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MARIANA MARQUES JARDIM – T29 GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA – MARIANA MARQUES • Consiste em exames e testes que devem ser realizados em pessoas sadias com idades e características pré- definidas c/ objetivo de identificar as que apresentam um maior risco de desenvolver uma doença. • ATENÇÃO: rastreio é diferente de diagnóstico clínico. • Causado pela infecção por tipos oncogênicos do HPV, possui desenvolvimento lento, pode ser assintomático em fase inicial e evoluir para quadros de sangramento, secreção anormal e dor em casos avançados. • É o 3º tipo de câncer mais frequente nas mulheres. • Causado por replicação desordenada do epitélio de revestimento, comprometendo o estroma e podendo invadir órgãos adjacentes ou a distância. • A maior parte dos CA de colo uterino são do tipo carcinoma epidermóide (90% dos casos). • Em geral, entre a contaminação e desenvolvimento do câncer tem-se uma janela de 10 anos, sendo o rastreio importante nesse período. • Fator de risco: infecção persistente por tipos oncogênicos HPV - tipos 16 e 18. • Dividia em primária, secundária, terciária e quaternária: ➔ Primária: remover causas ou fatores de risco antes do desenvolvimento de uma condição (medidas educativas, vacinação, rastreio e diagnóstico e tratamento de lesões subclínicas). ➔ Secundária: diagnóstico precoce de uma doença assintomática (se o paciente tem sintomas não é mais rastreamento e deixa de ser secundária). ➔ Terciária: reduzir o impacto/prejuízo causado por uma condição aguda e/ou crônica. ➔ Quaternária: detecção de indivíduos em risco de intervenção diagnósticas/terapêuticas excessiva. • Feito através da colpocitologia oncótica (papanicolau) que tem como objetivo identificar lesões pré-invasivas (lesões suspeitas que devem ser investigadas). QUANDO REALIZAR O RASTREAMENTO: • Mulheres sexualmente ativas de 25-64 anos, se possuir dois exames consecutivos e anuais normais, pode fazer o rastreio trienal (a cada três anos). • Gestantes >25 anos (evitar < 12 semanas de gestação e evitar o uso da escova endocervical). • Mulheres pós-menopausa: rastrear de acordo com a faixa etária. • Mulheres imunossuprimidas: iniciar o rastreio junto com o inicio da atividade sexual, realizar as duas primeiras coletas semestralmente e após anualmente. ORIENTAÇÕES PARA COLETA: • Ausência de sangramento vaginal; • Ausência de duchas ou cremes vaginais; • Abstinência sexual 72h antes da coleta; • Pós parto: aguardar de 6 a 8 semanas; • Paciente pós-menopausa: tem poucas células, assim, recomenda-se a utilização estrogênio tópico antes. RESULTADOS DO EXAME: • Células escamosas atípicas de significado indeterminado possível não neoplásica (ASC-US): resultado mais benigno - controle mais conservador: ➔ Mulheres < 30 anos = repetir em 12 meses; ➔ Mulheres > 30 anos = repetir em 6 meses; ➔ Se repetir o exame e continuar ASC-US, realizar colposcopia. ➔ Se repetir o exame e vier com resultado normal, solicitar novo papanicolau. • Células escamosas atípicas de significado indeterminado, quando não se pode excluir lesão intraepitelial de alto grau (ASC-H): colposcopia. • Células glandulares atípicas (ACG): colposcopia + investigação endometrial. • Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL): ➔ Mulheres > 25 anos: repetir o exame em 6 meses – se normal - repetir em mais 6 meses – se normal - voltar para o segmento trienal. Porém, se manteve a lesão – realizar colposcopia. ➔ Mulheres <25 anos: repetir o exame em 3 anos ou quando atingir 25 anos. • Lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL): realizar colposcopia. • Adenocarcinoma in situ e invasor: realizar colposcopia + avaliação endometrial. • Vacina tetravalente que protege contra os tipos de HPV oncogênicos (6, 11, 16, 18), recomendada para meninas de 9-13 anos e meninos de 12-13 anos. • É realizada 2 doses com intervalo de 6 meses. • Previne contra câncer de colo uterino, pênis, garganta, anus e verrugas genitais. • Eficácia de 93-100% se doses antes da vida sexual.