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Resumo de Constitucional
1° Bimestre
REPARTIÇÃO DAS COMPETÊNCIAS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA
● Conceito de Competência Tributária: Visto que os entes federativos são
autônomos, o constituinte, em 1988, outorgou a cada um deles, determinados
tributos próprios→ para que pudessem fazer frente à suas despesas
○ Autorização constitucional para que cada ente federativo possa instituir,
legislar, descrever suas hipóteses de incidência, seus sujeitos ativos,
passivos e suas bases de cálculo e alíquotas, sobre determinado tributo
○ EX. Com isso, ao atribuir competência tributária para o Estado em relação
ao ICMS, por exemplo, a Constituição Federal outorgou poderes para que
cada Estado institua o seu ICMS, bem como defina as regras gerais de
incidência, tais como definição de alíquotas, contribuintes e responsáveis,
dentre outras questões, observadas sempre as limitações de ordem
constitucional, bem como estabelecidas em lei complementar.
○ A Constituição não cria tributos→ seria mais difícil fazer esses ajustes
e adaptar as políticas tributárias às necessidades locais e às condições
econômicas específicas de cada região.
○ Federação política (partilha de competências).
○ Federação tributária (competência de cada ente federativo para criar,
fiscalizar e cobrar determinadas espécies tributárias).
■ Relação subjetiva entre contribuintes e Estado — pagamento dos
tributos.
■ Competência impositiva legislativa: a lei cria os tributos.
● Conceito de Tributo:
○ Art. 3° do CTN: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória em moeda
ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção por ato
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade plenamente
vinculada.
■ Para uma determinada ação ser considerada um tributo, ela deve
atender a certas características específicas, independentemente de
como é denominada
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■ Para que uma determinada obrigação seja considerada um tributo, é
necessário que a entidade que a criou tenha competência tributária
para tanto.→ Respeitar constituição e CTN
○ Prestação pecuniária compulsória: Obrigação de dar→ tira a vontade das
partes→ estabelece compulsoriedade→ obrigações tributárias→ FORÇA
DO ESTADO
○ Emmoeda ou cujo valor nela se possa exprimir: admite o pagamento em
bens susceptíveis de avaliações (exceção a regra).→ APENAS PARA
TRIBUTOS ATRASADOS→ LEI ESPECÍFICA AUTORIZANDO
○ Que não constitua sanção por ato ilícito:
■ Multa: sanção de natureza administrativa pelo descumprimento de
uma obrigação (não tem natureza tributária).
■ Tributo — de natureza tributária.
■ Ilicitude: para o direito tributário, a origem do dinheiro/patrimônio
não importa (o crime é de responsabilidade do direito penal).
○ Instituída perante Lei: princípio da estrita legalidade tributária — a lei
deve trazer todos os contornos da espécie tributária (quem cobrará o
imposto; quem paga o tributo; em que momento o tributo é devido; em que
local) — tudo deve estar descrito minuciosamente na lei — art. 150, I.
■ Art. 37 CF — fala sobre a administração pública e estabelece 5
princípios: legalidade, impessoalidade, moralidade, eficiência e
publicidade.
■ Legalidade: o administrador público só pode fazer aquilo que a lei
expressamente autoriza.
■ Caso algo seja esquecido, como um fato, o contribuinte não está
obrigado.
● Identificação da natureza específica dos tributos
○ Não são relevantes:
■ O nome que se dá ao tributo na Lei (EX. Não é pq chamo de imposto
que é imposto)
■ Não é relevante para os impostos, taxas e contribuição de melhoria,
a destinação legal do produto da arrecadação (IPVA não tem nada a
ver com rua, ele vai para o cofre do Estado e ele gasta com o que
quiser, escolas, hospitais, etc.)
■ Em todos os casos, a natureza específica dos tributos é determinada
pelo FATO GERADOR, ou pela HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA da
respectiva obrigação
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● Conceito legal, sendo a formulação hipotética de um fato que,
se ocorrendo concretamente, dá nascimento à obrigação.
● O fato gerador é o evento ou a situação definida em lei que
faz surgir a obrigação tributária, impondo ao contribuinte o
ônus de pagar um tributo. Ele é a "causa" que desencadeia a
obrigação de pagar impostos.
● Hipótese de incidência: Letra da lei, ou seja, é a descrição de
um fato em abstrato que me obriga a pagar um tributo (IPVA
diz que é obrigada a pagar qm é proprietário de veículo
automotor)→ se não tem carro e nem casa, não tenho que
pagar imposto, já que não encaixa na lei
● Fato imponível: é quando a situação descrita hipotética
acontece de fato no mundo real (compro um carro, a partir
deste momento sou obrigado a pagar o IPVA)
● é a partir da letra da lei que identificamos as diferentes
espécies tributárias
■ FATO GERADOR = H.I. + F.I.
● Espécies de Tributos (5)
○ Vinculados (à atuação estatal): participação do estado na atuação daquela
espécie tributária ou, a repercussão deste (estado fornece água, licença,
autorização, obras que valorizam imóvel particular, documentos):
■ Taxas: está diretamente relacionado a um serviço público
específico prestado pelo Estado ou ao exercício do poder de polícia
estatal→ Fato gerador: é configurado por uma atuação estatal
específica referível ao contribuinte, que pode consistir na prestação
regular do poder de polícia, ou na prestação ao contribuinte, ou a
colocação à disposição deste, de serviços público específico e
divisível (art. 146. II, da CF, e art. 77, do CTN)→ A hipótese de
incidência é uma atuação estatal diretamente, imediatamente
referida ao contribuinte.
● Serviço: água, luz, documentos, etc.→ a Taxa de Emissão de
Documentos, a Taxa de Coleta de Lixo e a Taxa de
Licenciamento Anual de Veículo.→ é conseguida a partir do
momento que o Estado presta o serviço, tem que pagar
mesmo não usando pq o serviço está ali
● Polícia: Exige poder fiscalizador do Estado→ Ex. Taxa paga
para o Detran na hora de fazer a prova prática (CNH);
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Passaporte; taxa de vigilância sanitária, taxa de localização,
taxa de licença para publicidade, taxa de licença para
construção. (você paga pelo serviço mas pode não recebê-lo)
→ Só paga se precisar
■ Contribuição de Melhoria: Relação entre o Estado e o contribuinte
é indireta: Contribuinte→Melhoria→ Estado. ELEMENTO
INTERMEDIÁRIO É A VALORIZAÇÃO DO IMÓVEL→ Se não valorizar,
não há contribuição→ a valorização deve ser fruto de trabalho
PÚBLICO→ Paga apenas UMA vez
○ Contribuições especiais: Podem assumir forma de IMPOSTO ou TAXA,
depende da sua finalidade→ O que faz um imposto ou taxa ser uma
contribuição de melhoria? TER DESTINAÇÃO ESPECÍFICA PARA A
TRIBUTAÇÃO→ todo valor arrecadado será destinado a uma causa
específica:
■ Sociais: Pagam o INSS (Previdência)→MANTER SEGURIDADE
SOCIAL (COFINS)
● Empregador: situação fática = remunerar funcionários.
(salários)→ imposto sobre a folha de salários. (sem atuação
estatal)
● Empregado: taxa descontada mensalmente do salário (paga
contribuições, como a previdência, perante uma
contrapartida do Estado — relação direta).
