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LIVROEM PDF - TÓPICOS ESPECIAIS EM EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS-1

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Página inicial 
INTRODUÇÃO À 
HISTÓRIA DA 
EDUCAÇÃO DE 
JOVENS E ADULTOS 
Professora : Me. Jacqueline Andréa Furtado de Sousa 
Objetivos de aprendizagem 
Contextualizar a evolução histórica da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil. 
Identificar que a lenta valorização da EJA foi provocada pelo aumento da procura pela escolarização e pelo crescimento das 
indústrias. 
Apresentar Legislação e Diretrizes que apontam a EJA como modalidade de ensino no Brasil. 
Abordar as interfaces entre MOBRAL, Supletivo e EJA no papel da educação brasileira. 
Compreender aspectos da EJA que diferem da escolarização no ensino regular. 
https://sites.google.com/view/teeedjea1/p�gina-inicial
https://getfireshot.com
https://sites.google.com/view/teeedjea1/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/view/teeedjea1/p%C3%A1gina-inicial
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
Contextualizando a Educação de Jovens e Adultos no Brasil 
O desenvolvimento da escolarização em Educação de Jovens e Adultos para o trabalho 
A consolidação da Legislação e Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos 
As interfaces entre MOBRAL, Supletivo e EJA 
Os aspectos que envolvem a escolarização andragógica 
Introdução 
Neste encontro faremos uma caminhada para compreender os Tópicos Especiais em Educação de Jovens de Adultos (EJA). Além 
de prazerosos, os conteúdos permitirão discussões e reflexões acerca do ensino e da aprendizagem de adolescentes, Jovens e 
Adultos que estudam em uma modalidade de ensino com características que a diferem do ensino regular. 
Quer dizer que a Educação de Jovens e Adultos não é uma escolarização regular? E como ela surgiu? Qual sua importância na 
educação brasileira? Não se preocupe, pois questões como estas serão abordadas em nossos estudos. 
Será apresentada a evolução histórica da Educação de Jovens e Adultos no Brasil, desde a prática pedagógica dos jesuítas até as 
contribuições do pensamento freiriano ao processo de ensino-aprendizagem. 
Estudaremos que o desenvolvimento das indústrias influenciou na crescente busca pela alfabetização dos trabalhadores; esta 
incessante busca contribuiu para uma lenta valorização da Educação de Jovens e Adultos efetivada em escolas noturnas. 
Mas não há como discutir sobre a evolução da Educação de Jovens e Adultos sem mencionar as principais políticas públicas 
brasileiras que abriram caminho para que a EJA se estruturasse como uma modalidade de ensino. Portanto, será importante 
discorrer sobre as constituições de 1934, 1937, 1988 e sobre as Diretrizes que ajudaram a protagonizar a escolarização de jovens 
e adultos no Brasil. 
Além das abordagens sobre políticas públicas, apresentaremos as interfaces entre MOBRAL, Supletivo e EJA, com destaque às 
suas importâncias no panorama da educação brasileira. 
Para finalizar, discutiremos a Educação de Jovens e Adultos pelo foco da pedagogia e da andragogia. E o que seria andragogia? 
Neste estudo você saberá que Andragogia é a práxis utilizada no processo de ensino-aprendizagem da EJA. Ainda vamos poder 
analisar os múltiplos olhares da pedagogia e da andragogia no ensino. 
Espera-se que, com este material, você adquira bases sólidas para sua carreira. Bons estudos! 
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Avançar 
UNICESUMAR | UNIVERSO EAD 
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Página inicial 
CONTEXTUALIZANDO A EDUCAÇÃO 
DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL 
O ser humano participa de diferentes atividades e compartilhamentos em uma comunidade. Participar e compartilhar exige o 
desenvolvimento de competências e habilidades inerentes ao sujeito socialmente constituído. Uma das diversas habilidades 
humanas é a linguagem; a outra é a aprendizagem. A articulação da linguagem permite ao indivíduo participar do processo de 
comunicação e assumir uma posição de transformação social. A aprendizagem, por sua vez, é a primeira das habilidades 
executadas pela pessoa. Logo, linguagem e aprendizagem são elementos sine qua non para que a educação seja efetivada. 
Heller (1985) menciona que a aprendizagem aliada à educação faz parte da vida cotidiana do homem desde os tempos remotos. 
Conforme o autor, os contextos sociais podem ser construídos e reconstruídos pela prática pedagógica que define ou redesenha o 
percurso da comunidade. Nesta perspectiva, vamos contextualizar a evolução histórica da Educação de Jovens e Adultos (EJA). 
Mas antes disso, vamos compreender algo importante: o que é a Educação de Jovens e Adultos? 
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis da 
Educação Básica do país. Essa modalidade é destinada a jovens e adultos que não deram continuidade em 
seus estudos e para aqueles que não tiveram o acesso ao Ensino Fundamental e/ou Médio na idade 
apropriada. 
Fonte: Pronatec (2017, on-line)¹. 
Agora que sabemos o que é a Educação de Jovens e Adultos podemos iniciar nossa jornada para descobrir sua história. Vamos 
começar apresentando, de modo geral, as práticas pedagógicas no Brasil colônia que influenciaram a constituição da EJA como 
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processo de ensino-aprendizagem. 
A Pedagogia dos Jesuítas 
Estudaremos agora sobre a pedagogia dos jesuítas e sua contribuição à educação brasileira. Na fase da colonização do Brasil as 
missões jesuítas efetivaram um trabalho importante que influenciou na forma pela qual o sistema educacional se estruturou. De 
modo geral, podemos começar com a informação de que a organização do sistema educacional foi instituída pela Companhia de 
Jesus no período de 1549 até 1759. 
Para Ghiraldelli (2009), no começo do período colonial, em 1534, a escolarização era privilégio das classes alta e média, sendo que 
as crianças tinham acesso ao acompanhamento escolar e os adultos ficavam em segundo plano. As classe menos abastada, então, 
tinha pouco acesso à educação escolar, recebia pouca instrução e geralmente de forma indireta. Em suma, nesse período, a 
alfabetização de jovens e adultos não era prioridade para o desenvolvimento da colonização. 
Em 1549 os jesuítas chegaram ao Brasil e direcionaram suas ações à promulgação das ideias da igreja católica pela fé e 
religiosidade, ao ensinamento dos costumes europeus e à prática pedagógica para alfabetizar indígenas, negros e colonizadores do 
novo mundo. Nesse período, não houve participação significativa de políticas do governo (GHIRALDELLI, 2006). 
As Ações do Marquês de Pombal e a Educação na Colônia 
Vamos retomar o que fora dito: a ação dos jesuítas conseguiu implantar a educação como uma estrutura nacional e organização. 
Mas este panorama mudou quando houve o rompimento da parceria entre Portugal e a igreja católica. 
Em 1759, a partir das reformas do Marquês de Pombal, os jesuítas foram expulsos do Brasil. Alguns autores, tais como Ghiraldelli 
(2006), Oliveira e Paiva (2004) destacam que a retirada das missões jesuítas acabou com o único ensino escolar que existia no 
Brasil. Naquela época, Pombal direcionava a atuação das escolas de acordo com os interesses do Estado, fragmentando a estrutura 
herdada pela educação praticada pelos jesuítas - fechou os colégios e confiscou os bens deixados pelas missões jesuítas. 
Na Figura 1 você pode visualizar uma das heranças deixadas pelos jesuítas em São Paulo. 
Figura 1 - Pátio de colégio - igreja jesuíta em São Paulo 
Viu como os jesuítas deixaram uma forte contribuição à nossa educação? 
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Então, não demorou muito para Portugal receber reclamações dos usuários dos colégios jesuítas.Logo, ficou claro que a educação 
no Brasil estava em declínio. Era preciso garantir que o ensino fosse expandido na colônia. As reformas pombalinas tiveram efeito 
desastroso, principalmente no âmbito da educação (OLIVEIRA; PAIVA, 2004). 
O Reinado de D. João VI e as Mudanças na Educação 
Agora analisaremos um fato que mudou os efeitos das reformas pombalinas sobre a educação. Com a chegada da família real 
(1808), o Brasil, antes colônia de Portugal, tornou-se um Império. A educação, que estava enfraquecida, tomou outros rumos. A 
transferência da biblioteca real para o Brasil propiciou a inauguração da primeira biblioteca no Brasil - a Biblioteca Nacional do Rio 
de Janeiro - concedida como um espaço de acervo público. Antes disso, o acesso a acervos de livros era restrito ao clero, aos 
nobres e aristocratas. 
Outro acontecimento foi a abertura dos portos aos navios de outras nacionalidades. Com isso, D. João VI abriu espaço para que 
outras culturas entrassem no Brasil. 
Nesse cenário, intelectuais e artistas estrangeiros exerceram forte influência na educação do Rio de Janeiro. Outros importantes 
fatos foram as fundações de instituições de ensino superior, de instituições para as ciências e pesquisas (o Jardim Botânico, o 
observatório astronômico, um museu de mineração e um laboratório químico). 
