeiros que estão a serviço de seu país, esses filhos não recebem automaticamente a nacionalidade brasileira;→ A EXCEÇÃO AO JUS SOIL ○ O artigo 12, I, b da Constituição brasileira garante a nacionalidade brasileira aos filhos de um brasileiro ou brasileira que nasçam no exterior, desde que o ascendente (pai ou mãe) esteja a serviço do Brasil nesse momento; ○ O art. 12, I, c, um filho de pai ou mãe brasileira nascido no exterior pode adquirir a nacionalidade brasileira se for registrado em uma repartição brasileira competente ou se decidir residir no Brasil após atingir a maioridade e optar pela nacionalidade brasileira, independentemente de o ascendente estar ou não a serviço do Brasil no exterior. ● MODOS DE PERDA DE NACIONALIDADE (Art. 12, §4): ○ Por sentença judicial: tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de fraude relacionada ao processo de naturalização ou de atentado contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; ○ Por aquisição voluntária de outra nacionalidade: fizer pedido expresso de perda da nacionalidade brasileira perante autoridade brasileira competente, ressalvadas situações que acarretem apatridia. ○ § 5º A renúncia da nacionalidade, nos termos do inciso II do § 4º deste artigo, não impede o interessado de readquirir sua nacionalidade brasileira originária, nos termos da lei. DIREITOS POLÍTICOS - O PODER EMANA DO POVO (ART. 1 §) ● Conceito - DIREITOS POLÍTICOS ○ Manifestação da Soberania popular ■ A soberania é atribuída à nação, representada pela população nacional, e não ao povo em sentido amplo. Apenas os nacionais ou aqueles que adquiriram a nacionalidade têm direitos de soberania, desde que estejam gozando dos direitos de cidadania conforme 15 estabelecido pela lei. ○ normas e princípios que regem o exercício desta cidadania ○ regras constitucionais materiais que governam a participação dos cidadãos no processo político, incluindo o direito de votar e ser votado. ■ Essas normas estabelecem os princípios e procedimentos que regem a estrutura e o funcionamento interno do Estado. ○ Portanto, pode-se estabelecer que a soberania popular confere aos indivíduos duas características: ■ I - Status de cidadania; ■ II - Poderes/direitos políticos. ● Status de Cidadania: ○ Cidadão→ Nacionalidade + Participação política (por meio do voto) ○ Os direitos do cidadão estão associados ao sistema político, destacando-se a participação ligada a eleger governante (ativa) e ser elegido como um (passiva) ○ Ser cidadão passivo exige ser ativo, não sendo suficiente apenas a participação na escolha ○ Ex. Analfabeto→ o caso do analfabeto, que inscrito como eleitor, torna-se cidadão ativo, mas não se pode tornar cidadão passivo, por não ter elegibilidade. ○ A participação no processo político é tanto DEVER quanto DIREITO ○ A participação ativa dos cidadãos no processo político é essencial para a legitimação do governo e para garantir que ele sirva aos interesses do povo ○ Democracia saudável e funcional. ● Poderes/Direitos Políticos: Formas de exercício do poder político: Direito P. Ativo Direito P. Passivo Direito de votar; Direito de candidatar-se como representante ação direta do cidadão no processo eleitoral. O direito de se candidatar depende da aprovação e do cumprimento das condições estabelecidas pela legislação eleitoral Requisitos para exercer: É necessário que: ● não esteja como conscrito Requisitos Para exercer: ● Nacionalidade brasileira ● Pleno exercício dos Direitos 16 realizando o serviço militar obrigatório ● não esteja privado, temporária ou definitivamente, dos direitos políticos ● tenha, no mínimo, dezesseis anos de idade. Políticos ● Alistamento junto à Justiça Eleitoral ● Domicílio eleitoral na circunscrição ● Filiação a um partido político ● Idade Mínima (quanto maior a responsabilidade, maior a idade. Ex. Vereador é 18 anos e Presidente é 35) Formas de Exercer: Indiretamente: por meio de representantes (Art. 14 CF)→ Voto direto e secreto ○ Art. 14, §§ 1° e 2°. ○ Obrigatório: maiores de 