■ Intervenção no domínio econômico: é utilizada para preservar a
ordem econômica do país, como para controlar a inflação e a
disponibilidade de produtos essenciais no mercado.→ (CIDE)
● EX. O Brasil quer incentivar o uso de gasolina ao invés de
etanol, com o objetivo de promover media biosustentável,
para isso aplica tributo sobre etanol e tira este da gasolina.
■ Interesse de categoria profissional ou econômica (corporativas):
● Refere-se às contribuições destinadas ao custeio de sindicatos
e entidades de fiscalização e regulamentação profissional,
como CRM, Crea e CRP.
■ Art. 149 §§2 a 4
● não são aplicadas sobre o dinheiro recebido por empresas
brasileiras pela venda de produtos ou serviços para o
exterior.
● Podem incidir sobre a importação de petróleo e seus
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derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível.
→ importação de produtos estrangeiros ou serviços em geral.
● As contribuições podem ter alíquotas ad valorem, ou seja,
calculadascomo um percentual do valor da operação (como o
faturamento ou a receita bruta), ou alíquotas específicas, que
são baseadas em uma unidade de medida adotada.
● estabelece que a pessoa natural que é destinatária das
operações de importação pode ser equiparada à pessoa
jurídica, dependendo da legislação.
● determina que a lei definirá as situações em que as
contribuições incidirão apenas uma vez, ou seja, não haverá
cumulação de cobranças sobre a mesma operação ou
produto.
○ Não Vinculativos:→ Fato não vinculado à atuação estatal
■ Impostos: consiste no fato qualquer que não atuação estatal. Todas
foram feitas pelas próprias pessoas, mas estão impostas na lei como
ensejadoras de tributação. Simples fato da lei criar uma situação que
obrigada pagamento, sem que ocorra qualquer participação estatal.
● Venda
● Exportação
● Proprietário (IPVA, IPTU)
● Prestar serviços
● Receber atendimentos
● Importação
● receber rendimentos (aluguel)
● Salário (renda)→ imposto de renda
○ princípios:
○ Generalidade: todas as rendas estão sujeitas ao
pagamento.
○ Universalidade: todas as pessoas estão obrigadas a
pagar.
○ Proporcionalidade: quanto maior a renda, maior o
imposto e vice-versa.
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○ Problema: desatualização das tabelas de descontos e
de abatimentos.
■ Empréstimo compulsório: Tem características equivalentes às
contribuições especiais, com a peculiaridade de gerar, para a União,
o dever de restituir aos contribuintes.
● A instituição de empréstimo compulsório, dependendo da
finalidade que a tenha determinado, deverá (art. 148, II→ no
caso de investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional), ou não deverá (art. 148, I→para atender a
despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública,
de guerra externa ou sua iminência) atender ao regime de
limitações do poder de tributar.
● Modalidades de competência emmatéria tributária:
○ Impositiva: → Assegura à pessoa de direito público o direito de instituir e
arrecadar tributos, fiscalizar os contribuintes e utilizar os respectivos
resultados (D. Tributário).→ A CF permite que cada ente federativo legisle
sobre seu tributo, isto é, fiscalize o seu contribuinte e cobre (arrecade) seus
tributos.→ A forma de compartilhar essa competência impositiva não foi
igualitária.→ A União é privilegiada.
■ Privativa:
● Não há prorrogação ou delegação em relação às
competências privativas, que são indelegáveis (só quem
recebeu pode exercer);
● Impostos, contribuições especiais e empréstimos
compulsórios.
● Como exemplo, podemos registrar que somente os
Municípios e o Distrito Fe-deral podem instituir o IPTU
(competência privativa); apenas a União pode instituir o
Imposto sobre a Renda (competência privativa), e assim
sucessivamente.
■ Concorrente:
● Taxas e contribuições de melhoria.
● Dependem da atuação estatal.
● O ente responsável por sua cobrança é o que utiliza o
dinheiro.
○ Obs: é necessário estabelecer privativamente a
competência de cada ente para cobrar certos impostos,
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pois não dependem da atuação estatal.
○ No caso das taxas e contribuições de melhoria, como
dependem da atuação estatal, cada ente que prestou a
atuação estatal cobra esses tributos.
● A competência para cobrar tributos está relacionada à
prestação de serviços públicos ou à realização de obras. Essa
competência é atribuída às diferentes entidades políticas,
como União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Por
exemplo, se uma obra é de competência federal, como uma
rodovia, a União tem o direito de cobrar tributos
relacionados a essa obra. O exercício dessa competência
tributária é legitimado pela relação entre a cobrança do
tributo e a prestação do serviço ou a realização da obra que
justifica essa cobrança.
○ Participativa:
● Assegura à pessoa de direito público o direito de participar do
produto da arrecadação de tributos instituídos e cobrados
por outra (D. Financeiro)→ assegura que os entes federativos
tenham direito a participar nos resultados da arrecadação de
tributos, mesmo que esses tributos sejam instituídos e
cobrados por outro ente federativo.
● Direito de receber parte da receita (dinheiro).
○ Ex: IPVA (destinado ao Estado-membro).
○ Os Municípios têm direito de receber parte da receita
desse imposto.
● Reequilíbrio da Federação (objetivo).
○ A União não recebe, só paga.
○ Municípios privilegiados (não pagam, só recebem).
○ Competência Impositiva Privativa:
■ União:
● Impostos: Extrafiscalidade: art. 153, I, II, IV e V
○ Importação, exportação, IPI e IOF.→ Usados para
regular/controlar a economia (arrecadação fica em
segundo plano)→ Incentivo ao consumo→ Alíquotas
alteradas por medida provisória CF (Não precisa
respeitar o princípio da anterioridade)
○ Importação de produtos estrangeiros
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■ Prestação pecuniária sobre a entrada de
mercadorias estrangeiras que serão
comercializadas no país.
○ Exportação para o exterior de produtos nacionais ou
nacionalizados.
■ Promove a saída das mercadorias para vender
no exterior.
○ Renda e proventos de qualquer natureza→ Imposto
de renda
○ Produtos industrializados (IPI)
■ Imposto indireto: incide no preço da
mercadoria.
● Tabela com as alíquotas de cada produto.
■ Princípio da seletividade: o Estado cria faixas
de consumo.
■ O que ele considera como essencial para a
sociedade tem o imposto mais baixo. Ex:
imposto baixo para os produtos da cesta básica
(essenciais).→Majora as alíquotas
progressivamente, conforme a essencialidade
dos produtos.
■ Princípio da não cumulatividade: Descontar
do valor final do imposto, tudo que foi gasto no
processo de criação do produto.
● Paga a diferença aos cofres públicos.
● Ex: o valor do imposto na tabela é 100
reais e gastei 60 no processo de
● fabricação, logo o valor do IPI será 40
reais (o que será pago aos cofres
públicos).
● Obs: esses princípios também são
aplicados ao ICMS, pois é um imposto
indireto
○ Operações Financeiras — Operação de crédito, câmbio
e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários
(IOF).
■ Imposto sobre qualquer tipo de operação
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financeira.
■ Mexeu com dinheiro paga imposto.
■ Característica de extrafiscalidade.