De fato, o reinado de D. João VI conseguiu proporcionar grandes mudanças. Contudo, os ensinos elementar e médio continuaram 
esquecidos; tudo ficou como estava. Embora a carência de professores tenha sido superada, isso ocorreu apenas em relação à 
formação de novos docentes que eram, quase sempre, nobres e/ou intelectuais. Enquanto isso, as oportunidades de escolarização 
e profissionalização mantinham-se distantes do povo. Neste panorama não havia como se falar em educação popular, mas 
podemos perceber que houve educação elitizada (GHIRALDELLI, 1987). 
O Brasil Pós-Independência e as Constituições 
Estudaremos agora que mesmo com grandes mudanças que influenciaram na educação do Rio de Janeiro o discurso da educação 
popular estava longe da realidade dos brasileiros. Depois da proclamação da Independência do Brasil (1822), surgiu a primeira 
constituição brasileira, outorgada em 1824, seguida das demais constituições; todas ressaltaram a educação. 
Com base nos postulados de Oliveira e Paiva (2004), Ghiraldelli (2009) e Heller (1985), mostraremos o panorama das 
Constituições e suas respectivas ações educacionais: 
• A Primeira Constituição Brasileira (1824) - estabeleceu a gratuidade da instrução primária àqueles considerados cidadãos - 
negros e escravos alforriados não eram considerados cidadãos. Previu instituições de colégios e universidades. 
• Primeira Constituição Republicana (1891) - não garantiu o livre e gratuito acesso ao ensino. Soldados, padres, mendigos, 
menores de 21 anos, analfabetos e mulheres não tinham direito ao voto. 
• Segunda Constituição Republicana (1934) - abriu rumos para traçar diretrizes da educação brasileira. Previu um plano nacional 
de educação para organizar o sistema educacional no Brasil. Criou sistemas educativos nos Estados e recursos à manutenção e 
desenvolvimento do ensino. Previu concurso para lotação de cargos no magistério. Criou auxílio aos alunos necessitados. 
• A Constituição de 1937 - demonstrou despreocupação com o ensino público, já que estabeleceu a livre iniciativa. Em relação às 
diretrizes e bases da educação nacional, indicou que a competência material e legislativa seria da União. 
• A Constituição Federal de 1946 - houve o retorno da educação como direito de todos, obrigatoriedade e gratuidade para o 
ensino primário, criação de institutos de pesquisa. 
• A Constituição de 1967 - houve retrocessos, tais como: limitação orçamentária para a manutenção e o desenvolvimento do 
ensino, substituição da gratuidade do ensino por bolsas de estudos e apresentação de bom desempenho pelos que precisam da 
gratuidade do ensino médio e superior. 
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• A Constituição Federal de 1988 - discorre sobre a educação como um direito a todos no território brasileiro, sem qualquer 
discriminação. Preconiza que o Estado deve garantir educação aos brasileiros. 
A partir das informações citadas podemos observar que após a proclamação da Independência do Brasil, a primeira Constituição 
Brasileira (1824) trouxe o discurso de uma instrução primária gratuita a todos os cidadãos. Em contrapartida, percebe-se que a 
escola não era acessível a todos, visto que não beneficiava as classes pobres, tampouco ditava uma educação popular. Na 
realidade, norteava um ensino às classes privilegiadas. 
Até agora, percebemos que discorrer sobre as Constituições é compreender que a educação no Brasil passou por vários e 
diferentes processos durante seu percurso histórico, não é? 
Perceba que pelo panorama descrito das Constituições o ensino brasileiro é marcado por avanços e retrocessos, conquistas e 
perdas. Contudo, o ano de 1988 foi marcado por uma Constituição que permitiu a consolidação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) - 
aprovada em 1996. Tal fato teve forte influencia na maneira de organizar e estruturar o sistema de ensino no Brasil, o que será 
abordado de forma mais ampla em outro momento. Aguarde! 
A Contribuição de Paulo Freire à EJA 
Quando falamos em contribuições à educação no Brasil, logo se lembra de Paulo Freire. Nas vezes que o papel da educação fora 
questionado à Freire, obteve-se como resposta que o processo de alfabetizar vai além da função de escolarizar. Alfabetizar não 
significa ensinar, mas sim dar significado ao saber e protagonizar uma educação popular que possa conduzir o aprendiz para sua a 
cidadania e ao processo democrático (FREIRE, 1979). 
A educação, para Freire (1997) é um ato de troca de conhecimentos onde todos aprendem e todos ensinam. No caso de um adulto 
que já passou por muitas experiências na vida, será preciso reconstruir e agregar significado à dimensão política e democrática 
para legitimar e dar sentido a sua aprendizagem. O processo deve focar na aprendizagem e não no ensino. A forma de aprender 
norteia a forma de ensinar. E não o contrário. 
Hoje, um dos principais desafios da EJA repousa na questão: “Como podemos conduzir o processo de alfabetização?”. 
Em relação às circunstâncias de alfabetizar, Freire (1991) engloba vários aspectos, no sentido de uma educação mais ampla e 
ressalta que a escola não é o único lugar para se processar o conhecimento. Deste modo, o processo educativo envolve outros 
fatores, tais como afeto e sociabilidade. 
O que podemos compreender neste sentido? 
De maneira abrangente, infere-se que para Freire é preciso valorizar as experiências que o aluno trás consigo para se evidenciar 
uma práxis pedagógica comprometida com a formação cidadã do sujeito que legitima sua palavra e transforma a comunidade. Esta 
é uma das contribuições do pensamento freiriano à EJA. 
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O DESENVOLVIMENTO DA 
ESCOLARIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO DE 
JOVENS E ADULTOS PARA O 
TRABALHO 
Neste momento, vamos considerar abordagens que mencionam a evolução da Educação de Jovens e adultos em um panorama de 
intensa procura pela escolarização de adultos, ou melhor, pela escolarização em prol da profissionalização. Afinal de contas, com o 
desenvolvimento das indústrias houve uma forte influência na busca pela capacitação dos operários, o que provocou um inchaço 
nas escolas - principalmente noturnas - nas quais as pessoas, com o objetivo de melhorar suas condições de vida, viam a 
alfabetização e/ou a formação escolar como uma oportunidade de emprego nas indústrias e fábricas em ascensão. 
Entretanto, como se deu tal processo? 
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Na realidade, a procura desenfreada pela escolarização com o propósito dese conseguir emprego contribuiu para que as escolas 
do período noturno ficassem lotadas, com aulas em ritmo acelerado e sem que houvesse a preocupação imediata com a qualidade 
do ensino. Nesse sentido, entende-se que o objetivo não era a formação competente, mas sim imediata. Vejamos de que forma isso 
ocorreu. 
O Crescimento das Indústrias e a procura pela Escola Noturna 
O homem transforma a sociedade ao fazer adaptações, romper paradigmas, construir ou reconstruir contextos socioculturais. Por 
esse viés, compreende-se que a educação é um fator primordial para que o sujeito possa assumir seu papel na sociedade, sendo 
que assumir papel é responder aos anseios da comunidade. Pode-se dizer que as relações sociais fazem parte dos anseios que 
citaremos aqui. 
O reconhecimento na comunidade e a obtenção de um emprego são exemplos de anseios da sociedade. Para Arroyo (1997), o 
cidadão precisa compreender a realidade humana; realidade que também refere-se às relações sociais de trabalho. Nesta 
perspectiva, a escola como agente de ensino-aprendizagem se ocupa de transmitir conhecimento aos alunos. Quando as pessoas 
se apropriam dos conhecimentos adquiridos pela educação compreendem melhor a realidade, transformando-a com o trabalho. 
Ghiraldelli (1987) discorre que com o crescimento do processo de industrialização no Brasil (década de 30) veio à tona a 
necessidade de os trabalhadores oferecerem mão de obra qualificada e especializada. Então, o Brasil resolveu instituir escolas 
para capacitar jovens e adultos que precisavam de escolarização para obter emprego e também para formar operários mais 
qualificados. 
Contudo, estes alunos não tinham tempo disponível para estudar durante o dia, por conta da jornada de trabalho (diurna). Então, a 
situação foi resolvida com a criação do ensino para Jovens e Adultos em escolas noturnas. 
Será que isso resolveu mesmo a situação da época? 
Antes de discutir este questionamento faço um convite a você para observar a imagem a seguir. Imagine como era o cotidiano de 
um aluno em plena atividade laboral em uma indústria e que, após um dia de trabalho árduo (jornada em tempo integral) precisava 
ir à escola para se qualificar: 
Figura 2 
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É difícil trabalhar e estudar, não é? Ainda mais quando o trabalhador aluno está em uma sala lotada e preocupado somente em 
terminar os estudos no prazo mais curto possível. 