18 anos. ○ Facultativo: ■ Analfabetos. ■Maiores de 70 anos. ■Maiores de 16 e menores de 18 anos. ○ Vedado: ■ Estrangeiros. ■ Conscritos (jovens durante o período do serviço militar obrigatório). Diretamente: plebiscito, referendo, iniciativa e ação popular Inelegibilidades: art. 14, §§ 4° a 9°. ➢ Total: art. 14, § 4°. ○ Inalistáveis (todos que não tem condições de serem eleitores). ■ Estrangeiros e conscritos. ○ Analfabetos. ■ Requisito para comprovar a alfabetização: o juiz eleitoral determina se preenche essa condição, por meio de uma prova. ■ Alfabetizado político: analfabetos funcionais, politicamente alfabetizados. Parcial: ○Mesmo cargo: ■ Presidente, governadores, prefeitos — admitida uma única reeleição. ■ E.C. 16/97. ■ § 5° O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. ■ Disputar a reeleição durante o período do mandato. ○ Outros cargos: ■ Presidente, governadores, prefeitos a não ser que renuncie seis meses antes do pleito. 17 ■ § 6° Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. ○ Outros parentescos: ■ No mesmo território da jurisdição do titular de cargo executivo. ■ § 7° São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandatoeletivo e candidato à reeleição. Em razão de Ofício: § 8° O militar alistável (todos os militares, menos os conscritos) é elegível, atendidas as seguintes condições: ■ I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; ■ II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. Em razão de improbidade ou imoralidade: ■ § 9° Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade 18 administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. ■ Evitar a distorção no processo seletivo (eleitoral). Ação de impugnação (perda) de mandato eletivo: ● Competência da Justiça Eleitoral: A Justiça Eleitoral é responsável por julgar as ações de impugnação de mandato eletivo. ○ Extraídos das demais justiças para exercer temporariamente o cargo de juiz eleitoral (2 anos). ○ Os TribunaisEleitorais contam com membros escolhidos pelo quinto constitucional, incluindo advogados e membros do Ministério Público, garantindo uma variedade de perspectivas. visa democratizar o Poder Judiciário, reservando 20% das vagas do tribunal para membros do Ministério Público e advogados, que não 19 são da carreira da magistratura. ● Tudo que for feito durante o mandato cabe à justiça comum, e não a eleitoral. ● Prazo para Propositura: A ação de impugnação deve ser proposta até 15 dias após a diplomação, que é o ato que confere oficialmente o mandato eleito. Após esse prazo, ocorre a decadência do direito de impugnação. ● Fundamento da Ação: A ação de impugnação pode ser fundamentada em abuso de poder econômico, corrupção ou fraude. ● Tramitação em Segredo de Justiça: A ação de impugnação tramita em segredo de justiça para prevenir má-fé ou temeridade por parte das partes envolvidas. Isso significa que os detalhes do processo não são públicos. ● Liberação para Exercer o Mandato: O político alvo da ação de impugnação mantém sua liberdade para exercer o mandato até que uma decisão final seja tomada. ● Perda do Mandato após Trânsito em Julgado: O mandato do político só é perdido após a sentença que julga a ação de impugnação transitar em julgado, ou seja, quando não há mais possibilidade de recursos. 20 ● PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS (PASSIVOS) ○ Hipóteses de perda e Suspensão: ■ R - Recusa a cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa ■ I - Improbidade administrativa ■ C - Cancelamento da naturalização ■ C - Condenação criminal ■ I - Incapacidade civil absoluta ○ Hipóteses de Suspensão: ■ Improbidade administrativa ■ Condenação criminal Transitado em julgado, enquanto durarem seus efeitos→ TAMBÉM EM PENA RESTRITIVA DE DIREITOS, além da privativa de liberdade ■ Incapacidade civil absoluta→ retornando sua capacidade = retorna-se os seus direitos políticos ○ Hipóteses de Perda: ■ Cancelamento da naturalização → Ação ajuizada pelo MP, sendo possível por meio de atividade