● Ex: Abaixa o IOF, aumenta o consumo.
● Arrecada dinheiro e controla a economia
○ Propriedade territorial rural.
■ Imposto rural:
● Calculado a partir da declaração do
fazendeiro/produtor rural (não dá para
fiscalizar se a declaração está correta).
● Fraudulento.
○ Grandes fortunas nos termos da lei complementar
■ Ainda não foi utilizado.
● Contribuições especiais — arts. 149 e §§ 2° a 4°; 177, § 4° e
195, I a III.
● Empréstimos compulsórios — art. 148.
○ 7 impostos privativos da União e só ela pode criar
contribuições especiais e empréstimos compulsórios.
● Impostos residuais — art. 154, I.
○ Competência residual da União: só ela pode criar
impostos novos.
○ Competência da União em matéria tributária para
criar impostos residuais.
● Impostos extraordinários — art. 154, II.
○ Na iminência ou no caso de guerra externa.
■ Estados e Distrito Federal:
● Impostos — art. 155 (3 impostos).
○ Transmissão causa mortis e doação.
○ ICMS (projeto para substituir esse imposto pelo
imposto sobre o consumo de competência da União.
Ainda não foi decidida a questão sobre a competência
participativa desse imposto, sua distribuição).
○ Propriedade de veículos automotores. (IPVA)
● Contribuições previdenciárias e assistenciais de seus
servidores — art. 149, § 1°.
■ Municípios:
● Impostos — art. 156.
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○ IPTU.
○ Inter vivos.
○ ISS.
● Contribuições previdenciárias e assistenciais de seus
servidores — art. 149, § 1°.
● Contribuição para custeio dos serviços de iluminação pública
— art. 149-A.
○ Competência impositiva concorrente:
■ União, Estados, DF e Municípios:
● Taxas — art. 145, II. ■ De serviço. ■ De polícia.
● Contribuição de melhoria — art. 145, III.
○ Competência Impositiva Participativa:→ autoridade que os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios possuempara participar da arrecadação de
certos tributos, mesmo que estes sejam de competência da União ou dos
Estados, respectivamente.→ permite que os entes federativos envolvidos
tenham uma fonte adicional de recursos para financiar suas atividades e
serviços, contribuindo assim para a descentralização fiscal e a autonomia
financeira dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
■ Estados e Distrito Federal:
● Sobre imposto federal:
○ Imposto sobre a Renda: Retêm o valor retido na fonte,
mas as demais obrigações relacionadas ao Imposto de
Renda são repassadas à União.
○ Imposto Residual.
○ Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
○ Produto da arrecadação da contribuição de
intervenção no domínio econômico.
■ Municípios:
● Sobre impostos federais:
○ Imposto sobre a Renda retido na fonte.
○ Imposto Territorial Rural (ITR).
○ Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
● Sobre impostos Estaduais:
○ Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores
(IPVA).
○ Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS).
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● OBS: uma Emenda Constitucional estabeleceu a necessidade
de um estudo de viabilidade técnica para a criação de novos
municípios, visando evitar a criação desordenada que
poderia ocorrer apenas para receber os valores provenientes
dessas competências tributárias.
NACIONALIDADE
● CONCEITO:
○ Estado: proteger os seus nacionais.
○ Nacionais: pagamento de tributos.
○ Elementos do Estado soberano: povo (população), território, governo que
○ exerça poder sobre este território e a população e o reconhecimento pelos
○ outros Estados-Nações.
○ É o status de indivíduo em relação ao Estado (Nação)→ A nacionalidade é
atributo da soberania.
○ Todo indivíduo em face do Estado-nação ou é nacional ou é estrangeiro
○ Cada Estado, no exercício do poder que emana da soberania, é que decide
quem são os seus nacionais.
■ Nacional: é o sujeito que naturalmente pertence àquele Estado→
um conjunto é chamado de povo (sem o qual não pode haver Estado)
→ Está preso ao Estado por um vínculo, desde o nascimento, que o
acompanha em todos os demais territórios, inclusive estrangeiros→
O nacional é a razão de ser do Estado, que existe por ele e para ele
● Povo: é o conjunto de indivíduos, ligados a um determinado
território por um vínculo chamado nacionalidade (Nato +
Naturalizado)→ Pela CF, sinônimo de cidadão
● População: neste incluim-se, além dos natos e naturalizados,
os estrangeiros e os apátridas.
■ Estrangeiro (todo aquele que não é nacional): Aquele que, na
perspectiva de determinado Estado, não pertence a este e sim a
outra Nação (Estado ou território)→ Quando alguém está em um
país estrangeiro, está sujeito às leis e regulamentos desse Estado
enquanto estiver dentro de seu território (territorialidade).→ ao
sair desse território, o estrangeiro não está mais sujeito à jurisdição
desse Estado
● Sofreram séculos de preconceito, inclusive jurídico→
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passaram a serem reconhecidos direitos a ponto de se
igualarem aos nacionais, tirando à participação no governo.
Ex. um estrangeiro não pode se candidatar a presidente
● Art. 5 CF, caput: assegura aos estrangeiros residentes no País
paridade com os brasileiros no tocante aos direitos à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
● BRASILEIRO NATO E NATURALIZADO
○ Art. 12 CF: No Direito brasileiro, há dois tipos de nacionalidade→ a
Constituição vigente ameniza em grande parte as distinções entre as duas
classes.
■ Nato (NACIONALIDADE ORIGINÁRIA): Aqueles já nascidos no
Brasil→ é reservada a brasileiros natos a participação, como vogais,
no Conselho da República (art. 89, VII).
● Art. 12 i:
○ os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda
que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam
a serviço de seu país;
○ os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe
brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da
República Federativa do Brasil;
○ os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe
brasileira, desde que sejam registrados em repartição
brasileira competente ou venham a residir na
República Federativa do Brasil e optem, em qualquer
tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira; → RESOLVER PROBLEMA DA
APATRIA
■ Naturalizado (NACIONALIDADE DERIVADA): é uma pessoa que
não nasceu no Brasil, mas se naturalizou brasileira, isto é, possui a
cidadania brasileira perante a lei.
● os que, na forma da lei (n° 13.445/2017), adquiram a
nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de
língua portuguesa (não sendo Portugal)→ apenas residência
por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
● os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na
República Federativa do Brasil há mais de quinze anos
ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram
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a nacionalidade brasileira.→ Usucapião de nacionalidade
● Art 12 II §2: proíbe a criação de tratamento discriminatório
entre ambas as classes após a naturalização, garantindo a
igualdade de direitos.
○ 12, II, §1: Brasileiro por reciprocidade: Aos
portugueses com residência permanente no País, se
houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão
atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os
casos previstos nesta Constituição. (art 12 , 1)
● Art 12 II §3: lista os cargos públicos que são exclusivos de
brasileiros natos, ou seja, apenas pessoas que nasceram no
país podem ocupá-los.
○ I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
○ II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
○ III - de Presidente do Senado Federal;
○ IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
○ V - da carreira diplomática;
○ VI - de oficial das Forças Armadas.
○ VII - de Ministro de Estado da Defesa.
● Obs: a ordem constitucional para substituir o Presidente da
República temporariamente é: Presidente da Câmara dos
Deputados, Presidente do Senado Federal e Presidente do
STF.