Portanto, afirmar que naquela época o ensino para Jovens e Adultos em escolas noturnas conseguiu resolver esta situação seria 
fazer vista grossa à lenta valorização do ensino de adultos. Se por um lado foi resolvido o problema de capacitação dos alunos, por 
outro, a grande demanda por alfabetização ocasionou lotação nas salas de aulas e focou os propósitos dessa educação na 
formação da maior quantidade possível de alunos. Ou seja, com isso, alertamos para o fato de que o ensino para adultos não 
perpetuou uma formação de qualidade, mas sim de quantidade, a fim de suprir a demanda das indústrias. 
Outra questão que podemos discutir é a migração para os centros urbanos. Quando as indústrias sinalizaram que tinham vagas 
mas empregariam trabalhadores capacitados, a população rural migrou para as cidades em busca de oportunidade e procurou 
pelas escolas noturnas. A Educação de Jovens e Adultos costumava ser informal, ou seja, o foco era oferecer condições para que o 
aluno conseguisse simplesmente ler e escrever. 
De acordo com Arroyo (1997), a história da EJA como modalidade de ensino é muito recente no Brasil (começo do século XX). 
Entretanto, é importante que não se confunda o ato de alfabetizar adultos com o fato de o ensino de adultos assumir o papel da 
pedagogia formal. Nada disso. Lembramos que desde a pedagogia dos missionários jesuítas os colonos, índios e negros eram 
alfabetizados, mas a EJA ainda não existia estruturada formalmente como modalidade de ensino. Neste sentido, estamos falando 
em uma pedagogia dos jesuítas como ensino não formal. Certo? 
Conhecendo mais sobre a Industrialização no Brasil 
Já que estamos discutindo sobre o processo de industrialização e a Educação de Jovens e Adultos, que tal discorrer mais um pouco 
sobre o panorama da evolução das indústrias? Então vamos lá! 
O processo de industrialização no Brasil começou no final do século XIX e consolidou-se no início do século XX. Arroyo (1997) 
comenta que falar em industrialização no Brasil significa não esquecer o período de produção do café, que era considerado, até 
então, o único produto nacional enviado para exportação. 
Com a crise cafeeira, os transportes que eram utilizados para a produção do café foram destinados à produção industrial. Nesse 
cenário, certos fatores contribuíram para o crescimento das indústrias, tais como: 
Crescimento acelerado dos grandes centros das cidades; 
Uso das ferrovias e dos portos brasileiros; 
Grande oferta de mão de obra dos estrangeiros (italianos, alemães, espanhóis). Conforme Heller (1985) pode-se inferir que o 
capital destinado ao cultivo do café voltou-se à industrialização para impulsionar a economia brasileira, gerar renda, emprego e 
garantir o abastecimento de produtos antes importados do exterior. Assim, o governo viu na industrialização de base e 
infraestrutura uma oportunidade para grandes investimentos. No período pós-Guerra Mundial (após 1945), o Brasil supriu com 
produtos industrializados os países europeus devastados pelas perdas nos combates. 
Ghiraldelli (1987) pontua que após a II Guerra Mundial o Brasil se aliou às empresas estrangeiras para efetivar, em solo nacional, o 
trabalho nas áreas de automóveis, produtos químicos, farmacêuticos e eletrônicos. Mas era preciso resolver alguns problemas, 
sendo que dois deles referiam-se à falta de mão de obra qualificada para o trabalho e de capital para construir indústrias em solo 
brasileiro. 
Impulsionado pelo desejo de crescer no cenário mundial e ser destaque no comércio, o Brasil estruturou a Educação de Jovens e 
Adultos em escolas noturnas para formar novos operários e capacitar os que já atuavam nas fábricas. Em relação ao capital 
necessário ao desenvolvimento do mercado industrial, o Brasil criou políticas de incentivo às multinacionais para investir e 
construir fábricas no país (HELLER, 1985). 
E no que isso resultou? 
Perceba que quando o Brasil efetivou tais ações abriu mão de ser um país com base de produção primária para se tornar uma 
nação com papel de Estado industrial e urbano. 
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Então, o que você achou de conhecer um pouco mais sobre o processo de industrialização no Brasil? Temos certeza que saber 
sobre a evolução da educação brasileira contribuirá significativamente para seu conhecimento. 
Você concorda que uma das características da Educação de Jovens e Adultos é que os alunos são sempre 
pessoas de baixa renda, indivíduos da zona rural, negros, idosos ou desempregados? 
É importante ressaltar que antes de respondermos algum questionamento é preciso analisar todo o contexto sobre o fato e nos 
atermos às informações que possam legitimar nossa resposta, não é? 
Pois bem, neste estudo conseguimos discutir que o processo de industrialização brasileiro motivou a procura pela escolarização de 
Jovens e Adultos para que trabalhadores ou pessoas em busca de emprego conseguissem exercer uma profissão e garantir o 
sustento da família. Além disso, também vimos que o desenvolvimento industrial influenciou a lotação em escolas noturnas e a 
lenta valorização da escolarização no Brasil. 
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A CONSOLIDAÇÃO DA LEGISLAÇÃO E 
DIRETRIZES DA EDUCAÇÃO DE 
JOVENS E ADULTOS 
Até aqui pudemos ter a noção de que diversos acontecimentos históricos contribuíram e influenciaram na evolução da Educação 
de Jovens e Adultos,por meio da qual as pessoas buscavam formação ou capacitação como maneiras de conquistar um 
reconhecimento na comunidade e uma renda familiar. Nessa perspectiva, entende-se que os espaços nos quais a educação é 
protagonista firmam-se como ambientes que relacionam o ensino com diversas organizações sociais. 
De acordo com Ghiraldelli (2006), quando refletimos sobre a história do Brasil conseguimos notar diversas noções sobre a 
educação, sendo que cada fase histórica apresenta diferentes formas de ensino com objetivos específicos a serem alcançados. O 
autor comenta que tais objetivos podem se transformar ou se manter conforme a demanda da sociedade. Ou seja, uma nação 
poderá modificar sua forma de educação de acordo com o contexto histórico da época. 
Discorreremos sobre legislação e diretrizes pelo prisma da composição do sistema educacional e da sociedade em relação à 
formação dos níveis e modalidade de ensino do Brasil. 
Vamos lá! 
Os Níveis de Ensino 
O nível de ensino no Brasil tem a ver com a forma de organização vertical que passa a integrar um sistema de instituições de 
ensino. Cada um dos níveis de ensino compreende etapas da educação. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB nº 9.394/96) 
menciona dois níveis para o ensino no Brasil: o da educação básica e o do ensino superior. 
Quando pesquisamos o art.32 da referida Lei notamos que a estrutura da educação básica segue uma linha vertical, ou seja, cada 
etapa pressupõe a outra. Por isso, no sistema de ensino regular o aprendiz não pode pular etapas, pois precisa seguir 
sistematicamente de uma fase escolar para outra. Vejamos quais são essas etapas: 
A educação infantil : é a primeira fase da educação brasileira. Engloba crianças de 0 até 5 anos de idade em fases de 
desenvolvimento e que são atendidas desde a creche até a pré-escola. 
O ensino fundamental : atualmente tem duração de 9 anos e está dividido em duas etapas. 
Anos iniciais - compreende o 1º ao 5º ano. Refere-se à escolarização dos alunos de 6 a 10 anos de idade. 
Anos finais - compreende o 6º ano até o 9º ano. Refere-se à escolarização dos alunos de 11 a 14 anos de idade. 
O ensino médio : corresponde à etapa final da educação básica e tem duração de 3 anos. Refere-se à escolarização de alunos de 
15 a 17 anos de idade. 
Após a educação básica, o aluno ingressa no ensino superior que, conforme o Ministério da Educação (MEC) engloba Cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Nos cursos de Graduação temos: 
Bacharelados : o grau de bacharel é concedido a quem conclui um curso universitário. 
Licenciaturas : formam pessoas para serem docentes. Ou melhor, formam professores para que assumam classes escolares. 
Tecnológicos : o MEC confere aos cursos tecnológicos certificado de graduação superior assim como aos cursos de graduação 
plena (bacharelado ou licenciaturas). Geralmente os cursos tecnológicos são realizados num período menor que os outros dois, 
mas seus diplomas têm validade em todo o território nacional. 
Nos cursos de pós-graduação temos: 
Especialização : faz parte da pós-graduação lato sensu. 
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Mestrado e Doutorado : fazem parte da pós-graduação stricto sensu. Agora que já conhecemos os níveis de ensino da educação 
no Brasil, pensamos em contribuir com novas informações sobre isso. Por isso: 
Você sabia que os cursos de bacharelados graduam profissionais liberais, os cursos tecnológicos graduam 
profissionais para absorção imediata no mercado de trabalho e os cursos de pós-graduação stricto sensu 
formam pesquisadores? 
Fonte: a autora. 
