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220 repentinas no interior do continente, inundações mais fre- qüentes no litoral e aumento da erosão. Esses eventos teriam relação com as tempestades e a elevação do nível do mar. A maior parte dos organismos e ecossistemas terá dificuldade de se adaptar às mudanças climáticas. As áreas montanho- sas enfrentarão retração das geleiras, redução da cobertura de neve e extensas perdas de espécies. Pela primeira vez, nos estudos avaliados pelo IPCC, foi documentada uma vasta gama de impactos das mudanças do clima atuais no continente. Já se comprova que há re- tração de geleiras, épocas de cultivo mais longas, deslo- camento da distribuição das espécies e impactos na saúde decorrentes de ondas de calor. No sul da Europa, por exemplo, uma região já vulnerável à variabilidade climática, pode haver aumento na temperatura e ocorrência de secas, o que levaria à redução da disponibi- lidade de água, do potencial de geração hidrelétrica e da produtividade agrícola. Projeta-se, ainda, que aumentem os ris- cos à saúde por causa das ondas de calor e à freqüência dos incêndios florestais. No centro e no leste da Europa, é pos- sível que a precipitação no verão dimi- nua, provocando maiores tensões rela- cionadas com o abastecimento de água. Prevê-se uma queda na produtividade florestal e um aumento da freqüência de incêndios em áreas de turfa. No norte da Europa, as mudanças do clima podem, inicial- mente, provocar efeitos mistos. Podem até mesmo ocor- rer benefícios, tais como a redução da necessidade de usar aquecimento artificial nas casas, o aumento das safras e do crescimento florestal. Entretanto, à medida que as mudan- ças climáticas continuarem ocorrendo, é provável que os impactos negativos se sobreponham aos benefícios. Dentre Figura 5.18. Uma das conseqüências previstas para o continente europeu será a retração de geleiras e da cobertura de neve. Poderá haver também extensas perdas de espécies. V io la A u g u g li ar o . h tt p :/ /w w w .s x c. h u /