○ Os brasileiros naturalizados só não podem ser
presidentes das câmaras, logo podem ser deputados,
senadores, governadores, etc.
● O ESTRANGEIRO NO BRASIL
○ De acordo com a CF, o cidadão estrangeiro possui os mesmos direitos que o
brasileiro, se residente no país.→ o Português, por razões de reciprocidade,
goza dos mesmos direitos mesmo sem residir no Brasil
○ A Lei de Migração (Lei nº 13.445/2017) regulamenta a entrada,
permanência e saída de estrangeiros no Brasil→ Apesar da Constituição
garantir esse direito em tempo de paz, a lei estabelece condições e
procedimentos específicos para exercê-lo, exigindo conformidade com suas
disposições legais para sua efetivação. o estrangeiro não tem direito a
ingressar no país, mesmo se “refugiado”, se não atender às exigências da lei
→ pode ser repatriado incontinenti (devolvido para seu país de origem
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imediatamente)
○ Sobre a permanência de estrangeiros no Brasil, mesmo residentes, podem
ter autorização negada ou ser deportados conforme a lei.
○ Extradição: cooperação entre nações a fim de que indivíduos possam ser
entregues a outra nação para responder por seus crimes na Justiça→
Exceção: Art. 5º, LII - a Constituição veda a extradição por crimes políticos
ou de opinião
● AQUISIÇÃO DE NACIONALIDADE
○ É inerente à organização fundamental do Estado
○ Dimensão pessoal do Estado→ estabelece as obrigações e os direitos entre
um indivíduo e o Estado (conexão legal)
○ A atribuição da nacionalidade pelo ordenamento jurídico, e aquisição desta
pelos indivíduos, pode ser involuntária (apenas nascendo no país (jus soli
→ imigração) ou tendo pais de lá (jus sanguinis→ emigração)) ou
voluntária (quando se escolhe virar cidadão por meio de um processo legal
e expressando sua vontade)
■ Países de imigração: onde chegam muitas pessoas de outros países
(por isso a forma de aquisição de nacionalidade mais comum é a jus
soli, já que fica mais fácil criar uma sensação de pertencimento
aqueles que nasceram no país independentemente de sua
descendência, além disso, oferecer cidadania aos filhosde
imigrantes pode atrair pessoas que queiram viver legalmente no
país).
■ Países de emigração: Onde muitos cidadãos saem para viver em
outro países, frequentemente optam pelo critério do "jus sanguinis"
para garantir que seus cidadãos que nasçam no exterior possam
manter uma ligação legal e cultural com sua terra natal.
○ OBS:
■ A Constituição por tradição adota o sistema do “jus soli”, porém com
atenuações.
○ ➢ Emenda n° 3 de 1994:
■ Circunstâncias para manter a nacionalidade brasileira, mesmo que
adquira outra nacionalidade ou saia do país.
■ estabeleceu circunstâncias para manter a nacionalidade brasileira
mesmo que um indivíduo adquira outra nacionalidade ou saia do
país.
■ Essas circunstâncias se aplicam aos brasileiros que estão a serviço
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do Brasil no exterior.
● Modos de aquisição no Direito Brasileiro:
○ O artigo 12, I, a, da Constituição brasileira concede nacionalidade aos
nascidos no Brasil. No entanto, há uma exceção para filhos de pais
estrangeiros que estão a serviço de seu país, esses filhos não recebem
automaticamente a nacionalidade brasileira;→ A EXCEÇÃO AO JUS SOIL
○ O artigo 12, I, b da Constituição brasileira garante a nacionalidade
brasileira aos filhos de um brasileiro ou brasileira que nasçam no exterior,
desde que o ascendente (pai ou mãe) esteja a serviço do Brasil nesse
momento;
○ O art. 12, I, c, um filho de pai ou mãe brasileira nascido no exterior pode
adquirir a nacionalidade brasileira se for registrado em uma repartição
brasileira competente ou se decidir residir no Brasil após atingir a
maioridade e optar pela nacionalidade brasileira, independentemente de o
ascendente estar ou não a serviço do Brasil no exterior.
● MODOS DE PERDA DE NACIONALIDADE (Art. 12, §4):
○ Por sentença judicial: tiver cancelada sua naturalização, por sentença
judicial, em virtude de fraude relacionada ao processo de naturalização ou
de atentado contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
○ Por aquisição voluntária de outra nacionalidade: fizer pedido expresso
de perda da nacionalidade brasileira perante autoridade brasileira
competente, ressalvadas situações que acarretem apatridia.
○ § 5º A renúncia da nacionalidade, nos termos do inciso II do § 4º deste
artigo, não impede o interessado de readquirir sua nacionalidade brasileira
originária, nos termos da lei.
DIREITOS POLÍTICOS - O PODER EMANA DO POVO (ART. 1 §)
● Conceito - DIREITOS POLÍTICOS
○ Manifestação da Soberania popular
■ A soberania é atribuída à nação, representada pela população
nacional, e não ao povo em sentido amplo. Apenas os nacionais ou
aqueles que adquiriram a nacionalidade têm direitos de soberania,
desde que estejam gozando dos direitos de cidadania conforme
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estabelecido pela lei.
○ normas e princípios que regem o exercício desta cidadania
○ regras constitucionais materiais que governam a participação dos cidadãos
no processo político, incluindo o direito de votar e ser votado.
■ Essas normas estabelecem os princípios e procedimentos que regem
a estrutura e o funcionamento interno do Estado.
○ Portanto, pode-se estabelecer que a soberania popular confere aos
indivíduos duas características:
■ I - Status de cidadania;
■ II - Poderes/direitos políticos.
● Status de Cidadania:
○ Cidadão→ Nacionalidade + Participação política (por meio do voto)
○ Os direitos do cidadão estão associados ao sistema político, destacando-se a
participação ligada a eleger governante (ativa) e ser elegido como um
(passiva)
○ Ser cidadão passivo exige ser ativo, não sendo suficiente apenas a
participação na escolha
○ Ex. Analfabeto→ o caso do analfabeto, que inscrito como eleitor, torna-se
cidadão ativo, mas não se pode tornar cidadão passivo, por não ter
elegibilidade.
○ A participação no processo político é tanto DEVER quanto DIREITO
○ A participação ativa dos cidadãos no processo político é essencial para a
legitimação do governo e para garantir que ele sirva aos interesses do povo
○ Democracia saudável e funcional.
● Poderes/Direitos Políticos:
Formas de exercício do poder político:
Direito P. Ativo Direito P. Passivo
Direito de votar; Direito de candidatar-se como
representante
ação direta do cidadão no processo
eleitoral.
O direito de se candidatar depende
da aprovação e do cumprimento
das condições estabelecidas pela
legislação eleitoral
Requisitos para exercer:
É necessário que:
● não esteja como conscrito
Requisitos Para exercer:
● Nacionalidade brasileira
● Pleno exercício dos Direitos
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realizando o serviço militar
obrigatório
● não esteja privado,
temporária ou
definitivamente, dos direitos
políticos
● tenha, no mínimo, dezesseis
anos de idade.