nociva ao interesse nacional. OU ● Aquisição voluntária de outra nacionalidade ■ Recusa de cumprir obrigação ou medida protetiva ○ EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS NÃO SÃO ABSOLUTOS→ POR ISSO NÃO HÁ ARBITRARIEDADE EM A CF INSTITUIR PERDA OU SUSPENSÃO DESTES ○ As pessoas privadas dos direitos políticos podem recuperá-los. Se essa privação for a dita definitiva, ou perda, dependerá do cumprimento de exigências legais. Se for a privação dita temporária, ou “suspensão”, a recuperação se fará automaticamente, pelo desaparecimento de seu fundamento ou pelo decurso do prazo. SISTEMAS DE VOTAÇÃO: ● Tipos de voto no Brasil: ○ Voto majoritário: Tipo de voto onde o candidato mais votado ganha as 21 eleições, são eleitos através deste votos os prefeitos, governadores, senadores e o presidente da república; significa que o candidato vencedor recebeu 50% dos votos válidos + 1. ○ Voto proporcional: Vereadores; Deputados Estaduais e Deputados Federais. vai representar proporcionalmente cada estado, por exemplo na hora de eleger seu deputado; dependendo do nível populacional que habita por estado, a quantidade de eleitores vai ser determinante para descobrir quantos deputados devem ser elegidos naquele estado (sendo considerado no mínimo 8 e no máximo 70)→ CANDIDATOS + PARTIDOS = TOTAL DE VOTOS DO PARTIDO (O VOTO QUE VOCÊ DA PARA DEPUTADOS E VEREADORES CONTA PRIMEIRO COMO VOTO NO PARTIDO, MESMO QUE VOCE VOTE PARA UM CANDIDATO INDIVIDUALMENTE→ CADA PARTIDO ELEGE UM NÚMERO DE CANDIDATOS PROPORCIONAL AO NÚMERO TOTAL DE VOTOS QUE O PARTIDO RECEBEU EM TODOS OS SEUS CANDIDATOS A DEPUTADO E NA PRÓPRIA LEGENDA→ QUOCIENTE ELEITORAL: 100 MIL VOTOS/100 CADEIRAS = cada lugar CUSTA 10 mil votos, então se um partido teve 20 mil votos, ele terá 2 lugares→ QUANTO MAIS CANDIDATOS FORTES MAIS VOTOS, ENTÃO MAIS CADEIRAS O PARTIDO GARANTE→ QUANDO A DIFERENÇA ENTRE O CANDIDATO MAIS VOTADO E O MENOS VOTADO É MUITO EXPRESSIVA, O QUE TEVE MAIS VOTOS É CHAMADO DE PUXADOR DE VOTOS (TRANSFERÊNCIA DE VOTOS) . Ex. Se tivermos 100 cadeiras, cada respectivo partido, de acordo com sua porcentagem dos votos, vai colocar uma determinada quantidade de deputados no congresso. ■ A) 10% = 10 cadeiras ■ B) 20% = 20 cadeiras ■ C) 30% = 30 cadeiras ■ D) 40% = 40 cadeiras ■ CRÍTICAS: ● Instabilidade governamental: Em um sistemas proporcional, é normal que nenhum dos partidos consiga a maioria absoluta no parlamento, possivelmente formando coalizões para governar ● Fragmentação política: Pelo mesmo motivo anterior, o voto proporcional pode levar a uma grande fragmentação do sistema político, com muitos partidos pequenos competindo por votos. Isso pode tornar a formação de governos e a 22 tomada de decisões mais difíceis, pois os partidos podem ter visões políticas muito divergentes. ● Falta de prestação de contas: Com muitos partidos no parlamento, pode ser difícil responsabilizar um único partido ou coalizão pelo desempenho do governo. Isso pode levar a uma falta de transparência e responsabilidade na governança. ● Puxadores de voto: Gerando baixa representatividade, se elege candidatos que tiveram bem menos voto que seu oponente (O caso de maior destaque no Brasil ocorreu nas eleições de 2002 quando o candidato do partido nanico PRONA Dr. Enéas alcançou a votação recorde com mais de 1,55 milhão de votos, com isso conseguiu eleger consigo outros cinco candidatos de seu partido, sendo que desses quatro não chegaram perto de obter 1 mil votos).