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ADMINISTRAÇÃO II
CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD
Administração II – Prof. Ms. Francisco de Assis Breda; Prof. Ms. Neivaldo Hakime Dutra e 
Profa. Dra. Sonia Valle Walter de Oliveira
Olá! Meu nome é Francisco de Assis Breda. Sou mestre em Gestão Empresarial 
pela UNI-Facef e graduado em Administração de Empresas pela mesma 
instituição. Atualmente, sou coordenador do curso de Administração do 
Claretiano, nas modalidades presencial e EaD. Também coordeno os MBAs em 
Administração. Tenho experiência de ensino em diversas disciplinas da área 
de Administração, principalmente Marketing e Logística, além de experiência 
profissional em consultoria e pesquisa.
E-mail: breda@claretiano.edu.br
Meu nome é Neivaldo Hakime Dutra. Sou mestre em Gestão Empresarial pela 
UNI-Facef/Franca/SP. Em meu mestrado, desenvolvi um estudo a respeito 
dos estilos de liderança em evidência nas indústrias de calçados de Franca/
SP. Concluí minha graduação em Administração de Empresas no Instituto 
Tecnológico de Osasco-SP e minha Especialização em Gestão de Recursos 
Humanos e Financeiros na UNI-Facef/Franca/SP. Atuo como professor 
universitário no curso de graduação em Administração de Empresas do Centro 
Universitário Claretiano de Batatais e como professor do Módulo de Liderança 
do curso de pós-graduação MBA da FGV-COC. Vejo na EaD uma importante 
ferramenta de inclusão social, uma vez que ela permite a um número maior da população o 
acesso ao ensino universitário e à especialização profissional. Como sabemos, a educação, seja na 
formação acadêmica ou na especialização profissional, é uma das ferramentas mais importantes 
para o desenvolvimento social de um país. Por isso, acredito que o estudo do binômio "sociedade e 
educação" seja extremamente relevante para a formação de um educador.
E-mail: neivaldo@claretiano.edu.br
Meu nome é Sonia Valle Walter Borges de Oliveira. Sou livre-docente 
em Administração Geral pela FEA-RP-USP. Além disso, sou doutora em 
Administração pela Faculdade de Economia, Administração e Contabi-
lidade da Universidade de São Paulo, mestre em Engenharia Civil – Hi-
dráulica e Saneamento – pela Escola de Engenharia de São Carlos da 
Universidade de São Paulo e graduada em Arquitetura e Urbanismo pela 
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Pau-
lo. Sou, também, professora associada do Departamento de Adminis-
tração da FEA-RP da Universidade de São Paulo, com atuação nas áreas de Administração Ge-
ral, Planejamento Estratégico, Responsabilidade Socioambiental e Gestão do Meio Ambiente. 
E-mail: soniavw@terra.com.br
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
ADMINISTRAÇÃO II
Caderno de Referência de Conteúdo
Francisco de Assis Breda 
Neivaldo Hakime Dutra 
Sonia Valle Walter de Oliveira
Batatais
Claretiano
2013
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
© Ação Educacional Claretiana, 2011 – Batatais (SP)
Versão: dez./2013
 
 
 
658 B842a 
 Breda, Francisco de Assis 
 Administração II / Francisco de Assis Breda, Neivaldo Hakime Dutra, Sonia 
 Valle Walter Borges de Oliveira – Batatais, SP : Claretiano, 2013. 
 208 p. 
 ISBN: 978-85-67425-01-6 
 1. A abordagem da teoria burocrática, suas vantagens e disfunções. 2. O 
 desenvolvimento organizacional no ambiente empresarial e a aplicação da 
 teoria estruturalista.3. Abordagem à teoria sistêmica. 4. Teoria contingencial. 
 5. Novos paradigmas e modelos de administração. 6. Ética e responsabilidade 
 social nas empresas. 7. A ação das lideranças nas organizações. I. Dutra, 
 Neivaldo Hakime. II Oliveira, Sonia Valle Walter Borges de. III. Administração II. 
 
 
 CDD 658 
Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Preparação 
Aline de Fátima Guedes
Camila Maria Nardi Matos 
Carolina de Andrade Baviera
Cátia Aparecida Ribeiro
Dandara Louise Vieira Matavelli
Elaine Aparecida de Lima Moraes
Josiane Marchiori Martins
Lidiane Maria Magalini
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Luis Henrique de Souza
Patrícia Alves Veronez Montera
Rita Cristina Bartolomeu 
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli
Simone Rodrigues de Oliveira
Bibliotecária 
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11
Revisão
Cecília Beatriz Alves Teixeira
Felipe Aleixo
Filipi Andrade de Deus Silveira
Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Rodrigo Ferreira Daverni
Sônia Galindo Melo
Talita Cristina Bartolomeu
Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa 
Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai 
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Luis Antônio Guimarães Toloi 
Raphael Fantacini de Oliveira
Tamires Botta Murakami de Souza
Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer 
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na 
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do 
autor e da Ação Educacional Claretiana.