Políticos
● Alistamento junto à Justiça
Eleitoral
● Domicílio eleitoral na
circunscrição
● Filiação a um partido
político
● Idade Mínima (quanto
maior a responsabilidade,
maior a idade. Ex. Vereador
é 18 anos e Presidente é 35)
Formas de Exercer:
Indiretamente: por meio de
representantes (Art. 14 CF)→ Voto
direto e secreto
○ Art. 14, §§ 1° e 2°.
○ Obrigatório: maiores de 18
anos.
○ Facultativo:
■ Analfabetos.
■Maiores de 70 anos.
■Maiores de 16 e menores
de 18 anos.
○ Vedado:
■ Estrangeiros.
■ Conscritos (jovens durante
o período do serviço militar
obrigatório).
Diretamente: plebiscito, referendo,
iniciativa e ação popular
Inelegibilidades: art. 14, §§ 4° a 9°.
➢ Total: art. 14, § 4°.
○ Inalistáveis (todos que não tem
condições de serem eleitores).
■ Estrangeiros e conscritos.
○ Analfabetos.
■ Requisito para comprovar a
alfabetização: o juiz eleitoral
determina se
preenche essa condição, por meio
de uma prova.
■ Alfabetizado político: analfabetos
funcionais, politicamente
alfabetizados.
Parcial:
○Mesmo cargo:
■ Presidente, governadores,
prefeitos — admitida uma única
reeleição.
■ E.C. 16/97.
■ § 5° O Presidente da República, os
Governadores de Estado e do
Distrito Federal, os Prefeitos e
quem os houver sucedido, ou
substituído no curso dos mandatos
poderão ser reeleitos para um
único período subseqüente.
■ Disputar a reeleição durante o
período do mandato.
○ Outros cargos:
■ Presidente, governadores,
prefeitos a não ser que renuncie
seis meses
antes do pleito.
17
■ § 6° Para concorrerem a outros
cargos, o Presidente da República,
os
Governadores de Estado e do
Distrito Federal e os Prefeitos
devem
renunciar aos respectivos
mandatos até seis meses antes do
pleito.
○ Outros parentescos:
■ No mesmo território da
jurisdição do titular de cargo
executivo.
■ § 7° São inelegíveis, no território
de jurisdição do titular, o cônjuge e
os parentes consangüíneos ou
afins, até o segundo grau ou por
adoção,
do Presidente da República, de
Governador de Estado ou
Território, do Distrito Federal, de
Prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses
anteriores ao pleito, salvo se já
titular de mandatoeletivo e
candidato à reeleição.
Em razão de Ofício:
§ 8° O militar alistável (todos os
militares, menos os conscritos) é
elegível, atendidas as seguintes
condições:
■ I - se contar menos de dez anos de
serviço, deverá afastar-se da
atividade;
■ II - se contar mais de dez anos de
serviço, será agregado pela
autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato
da diplomação, para a inatividade.
Em razão de improbidade ou
imoralidade:
■ § 9° Lei complementar
estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua
cessação, a fim de proteger a
probidade
18
administrativa, a moralidade para
exercício de mandato considerada
vida pregressa do candidato, e a
normalidade e legitimidade das
eleições contra a influência do
poder econômico ou o abuso do
exercício de função, cargo ou
emprego na administração direta
ou
indireta.
■ Evitar a distorção no processo
seletivo (eleitoral).
Ação de impugnação (perda) de
mandato eletivo:
● Competência da Justiça
Eleitoral: A Justiça Eleitoral
é responsável por julgar as
ações de impugnação de
mandato eletivo.
○ Extraídos das demais
justiças para exercer
temporariamente o
cargo de juiz eleitoral
(2 anos).
○ Os TribunaisEleitorais contam
com membros
escolhidos pelo
quinto
constitucional,
incluindo advogados
e membros do
Ministério Público,
garantindo uma
variedade de
perspectivas. visa
democratizar o Poder
Judiciário,
reservando 20% das
vagas do tribunal
para membros do
Ministério Público e
advogados, que não
19
são da carreira da
magistratura.
● Tudo que for feito durante o
mandato cabe à justiça
comum, e não a eleitoral.
● Prazo para Propositura: A
ação de impugnação deve
ser proposta até 15 dias após
a diplomação, que é o ato
que confere oficialmente o
mandato eleito. Após esse
prazo, ocorre a decadência
do direito de impugnação.
● Fundamento da Ação: A
ação de impugnação pode
ser fundamentada em abuso
de poder econômico,
corrupção ou fraude.
● Tramitação em Segredo de
Justiça: A ação de
impugnação tramita em
segredo de justiça para
prevenir má-fé ou
temeridade por parte das
partes envolvidas. Isso
significa que os detalhes do
processo não são públicos.
● Liberação para Exercer o
Mandato: O político alvo da
ação de impugnação
mantém sua liberdade para
exercer o mandato até que
uma decisão final seja
tomada.
● Perda do Mandato após
Trânsito em Julgado: O
mandato do político só é
perdido após a sentença que
julga a ação de impugnação
transitar em julgado, ou
seja, quando não há mais
possibilidade de recursos.
20
● PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS (PASSIVOS)
○ Hipóteses de perda e Suspensão:
■ R - Recusa a cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
alternativa
■ I - Improbidade administrativa
■ C - Cancelamento da naturalização
■ C - Condenação criminal
■ I - Incapacidade civil absoluta
○ Hipóteses de Suspensão:
■ Improbidade administrativa
■ Condenação criminal Transitado em julgado, enquanto durarem
seus efeitos→ TAMBÉM EM PENA RESTRITIVA DE DIREITOS, além
da privativa de liberdade
■ Incapacidade civil absoluta→ retornando sua capacidade =
retorna-se os seus direitos políticos
○ Hipóteses de Perda:
■ Cancelamento da naturalização → Ação ajuizada pelo MP, sendo
possível por meio de atividade nociva ao interesse nacional. OU
● Aquisição voluntária de outra nacionalidade
■ Recusa de cumprir obrigação ou medida protetiva
○ EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS NÃO SÃO ABSOLUTOS→ POR
ISSO NÃO HÁ ARBITRARIEDADE EM A CF INSTITUIR PERDA OU
SUSPENSÃO DESTES
○ As pessoas privadas dos direitos políticos podem recuperá-los. Se essa
privação for a dita definitiva, ou perda, dependerá do cumprimento de
exigências legais. Se for a privação dita temporária, ou “suspensão”, a
recuperação se fará automaticamente, pelo desaparecimento de seu
fundamento ou pelo decurso do prazo.
SISTEMAS DE VOTAÇÃO:
● Tipos de voto no Brasil:
○ Voto majoritário: Tipo de voto onde o candidato mais votado ganha as
21
eleições, são eleitos através deste votos os prefeitos, governadores,
senadores e o presidente da república; significa que o candidato
vencedor recebeu 50% dos votos válidos + 1.