Sempre é bom ter acesso a novas informações, pois assim podemos ampliar nosso leque de conhecimento sobre o assunto 
abordado. Mas agora entenderemos de que forma as modalidades de ensino são estruturadas no sistema da atual educação 
brasileira. 
As Modalidades de Ensino 
Neste estudo, lembraremos que todos os anos escolares (séries escolares) precisam ser cumpridos conforme a organização dos 
níveis de ensino. Assim, cada série escolar deverá seguir a ordem dentro de cada nível, como por exemplo: 
Figura 3 - Organização das séries escolares de acordo com os níveis de ensino 
Fonte: a autora. 
Para o aluno, o ideal é poder seguir as etapas indicadas acima, não é? Entretanto, caso ele não possa terminar sua formação no 
prazo regular das escolas ou esteja em idade defasada em relação à sua série escolar, de que forma proceder? 
Nestes casos, o aluno pode contar com a oferta do nível de ensino, mas em outra modalidade. Segundo o MEC, cada modalidade de 
ensino corresponde ao formato da educação referente aos níveis de ensino; elas são estruturadas para favorecer alunos com 
interesses, disponibilidades e/ou necessidades específicas. 
Com base na LDB nº 9.394/96 conheceremos cada uma das modalidades de ensino: 
Educação Especial: no Capítulo V, nos artigos 58-60 é regulamentado um melhor atendimento educacional aos alunos com 
necessidades educativas específicas. Nesta modalidade de ensino as ações são direcionadas à educação infantil, ensino 
fundamental e ensino médio. Recomenda-se que a educação especial esteja integrada ao ensino regular sempre que possível. 
Educação de Jovens e Adultos (EJA): no Artigo 37 do Capítulo II é regulamentado o oferecimento de oportunidade aos sujeitos 
que não conseguiram ingressar ou concluir os estudos. Também são englobadas pessoas que estão com a idade incompatível 
com a idade escolar - a partir de 15 anos de idade para concluir o ensino fundamental maior e a partir dos 18 para finalizar o 
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ensino médio. A EJA oferece cursos nos níveis do ensino fundamental e médio. 
Ensino Profissionalizante: no Capítulo III, artigos 39-42, é regulamentado o ensino técnico para o mercado de trabalho. No 
caso, o curso técnico poderá ser cursado concomitantemente ao Ensino Médio ou após a conclusão deste. 
Educação a Distância : no Capítulo V, artigo 80, é regulamentada esta modalidade de ensino que se define pela relação entre 
ensinante e aprendente que rompem as fronteiras espaço/tempo. 
Teremos oportunidade de estudar melhor o ensino a distância em outros momentos. Por hora, podemos continuar discorrendo 
sobre a consolidação da EJA como ensino no Brasil. 
A Legislação e Diretrizes que influenciaram a EJA 
Até o momento, compreendemos que a constituição do sistema educacional no Brasil ocorre na relação entre os níveis de 
educação e as modalidades de ensino. Assim, percebemos que mais pessoas conseguem ter oportunidade para ingressar no ensino 
regular, fazendo jus ao que determina a atual Constituição Federal (1988), que refere-se à Educação como um Direito Social. Pelo 
que vimos, tudo o que significa direito social diz respeito a uma responsabilidade do Estado em relação aos brasileiros. Certo? 
Na realidade é isso mesmo. Creio que isso poderá ficar mais claro com a leitura do seguinte trecho da Constituição Federal de 
1988: 
[...] Artigo 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada 
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício 
da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988). 
Nesse momento, cabe retomar Freire (1991), que cita que se a escola pública é uma instituição que está socialmente condicionada 
a um Estado que deve oportunizar educação a todos os brasileiros, então precisa acompanhar as transformações do mundo a fim 
de que seu trabalho pedagógico fique adequado às demandas da sociedade. Entretanto, para o estudioso isso ainda está longe de 
acontecer. 
Comentamos que a educação no Brasil apresentou lento progresso para garantir ensino com qualidade a todos. Note que somente 
com a Proclamação da República, em 1889, a educação brasileira teve atenção para se tornar, de fato, uma estrutura nacional e 
organizadacomo sistema de ensino. 
Mas de que forma isso se sucedeu? Para Heller (1985), foi por conta do grande número de analfabetos brasileiros que não podia 
votar; fato que foi de encontro aos anseios do governo, que precisava da população brasileira para o processo eletivo, tendo em 
vista que as eleições eram uma das características da República. 
Então veio à tona a necessidade de o ensino ser institucionalizado em estabelecimentos públicos e disso surgiu um novo sistema 
educacional, norteado por uma legislação e diretrizes. 
Observe na imagem um cidadão exercendo seu direito ao voto. 
Figura 4 - Exercício de voto 
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Já estudamos sobre os diferentes textos contidos nas Constituições brasileiras. Assim, você teve oportunidade de ver que houve 
contribuições e/ou entraves para o progresso da educação, não foi? 
De modo geral, Oliveira e Paiva (2004) comentam que já foram aprovadas três legislações educacionais no Brasil. Observe: 
Quadro 1 - Legislações educacionais no Brasil 
Fonte: adaptado de Oliveira e Paiva (2004). 
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No quadro pode-se observar que foi percorrido um longo percurso até a consolidação da LDB nº 9.394/96, certo? Depois de tudo o 
que discorremos neste estudo, podemos apontar que um fato relevante ocorreu no ano de 1980, quando caminhos foram abertos 
à nova Constituição Federal (1988), cuja implantação oportunizou a criação da referida Lei. 
Tais acontecimentos abriram espaço para que a educação fosse concebida e organizada como um sistema de ensino voltado à 
qualidade, oportunidade a todos os brasileiros e o pleno desenvolvimento da práxis pedagógica. Tudo isso também influenciou 
fortemente para a Educação de Jovens e Adultos atual. 
Por hora ficamos por aqui. Em seguida falaremos sobre MOBRAL, EJA e Supletivo. 
Até mais! 
AS INTERFACES ENTRE MOBRAL, 
SUPLETIVO E EJA 
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Conforme vimos, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) passou por um longo percurso de mudanças e inovações até se consolidar 
no sistema de ensino. Tivemos como exemplo o crescimento das indústrias no Brasil. Lembram? 
Apesar de a EJA ter sido desenvolvida por meio de um trabalho pedagógico não formal ou até mesmo informal, é no âmbito da 
pedagogia escolar que as habilidades e competências dos alunos são desenvolvidas, por meio da atuação intencional do professor, 
que estrutura o trabalho profissional e legitima o papel da escola. 
Por esse viés, podemos pensar que a educação deve formar sujeitos para o exercício da cidadania. Entretanto, educar vai além, pois 
significa formar o cidadão para que possa continuar seus estudos e se inserir no mercado de trabalho. Não é? Isso ocorre quando a 
escola se compromete com a formação plena do aluno. 
Já que falamos em cidadania, pedagogia não formal e pedagogia informal, que tal entender melhor este contexto? 
Cidadania: exercer direitos e deveres. Reconhecer seu papel social e garantir uso de seus direitos para 
participar da vida política da nação. Pedagogia formal: ações educativas intencionais e estruturadas que 
ocorrem na escola. Pedagogia não formal: ações educativas intencionais e estruturadas que ocorrem em 
vários ambientes (igrejas, sindicatos, empresas e fábricas, entre outros). 
Pedagogia informal: ações educativas não intencionais que podem ocorrer na família, na escola e nos meios 
sociais, entre outros. A educação se dá na forma de conselho, atenção, orientação e indicação durante a vida 
cotidiana. 
Fonte: Oliveira e Paiva (2004). 
Para Freire (1979) entender o papel da escola é reconhecê-la enquanto instituição de ensino-aprendizagem com função social: 
formar um aluno capaz de compreender a realidade humana. Tal realidade, por sua vez, é resultado das interações sociais 
protagonizadas pelo indivíduo para sua própria existência. Logo, por meio da escola é realizado um processo de ensino- 
aprendizagem voltado ao desenvolvimento do conhecimento sistematizado, de modo que os alunos possam compreender a 
realidade e transformá-la. 
Por falar em interações, podemos retomar o termo interface, no sentido de áreas ou âmbitos que denotam aspectos que 
interagem; por isso a menção ao termo neste estudo. 
Mobral 
Talvez não seja da sua época, aluno(a). Contudo, será que já ouviu falar em MOBRAL? 
Para quem não sabe, o termo significa Movimento Brasileiro de Alfabetização. Podemos dizer que o MOBRAL tinha parâmetros 
semelhantes aos do Supletivo e aos da EJA, quando reconhecemos que a modalidade era voltada ao ensino de adultos e idosos não 
alfabetizados. O MOBRAL foi regulamentado pelo Decreto nº 62.455 de 22 de março de 1968 (Estatuto do Mobral), autorizado 
pela Lei nº 5.379 de 15/12/1967. Conforme podemos conferir abaixo: 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 83, item II, da Constituição, 
e de acôrdo com o artigo 4º da Lei número 5.379, de 15 de dezembro de 1967, 
DECRETA: 
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Art. 1º. É instituída a fundação sob a denominação de Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), 
vinculada ao Ministério da Educação e Cultura [...] (BRASIL, 1968). 
