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Etapa Ensino Fundamental Anos Finais Resistências à partilha da África 8o ANO Aula 17 – 4o bimestre HISTÓRIA (EF08HI26) Identificar e contextualizar o protagonismo das populações locais na resistência ao imperialismo na África e Ásia. Identificar as diferentes formas de resistência adotadas pelas populações locais africanas contra o Imperialismo europeu; Compreender o protagonismo das lideranças e dos movimentos de resistência na luta pela autonomia e independência; Refletir sobre a importância de valorizar a história de resistência das populações locais na construção de uma consciência histórica crítica. Formas de resistência ao Imperialismo; Lutas contra o domínio colonial; Movimentos de resistência ao Imperialismo. Conteúdo Objetivos A memória dos povos que resistiram ao Imperialismo europeu pode ser considerada uma forma de resistência? Explique. Levante a mão quem quiser responder! Para começar O continente africano no século XIX No século XIX, a maior parte da população africana trabalhava na agricultura de subsistência. Havia um importante comércio interno entre as diferentes regiões do continente, o que foi significativo para a interligação territorial e cultural entre os povos da África. Os povos que viviam no continente eram de diferentes etnias e organizavam-se de modos diversos. Foco no conteúdo Havia pequenas aldeias, compostas por famílias e lideradas por um chefe, até grandes reinos, que incluíam várias aldeias e eram liderados por um chefe com maior poder e autoridade. Outros reinos formavam Estados centralizados, que praticavam a coleta de tributos e tinham uma hierarquia social definida. O continente africano no século XIX Foco no conteúdo Movimentos de resistência ao Imperialismo Na segunda metade do século XIX (alguns bem antes disso, como foi o caso da dominação francesa na Argélia), os países europeus deram início a um processo de neocolonização, ocupando territórios dos continentes africano e asiático. Esse processo neocolonialista desenvolveu-se a partir dos interesses das nações europeias, que buscavam implantar uma intensa exploração econômica sobre suas colônias. No entanto, em diversos territórios africanos houve resistência dos povos nativos à dominação europeia. Foco no conteúdo A revolta Maji Maji A região da Tanganica (atual Tanzânia) era dominada pela Alemanha. A motivação dessa revolta era a luta contra o uso de mão de obra forçada pelos colonizadores. Os alemães obrigaram os nativos a plantarem algodão para exportação. Guerreiros Maji Maji O líder do povo Maji Maji, Kinjikitile Ngwale, reuniu mais de vinte grupos étnicos diferentes, difundindo entre eles os princípios de liberdade, vinculando-os a elementos da cultura tradicional e da religiosidade desses povos. Foco no conteúdo https://www.labrujulaverde.com/wp-content/uploads/2017/08/Bundesarchiv_Bild_105-DOA0157_Deutsch-OstafrikaWarundi-Bogenschutzen-2.jpg Os alemães receberam reforços vindos da Europa e recrutaram nativos. Casas foram destruídas, plantações foram queimadas e habitantes de vilas inteiras foram massacrados. Os líderes da revolta, como Kinjikitile Ngwale, foram mortos. Com os alemães queimando as plantações (em uma política de terra arrasada, defendida pelo governador Gustav Adolf von Götzen), houve fome em larga escala pela região e milhares de pessoas morreram de inanição. As tropas coloniais alemães conseguiram sufocar a revolta, mas um dos resultados foi o surgimento de ideais nacionalistas entre os povos da Tanzânia, que seria fundamental na história do país nas décadas seguintes. A revolta Maji Maji Foco no conteúdo https://www.labrujulaverde.com/wp-content/uploads/2017/08/Bundesarchiv_Bild_105-DOA0157_Deutsch-OstafrikaWarundi-Bogenschutzen-2.jpg Todo mundo escreve! A partir do que estudamos até o momento, responda: A revolta Maji Maji ocorreu na Tanzânia, durante a expansão colonial alemã. A principal causa para a eclosão desse movimento ocorreu quando os colonos: limitaram o ganho dos comerciantes locais. institucionalizaram o alemão como língua oficial. intensificaram a exploração de petróleo na região. forçaram os nativos a plantar algodão, a fim de exportá-lo. Na prática Correção A partir do que estudamos até o momento, responda: A revolta Maji Maji ocorreu na Tanzânia, durante a expansão colonial alemã. A principal causa para a eclosão desse movimento ocorreu quando os colonos: limitaram o ganho dos comerciantes locais. institucionalizaram o alemão como língua oficial. intensificaram a exploração de petróleo na região. forçaram os nativos a plantar algodão, a fim de exportá-lo. Todo mundo escreve! Na prática Revolução Urabi – Egito (1879-1882) Na década de 1880, o Egito tinha um governo alinhado com os interesses otomanos (turcos) e britânicos. O governo liderado pelo quediva (governante instituído pelos otomanos) Tawfiq enfrentou, a partir de 1881, uma revolução encabeçada pelo exército, que tinha como objetivo libertar o Egito da crescente influência britânica. Foco no conteúdo Revolução Urabi – Egito (1879-1882) Ahmed Urabi, um oficial egípcio, ascendeu ao posto de coronel do exército e iniciou a revolta, conseguindo destituir o quediva Tawfiq. No entanto, Urabi não sabia que Tawfiq havia solicitado ajuda aos britânicos. Pouco tempo depois, os britânicos invadiram o Egito (a invasão aconteceu em 1882), atacaram a cidade de Alexandria e derrotaram o movimento liderado por Urabi. Ahmed Urabi Urabi foi capturado em 1882, com a invasão dos