○ Voto proporcional: Vereadores; Deputados Estaduais e Deputados
Federais. vai representar proporcionalmente cada estado, por exemplo na
hora de eleger seu deputado; dependendo do nível populacional que habita
por estado, a quantidade de eleitores vai ser determinante para descobrir
quantos deputados devem ser elegidos naquele estado (sendo considerado
no mínimo 8 e no máximo 70)→ CANDIDATOS + PARTIDOS = TOTAL DE
VOTOS DO PARTIDO (O VOTO QUE VOCÊ DA PARA DEPUTADOS E
VEREADORES CONTA PRIMEIRO COMO VOTO NO PARTIDO, MESMO QUE
VOCE VOTE PARA UM CANDIDATO INDIVIDUALMENTE→ CADA PARTIDO
ELEGE UM NÚMERO DE CANDIDATOS PROPORCIONAL AO NÚMERO TOTAL
DE VOTOS QUE O PARTIDO RECEBEU EM TODOS OS SEUS CANDIDATOS A
DEPUTADO E NA PRÓPRIA LEGENDA→ QUOCIENTE ELEITORAL: 100 MIL
VOTOS/100 CADEIRAS = cada lugar CUSTA 10 mil votos, então se um
partido teve 20 mil votos, ele terá 2 lugares→ QUANTO MAIS CANDIDATOS
FORTES MAIS VOTOS, ENTÃO MAIS CADEIRAS O PARTIDO GARANTE→
QUANDO A DIFERENÇA ENTRE O CANDIDATO MAIS VOTADO E O MENOS
VOTADO É MUITO EXPRESSIVA, O QUE TEVE MAIS VOTOS É CHAMADO DE
PUXADOR DE VOTOS (TRANSFERÊNCIA DE VOTOS) . Ex. Se tivermos 100
cadeiras, cada respectivo partido, de acordo com sua porcentagem dos
votos, vai colocar uma determinada quantidade de deputados no
congresso.
■ A) 10% = 10 cadeiras
■ B) 20% = 20 cadeiras
■ C) 30% = 30 cadeiras
■ D) 40% = 40 cadeiras
■ CRÍTICAS:
● Instabilidade governamental: Em um sistemas
proporcional, é normal que nenhum dos partidos consiga a
maioria absoluta no parlamento, possivelmente formando
coalizões para governar
● Fragmentação política: Pelo mesmo motivo anterior, o voto
proporcional pode levar a uma grande fragmentação do
sistema político, com muitos partidos pequenos competindo
por votos. Isso pode tornar a formação de governos e a
22
tomada de decisões mais difíceis, pois os partidos podem ter
visões políticas muito divergentes.
● Falta de prestação de contas: Com muitos partidos no
parlamento, pode ser difícil responsabilizar um único partido
ou coalizão pelo desempenho do governo. Isso pode levar a
uma falta de transparência e responsabilidade na
governança.
● Puxadores de voto: Gerando baixa representatividade, se
elege candidatos que tiveram bem menos voto que seu
oponente (O caso de maior destaque no Brasil ocorreu nas
eleições de 2002 quando o candidato do partido nanico
PRONA Dr. Enéas alcançou a votação recorde com mais de
1,55 milhão de votos, com isso conseguiu eleger consigo
outros cinco candidatos de seu partido, sendo que desses
quatro não chegaram perto de obter 1 mil votos).→ isso pq o
partido ainda tem cadeiras sobrando, pelo quociente
eleitoral, a serem ocupadas. → CLAUSULA DE BARREIRA,
DEVE TER PELO MENOS 10% DO QUOCIENTE ELEITORAL. SE
TIVER MENOS, O LUGAR SERÁ REDISTRIBUÍDO PARA
OUTROS PARTIDOS
● VOTO DISTRITAL PURO:
○ SISTEMA DE VOTAÇÃO POR MAIORIA SIMPLES→ DEPUTADOS E
SENADORES SERIAM ESCOLHIDOS A PARTIR DA SUA VOTAÇÃO
INDIVIDUAL, NESTE SISTEMA OS ESTADOS E MUNICIPIOS SERÃO
DIVIDIDOS EM VÁRIOS DISTRITOS→ OS ELEITORES DE CADA UM DESTES
DISTRITOS PODE ELEGER UM REPRESENTANTE→ SISTEMA DEIXARÁ
MAIS PRÓXIMO DE NOSSOS REPRESENTANTE→ VOTO DIRETAMENTE
PARA O CANDIDATO
○ Sistema que o colégio eleitoral é dividido conforme as cadeiras em disputa
no parlamento
○ Cada partido político pode lançar um candidato em cada distrito
○ Sistema de votação majoritária - vence quem obtiver o maior número de
votos → o voto seria exclusivo do candidato e não do partido
○ No sistema distrital puro, o país é dividido em distritos eleitorais menores,
e cada distrito elege apenas um representante para o legislativo. Os
eleitores votam em um único candidato que representa seu distrito, e o
candidato com mais votos é eleito.
23
○ Exemplo: a cidade de são paulo teria que se dividir em mais de um distrito
eleitoral, enquantos cidades menores seriam agregadas a outro distrito
○ CRÍTICAS:
■ Formação de currais eleitorais→ bipartidarismo→ fanatismo
político→ Em distritos pequenos, é mais provável que a população
seja homogênea em termos de preferências políticas, culturais e
socioeconômicas. Isso pode levar à formação de áreas onde um
determinado partido ou candidato tem um apoio mais consistente.
■ número excessivo de partidos políticos, que por consequência,
resultaria num número grande de candidatos, o que acarretaria
uma significativa exclusão de votos.→ Nesse caso, o candidato
vencedor pode ser eleito com uma quantidade relativamente
pequena de votos, enquanto a maioria dos votos é distribuída entre
os demais candidatos. Isso pode resultar na exclusão de uma parte
significativa dos eleitores, cujos votos não são efetivamente
representados na Câmara dos Deputados, apesar de terem sido
expressos nas urnas.
● VOTO DISTRITAL MISTO (MELHOR PARA O BRASIL):
○ Utilizando aspectos positivos do voto proporcional aspetos positivos do
voto distrital puro.
○ O voto distrital misto é a solução mais viável para os problemas
providos do sistema proporcional puro. Além de baratear as campanhas,fortalecer os partidos e restaurar a soberania do voto, o voto distrital misto
teria a capacidade de qualificar a representação.
○ O sistema consiste em metade dos deputados e vereadores continuaria a
ser eleita através do sistema proporcional , e outra metade será eleita por
maioria simples. O eleitor possui dois votos, 1 voto será destinado ao
político em si ( voto majoritário) e o outro voto proporcional será destinado
a uma lista partidária. O voto mista tem como escopo nutrir tanto os
interesses nacionais quanto os interesses regionais.
○ Na lista partidária, os partidos políticos elaboram uma lista pré-ordenada
de candidatos que concorrerão às vagas proporcionais. Essa lista é
organizada pelo partido de acordo com critérios internos, como
preferências ideológicas, experiência política, representatividade regional,
entre outros.