Vamos conhecer o MOBRAL designado como ensino no Estatuto da Fundação Movimento Brasileiro de Alfabetização: 
CAPÍTULO I 
Das Finalidades 
Art. 1º . O Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) fundação instituída pelo Poder Executivo, nos 
têrmos do art. 4º da Lei número 5.379, de 15 de dezembro de 1967, e vinculada ao Ministério da Educação e 
Cultura, terá por finalidade a execução do Plano de Alfabetização Funcional e Educação Continuada de 
Adolescente e Adultos, aprovado pelo art. 3º da mesma Lei e sujeito a reformulações anuais, de acôrdo com 
os meios disponíveis e os resultados obtidos [...] (BRASIL, 1968). 
Em 1964, o MOBRAL foi criado para substituir o Método de Alfabetização de Paulo Freire, conhecido como Método Paulo Freire. 
De acordo com Oliveira e Paiva (2004), vale ressaltar que apesar de o MOBRAL ter sido criado em 1964 e regulamentado em 
1968, foi implantado nas escolas somente em 1971. Para Freire (1991), o MOBRAL era basicamente um ensino para alfabetização 
e letramento de adultos e idosos que estavam fora da idade escolar convencional. Neste sistema, os alunos trabalhavam com 
conteúdos elaborados por técnicos do governo (embasados nas necessidades humanas), enquanto que no Método Paulo Freire 
eram utilizados conteúdos pautados na realidade social dos alunos, na vida cotidiana. Contudo, essa diferença não impediu que a 
pedagogia freiriana influenciasse no ensino do MOBRAL. 
Assim como no Supletivo e na EJA, o curso do Mobral era realizado em um período de tempo inferior - aproximadamente nove 
meses, com o objetivo de alfabetizar alunos com 16 anos fora da idade escolar regular. Em 1985, a Fundação Movimento Brasileiro 
de Alfabetização foi substituída pela Fundação Nacional para Educação de Jovens e Adultos (EDUCAR) que durou até 1990, 
quando o governo resolveu investir na ampliação da Educação de Jovens e Adultos. 
Além do MOBRAL, vamos saber mais sobre o Supletivo! Acompanhe! 
Supletivo 
Com base no que estudamos sobre o MOBRAL (1964-1985) conseguimos perceber a forte influência que este sistema exerceu na 
EJA. Além disso, devemos reconhecer que a Constituição de 1988 fez com que as lentes do Estado se voltassem à educação de 
adultos. Outro fato comum entre o MOBRAL, o Supletivo e a EJA são as piadas pejorativas feitas em relação aos alunos, do tipo 
“não consegue ler, então é do MOBRAL”, ou “todo MOBRAL é analfabeto”. Lamentável, não é? Infelizmente, fatos assim ocorrem. 
Veja a seguir uma ilustração que representa isto: 
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https://getfireshot.comAutores como Heller (1985) e Arroyo (1997) discorrem que atualmente tanto o Supletivo quanto a EJA ainda são alvo de 
preconceito social, sendo que há muitos casos em que estudantes destas modalidades de ensino são equivocadamente 
comparados e inferiorizados em relação aos alunos dos cursos regulares. 
Nesse sentido, Freire (1997) cita que as pessoas costumam repudiar aquilo que parece diferente dos padrões sociais ditos 
normais. Segundo o autor, esse é um comportamento humano que demonstra medo, raiva ou indiferença diante do diferente, ou 
melhor, o autor discute que a sociedade padroniza as coisas e tudo que quebra paradigmas carrega o peso do preconceito. 
O termo Supletivo denota uma modalidade de ensino não regular que efetiva a conclusão do ensino fundamental e médio aos 
alunos que não conseguiram concluir as etapas na idade indicada, ou seja, a partir dos 15 anos de idade para conclusão do ensino 
fundamental e até os 18 anos de idade para conclusão do ensino médio. 
Na realidade, os cursos supletivos têm os mesmos parâmetros da EJA, tanto em relação à idade do aluno quanto à duração do 
curso. Portanto, trata-se de uma questão de nomenclatura, sendo que basta escolher chamar de Supletivo ou de EJA. O Supletivo 
sempre é realizado em um prazo inferior ao do ensino regular; pode-se dizer que este curso é efetivado na metade do tempo 
destinado aos cursos regulares. 
Autores como Arroyo (1997) e Ghiraldelli (2006) comentam que a EJA geralmente é oferecida nas escolas públicas e no período 
noturno, enquanto o Supletivo costuma ser encontrado nas escolas particulares. Contudo, vale pontuar que a EJA também é 
encontrada nas instituições particulares de ensino, sendo que para a realização de muitos dos cursos há convênio com a educação 
pública. Além disso, conforme apontam os autores, as escolas preferem a nomenclatura Educação de Jovens e Adultos (EJA). 
O Supletivo e a EJA são reconhecidos como cursos pois são regulamentados e o certificado é validado por órgãos competentes, no 
caso, as secretarias de educação. Portanto, o aluno que concluir curso na EJA ou no Supletivo poderá ingressar no ensino superior 
da mesma maneira daquele que concluiu o Ensino Médio em uma escola regular. É importante pontuar que a EJA tem relação com 
outros programas e cursos, dentre eles o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem), Programa Nacional de Integração 
da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja) (BRASIL, 2005) e 
Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). 
Foi legal conhecer as interfaces entre MOBRAL, Supletivo e EJA, não foi? 
Conhecer a história que envolve a EJA é prazeroso. Afinal, isso pode mostrar que esta modalidade de ensino tem um papel 
importante na educação. 
Agora vamos viajar para os aspectos andragógicos da Educação de Jovens e Adultos. Bons estudos! 
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OS ASPECTOS QUE ENVOLVEM A 
ESCOLARIZAÇÃO ANDRAGÓGICA 
Estudamos que a educação no Brasil passou por um longo percurso desde o período da colonização. Com a evolução das indústrias 
os movimentos de jovens e adultos se intensificaram por conta da busca por um lugar no mercado de trabalho; contudo, para isso, 
os trabalhadores precisavam se qualificar ou se alfabetizar. 
O crescimento das indústrias desencadeou muita procura pelas escolas noturnas para que os operários pudessem garantir 
melhorias no emprego ou para que os desempregados tivessem oportunidade de conseguir uma vaga nas fábricas. 
Frente a isso, podemos ressaltar uma questão: tanta procura lotou as salas de aula, logo, será que os alunos, em vez de terem 
acesso à educação de qualidade frequentavam um curso de formação mais rápida para que entrassem logo no mercado de 
trabalho? Foi isso mesmo que ocorreu. Conforme Ghiraldelli (1987), na escola noturna da década de 1930 geralmente se ensinava 
a ler e a escrever, deixando-se de lado a preocupação com o ensino de qualidade. Fatores como lotação nas salas de aula, cansaço 
dos alunos operários e conteúdos didáticos organizados sem foco nas necessidades dos alunos tornaram a educação um sistema 
feito para suprir, de imediato, um mercado emergente e não voltado à formação cidadã. 
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Quando falamos em Educação de Jovens e Adultos imaginamos que esta inclui pessoas que por algum motivo não conseguiram 
estudar ou não concluíram seus estudos na idade adequada; essa pode ser apontada como umas das características dos alunos da 
EJA. Então, qual é a forma adequada para ensinar aos alunos da EJA? Que tipo de pedagogia podemos desenvolver nas turmas? 
De fato, o professor desenvolverá uma pedagogia; entretanto, será um tipo específico, voltado para adultos e idosos. Para que isso 
fique claro, vamos tratar sobre a pedagogia e depois sobre a andragogia. 
A Pedagogia no Processo de Ensino-Aprendizagem 
Geralmente o termo pedagogia remete à ideia de educação de crianças, não é? Todas as vezes que vejo um pedagogo percebo que 
as pessoas o associam com sala de aula infantil. Na verdade, a pedagogia vai além. Durante nossas pesquisas para identificar a 
pedagogia percebemos que a ação pedagógica está relacionada ao ensino e a temas ligados à educação, tanto nos aspectos 
teóricos quanto nos práticos. 
Entretanto, a pedagogia não está somente ligada ao ensino, pois de acordo com Sousa (2015), ela também contribui 
significativamente com a aprendizagem do aluno. Para que isso ocorra, a autora comenta que é preciso que o professor leve em 
conta não somente a aprendizagem do aluno, pois ele também aprende. O método do professor deve ser direcionado ao processo 
de transformação e troca de experiências entre aluno e professor ou vice-versa. Não basta somente ensinar. Não basta somente 
aprender. Deve haver significado para todos os envolvidos. 