Claretiano - Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
SUMÁRIO
CADERNO DE REFERÊNCIA DE CONTEÚDO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 9
2 ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO ............................................................................. 11
3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 30
UniDADE 1 – ABORDAGEM À TEORIA DA BUROCRACIA
1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 31
2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 31
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .................................................... 32
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 33
5 ORIGENS DA BUROCRACIA ................................................................................. 33
6 CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DA BUROCRACIA ............................................. 36
7 VANTAGENS DA BUROCRACIA ........................................................................... 42
8 DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA .......................................................................... 45
9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 50
10 CONSIDERAÇÕES ................................................................................................ 50
11 E-REFERÊnCiAS .................................................................................................. 51
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 51
UniDADE 2 – ABORDAGEM À TEORIA ESTRUTURALISTA
1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 53
2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 53
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .................................................... 54
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 54
5 ORIGENS DA TEORIA ESTRUTURALISTA ..............................................................55
6 CONCEITO DE ESTRUTURALISMO ...................................................................... 56
7 TIPOS DE ESTRUTURALISMO .............................................................................. 57
8 A SOCIEDADE DE ORGANIZAÇÕES ...................................................................... 58
9 ORGANIZAÇÕES SEGUNDO ETZIONI................................................................... 61
10 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 63
11 CONSIDERAÇÕES ................................................................................................ 63
12 E- REFERÊnCiAS ................................................................................................. 63
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 63
UniDADE 3 – ABORDAGEM SISTÊMICA DAS ORGANIZAÇÕES
1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 65
2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 65
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .................................................... 66
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 66
5 ORIGENS DA TEORIA SISTÊMICA ........................................................................ 67
6 CIBERNÉTICA ..................................................................................................... 71
7 APRENDENDO A USAR O ENFOQUE SISTÊMICO ................................................ 74
8 ORGANIZAÇÕES COMO SISTEMAS .................................................................... 75
9 EFICÁCIA GLOBAL ............................................................................................... 77
10 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 78
11 CONSIDERAÇÕES ................................................................................................ 78
12 E-REFERÊnCiAS .................................................................................................. 79
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 79
UniDADE 4 – ABORDAGEM DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL
1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 81
2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 81
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .................................................... 82
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 82
5 CARACTERÍSTICAS DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL ........................ 83
6 MUDANÇA ORGANIZACIONAL .......................................................................... 84
7 AS FASES DAS ORGANIZAÇÕES ........................................................................... 86
8 CONCEITO E FASES DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL ........................ 88
9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 90
10 CONSIDERAÇÕES ................................................................................................ 90
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 91
UniDADE 5 – CULTURA ORGANIZACIONAL
1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 93
2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 93
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .................................................... 93
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 95
5 CONCEITUALIZANDO A CULTURA ...................................................................... 96
6 AMBIGUIDADE ENTRE O DISCURSO E A PRÁTICA ............................................... 97
7 MUDANÇA DE CONCEITOS ................................................................................. 99
8 CULTURA NACIONAL E CULTURA ORGANIZACIONAL ........................................ 101
9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 104
10 CONSIDERAÇÕES ................................................................................................ 104
11 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 105
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 105
UniDADE 6 – TEORIA CONTINGENCIAL
1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 107
2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 107
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .................................................... 108
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 108
5 CONCEITO DE CONTINGÊNCIA .......................................................................... 109
6 BURNS E STALKER: SISTEMAS MECÂNICOS E ORGÂNICOS ................................. 110
7 VARIÁVEIS CONTINGENCIAIS QUE AFETAM A ESTRUTURA 
ORGANIZACIONAL .............................................................................................. 112
8 LAWRENCE E LORCSH: PARADOXO ENTRE INTEGRAÇÃO E 
DIFERENCIAÇÃO DOS SISTEMAS ORGANIZACIONAIS ........................................ 115
9 CHANDLER E AS ESTRATÉGIAS E ESTRUTURAS DAS EMPRESAS ........................ 116
10 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 118
11 CONSIDERAÇÕES ................................................................................................ 119
12 E-REFERÊnCiAS .................................................................................................. 119
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 120
UniDADE 7 – LIDERANÇA ORGANIZACIONAL
1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 121
2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 121
3 SUGESTÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ........................................................ 122
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 125
5 LIDERANÇA ORGANIZACIONAL .......................................................................... 127
6 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA TEORIA DA LIDERANÇA ............................................ 129
7 TEORIA DOS TRAÇOS ......................................................................................... 131
8 ESTILOS DE LIDERANÇA ..................................................................................... 132
9 LIDERANÇA SITUACIONAL .................................................................................. 133
10 ABORDAGEM DA TEORIA DA NOVA LIDERANÇA ................................................ 135
11 CARACTERÍSTICAS DO LÍDER ............................................................................. 137
12 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 138
13 CONSIDERAÇÕES ................................................................................................ 140
14 E-REFERÊnCiAS .................................................................................................140
15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 141
UniDADE 8 – ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL
1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 143
2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 144
3 SUGESTÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ........................................................ 144
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 145
5 ÉTICA ................................................................................................................. 146
6 A CONCEPÇÃO FILOSÓFICA DA PALAVRA ÉTICA ................................................ 146
7 O ENSINO DA ÉTICA NAS ESCOLAS DE ADMINISTRAÇÃO ................................... 148
8 ÉTICA EMPRESARIAL .......................................................................................... 149
9 RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL ...................................................... 153
10 ABORDAGENS SOBRE A RESPONSABILIDADE SOCIAL ........................................ 154
11 A RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL NO BRASIL .................................. 162
12 GOVERNANÇA CORPORATIVA ............................................................................ 164
13 COMPLIANCE ..................................................................................................... 169
14 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 175
15 CONSIDERAÇÕES ................................................................................................ 175
16 E- REFERÊnCiAS ................................................................................................. 176
17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 176
UniDADE 9 – NOVOS PARADIGMAS E TENDÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO
1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 179
2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 179
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .................................................... 180
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 181
5 GLOBALIZAÇÃO E SEUS IMPACTOS NAS EMPRESAS ........................................... 181
6 FUSÕES, INCORPORAÇÕES E ALIANÇAS ESTRATÉGICAS .................................... 188
7 NOVOS PARADIGMAS EM ADMINISTRAÇÃO ...................................................... 194
8 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 205
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................... 206
10 E-REFERÊnCiAS .................................................................................................. 206
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 206
CRC
Caderno de 
Referência de 
Conteúdo
Ementa –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
A abordagem da teoria burocrática, suas vantagens e disfunções. O desenvolvimento 
organizacional no ambiente empresarial e a aplicação da teoria estruturalista. Abor-
dagem à teoria sistêmica. Teoria contingencial. Novos paradigmas e modelos de ad-
ministração. Ética e responsabilidade social nas empresas. A ação da liderança nas 
organizações. 