○ ELEITOR ESCOLHE UM CANDIDATO DO SEU DISTRITO (DEFINIDO PELO
NÚMERO DE HABITANTES)→ ISSO EVITA QUE SÓ GANHE GENTE QUE
24
VENHA DAS CAPITAIS→ ESCOLHENDO UM CANDIDATO DO SEU DISTRITO,
SERÁ A VEZ DE DAR O VOTO PARA UM PARTIDO DA SUA PREFERÊNCIA→
A METADE DAS CADEIRAS DAS CÂMARAS E DAS ASSEMBLEIAS
LEGISLATIVAS, SERÁ PREENCHIDAS PELOS VENCEDORES DOS VOTOS
DISTRITAIS E A OUTRA METADE FICA PARA OS CANDIDATOS ESCOLHIDOS
PELOS PARTIDOS MAIS VOTADOS (PROPORCIONAL)
● DISTRITÃO:
○ CADA ESTADO E MUNICÍPIO SE TORNA UM DISTRITO→ E OS DEPUTADOS
E VEREADORES MAIS VOTADOS SERÃO OS ELEITOS (INDEPENDENTE DOS
PARTIDOS→ ELIMINA PUXADOR DE VOTOS→ AUMENTA O
PERSONALISMO DAS CAMPANHAS→ DISPUTA DE PERSONAGENS E NÃO
DE PARTIDOS E SUAS PROPOSTAS→MUDAR VOTO PROPORCIONAL PARA
VOTO MAJORITÁRIO→ ENFRAQUECE OS PARTIDOS E REPRESENTAÇÃO DE
MINORIAS→ 1 OU MAIS PARTIDOS PARA DISCUTIR IDEAIS→
PARTIDOS POLÍTICOS
● São eles os incumbidos de mostrar ao eleitorado quais são as opções políticas
possíveis, indicando ao mesmo tempo pessoas que afiançam serem capazes de
realizá-las
● ➢ Princípio da anterioridade eleitoral (art. 16 CF).
○ Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de
sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data
de sua vigência.
○ A lei só será aplicada quando a eleição ocorrer em, no mínimo, 1 ano da
data de sua vigência.
○ As leis aplicadas devem estar em vigência 1 ano antes da eleição. Ex:
eleição majoritária (federal e estadual) em 10/2022 —> lei criada em
10/2021 é aplicada. Mas se essa lei fosse criada em 12/2021, ela só seria
aplicada nas eleições de 2024.
● A Constituição facilitou enormemente a organização (criação) de partidos
políticos, dando-lhes ampla autonomia e personalidade na forma da lei civil (art.
17, §§ 1° e 2°).
● Assim as relevantes questões de fidelidade e da disciplina partidária, estrutura
interna, organização e funcionamento passaram a ser estatutárias.
○ § 1° ressalta que os partidos políticos têm autonomia para definir suas
estruturas internas e estabelecer regras para suas atividades, inclusive
25
para formação de coligações nas eleições majoritárias. No entanto, a
celebração de coligações nas eleições proporcionais é vedada, e os estatutos
dos partidos devem conter normas de disciplina e fidelidade partidária.
○ § 2° Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na
forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
→ Isso garante que a estrutura e normas internas dos partidos sejam
reconhecidas oficialmente e estejam em conformidade com as leis
eleitorais.
● Os partidos políticos devem apenas obedecer os preceitos fundamentais indicados
nos incisos I a IV do art. 17, estando, ainda, proibidos de utilizar organização
paramilitar. (art. 17, § 4°).
○ Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos
políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e
observados os seguintes preceitos:
■ I - caráter nacional; (não se admite partidos regionais — deve ter
sedes em todos os Estados)
■ II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou
governo estrangeiros ou de subordinação a estes;
■ III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
■ IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
○ § 4° É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização
paramilitar.
● MANDATO DO PARTIDO: caso o eleito troque de partido ou saia dele
○ Exceção: quando o eleito é expulso, ou quando há um novo partido
reconhecido pela justiça eleitoral, ou antes de 6 meses da eleição.
○ § 6º Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados Distritais
e os Vereadores que se desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos
perderão o mandato, salvo nos casos de anuência do partido ou de outras
hipóteses de justa causa estabelecidas em lei, não computada, em qualquer
caso, a migração de partido para fins de distribuição de recursos do fundo
partidário ou de outros fundos públicos e de acesso gratuito ao rádio e à
televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)
○ A Lei Nº 9.096, também conhecida como Lei dos Partidos Políticos, trata da
mudança de partido no artigo 20, de forma bem clara: “Perderá o mandato
o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do partido pelo
qual foi eleito”.→ A regra vale apenas para quem for eleito pelo sistema
26
proporcional, ou seja, deputados federais, deputados estaduais e
vereadores.→ POR CAUSA DO QUOCIENTE ELEITORAL
● Fases:
○ Nascimento: registro no cartório de pessoas jurídicas.
○ Registro dos estatutos partidários no Tribunal Superior Eleitoral (art. 17, §
2°).
■ Já pode lançar candidatos.
■ Reconhecimento da justiça eleitoral — o partido faz parte do sistema
político partidário.
○ Eleição de um Deputado Federal ou Senador (representação no Congresso
Nacional).
■ Atinge o auge.
■ Deixa de ser um mero intermediário.
■ Art. 5°, LXX, a: legitimidade para representar a sociedade.
■ Art. 103, VIII, CF: propor ADI e ação declaratória de
constitucionalidade.
■ Art. 150 CF (isento do pagamento de tributos).
○ Os Partidos Políticos têm direito a recurso do fundo partidário, formado
entre outros pelas multas impostas pela Justiça eleitoral;
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
● A expressão “poder” tem três acepções em Direito. É portanto equívoca:
○ poder: revelação de soberania (art. 1º § U)
○ Poder: Órgão do Estado (art. 2º)
○ Poder: função exercida pelo órgão do Estado (art. 44, 76 e 92)
● A Separação dos Poderes:
○ “A separação dos poderes consiste em distinguir três funções estatais –
legislação, administração e jurisdição – e atribuí-las a três órgãos ou grupos
de órgãos, reciprocamente autônomos, que as exercerão com
exclusividade, ou ao menos, preponderantemente”.
○ Objetivo: distinguir três funções estatais
■ legislação→ Legislativo
■ administração→ Executivo
■ jurisdição→ Judiciário
○ Montesquieu - Freios e contrapesos
■ consiste no controle do poder pelo próprio poder, sendo que cada
27
Poder teria autonomia para exercer sua função, mas seria
controlado pelos outros poderes. Isso serviria para evitar que
houvesse abusos no exercício do poder por qualquer dos Poderes
(Executivo, Legislativo e Judiciário).
○ A separação dos poderes não tem rigor suficiente para ser considerada
teoria “científica”, já que, em cada Poder, pode-se perceber o exercício de
atividades “atipicas”, a par de “preponderante”.
■ É, assim, uma formulação política, voltada para propósitos
eminentemente práticos.
○ Não há hierarquia entre os Poderes. Cada um tem suas competências
privativas (não importa a quantidade).
● PODER LEGISLATIVO NA CONSTITUIÇÃO (Arts. 44 a 75;)
○ Congresso Nacional. (TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO→ órgão brasileiro
responsável por auxiliar o Congresso Nacional no exercício do controle
externo da administração pública.
■ Câmara dos Deputados.
■ Senado.
○ Assembléias Legislativas — (T.C.Estados).
○ Câmara Legislativa
■ O DF tem competências estaduais e municipais.● Não comporta divisão em Municípios
■ É o Poder Legislativo do DF.
■ Fiscalizado pelo T.C. União.
○ Câmaras Municipais – (T.C. Municipais)
■ Proibição da criação de Tribunais de Contas dos Municípios.→ Art.
31 §4
● Fiscalizados pelo T.C. Estados.
■ Os Municípios que já possuíam antes da CF/88 permanecem.→ O
Tribunal de Contas Municipal exerce o controle externo dos
recursos públicos do Município em que foi criado.