A pedagogia em sala de aula é desenvolvida por todos os professores da escola, independentemente da área de atuação ou 
formação. Já o curso de pedagogia forma professores habilitados para a educação infantil, ensino fundamental (séries iniciais) e 
para ministrar disciplinas em cursos de formação pedagógica ou projeto de ensino. 
Agora vamos pensar em uma classe de crianças entre 5-6 anos de idade e em uma de adultos e idosos. A ação pedagógica 
empregada seria a mesma? Veja a imagem abaixo: 
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Perceba que, provavelmente, o professor quando ministra aula na educação infantil utiliza métodos focados na necessidade da 
criança, que é diferente da necessidade do adulto e do idoso. Estamos falando de alunos totalmente diferentes, tanto em relação 
ao desenvolvimento cognitivo quanto em relação às experiências e à forma de ser e agir. 
A Andragogia no Processo de Ensino-Aprendizagem 
Agora vamos entender a pedagogia em relação à andragogia. Já discutimos que a graduação em pedagogia habilita para o ensino 
de crianças e/ou adolescentes e outras atividades. No caso da EJA, o curso habilita o professor para que atue nas etapas 1, 2 e 3, ou 
seja, na equivalência com o curso em escola regular que seriam as séries iniciais do ensino fundamental - isso porque as demais 
etapas são assumidas pelos professores com formação específica (matemática, português, biologia e outras). 
Com isso, entendemos que o pedagogo atua na EJA somente nas etapas equivalentes com a sua habilitação. Entretanto, 
independentemente de ser pedagogo ou professor de matemática, biologia ou geografia, quando o educador assume turmas de 
adultos e idosos ele precisa desenvolver uma pedagogia específica denominada andragogia, que nada mais é que a pedagogia 
voltada para o ensino-aprendizagem de adultos. 
Vou repetir a mesma pergunta feita anteriormente: em uma classe de crianças entre 5-6 anos de idadee em uma de adultos e 
idosos, você acredita que a práxis pedagógica empregada deve ser a mesma? Provavelmente não. Um ponto importante a se 
pensar sobre esta questão é que os métodos utilizados na pedagogia para crianças devem ser diferentes dos utilizados na 
pedagogia para adultos, ou seja, na andragogia. Para que fique claro, observe o quadro com alguns aspectos de cada tipo de 
pedagogia: 
Quadro 2 - Pedagogia x Andragogia 
Fonte: adaptado de Sousa (2015), Oliveira e Paiva (2004). 
Viu como pedagogia e a andragogia exigem métodos que devem ser aplicados partindo do perfil do aluno? Muitas vezes, quando o 
professor ou o pedagogo conclui seu curso superior e sabe que vai atuar na EJA, busca participar de um curso específico que 
aborde a pedagogia para adultos. Isso não significa que o profissional não tenha competência para atuar na EJA, mas sim que o 
perfil dos alunos adultos ou idosos requer certa habilidade e formação para o desenvolvimento de ações andragógicas 
transformadoras, significativas e plenas. 
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Autores como Freire (1991) e Arroyo (1997) destacam que os cursos que formam professores não estão preparados para 
capacitar educadores para o trabalho com o público adulto e principalmente idoso. 
Vale ressaltar que não existe no Brasil um curso superior de andragogia, o que significa uma defasagem, pois a EJA tem uma 
expressiva quantidade de alunos e que precisa de um ensino de qualidade. 
Finalizamos nossos estudos por aqui e aguardamos você nos próximos encontros. Até breve! 
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ATIVIDADES 
1. Em nossos estudos discorremos sobre legislação e diretrizes do sistema educacional e sobre a organização dos níveis e 
modalidades de ensino do Brasil. No que tange às informações estudadas assinale a alternativa correta: 
a) As modalidades de ensino são organizadas verticalmente quando respeitadas as limitações dos alunos. 
b) A Educação de Jovens e Adultos faz parte das modalidades de ensino e pode ser aplicada nos ensinos fundamental e médio. 
c) O ensino fundamental corresponde à primeira fase dos níveis de ensino e está dividido em etapas: séries iniciais e séries finais. 
d) Podemos afirmar que os níveis de ensino seguem uma ordem vertical e as modalidades de ensino podem seguir esta mesma 
ordem. 
e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 
2. Na evolução histórica da educação no Brasil tivemos várias Constituições. Algumas promoveram avanços na educação; outras 
entraves. O ano de 1988 foi marcado por uma Constituição com significativa contribuição ao sistema educacional do país. Sobre 
isso, assinale a alternativa correta: 
a) A Constituição de 1988 finalmente conseguiu consolidar no sistema educacional brasileiro a LDB nº5692/71 (Lei 5692 de 
11/08/1971). 
b) A Constituição Federal de 1988 fincou o retorno da educação como direito do cidadão e a obrigatoriedade para o ensino 
primário. 
c) Foi a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988 que os negros e quilombolas tiveram direito à gratuidade no ensino 
superior. 
d) A Constituição de 1988 abriu espaço para a Lei de Diretrizes e Bases – LBD 9394/96, o que contribuiu com a organização e 
estrutura do sistema de ensino. 
e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 
3. Já discutimos que entre o MOBRAL, o Supletivo e EJA existem aspectos comuns, por isso falamos em interfaces. A partir dos 
seus estudos e destas relações, assinale verdadeiro (V) ou falso (F). 
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I) ( ) Podemos afirmar que o MOBRAL era uma modalidade de ensino semelhante ao Supletivo e a EJA o ensino destinado aos 
adultos e idosos não alfabetizados. 
II) ( ) O MOBRAL foi regulamentado pelo Decreto nº 62.455 de 22 de março de 1968, autorizado pela Lei nº 5.379 de 15/12/1967. 
III) ( ) O supletivo têm os mesmos parâmetros da EJA. Trata-se apenas de uma questão de nomenclatura: chamamos de Supletivo 
ou de EJA. 
IV) ( ) No ano de 1970, o MOBRAL foi criado para substituir um Método escolar de Alfabetização e letramento conhecido como 
cartilha e tabuada. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta da questão: 
a) V, F, V, V. 
b) F, V, V, F. 
c) V, V, V, F. 
d) F, F, V, V. 
e) F, V, F, V. 
4. Discutimos que o crescimento das indústrias gerou uma crescente procura pela escolarização na década de 1930. Por que os 
operários buscavam por escolas? Assinale a alternativa correta: 
a) Os operários desejavam estudar para ingressar no curso superior. 
b) Naquele período, a escola seria a base de formação do sujeito para uma educação ampla e cidadã. 
c) Os operários começaram a ver na educação uma oportunidade de emprego e deixaram de trabalhar para estudar. 
d) Naquele tempo, o crescimento das indústrias acelerou a procura pela escola, tendo em vista que o operário precisava oferecer 
mão de obra qualificada e especializada. 
e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 
5. Quando assume turmas na EJA o professor deve se atentar a questões específicas da área. Uma delas refere-se à pedagogia e 
andragogia. Frente a isso, assinale a alternativa que apresenta corretamente os métodos de ensino para a pedagogia e a 
andragogia, respectivamente: 
a) Métodos voltados para crianças; métodos voltados para adultos e idosos. 
b) Métodos voltados para adultos e idosos; métodos voltados para crianças. 
c) Mais experiência de mundo; menos experiência de mundo. 
d) Menos experiência de mundo; aluno mais passivo nas decisões. 
e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
A EJA é uma escolarização destinada a jovens, adultos e idosos que não conseguiram completar seus estudos na idade apropriada 
ou que estão fora da escola. 
Percebemos que os jesuítas deixaram um legado que norteou uma educação organizada e estruturada que declinou devido ao 
rompimento de Portugal com a igreja católica, à expulsão dos jesuítas e às reformas do Marquês de Pombal. 
Com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, D. João VI implantou a primeira biblioteca pública no Brasil e decretou a 
abertura dos portos aos estrangeiros, provendo uma troca cultural. 
Após a proclamação da Independência, em 1824, a primeira Constituição Brasileira voltou-se para a educação gratuita aos 
brasileiros. No percurso histórico notamos que muitas Constituições geraram entraves mas também contribuições a nossa 
educação. Um exemplo foi a Constituição de 1988, que abriu espaço para a consolidação da LDB. Outra contribuição importante 
foi dada por Paulo Freire, que protagonizou a luta por uma educação popular voltada à formação cidadã e democrática do aluno. 
Na década de 1930 o crescimento industrial no país provocou a busca pela escolarização e aperfeiçoamento dos operários, o que 
lotou as escolas noturnas e levou à lenta valorização do ensino, já que muitas escolas de adultos tinham o objetivo de alfabetizar 
para que o aluno tivesse condições de simplesmente ler e escrever. 