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1. INTRODUÇÃO 
Seja bem-vindo ao estudo de Administração II. Neste Cader-
no de Referência de Conteúdo, você encontrará o conteúdo básico 
das nove unidades que serão desenvolvidas ao longo das doze se-
manas.
Que conhecimentos você vai adquirir 
Com este estudo você irá aprofundar seus conhecimentos 
sobre a Administração. Inicialmente, abordaremos as estruturas 
organizacionais, explorando os conceitos e a aplicação de algumas 
teorias, como a Burocrática, a Estruturalista e a Sistêmica. 
© Práticas Corporais Alternativas10
Ao absorver os conhecimentos sobre a estrutura das organi-
zações, você possuirá requisitos para constituir uma visão crítica 
das empresas. 
Em um segundo momento, o aluno aprenderá os princípios do 
Desenvolvimento Organizacional, da Contingência Administrativa e 
de aspectos da Cultura Organizacional, para, finalmente, conhecer 
um pouco mais sobre a liderança nas organizações, a ética, a res-
ponsabilidade social e os novos paradigmas em Administração. 
A unidade que versa sobre os novos paradigmas da Admi-
nistração encerra o módulo. Esses conceitos visam a capacitar o 
aluno para adquirir um perfil administrativo, não somente na apli-
cação de técnicas, mas também na solução de conflitos.
Sua participação e dedicação são fundamentais, não apenas 
para garantir a compreensão dos conceitos que vamos abordar, 
mas também para ampliar e aprofundar as discussões sobre o 
tema. 
Venha participar deste processo de construção do conheci-
mento!
Que habilidades você desenvolverá
Você irá aprimorar seus conhecimentos administrativos ao 
aprender as origens da Teoria Burocrática, dos Princípios Estrutu-
ralistas e das teorias Cibernética e Sistêmica. Desse modo, poderá 
compreender os aspectos formais e a dinâmica da estrutura orga-
nizacional das empresas. 
Ao conhecer as abordagens situacionais de liderança e cul-
tura organizacional, ética e responsabilidade social, você será ca-
paz de aprimorar o seu perfil – não só de gestor administrativo, 
mas também de líder de pessoas –, incorporando os princípios de 
trabalho em equipe e de relacionamento pessoal, condições re-
levantes para que o administrador possa conduzir as pessoas nas 
organizações.
Claretiano - Centro Universitário
11© Caderno de Referência de Conteúdo
Com a finalidade de possibilitar que você desenvolva um 
aprendizado contínuo, a última unidade discorre sobre os novos 
paradigmas da Administração, bem como sobre algumas tendên-
cias que influenciam o mundo corporativo. Nesse contexto está in-
serido o processo de reengenharia, além dos processos de bench-
marking, de organizações virtuais e de administração participativa. 
Como você pode perceber, é de extrema relevância a intera-
tividade entre você, seu tutor, seus colegas de curso e a instituição 
de ensino. Você está convidado a fazer parte deste novo caminho 
da educação e do saber.
Desejamos que seu estudo seja proveitoso e o ajude a trilhar 
o caminho para novas descobertas e novos conhecimentos.
Após essa introdução aos conceitos principais, apresentare-
mos, a seguir, no tópico Orientações para estudo, algumas orienta-
ções de caráter motivacional, além de dicas e estratégias de apren-
dizagem que poderão facilitar seu estudo. 
2. ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO
Abordagem Geral
Prof. Ms. Neivaldo Hakime Dutra
Aqui, você entrará em contato com os assuntos principais deste 
conteúdo de forma breve e geral e terá a oportunidade de aprofundar 
essas questões no estudo de cada unidade. Desse modo, essa Abor-
dagem Geral visa fornecer-lhe o conhecimento básico necessário a 
partir do qual você possa construir um referencial teórico com base 
sólida – científica e cultural – para que, no futuro exercício de sua pro-
fissão, você a exerça com competência cognitiva, ética e responsabi-
lidade social. Vamos começar nossa aventura pela apresentação das 
ideias e dos princípios básicos que fundamentam a admistração. 