→ isso pq o partido ainda tem cadeiras sobrando, pelo quociente eleitoral, a serem ocupadas. → CLAUSULA DE BARREIRA, DEVE TER PELO MENOS 10% DO QUOCIENTE ELEITORAL. SE TIVER MENOS, O LUGAR SERÁ REDISTRIBUÍDO PARA OUTROS PARTIDOS ● VOTO DISTRITAL PURO: ○ SISTEMA DE VOTAÇÃO POR MAIORIA SIMPLES→ DEPUTADOS E SENADORES SERIAM ESCOLHIDOS A PARTIR DA SUA VOTAÇÃO INDIVIDUAL, NESTE SISTEMA OS ESTADOS E MUNICIPIOS SERÃO DIVIDIDOS EM VÁRIOS DISTRITOS→ OS ELEITORES DE CADA UM DESTES DISTRITOS PODE ELEGER UM REPRESENTANTE→ SISTEMA DEIXARÁ MAIS PRÓXIMO DE NOSSOS REPRESENTANTE→ VOTO DIRETAMENTE PARA O CANDIDATO ○ Sistema que o colégio eleitoral é dividido conforme as cadeiras em disputa no parlamento ○ Cada partido político pode lançar um candidato em cada distrito ○ Sistema de votação majoritária - vence quem obtiver o maior número de votos → o voto seria exclusivo do candidato e não do partido ○ No sistema distrital puro, o país é dividido em distritos eleitorais menores, e cada distrito elege apenas um representante para o legislativo. Os eleitores votam em um único candidato que representa seu distrito, e o candidato com mais votos é eleito. 23 ○ Exemplo: a cidade de são paulo teria que se dividir em mais de um distrito eleitoral, enquantos cidades menores seriam agregadas a outro distrito ○ CRÍTICAS: ■ Formação de currais eleitorais→ bipartidarismo→ fanatismo político→ Em distritos pequenos, é mais provável que a população seja homogênea em termos de preferências políticas, culturais e socioeconômicas. Isso pode levar à formação de áreas onde um determinado partido ou candidato tem um apoio mais consistente. ■ número excessivo de partidos políticos, que por consequência, resultaria num número grande de candidatos, o que acarretaria uma significativa exclusão de votos.→ Nesse caso, o candidato vencedor pode ser eleito com uma quantidade relativamente pequena de votos, enquanto a maioria dos votos é distribuída entre os demais candidatos. Isso pode resultar na exclusão de uma parte significativa dos eleitores, cujos votos não são efetivamente representados na Câmara dos Deputados, apesar de terem sido expressos nas urnas. ● VOTO DISTRITAL MISTO (MELHOR PARA O BRASIL): ○ Utilizando aspectos positivos do voto proporcional aspetos positivos do voto distrital puro. ○ O voto distrital misto é a solução mais viável para os problemas providos do sistema proporcional puro. Além de baratear as campanhas,fortalecer os partidos e restaurar a soberania do voto, o voto distrital misto teria a capacidade de qualificar a representação. ○ O sistema consiste em metade dos deputados e vereadores continuaria a ser eleita através do sistema proporcional , e outra metade será eleita por maioria simples. O eleitor possui dois votos, 1 voto será destinado ao político em si ( voto majoritário) e o outro voto proporcional será destinado a uma lista partidária. O voto mista tem como escopo nutrir tanto os interesses nacionais quanto os interesses regionais. ○ Na lista partidária, os partidos políticos elaboram uma lista pré-ordenada de candidatos que concorrerão às vagas proporcionais. Essa lista é organizada pelo partido de acordo com critérios internos, como preferências ideológicas, experiência política, representatividade regional, entre outros. ○ ELEITOR ESCOLHE UM CANDIDATO DO SEU DISTRITO (DEFINIDO PELO NÚMERO DE HABITANTES)→ ISSO EVITA QUE SÓ GANHE GENTE QUE 24 VENHA DAS CAPITAIS→ ESCOLHENDO UM CANDIDATO DO SEU DISTRITO, SERÁ A VEZ DE DAR O VOTO PARA UM PARTIDO DA SUA PREFERÊNCIA→ A METADE DAS CADEIRAS DAS CÂMARAS E DAS ASSEMBLEIAS LEGISLATIVAS, SERÁ PREENCHIDAS PELOS VENCEDORES DOS VOTOS DISTRITAIS E A OUTRA METADE FICA PARA OS CANDIDATOS ESCOLHIDOS PELOS PARTIDOS MAIS VOTADOS (PROPORCIONAL) ● DISTRITÃO: ○ CADA ESTADO E MUNICÍPIO SE TORNA UM DISTRITO→ E OS DEPUTADOS E VEREADORES MAIS VOTADOS SERÃO OS ELEITOS (INDEPENDENTE DOS PARTIDOS→ ELIMINA PUXADOR DE VOTOS→ AUMENTA O PERSONALISMO DAS CAMPANHAS→ DISPUTA DE PERSONAGENS E NÃO DE PARTIDOS E SUAS PROPOSTAS→MUDAR VOTO PROPORCIONAL PARA VOTO MAJORITÁRIO→ ENFRAQUECE OS PARTIDOS E REPRESENTAÇÃO DE MINORIAS→ 1 OU MAIS PARTIDOS PARA DISCUTIR IDEAIS→ PARTIDOS POLÍTICOS ● São eles os incumbidos de mostrar ao eleitorado quais são as opções políticas possíveis, indicando ao mesmo tempo pessoas que afiançam serem capazes de realizá-las ● ➢ Princípio da anterioridade eleitoral (art. 16 CF). ○ Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. ○ A lei só será aplicada quando a eleição ocorrer em, no mínimo, 1 ano da data de sua vigência. ○ As leis aplicadas devem estar em vigência 1 ano antes da eleição. Ex: eleição majoritária (federal e estadual) em 10/2022 —> lei criada em 10/2021 é aplicada. Mas se essa lei fosse criada em 12/2021, ela só seria aplicada nas eleições de 2024. ● A Constituição facilitou enormemente a organização (criação) de partidos políticos, dando-lhes ampla autonomia e personalidade na forma da lei civil (art. 17, §§ 1° e 2°). ● Assim as relevantes questões de fidelidade e da disciplina partidária, estrutura interna, organização e funcionamento passaram a ser estatutárias. ○ § 1° ressalta que os partidos políticos têm autonomia para definir suas estruturas internas e estabelecer regras para suas atividades, inclusive 25 para formação de coligações nas eleições majoritárias. No entanto, a celebração de coligações nas eleições proporcionais é vedada, e os estatutos dos partidos devem conter normas de disciplina e fidelidade partidária. ○ § 2° Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. → Isso garante que a estrutura e normas internas dos partidos sejam reconhecidas oficialmente e estejam em conformidade com as leis eleitorais. ● Os partidos políticos devem apenas obedecer os preceitos fundamentais indicados nos incisos I a IV do art. 17, estando, ainda, proibidos de utilizar organização paramilitar. (art. 17, § 4°). ○ Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: ■ I - caráter nacional; (não se admite partidos regionais — deve ter sedes em todos os Estados) ■ II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; ■ III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; ■ IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. ○ § 4° É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. ● MANDATO DO PARTIDO: caso o eleito troque de partido ou saia dele ○ Exceção: quando o eleito é expulso, ou quando há um novo partido reconhecido pela justiça eleitoral, ou antes de 6 meses da eleição. ○ § 6º Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados Distritais e os Vereadores que se desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos perderão o mandato, salvo nos casos de anuência do partido ou de outras hipóteses de justa causa estabelecidas em lei, não computada, em qualquer caso, a migração de partido para fins de distribuição de recursos do fundo partidário ou de outros fundos públicos e de acesso gratuito ao rádio e à televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021) ○ A Lei Nº 9.096, também conhecida como Lei dos Partidos Políticos, trata da mudança de partido no artigo 20, de forma bem clara: “Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito”.→ A regra vale apenas para quem for eleito pelo sistema 26 proporcional, ou seja, deputados federais, deputados estaduais e vereadores.→ POR CAUSA DO QUOCIENTE ELEITORAL ● Fases: ○ Nascimento: registro no cartório de pessoas jurídicas. ○ Registro dos estatutos partidários no Tribunal Superior Eleitoral (art. 17, § 2°). ■ Já pode lançar candidatos. ■ Reconhecimento da justiça eleitoral — o partido faz parte do sistema político partidário. ○ Eleição de um Deputado Federal ou Senador (representação no Congresso Nacional). ■ Atinge o auge. ■ Deixa de ser um mero intermediário. ■ Art. 5°, LXX, a: legitimidade para representar a sociedade. ■ Art. 103, VIII, CF: propor ADI e ação declaratória de constitucionalidade. ■ Art. 150 CF (isento do pagamento de tributos). ○ Os Partidos Políticos têm direito a recurso do fundo partidário, formado entre outros pelas multas impostas pela Justiça eleitoral; ORGANIZAÇÃO DOS PODERES ● A expressão “poder” tem três acepções em Direito. É portanto equívoca: ○ poder: revelação de soberania (art. 1º § U) ○ Poder: Órgão do Estado (art. 2º) ○ Poder: função exercida pelo órgão do Estado (art. 44, 76 e 92) ● A Separação dos Poderes: ○ “A separação dos poderes consiste em distinguir três funções estatais – legislação, administração e jurisdição – e atribuí-las a três órgãos ou grupos de órgãos, reciprocamente autônomos, que