Em relação ao Mobral, o Supletivo e a EJA, discutimos que ambos eram e/ou são efetivados em um curto período de tempo em 
comparação com o ensino regular. As três modalidades de ensino apresentam interfaces e têm o objetivo de alfabetizar alunos 
com 15 anos que estão forada escola ou que não estão na idade escolar regular. Por fim, discorremos que pedagogia e andragogia 
são métodos de ensino-aprendizagem que levam em conta o perfil do aluno. 
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MATERIAL COMPLEMENTAR 
Leitura 
EDUCAÇÃO DE ADULTOS: Paulo Freire e a Educação de Adultos - 
Teorias e Práticas 
Autores: José Eustáquio Romão e Verone Lane Rodrigues 
Editora: Autores Associados 
Sinopse : o livro faz parte série “Educação de adultos” e apresenta 
informações para educadores que atuam com a educação de jovens e 
adultos. Os textos expõem o legado de Paulo Freire e as transformações 
que a educação provoca na sociedade através da aprendizagem ao longo 
da vida. Paulo Freire rompeu paradigmas e reinventou a forma de educar 
quando projetou o círculo de cultura em lugar da aula, a mediação 
pedagógica em lugar da didática, o animador cultural em lugar do 
professor e as palavras, os textos e os contextos geradores, emergidos do 
diálogo entre as culturas de todos os participantes do processo 
educacional, em lugar dos currículos engessados. 
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REFERÊNCIAS 
ARROYO, Miguel G. Da Escola Coerente a Escola Possível . São Paulo: Loyola, 1997. 
BRASIL. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 24 de fevereiro de 1891 . Disponível em: 
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao91.htm >. Acesso em: 21 maio 2017. 
_____. Constituição da República Federativa do Brasil de 1934 . Disponível em: 
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao34.htm >. Acesso em: 16 maio 2017. 
_____. Constituição da República Federativa do Brasil de 1937 . Disponível em: 
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao37.htm > . Acesso em: 16 maio. 2017. 
______. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 . Disponível em: 
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm >. Acesso em: 16 maio 2017. 
_______. Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 . Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: 
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm >. Acesso em: 16 maio 2017. 
______. Decreto nº 62.455, de 22 de Março de 1968 . Institui a fundação Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL). 
Disponível em: < https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1960-1969/decreto-62455-22-marco-1968-403852- 
publicacaooriginal-1-pe.html > . Acesso em: 25 jun. 2017. 
______. Lei 5.379, de 15 de dezembro de 1967 . Prevê sobre a alfabetização funcional e a educação continuada a adolescentes e 
adultos. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/l5379.htm >. Acesso em: 25 jun. 2017. 
FREIRE, Paulo. Educação e mudança . São Paulo: Paz e Terra, 1979. 
______. A educação na cidade . São Paulo: Cortez, 1991. 
______. Pedagogia da autonomia : saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997. 
GHIRALDELLI, Paulo Jr. Educação e movimento operário . São Paulo, Cortez, 1987. 
_____. História da Educação . São Paulo: Cortez, 2006. 
_____. Filosofia e história da educação brasileira . 2. ed. São Paulo: Manole, 2009. 
HELLER, A. O cotidiano e a história . São Paulo: Editora Paz e Terra, 1985. 
OLIVEIRA, Inês Barbosa de; PAIVA, Jane (orgs.). Educação de Jovens e adultos . Rio de Janeiro: SEPE-RJ, 2004. 
SOUSA, J. A. F. O Planejamento de estudos na educação a distância como prática discente no combate ao insucesso das 
avaliações acadêmicas : um estudo de caso. São Paulo: Editora Blucher, 2015. 
REFERÊNCIAS ON-LINE 
¹Em: < https://pronatec.blog.br/eja/ >. Acesso em: 21 maio. 2017. 
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APROFUNDANDO 
Neste momento, conheceremos mais sobre os programas e cursos com os quais a EJA tem relação, dentre eles o Programa 
Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem), Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na 
Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja) e Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos 
(Encceja). 
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), temos: 
PROJOVEM: Trata-se de um programa voltado para jovens de 18 até 29 anos que ainda não concluíram o ensino fundamental. 
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) envia recursos financeiros aos programas de desenvolvimento do 
Projovem - para os cursos de qualificação profissional e cidadã. Os alunos recebem bolsas mensais para que possam concluir os 
estudos e serem estimulados a obter qualificação profissional inicial. 
PROJOVEM URBANO: é um programa que objetiva elevar a escolaridade de jovens entre 18 e 29 anos de idade que mesmo 
sabendo ler e escrever não conseguiram terminaram o ensino fundamental. O programa está voltado à conclusão deste nível de 
ensino por meio da Educação de Jovens e Adultos integrada à qualificação profissional e ao desenvolvimento do exercício da 
cidadania, na forma de curso (art. 81 da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996). 
PROJOVEM CAMPO: é um programa desenvolvido pelo MEC com a parceria de instituições públicas de ensino superior e 
secretarias estaduais de educação. Objetiva formar agricultores com idade entre 18 e 29 anos que mesmo alfabetizados não 
concluíram o ensino fundamental. O curso tem duração de dois anos. 
PROJOVEM TRABALHADOR: é um programa que visa preparar jovens desempregados com idade entre 18 e 29 anos para o 
mercado de trabalho e para ocupações alternativas geradoras de renda. Os alunos devem ser membros de famílias com renda 
per capta de até um salário mínimo. 
O MEC discorreque além dos programas do PROJOVEM, a EJA está relacionada a mais programas e cursos, tais quais: 
Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na modalidade de Jovens e Adultos 
(PROEJA) - são cursos da EJA efetivados junto com um curso técnico ou um curso técnico efetivado com a EJA. É uma proposta 
de ensino que integra educação profissional com a educação básica em perspectiva transformadora entre o trabalho manual e o 
intelectual. 
Vejamos de que forma os cursos podem ser ofertados: 
Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) – é um exame gratuito oferecido aos jovens e 
adultos que moram no exterior e que ainda não concluíram o ensino fundamental na idade indicada. Tratase de um exame para 
avaliar competências, habilidades e saberes adquiridos na escola e na convivência social. Em 2009, com a implantação do novo 
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO (ENEM), o Encceja passou a certificar, somente, o ensino fundamental, deixando a 
certificação do ensino médio a cargo dos resultados do ENEM. 
1. Educação profissional técnica integrada ao ensino médio na modalidade de educação de jovens e adultos. 
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2. Educação profissional técnica concomitante ao ensino médio na modalidade de educação de jovens e adultos. 
3. Formação inicial e continuada ou qualificação profissional integrada ao ensino fundamental na modalidade de educação de 
jovens e adultos. 
4. Formação inicial e continuada ou qualificação profissional concomitante ao ensino fundamental na modalidade de educação de 
jovens e adultos. 
5. Formação inicial e continuada ou qualificação profissional integrada ao ensino médio na modalidade de educação de jovens e 
adultos. 
6. Formação inicial e continuada ou qualificação profissional concomitante ao ensino médio na modalidade de educação de jovens 
e adultos. 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Encceja . Disponível em: < http://enccejanacional.inep.gov.br/encceja/#!/inicial >. Acesso em: Acesso em: 4 jun. 2017. 
______. Ministério da Educação. PROJOVEM . Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-educacao- 
continuadaalfabetizacao-diversidade-e-inclusao/programas > . Acesso em: 4 jun. 2017. 
______. Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na modalidade de Jovens e Adultos 
(PROEJA) . Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/proeja >. Acesso em: 4 jun. 2017. 
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EDITORIAL 
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Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação 
a Distância; SOUSA , Jacqueline Andréa Furtado de. 
Tópicos Especiais em Educação de Jovens e Adultos. Jacqueline Andréa Furtado de Sousa. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
42 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Educação. 2. Tópicos Especiais.. 3. EaD. I. Título. 
ISBN: 978-85-459-1550-8 
CDD - 22 ed. 374 
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ESTUDO E AVALIAÇÃO 
DA DIDÁTICA E 
FORMAÇÃO DE 
PROFESSORES PARA A 
EDUCAÇÃO DE 
JOVENS E ADULTOS 
Professora : Me. Jacqueline Andréa Furtado de Sousa 
Objetivos de aprendizagem 
Apresentar a organização do trabalho pedagógico na educação de Jovens e Adultos. 
Discutir sobre a gestão da sala de aula relacionando-a com o currículo escolar adotado para turmas da EJA. 
Abordar a composição do espaço educacional e os elementos metodológicos utilizados nas atividades em classe. 
Identificar o processo de avaliação como forma de oportunizar ao aluno da EJA momentos significativos para expressar valores 
quantitativos e qualitativos. 
Identificar a importância da formação de professores para que possam contribuir com a formação plena do aluno da EJA. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
A organização do trabalho pedagógico na Educação de Jovens e Adultos 
A atuação pedagógica e o currículo no contexto da Educação de Jovens e Adultos 
Procedimentos didáticos na Educação de Jovens e Adultos 
Processos de avaliação em Educação de Jovens e Adultos 
A formação do professor para atuar na EJA 
Introdução 
Neste estudo, serão apresentadas discussões sobre a didática e a avaliação nesta modalidade de ensino, além de analisada a 
formação de professores para atuar em classes da EJA. 