Hoje vamos iniciar o estudo de Administração II. Teremos 
muito prazer em desenvolver este estudo com você. 
© Práticas Corporais Alternativas12
Acompanhe os eventos de aprendizagem com dedicação, 
interagindo constantemente com seus professores (tutores) e co-
legas de curso, para, assim, ficar sempre atualizado nãosó com o 
conteúdo, mas também com as discussões no Fórum e na Lista. 
Dessa forma, se permanecer atento, participando e intera-
gindo, ficará mais fácil acompanhar o desenvolvimento do conte-
údo e, com isso, beneficiar-se do alargamento de ideias que tra-
zem as discussões e os debates. Você se sentirá estimulado a levar 
adiante mais este projeto de vida. 
Com este estudo, esperamos que você aprimore seus conhe-
cimentos relativos à dinâmica das organizações. 
Temos de ir passo a passo na construção de nosso conheci-
mento. Por isso, este Caderno de Referência de Conteúdo, como 
todas as outras, está dividida em unidades. 
Inicialmente, abordaremos as estruturas organizacionais, 
explorando os conceitos e a aplicação das teorias burocrática, es-
truturalista e sistêmica. Após absorver os conhecimentos sobre a 
estrutura das organizações, vocês possuirão requisitos para cons-
truir uma visão crítica das empresas.
Em um segundo momento, vocês aprenderão os princípios 
do Desenvolvimento Organizacional, da Contingência Administra-
tiva e de aspectos da Cultura Organizacional, para depois, final-
mente, conhecer um pouco mais sobre a Liderança nas Organiza-
ções, a ética, a responsabilidade social e os novos paradigmas da 
Administração. Mas vamos por partes.
O que é burocracia? 
Toda vez que ouvimos o termo "burocracia", ele nos lembra 
excesso de papéis ou excesso de procedimentos para se conseguir 
algo. No estudo das teorias administrativas, a abordagem burocráti-
ca consiste em um sistema de normas, regras, leis e procedimentos 
formais, aos quais nós chamamos de "burocracia". Entretanto, por 
Claretiano - Centro Universitário
13© Caderno de Referência de Conteúdo
ser utilizado em excesso, às vezes o sistema burocrático obtém uma 
má conceituação. A sociedade, por sua vez, clama pela eliminação da 
burocracia, sem entender que ela é importante para as organizações.
Na verdade, o sistema burocrático foi desenvolvido, inicial-
mente, para atender às necessidades das antigas organizações, 
principalmente no aspecto político e militar, abrangendo as civili-
zações do Egito, da China e do Império Romano.
Neste estudo, vamos aprender sobre a estrutura das organiza-
ções em uma amplitude maior do que no estudo do módulo Admi-
nistração I, pois estaremos contemplando o complexo organizacional. 
A burocracia, que é baseada em premissas racionais, se ade-
quou satisfatoriamente a organizações complexas.
E daí vem outra questão: o que é Estruturalismo?
A abordagem estruturalista mostra um redesenho da Teoria 
Burocrática. Todavia, as premissas da Teoria das Relações Huma-
nas são consideradas relevantes, porque a visão estruturalista é 
crítica em relação à organização formal.
Vamos aprender que os estudiosos do estruturalismo são de 
origem predominantemente europeia, e que buscam a interdisci-
plinaridade das ciências. 
O início dos estudos dessa teoria se baseou primeiramente 
na oposição entre a Teoria Clássica e a das Relações Humanas, na 
necessidade de considerar a organização como uma organização 
social, na integração da abordagem estrutural com as ciências so-
ciais e no aprimoramento do conceito de estrutura.
No estudo das primeiras unidades, relembramos que os pri-
meiros estudos das teorias administrativas deram ênfase à efici-
ência e à organização das empresas, em que destacavam a impor-
tância da divisão do trabalho, a perfeita seleção do indivíduo, a 
especialização das atividades, além do agrupamento dos trabalha-
dores, na busca de produção em escala.
© Práticas Corporais Alternativas14
Essas abordagens demonstraram a relevância direcionada à 
internalização dos processos organizacionais. Sendo assim, as em-
presas ganharam em eficiência, produtividade e formalismo em 
detrimento dos aspectos sociais implícitos na organização.
Nesta unidade, vamos conhecer o conceito de estrutura, a 
sua aplicação na sociedade burocrática de Weber, além de sua uti-
lidade no desenvolvimento das organizações.
Mas as organizações continuam se expandindo! E qual é o 
procedimento correto? Como vamos conduzir as organizações? 
No final Segunda Guerra Mundial, surge a Teoria Sistêmica. 
A ênfase dos estudos da abordagem sistêmica está direcionada à 
compreensão dos estudos dos sistemas organizacionais. Ela surgiu 
na década de 1950, divulgando o conceito de sistemas abertos em 
diversas disciplinas.
Os estudos iniciais da Administração tinham como enfoque 
o princípio do reducionismo, ou seja: estimulados pela busca da 
eficiência máxima, os precursores da Administração Cientifica e da 
Clássica desenvolveram princípios de gestão destacando a divisão 
e a especialização do trabalho, a rotinização das tarefas e o desen-
volvimento do homem econômico.