● São Paulo.
● Funções constitucionais do Poder Legislativo:
○ TÍPICA: preponderante
■ LEGISLAR (criar leis) - Art. 48 CF
● Competência do Congresso Nacional (a lei só nasce se tem
aprovação da Câmara e do Senado)
■ OBSERVAÇÃO I:
28
● A função "típica” mostra-se cada vez menos preponderante,
dada a grande e expansiva atuação do Executivo, nesta área,
por meio de medidas provisórias
○ O Executivo legisla mais que o Legislativo.
● Trata-se de fenômeno universal pelo qual a atividade
legislativa passa a ser o resultado da intervenção conjunta do
Executivo e do Legislativo “hoje se governa legislando”
(Norberto Bobbio).
○ ATÍPICA:
■ Fiscalizar (Art. 49, X)
● Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
● fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas
Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da
administração indireta;
■ Julgar (arts. 49, IX; 52, I e II)
● Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
● julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da
República e apreciar os relatórios sobre a execução dos
planos de governo;
● Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
○ processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da
República nos crimes de responsabilidade, bem como
os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha,
do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma
natureza conexos com aqueles;
○ processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal
Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e
do Conselho Nacional do Ministério Público, o
Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da
União nos crimes de responsabilidade; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
■ Administrar (arts. 51, IV; 52, XIII).→ FUNÇÃO DE SE
AUTO-ADMINISTRAR
● Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
○ dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia,
criação, transformação ou extinção dos cargos,
empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de
29
lei para fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias;
● dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia,
criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e
funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da
respectiva remuneração, observados os parâmetros
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
● Competência do Congresso Nacional e de suas Casas:
○ Câmara dos Deputados:
■ Art. 51 (c.c art. 50).
● Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou
qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de
Estado, quaisquer titulares de órgãos diretamente
subordinados à Presidência da República ou o Presidente do
Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços para
prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto
previamente determinado, importando crime de
responsabilidade a ausência sem justificação adequada.
■ Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
■ I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de
processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os
Ministros de Estado;
■ II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando
não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias
após a abertura da sessão legislativa;
■ III - elaborar seu regimento interno;
■ IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação,
transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus
serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
■ V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89,
VII.
○ Congresso Nacional:
■ Art. 48 (c.c arts. 22 — privativas e 24 — concorrentes).
30
● Competência típica de legislar.
■ Art. 49 (assuntos de competência exclusiva).
■ ➢ Obs: Não cabe nem à Câmara e nem ao Senado legislar, mas sim
ao Congresso Nacional.
● Congresso Nacional: órgãos que o integram.
○ Câmara dos Deputados:
■ Integrada por representantes do povo;
● Questões do povo.
■ Eleitos por uma legislatura (4 anos);
● Formado por 4 sessões legislativas (período anual).
■ Número mínimo de 8 e máximo de 70 Deputados por Estados
(sistema proporcional);
● Não representa a realidade.
■ Idade mínima 21 anos;
■ Substituição total a cada 4 anos.
○ Senado Federal:
■ Integrada por representantes dos Estados;
● Questões federativas.
■ Eleitos por duas legislaturas (8 anos);
■ Três por Estados (sistema majoritário simples);
■ Idade mínima 35 anos;
■ Substituição parcial 1/3 (4 anos) 2/3 (4 anos).
○ Além disso:
■ Não há limite de reeleição.
■ Não há hierarquia entre senador e deputado.
● Diferença política (senador tem mais representatividade).
● Juridicamente são iguais.
CÂMARA SENADO
Representantes —> Povo Representantes —>
Estados-membros
Prazo —> 1 legislatura (4 anos) Prazo —> 2 legislaturas (8 anos)
N° de parlamentares —> 8/70 N° de parlamentares —> 3 por
Estado
Total: 513 Deputados Total: 81 Senadores
31
Sistema de eleição —> proporcional Sistema —> majoritário
Idade —> 21 anos Idade —> 35 anos
Substituição —> total (4 anos) Substituição —> parcial — 4 (⅓) e 4
(⅔)
Suplência —> lista partidária Suplência —> chapa (2 suplentes)
Substituição do Presidente da
República —>
1° a substituir
Substituição do Presidente da
República —>
2° a substituir
Processo legislativo —> casa
iniciadora
Processo legislativo —> casa
revisora
● Se um Senador propor um projeto de lei, o Senado é a casa
iniciadora e a casa revisora é a Câmara.
○ Não tem hierarquia.
○ Todos os demais legitimados a propor projeto de lei, é sempre
a Câmara a casa iniciadora.
● Observações:
○ Seguindo a tradição federalista, o direito constitucional
brasileiro adota o
● sistema BICAMERALISMO.
○ 3 casas com competências distintas (Senado, Câmara e
Congresso art. 48 competência de legislar do CN).
● Cada Casa é dirigida por uma “Mesa” (art. 57, § 4°), o mesmo
ocorrendo com o próprio Congresso (art. 57, § 5°).
○ § 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões
preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da
legislatura, para a posse de seus membros e eleição das
respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a
recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente
subseqüente.
○ § 5º A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo
Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão
exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos
equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
32
● MESA DIRETIVA:
○ Os parlamentares elegem os presidentes das Casas.
■ O Presidente indica os candidatos à presidência.
● Situação (política): quem está no poder
(Presidente) indica seu candidato para a
eleição.
○ Prazo: dois anos.
■ Não pode repetir o cargo na mesma legislatura (4
anos),
○ “Sempre em linha reta, sem cruzar a tabela”:
■ O 1° Vice da Câmara é o 1° Vice do Congresso.
○ Alternadamente:
■ Situação —> Oposição —> Situação —> Oposição.
○ Importância dos cargos de Presidente da Câmara e do
Senado:
■ Sucessores naturais do Presidente da República e do
Vice-Presidente.
● Requisito: ser brasileiro nato.
○ Os demais cargos podem ser assumidos
tanto por brasileiros natos quanto
naturalizados.
● Membros das Casas:
○ Câmara dos Deputados: 513 —> 257 (quórum de instalação).
○ Senado: 81 —> 42.
○ Congresso Nacional: 594 —> 298.
● O Poder Legislativo:
○ O Congresso esuas Casas gozam de garantias de
auto-organização dentro dos seguintes parâmetros:
■ As deliberações só são possíveis aos presentes da
maioria de seus membros de cada Casa (quorum de
instalação – art. 47);
■ As deliberações serão por maioria simples “salvo
disposição constitucional em contrário” (quorum de
deliberação – art. 47).
○ Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as
deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas
por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus
33
membros.
■ Quórum:
● Instalação: n° mínimo de parlamentares
presentes para deliberar — 50% + 1 dos
membros da Casa.
● Deliberação: maioria simples ou relativa — 50%
+ 1 dos presentes no momento de deliberação.
○ Maioria absoluta — 50% + 1 dos
membros da Casa para votar projeto de
lei complementar (art. 69 CF) —
disposição constitucional em contrário.
○ Maioria qualificada — ⅗ dos membros
(art. 60, § 2°, CF).
○ Maioria especializada — ⅔ dos membros
do Senado (art. 52, parágrafo único, CF)
— processo de impeachment.
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