as exercerão com exclusividade, ou ao menos, preponderantemente”. ○ Objetivo: distinguir três funções estatais ■ legislação→ Legislativo ■ administração→ Executivo ■ jurisdição→ Judiciário ○ Montesquieu - Freios e contrapesos ■ consiste no controle do poder pelo próprio poder, sendo que cada 27 Poder teria autonomia para exercer sua função, mas seria controlado pelos outros poderes. Isso serviria para evitar que houvesse abusos no exercício do poder por qualquer dos Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). ○ A separação dos poderes não tem rigor suficiente para ser considerada teoria “científica”, já que, em cada Poder, pode-se perceber o exercício de atividades “atipicas”, a par de “preponderante”. ■ É, assim, uma formulação política, voltada para propósitos eminentemente práticos. ○ Não há hierarquia entre os Poderes. Cada um tem suas competências privativas (não importa a quantidade). ● PODER LEGISLATIVO NA CONSTITUIÇÃO (Arts. 44 a 75;) ○ Congresso Nacional. (TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO→ órgão brasileiro responsável por auxiliar o Congresso Nacional no exercício do controle externo da administração pública. ■ Câmara dos Deputados. ■ Senado. ○ Assembléias Legislativas — (T.C.Estados). ○ Câmara Legislativa ■ O DF tem competências estaduais e municipais.● Não comporta divisão em Municípios ■ É o Poder Legislativo do DF. ■ Fiscalizado pelo T.C. União. ○ Câmaras Municipais – (T.C. Municipais) ■ Proibição da criação de Tribunais de Contas dos Municípios.→ Art. 31 §4 ● Fiscalizados pelo T.C. Estados. ■ Os Municípios que já possuíam antes da CF/88 permanecem.→ O Tribunal de Contas Municipal exerce o controle externo dos recursos públicos do Município em que foi criado. ● São Paulo. ● Funções constitucionais do Poder Legislativo: ○ TÍPICA: preponderante ■ LEGISLAR (criar leis) - Art. 48 CF ● Competência do Congresso Nacional (a lei só nasce se tem aprovação da Câmara e do Senado) ■ OBSERVAÇÃO I: 28 ● A função "típica” mostra-se cada vez menos preponderante, dada a grande e expansiva atuação do Executivo, nesta área, por meio de medidas provisórias ○ O Executivo legisla mais que o Legislativo. ● Trata-se de fenômeno universal pelo qual a atividade legislativa passa a ser o resultado da intervenção conjunta do Executivo e do Legislativo “hoje se governa legislando” (Norberto Bobbio). ○ ATÍPICA: ■ Fiscalizar (Art. 49, X) ● Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: ● fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta; ■ Julgar (arts. 49, IX; 52, I e II) ● Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: ● julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo; ● Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: ○ processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; ○ processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) ■ Administrar (arts. 51, IV; 52, XIII).→ FUNÇÃO DE SE AUTO-ADMINISTRAR ● Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: ○ dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de 29 lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; ● dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; ● Competência do Congresso Nacional e de suas Casas: ○ Câmara dos Deputados: ■ Art. 51 (c.c art. 50). ● Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado, quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República ou o Presidente do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada. ■ Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: ■ I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; ■ II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa; ■ III - elaborar seu regimento interno; ■ IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) ■ V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. ○ Congresso Nacional: ■ Art. 48 (c.c arts. 22 — privativas e 24 — concorrentes). 