Portanto, as pesquisas realizadas referentes à ação do indi-
víduo nas organizações culminaram no advento das teorias huma-
nísticas. Em consequência, o desenvolvimento dos estudos empre-
sariais foi contemplado com estudos relevantes que provocaram 
inúmeras mudanças no cenário administrativo organizacional.
A partir do final da Segunda Guerra Mundial, uma nova con-
cepção teve início em relação aos estudos da ciência, da sociedade 
e das organizações. Todos os ramos do conhecimento, que até en-
tão praticavam o modelo do reducionismo, passaram a considerar 
que uma parte do sistema modificada refletia nas demais partes 
do sistema como um todo.
Claretiano - Centro Universitário
15© Caderno de Referência de Conteúdo
Em função disso, inúmeros conhecimentos que valiam ape-
nas para uma ciência passaram a ser aproveitados também em 
outras ciências. Consequentemente, foi constatado que os ramos 
do conhecimento, que antes eram isolados, faziam parte de um 
sistema maior, aplicando-se a eles regras e princípios comuns.
Vamos apresentar os conceitos de Von Bertalanffy, além de 
destacar o trabalho de outros autores que muito contribuíram no 
campo da teoria das organizações.
Além da Teoria Sistêmica, iremos estudar a teoria do De-
senvolvimento Organizacional. Assim, poderemos comparar o en-
foque das duas teorias: a primeira aborda a importância de cada 
uma das partes para a formação do todo no complexo organiza-
cional, enquanto a segunda estuda a dinâmica das mudanças no 
ambiente empresarial. 
na metade da década de 1960, o mundo passava por in-
tensas mudanças. O complexo organizacional estava diante de 
uma sociedade caracterizada pela intensidade do socialismo, do 
preconceito racial, de confrontos revolucionários e nacionalistas, 
além do alcance de ditaduras militares em inúmeros países do Ter-
ceiro Mundo e emergentes.
Nesse cenário, as organizações também protagonizavam 
um novo desenho que permitia continuar com seu desempenho 
e, consequentemente, alavancar alternativas suficientes com a fi-
nalidade de dar prosseguimento ao desenvolvimento de seus am-
bientes institucionais.
Em nosso estudo anterior, constatamos principalmente os 
princípios das teorias Cientifica, Clássica e Burocrática, que são co-
nhecidas por alguns autores como "abordagens mecanicistas", as 
quais tinham como foco a eficiência no trabalho, a especialização 
das atividades, a divisão do trabalho e a eleição do homem ideal – 
aquele que tivesse aptidões físicas, técnicas e emocionais.
© Práticas Corporais Alternativas16
O segundo momento do estudo da Administração abordou 
as teorias humanísticas das organizações, destacando a relevância 
dos recursos humanos no ambiente empresarial.
Entretanto, a divergência entre a abordagem mecanicista e 
a abordagem humanística gerou a necessidade de uma teoria que 
suprisse essa lacuna. Se, por um lado, as organizações precisam ser 
eficientes no processo operacional e, assim, alcançar seus objetivos, 
por outro, as pessoas, conforme os estudiosos das teorias humanís-
ticas, devem estar motivadas para exercer suas atividades.
A abordagem da teoria do Desenvolvimento Organizacional 
(DO) tem como premissa a atuação na formação de equipes, dan-
do ênfase às relações grupais dentro das organizações,de forma a 
proporcionar maior eficácia ao trabalho. 
Neste momento, vamos conhecer os pressupostos básicos 
dos autores do DO, os estudos das características da teoria, da mu-
dança organizacional, do clima e da cultura organizacional. 
No início, os princípios administrativos tinham o perfil me-
canicista, pois eram voltados para as tarefas, funções e desenvol-
vimento de unidades organizacionais, o que hoje chamamos de 
"departamentos". Depois, surgiram os estudos para obter-se um 
melhor controle e implantar-se a legalidade dos procedimentos.
Todavia, não há possibilidade de se controlar totalmente o 
comportamento humano, com suas variações, pretensões e sen-
timentos.
Portanto, as empresas percebem que em seu ambiente de 
trabalho (assim como na sociedade) existe a criação de uma cul-
tura por meio do clima organizacional. Com efeito, a influência da 
cultura pode se constituir de maneira positiva ou negativa na con-
dução dos rumos da organização.
Além disso, o ambiente empresarial acompanha as tendên-
cias e as mutações do contexto socioeconômico. 
Claretiano - Centro Universitário
17© Caderno de Referência de Conteúdo
A partir desse momento, vamos abordar alguns conceitos 
relacionados à cultura organizacional, à ética e à responsabilidade 
social, à liderança, à contingência e aos novos paradigmas da ad-
ministração.
As empresas são constituídas de pessoas, e, como a variação 
cultural refere-se basicamente aos hábitos e comportamentos de um 
grupo ou da sociedade, podemos concluir que empresas possuem 
culturas diferentes. Todavia, podemos considerar que o estudo das 
diferenças entre as formas e maneiras de administrar uma empresa 
é relativamente recente, pois havia uma crença de que regras gerais 
se aplicavam a todas as situações de administração, trabalho e orga-
nização, independentemente do contexto e da situação. A partir da 
década de 1970, passou-se a perceber que o sucesso das empresas 
japonesas devia muito à cultura desenvolvida por elas, destacando-
-se o trabalho em equipe, a qualidade e as respostas às mudanças.