Estudaremos de que forma se organiza o espaço pedagógico na escolarização de adultos e trataremos sobre a gestão escolar como 
fator importante para concretizar o papel da escola na formação cidadã do aluno e na efetivação das relações sociais. 
Quando falamos em formação cidadã estamos nos referindo à escola democrática e participativa que contribui com a constituição 
do sujeito sócio histórico. 
Vamos discutir sobre a práxis pedagógica e o currículo da escola como fatores relevantes na Educação de Jovens e Adultos. Na 
realidade, analisaremos a composição da cultura organizacional da escola e o professor como um profissional capaz de formar 
outros sujeitos. Nessa perspectiva, apresentaremos uma visão clara e objetiva em relação ao currículo aberto e ao currículo 
fechado e abordaremos o planejamento educacional como estratégia no processo de ensino-aprendizagem. 
Falaremos ainda de ação didática em sala de aula. Nesse sentido, a ação do professor deve ser embasada em conteúdo em práticas 
metodológicas pertinentes ao contexto da Educação de Jovens e Adultos. Os elementos metodológicos utilizados nas atividades 
precisam garantir uma relação dialógica e significativa entre professor e alunos e entre os próprios alunos, a fim de que os passos 
sejam definidos e os objetivos alcançados. Outro fator de grande relevância na educação é a avaliação. 
Por fim, podemos dizer que a formação do professor é de suma importância para que se torne um agente que forma outros sujeitos 
reflexivos e críticos. 
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A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 
PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO DE 
JOVENS E ADULTOS 
Muito se tem discutido sobre o significado da escola como um espaço que promove o conhecimento. De fato, ouvimos bastante 
que a escola deve ser um ambiente organizado para promover o desenvolvimento do aluno de forma plena. 
Mas qual tipo de escola é trabalhado na EJA? Será que a escola está devidamente organizada para receber alunos da EJA? 
Tais questionamentos pedem reflexão e leitura, sendo que não podemos responder sem pesquisar ou legitimar algum 
conhecimento. Afinal de contas, o ambiente de sala de aula e a práxis pedagógica da escolarização de adultos difere, por exemplo, 
dos métodos utilizados em turmas do ensino fundamental ou da Educação infantil. 
A escola deve representar um espaço agradável e prazeroso, no qual o aluno possa se sentir seguro para potencializar seus 
saberes. Nesse sentido, Freire (1996), quando fala da escola, quase sempre comenta que os muros escolares devem ser rompidos 
para que o processo de educação possa assumir um caráter mais amplo e dimensionado para um contexto sociocultural. Freire diz 
que o aluno não pode ser separado de sua realidade social e, por isso, o educador precisa (re) conhecê-lo para poder agir melhor 
(FREIRE, 1996). 
A Gestão Escolar e o papel da Escola na Educação de Jovens e 
Adultos 
Quando citamos a gestão escolar e o papel da escola direcionamos nosso olhar para o sistema educacional brasileiro, os níveis e as 
modalidades de ensino. Então, repensar sobre a gestão escolar seria tentar compreender que o papel que a escola exerce diante da 
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sociedade não é fácil. Por isso, precisaremos entender a concepção que norteia a gestão e que o papel da escola está embasado em 
relações humanas, ou seja, a gestão escolar requer reflexão sobre as relações humanas da escola, dos alunos e da comunidade. 
Observe a seguir: 
Figura 1 - Aprendizes durante realização de atividade 
Perceberam como todos estão empenhados na atividade? 
A imagem representa uma gestão escolar que se preocupa não somente com quem aprende na escola, mas também com toda a 
equipe: professores, diretor, coordenadores e demais funcionários. 
Com isso, podemos inferir que a gestão escolar deve integrar as diferentes áreas e os diversos setores da escola para efetivar uma 
atuação plena e competente. Nessa perspectiva, autores como Sousa (2015) e Candau (2002) reconhecem a escola como um 
sistema de gestão integrado, não somente de forma interna (dentro da escola), mas também externa (com a comunidade). 
Assim, falar em gestão escolar significa dizer que a gestão não está limitada aos espaços da educação formal. Não mesmo. 
Podemos dizer que a gestão escolar na EJA ocorre de várias formas, em diversos contextos e engloba um público diferente do da 
escola regular, já que estamos nos referindo ao ensino para adultos. 
De acordo com Sousa (2015) a gestão escolar tem sua base no projeto pedagógico (proposta pedagógica ou projeto político- 
pedagógico), tido como um documento norteador das ações do gestor e da composição da instituição de modo geral. 
O Projeto Político Pedagógico aponta o tipo de currículo, os métodos empregados e os sujeitos envolvidos 
dentro e fora da escola. 
Fonte: a autora. 
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Em suma, no projeto pedagógico deve ser contextualizado o papel social da escola além de apresentar uma reflexão sobre as 
práticas pedagógicas desenvolvidas na instituição escolar. Assim como todo projeto, o pedagógico também precisa ser claro e 
objetivo. Para a escolarização de adultos, Sousa (2015) sugere que o projeto pedagógico aborde: 
Os conhecimentos que serão trabalhados com os alunos; 
Conteúdos adequados à realidade dos alunos; 
Regimento escolar e Currículo da escola; 
Organização do espaço escolar e do espaço de sala de aula; 
Descrição da escola e das relações humanas nela; 
Papel da escola junto à comunidade escolar (todos que fazem parte da escola). 
No que tange ao papel da escola, partiremos da realidade dos alunos da EJA. Veja bem que não há como falar em papel da escola 
abrindo mão de sua função social. Entretanto, qual seria essa função? 
Conforme Freire (1996), o papel da escola repousa na condição de o aluno poder reconhecer e participar da realidade humana por 
meio das suas relações estabelecidas socialmente. Nas circunstâncias atuais, em que o mundo permite constantes transformações, 
nada mais adequado do que (re)construir o trabalho da escola, respeitando as transformações que influenciam na vivência dos 
aprendentes, tanto nos aspectos socioculturais quanto nos aspectos de desenvolvimento cognitivo e socioafetivo. 
Nesse sentido, Freire (1996) também pontua que a escola, enquanto uma instituição que forma cidadãos, precisa direcionar seu 
trabalho para o desenvolvimento pleno do aprendiz, ou melhor, para seus aspectos específicos e individuais. Para o autor, a escola 
deve funcionar como um espaço de oportunidades para a efetiva participação do aluno adulto e o exercício da democracia. 
A Organização do Espaço Escolar: uma Escola Democrática e 
Participativa 
Vimos que redimensionar as ações da escola levando em conta as relações sociais protagonizadas pelos seus integrantes mostra 
respeito ao aluno e à comunidade, pois ambos vivem em constante mudança. Portanto, essa reconfiguração quebra paradigmas e 
(re)constrói aspectos socioculturais. Com essa visão, podemos dizer que a gestão escolar é efetiva e consegue ser realizada de 
maneira participativa e democrática, com o sujeito compreendido e visto como um cidadão em constante adaptação com o meio. 
É importante lembrar que toda instituição educacional precisa de documentos para orientar as suas ações, para que o processo 
não fique desorganizado, não é? 
Você sabia que além do Projeto Pedagógico existe o Regimento Escolar? Nele, há normas de 
funcionamento, direitos e deveres de cada participante da escola (aluno, professor, coordenadores, 
auxiliares, pais e demais membros). Para saber mais, acesse o site, disponível em: 
< https://respeitarepreciso.org.br/apresentacao-democracia-na-escola/3-regras-de-convivio-o-regimento- 
escolar > . 
Fonte: a autora. 
Portanto, democracia também tem a ver com o respeito e as limitações do sujeito na sociedade. 
De forma geral, Gadotti (2006) discute que muitas pessoas confundem democracia quando a associam com partidos políticos. A 
democracia não é partidária, mas sim o modo político de se realizar em uma sociedade. Democracia não é doutrina ou regime de 
caráter político; é escolha e tem a ver com participação e coletividade. Para o autor, então, democracia é um conceito que não deve 
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https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Frespeitarepreciso.org.br%2Fapresentacao-democracia-na-escola%2F3-regras-de-convivio-o-regimento-escolar&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFws7v83SaQZN-48WkKQgP6OGva1g
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ser imposto, porém deve ser reconhecido e legitimado, porque repousa nos princípios norteadores da soberania popular, da 
equidade, da distribuição igualitária do poder e da renda. Assim, democracia é a efetiva participação da população na construção 
da nação. 
Mas de que forma a escola pode se efetivar como um espaço democrático e participativo na EJA? 
Em relação ao trabalho com adultos e idosos, Sousa (2015) comenta que eles precisam de espaços

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