30 ● Competência típica de legislar. ■ Art. 49 (assuntos de competência exclusiva). ■ ➢ Obs: Não cabe nem à Câmara e nem ao Senado legislar, mas sim ao Congresso Nacional. ● Congresso Nacional: órgãos que o integram. ○ Câmara dos Deputados: ■ Integrada por representantes do povo; ● Questões do povo. ■ Eleitos por uma legislatura (4 anos); ● Formado por 4 sessões legislativas (período anual). ■ Número mínimo de 8 e máximo de 70 Deputados por Estados (sistema proporcional); ● Não representa a realidade. ■ Idade mínima 21 anos; ■ Substituição total a cada 4 anos. ○ Senado Federal: ■ Integrada por representantes dos Estados; ● Questões federativas. ■ Eleitos por duas legislaturas (8 anos); ■ Três por Estados (sistema majoritário simples); ■ Idade mínima 35 anos; ■ Substituição parcial 1/3 (4 anos) 2/3 (4 anos). ○ Além disso: ■ Não há limite de reeleição. ■ Não há hierarquia entre senador e deputado. ● Diferença política (senador tem mais representatividade). ● Juridicamente são iguais. CÂMARA SENADO Representantes —> Povo Representantes —> Estados-membros Prazo —> 1 legislatura (4 anos) Prazo —> 2 legislaturas (8 anos) N° de parlamentares —> 8/70 N° de parlamentares —> 3 por Estado Total: 513 Deputados Total: 81 Senadores 31 Sistema de eleição —> proporcional Sistema —> majoritário Idade —> 21 anos Idade —> 35 anos Substituição —> total (4 anos) Substituição —> parcial — 4 (⅓) e 4 (⅔) Suplência —> lista partidária Suplência —> chapa (2 suplentes) Substituição do Presidente da República —> 1° a substituir Substituição do Presidente da República —> 2° a substituir Processo legislativo —> casa iniciadora Processo legislativo —> casa revisora ● Se um Senador propor um projeto de lei, o Senado é a casa iniciadora e a casa revisora é a Câmara. ○ Não tem hierarquia. ○ Todos os demais legitimados a propor projeto de lei, é sempre a Câmara a casa iniciadora. ● Observações: ○ Seguindo a tradição federalista, o direito constitucional brasileiro adota o ● sistema BICAMERALISMO. ○ 3 casas com competências distintas (Senado, Câmara e Congresso art. 48 competência de legislar do CN). ● Cada Casa é dirigida por uma “Mesa” (art. 57, § 4°), o mesmo ocorrendo com o próprio Congresso (art. 57, § 5°). ○ § 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente. ○ § 5º A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. 32 ● MESA DIRETIVA: ○ Os parlamentares elegem os presidentes das Casas. ■ O Presidente indica os candidatos à presidência. ● Situação (política): quem está no poder (Presidente) indica seu candidato para a eleição. ○ Prazo: dois anos. ■ Não pode repetir o cargo na mesma legislatura (4 anos), ○ “Sempre em linha reta, sem cruzar a tabela”: ■ O 1° Vice da Câmara é o 1° Vice do Congresso. ○ Alternadamente: ■ Situação —> Oposição —> Situação —> Oposição. ○ Importância dos cargos de Presidente da Câmara e do Senado: ■ Sucessores naturais do Presidente da República e do Vice-Presidente. ● Requisito: ser brasileiro nato. ○ Os demais cargos podem ser assumidos tanto por brasileiros natos quanto naturalizados. ● Membros das Casas: ○ Câmara dos Deputados: 513 —> 257 (quórum de instalação). ○ Senado: 81 —> 42. ○ Congresso Nacional: 594 —> 298. ● O Poder Legislativo: ○ O Congresso esuas Casas gozam de garantias de auto-organização dentro dos seguintes parâmetros: ■ As deliberações só são possíveis aos presentes da maioria de seus membros de cada Casa (quorum de instalação – art. 47); ■ As deliberações serão por maioria simples “salvo disposição constitucional em contrário” (quorum de deliberação – art. 47). ○ Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus 33 membros. ■ Quórum: ● Instalação: n° mínimo de parlamentares presentes para deliberar — 50% + 1 dos membros da Casa. ● Deliberação: maioria simples ou relativa — 50% + 1 dos presentes no momento de deliberação. ○ Maioria absoluta — 50% + 1 dos membros da Casa para votar projeto de lei complementar (art. 69 CF) — disposição constitucional em contrário. ○ Maioria qualificada — ⅗ dos membros (art. 60, § 2°, CF). ○ Maioria especializada — ⅔ dos membros do Senado (art. 52, parágrafo único, CF) — processo de impeachment. 34