Dessa forma, pode-se chegar a uma definição da cultura 
organizacional como sendo o conjunto de princípios e valores vi-
gentes em uma empresa, suas relações com o ambiente interno e 
externo e sua hierarquia, que definem sua postura e seus padrões 
de comportamento.
Edgar Schein, uma das maiores autoridades sobre o assunto, 
citado praticamente por todos autores de livros e artigos a respeito 
do tema, afirma que a cultura de uma organização é percebida por 
meio da linguagem, dos símbolos e das imagens, das histórias e dos 
mitos, dos rituais e das cerimônias, dos hábitos e dos valores que 
interpõem essa organização, além de seus objetos visíveis e físicos, 
tais como a arquitetura, os móveis, o espaço físico e a decoração.
Para entender melhor as nuances da cultura organizacional, 
pode-se analisá-las sob três aspectos:
• ambiguidade entre o discurso e a prática;
• mudança de conceitos;
• cultura nacional e cultura organizacional.
© Práticas Corporais Alternativas18
Estudaremos, também, a questão das variações de aplicações 
dos conceitos administrativos em face da diversidade de teorias e 
também da dinâmica pela qual as organizações vêm passando. 
A Teoria Geral da Administração inclui grande diversidade de te-
mas específicos, que correspondem a teorias específicas ou campos do 
conhecimento. Portanto, abrange diversos princípios de forma distinta 
ou interdependente. Novos estudos, técnicas e práticas gerenciais des-
pontam em períodos cada vez mais curtos. Dessa forma, geram diferen-
tes abordagens e modelos de como gerenciar as empresas. 
E fica sempre a pergunta no ar: qual ideia é melhor? 
Poderíamos simplesmente responder: depende. Mas depen-
de de quê? E responderíamos: depende do problema, depende da 
situação, enfim, depende de vários fatores.
Para Maximiano (2010), à medida que a administração ama-
durece, constata-se que muitas ideias são úteis em determinadas 
situações, porém não são úteis em outras. Algumas teorias servem 
para determinados gerentes, mas não para outros. Isso fez surgir 
uma escola de pensamento administrativo chamada de teoria si-
tuacional ou, simplesmente, teoria da contingência.
Mas qual é o significado da palavra "contingência"? Confor-
me o Dicionário Eletrônico Michaelis:
• Contingência: Fato possível, mas incerto.
• Contingente: que pode, ou não, suceder ou existir; duvi-
doso, eventual, incerto.
na sequência, vamos estudar a definição e a importância da 
ação da liderança nas organizações.
Desde o início de nossos estudos sobre a administração nas 
organizações, aprendemos as técnicas administrativas e como elas 
são úteis na condução das empresas.
Em função disso, a gestão das organizações é estruturada 
por métodos de planejamento, execução e controle, formalizados 
Claretiano - Centro Universitário
19© Caderno de Referência de Conteúdo
em manuais, procedimentos, normas ou outros recursos legais, 
em que os funcionários seguem as instruções para exercer essas 
atividades.
Embora os aspectos formais da organização auxiliem na pro-
dutividade, na eficiência e na eficácia, por si só eles não garantem os 
resultados finais dos objetivos pretendidos pelas empresas. É preci-
so que haja a ação da liderança, a qual, na maioria das vezes, é exer-
cida pelos chefes que ocupam cargos de comando nas organizações.
Vamos fazer uma reflexão sobre a evolução nas organizações 
com a formação do capital humano, o qual vem crescendo, em 
importância, com o avanço tecnológico e com a expansão do setor 
de serviços. 
Tanto as capacidades físicas como o aperfeiçoamento téc-
nico das pessoas são necessários para aumentar a eficiência do 
trabalho, gerir adequadamente o capital material, além de propor-
cionar subsídios para o controle do capital financeiro. 
Consequentemente, é nesse capital humano que estão con-
solidados inúmeros estudos das últimas décadas. Os resultados 
das pesquisas mostram divergências em suas considerações, o que 
causa constantemente interesse pela investigação dos respectivos 
temas. 
Livros, artigos, bem como investigações científicas, propa-
gam conceitos sobre relações humanas, motivação, liderança, in-
teligência emocional, correspondentes à ação dos indivíduos nas 
organizações.
Em função disso, o grande desafio das organizações moder-
nas, devido ao fenômeno da globalização, é a competitividade. 
Produtos, processos e serviços estão em constante mudança, em 
uma velocidade muito difícil de ser calculada. Tais condições pro-
duzem, indubitavelmente, ameaças e oportunidades.
Evidentemente, as instituições que pretendem se destacar e se 
perpetuar no cenário econômico necessitam de recursos humanos ca-
© Práticas Corporais Alternativas20
pazes de enfrentar a concorrência, a competitividade e a grande varie-
dade de mudanças geradas pela interligação de povos e economia.
A relação entre empresa e empregado já não pode mais ser 
pautada por uma organização burocrática, conduzida simplesmen-
te ao estabelecimento de metas e ao cumprimento de deveres 
dentro de certos limites de controle. 
As pressões competitivas estão forçando os líderes mais an-
tigos à criação desse novo clima de relações industriais, pois não 
se mudam relações antagônicas estabelecidas durante décadas 
apenas com administração ou gerenciamento.