britânicos ao Egito, buscando, assim, garantir o controle do Canal de Suez. Foco no conteúdo https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/53/Ahmed_Orabi_1900.jpg Madagascar e a resistência ao Imperialismo Madagascar era um reino que no início da década de 1880 era governado pelo primeiro-ministro Rainilaiarivony, que liderava um processo de modernização no país com o objetivo de garantir a soberania da ilha e impedir a dominação colonial por parte das potências europeias. Foco no conteúdo https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/be/conteudo/images/rainilaiarivony-primeiro-ministro-malgaxe-que-tentou-resistir-ao-dominio-frances-em-madagascar-59d8e0ed374df.jpg Madagascar e a resistência ao Imperialismo Porém, Madagascar foi invadido pelos franceses após uma pressão da classe colonialista francesa, interessada em estender o domínio sobre Madagascar e, ao mesmo tempo, impedir o crescimento da influência britânica na região. Duas guerras aconteceram entre malgaxes e franceses: em 1883-1885 e 1894-1895. O governo malgaxe acabou destituído pelos franceses, e as reformas em andamento foram interrompidas. No entanto, a ocupação francesa em Madagascar lidou com rebeliões nas décadas de 1900, 1910 e 1920, mas seu domínio na região só foi encerrado em 1960. Foco no conteúdo 1) A seguir, destacamos algumas informações sobre os movimentos de resistência analisados nesta aula. Associe o país às informações sobre o seu movimento de resistência: a) Madagascar ( ) A revolta Maji Maji foi sufocada pelos alemães, mas não impediu o surgimento de ideais nacionalistas entre os povos da região. b) Egito ( ) Tentou garantir sua independência em duas guerras travadas contra os franceses, mas foi derrotada. Movimentos de resistência liderados pelos malgaxes ocorreram até a década de 1920. c) Tanzânia ( ) A revolução Urabi foi liderada pelo coronel Ahmad Urabi, encabeçada pelo exército que pretendia libertar a região da crescente influência britânica Aplicando https://m.media-amazon.com/images/I/71a7P-5hRhL._AC_SY741_.jpg a) Madagascar ( C ) A revolta Maji Maji foi sufocada pelos alemães, mas não impediu o surgimento de ideais nacionalistas entre os povos da região. b) Egito ( A ) Tentou garantir sua independência em duas guerras travadas contra os franceses, mas foi derrotada. Movimentos de resistência liderados pelos malgaxes ocorreram até a década de 1920. c) Tanzânia ( B ) A revolução Urabi foi liderada pelo coronel Ahmad Urabi, encabeçada pelo exército quepretendia libertar a região da crescente influência britânica Correção 1) A seguir, destacamos algumas informações sobre os movimentos de resistência analisados nesta aula. Associe o país às informações sobre o seu movimento de resistência: Aplicando https://m.media-amazon.com/images/I/71a7P-5hRhL._AC_SY741_.jpg Identificamos as maneiras encontradas pelas populações africanas para resistir ao movimento imperialista europeu; Compreendemos o protagonismo das lideranças e dos movimentos de resistência na luta pela autonomia e independência de seus territórios; Refletimos sobre a importância de valorizar a história de resistência das populações locais africanas para compreender que os povos não aceitaram pacificamente o movimento imperialista europeu. O que aprendemos hoje? Tarefa SP Localizador: 102961 Professor, para visualizar a tarefa da aula, acesse com seu login: tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br Clique em “Atividades” e, em seguida, em “Modelos”. Em “Buscar por”, selecione a opção “Localizador”. Copie o localizador acima e cole-o no campo de busca. Clique em “Procurar”. Videotutorial: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/ 18 BOAHEN, Alber Adu (ed.). História Geral da África, VII: África sob dominação colonial, 1880-1935. Brasília: Unesco, 2010. HERNANDEZ, Leila Maria Gonçalves Leite. Movimentos de resistência na África. Revista de História, n. 141, p. 141-149, 1999. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/18887/20950. Acesso em: 23 ago. 2023. HOBSBAWM, Eric J. Era dos impérios: 1875-1914. São Paulo: Paz e Terra, 2005. LEMOV, D. Aula nota 10 2.0: 62 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2018. Referências SAID, Edward W. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo Paulista: Etapas Educação Infantil e Ensino Fundamental. São Paulo, 2019. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo em Ação. Coordenadoria Pedagógica – COPED. São Paulo, 2023 SOUZA, Caroline Matias de. Memórias e resistência contra o poder colonial na África. Revista Fórum, 2021. Disponível em: https://revistaforum.com.br/opiniao/2021/6/15/memorias-resistncia-contra-poder-colonial-na-africa-blog-terra-em-transe-98891.html . Acesso em: 24 ago. 2023. Referências SOUZA, Felipe Alexandre Silva de. Determinações estratégicas e econômicas da dominação britânica no Egito (1804-1956). Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidade Estadual Paulista, Marília, 2016. Referências Lista de imagens Slide 7 – https://www.labrujulaverde.com/wp-content/uploads/2017/08/Bundesarchiv_Bild_105-DOA0157_Deutsch-OstafrikaWarundi-Bogenschutzen-2.jpg Slide 12 – https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/53/Ahmed_Orabi_1900.jpg Slide 13 – https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/be/conteudo/images/rainilaiarivony-primeiro-ministro-malgaxe-que-tentou-resistir-ao-dominio-frances-em-madagascar-59d8e0ed374df.jpg Referências Material Digital .MsftOfcThm_Accent5_Fill_v2 { fill:#0097A7; }