Em função disso, é extremamente relevante fazer com que 
mais pessoas pensem em liderança, porque essa prática forçaria 
uma reavaliação das ações atuais que moldam as carreiras de um 
grande número de pessoas dentro das organizações.
Se, por um lado, é importante entender as políticas e prá-
ticas que norteiam as empresas nesse cenário de turbulências e 
competitividade, por outro, é necessário conhecer quem são os 
líderes que conduzem pessoas e empreendimentos.
Portanto, serão contemplados o conceito de liderança e a 
abordagem das Teorias da Liderança – traços, estilos, contingen-
cial, nova liderança, conceito de líder e sua participaçãono con-
texto das empresas. 
A liderança é, com toda certeza, um fator importante nos 
assuntos humanos. Nossa realidade apresenta a necessidade de 
estudar a ação da liderança em cargos gerenciais, conhecer os di-
ferentes estilos de liderança e compreender as dificuldades encon-
tradas no exercício da liderança eficaz.
A ética será outro foco de nosso estudo. Uma grande virtude 
dos profissionais é conduzir sua profissão com responsabilidade, 
dignidade, respeito ao seu semelhante e honestidade - diferen-
ciais relevantes, principalmente na profissão de administrador, 
pois ele será responsável direto pela empresa. 
Claretiano - Centro Universitário
21© Caderno de Referência de Conteúdo
O homem, durante sua vida e em todas as ações, precisa op-
tar entre o certo e o errado, entre o bem e o mal. Essa opção o 
obriga a fazer considerações sobre o significado de bem e de mal. 
A ética, entre inúmeras outras reflexões, trata do enfrentamento 
dessa constante redefinição na busca da melhor escolha para si e 
para a sociedade em que se vive.
Etimologicamente, a palavra "ética" significa: 
[...] estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana 
suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja 
relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto 
(FERREiRA, 1986, não paginado). 
A origem da palavra vem do grego ethos, que significa cos-
tume, maneira habitual de agir, índole. Genericamente, ética pode 
ser entendida como um conjunto de princípios e valores que guiam 
e orientam as relações humanas.
Já o termo "responsabilidade", de uso tão comum, encerrava 
a ideia de prestação de contas: alguém deve justificar a própria atu-
ação perante outrem. Indicava a obrigação, imposta ao administra-
dor e assumida por ele, de prestar contas sobre os bens recebidos 
e sobre como os aplicou. Tal acepção firmou-se na área econômica. 
É difícil conceituar o termo "Responsabilidade Social Empresa-
rial", pois ele está relacionado a diversas correntes de pensamento. 
Para alguns, está relacionado a obrigações legais; para outros, a com-
portamentos éticos; há também quem defenda que, ao gerar empre-
gos, a empresa está tendo responsabilidades sociais; já para outros, ter 
responsabilidade social seria desenvolver ações sociais pela empresa. 
Finalmente, vamos abordar as tendências que afetam ou 
modificam o estudo da administração no mundo corporativo.
Após os anos 1950, observou-se uma revolução científica e 
tecnológica nas formas de produção. As empresas ficaram mais 
complexas e as formas de gerenciá-las variaram profundamente 
quanto às inovações em produtos e serviços.
© Práticas Corporais Alternativas22
Essa revolução, que ainda está ocorrendo no mundo empre-
sarial, é resultado de uma série de transformações que ocorrem 
de forma separada ou interligada, visando a uma maior eficiência 
e criando um contexto empresarial diversificado. Essas transfor-
mações atingem as organizações industriais, comerciais e presta-
doras de serviços, onde constata-se uma revolução administrativa 
sem precedentes na história das empresas.
Funcionários de grandes empresas passaram de operários 
manuais a operadores de máquinas, robôs ou sistemas de infor-
matizados, tornando-se supervisores ou analistas de informações. 
Dessa forma, esses funcionários assumiram tarefas de planeja-
mento e de estratégia que não estavam presentes em suas atribui-
ções e preocupações diárias. 
Nesta última parte, abordaremos algumas mudanças de pa-
radigmas ou tendências da administração, que estão modifican-
do ou influenciando as práticas administrativas. Dentre os temas 
que serão apresentados, destacam-se a reengenharia, o benchma-
rking, as organizações virtuais e a administração participativa.
Ao final dos seus estudos, você estará capacitado a desen-
volver uma solução de conflitos tanto no ambiente interno como 
no ambiente externo das organizações, além de adquirir um perfil 
de administrador, aplicando as técnicas administrativas.
Portanto, este estudo foi desenvolvido com o objetivo de ca-
pacitar o aluno para a compreensão estrutural dos temas relacio-
nados a esta área, para as novas técnicas de gestão empresarial, 
para o estudo da ética e da responsabilidade social e para a ação 
da liderança no ambiente organizacional.
Glossário de Conceitos 
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rá-
pida e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um 
bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de 
conhecimento dos temas tratados em Administração II. Veja, a se-
Claretiano - Centro Universitário
23© Caderno de Referência de Conteúdo
guir, a definição dos principais conceitos baseados em Maximiano 
(2010, p. 476-481) e Chiavenato (2003, p. 628-630). 
1) Administração: processo de tomar e colocar em prática 
decisões sobre objetivos e utilização de recursos. Gerên-
cia, gestão, management.
2) Aprendizagem organizacional: aquisição de competên-
cias coletivas, por meio do processo de enfrentamento e 
resolução de problemas.
3) Autoridade formal: dispositivo legal que fornece aos 
ocupantes de determinados cargos ou posições o poder 
de dar ordens e fazer-se obedecidos.
4) Benchmark: significa um padrão de excelência que deve 
ser identificado, conhecido, copiado e ultrapassado.
5) Benchmarking: é o processo de localizar benchmarks no 
mercado, analisá-los, aprender com eles e, se possível, 
ultrapassá-los. 
6) Capital de clientes: é o valor das relações de uma organi-
zação com seus clientes, incluindo a intangível lealdade 
de seus consumidores para companhia ou produto, ba-
seado na reputação, padrões de compra ou capacidade 
de compra do cliente.
7) Capital estrutural: são os processos, sistemas de infor-
mação e patentes que permanecem em uma organiza-
ção quando os funcionários dela se desligam.
8) Capital humano: é o conjunto integrado de conhecimen-
tos, habilidades e competências das pessoas em uma or-
ganização. Como o capital estrutural, o capital humano é 
possuído pelas pessoas que os detêm e não pela organi-
zação que as emprega. 
9) Capital intelectual: é o conhecimento que tem valor 
para a organização. É constituído pelos capitais humano, 
estrutural e de clientes.
10) Cibernética: ciência do controle nos organismos de to-
dos os tipos.
11) Cultura: todos os recursos e comportamentos, incluin-
do hábitos e valores, desenvolvidos por um grupo social, 
© Práticas Corporais Alternativas24
como resultado do processo de resolução de problemas 
de convivência interna e adaptação ao ambiente.
12) Disfunção: desarranjo ou desvio do comportamento de 
um sistema, que compromete qualquer aspecto de seu 
desempenho. Na administração, aplica-se a organiza-
ções, culturas, sistemas e comportamento gerencial.
13) Downzing ou enxugamento: é a redução de níveis hie-
rárquicos de uma organização para manter o essencial e 
a aproximação da base em relação à cúpula. Geralmente 
é acompanhado de descentralização.
14) Eficácia: relação entre resultados alcançados e objetivos.
15) Eficiência: relação entre resultados alcançados e recur-
sos empregados.
16) Efetividade: alcance da eficiência e eficácia.
17) Gestão de processos: é uma forma de administração fo-
cada nos processos e não nos programas cotidianos da 
empresa. 
18) Gestão do conhecimento: é o processo sistemático de 
buscar, selecionar, organizar e apresentar informações 
no intuito de melhorar a compreensão de um emprega-
do em uma área específica de interesse. 
19) Just in time: princípio administrativo baseado na filoso-
fia de se fazer algo no momento certo, utilizando o míni-
mo de recursos. 
20) Kaizen: significava um processo de gestão e uma cultura 
de negócios e passou a significar aprimoramento contí-
nuo e gradual, implementado por meio do envolvimento 
ativo e comprometido de todos os membros da organiza-
ção, no que ela faz e na maneira como as coisas são feitas.
21) Melhoria contínua: constitui a aplicação da filosofia kai-
zen nos processos produtivosda organização. 
22) Objetivos: resultados esperados ou fins que as organiza-
ções desejam atingir.
23) Outsourcing: é o mesmo que terceirização.
24) Paradigma: modelo ou padrão de referência.
Claretiano - Centro Universitário
25© Caderno de Referência de Conteúdo
25) Processo: sequência de atividades que dependem da 
entrada de insumos e que resulta um produto ou entra-
da para outro processo.
26) Reengenharia: é o redesenho radical dos processos em-
presariais para cortar despesas, reduzir custos, melhorar 
qualidade e serviço e maximizar benefícios da TI, ques-
tionando como e por que as coisas estão sendo feitas.
27) Stakeholders: pessoas ou instituições envolvidas ou afe-
tadas por uma empresa, tais como: acionistas, funcioná-
rios, consumidores, fornecedores e comunidade.
28) Teoria da complexidade: é o estágio da ciência atual que 
abandona o determinismo e aceita o indeterminismo e 
a incerteza; abandona a ideia da simplicidade dos fenô-
menos da natureza e abraça a complexidade; abandona 
o ideal de objetividade como forma de conhecimento, 
assumindo a subjetividade como condição humana. 
29) Teoria do caos: salienta que tudo na natureza muda e 
evolui continuamente, nada no universo é passivo ou es-
tável. Não há equilíbrio, mas mudança. A realidade está 
sujeita a perturbações e ruídos. O caos é uma ordem 
mascarada de aleatoriedade.
30) Terceirização: é quando uma operação interna da orga-
nização é transferida para outra organização que consi-
ga fazê-la melhor e a um valor mais baixo. Significa uma 
transformação de custos fixos em custos variáveis e uma 
simplificação da estrutura e do processo decisorial da 
organização. 
Esquema dos Conceitos-chave 
Para que você tenha uma visão geral dos conceitos mais im-
portantes deste estudo, apresentamos, a seguir (Figura 1), um Es-
quema dos Conceitos-chave do Caderno de Referência de Conteú-
do. O mais aconselhável é que você mesmo faça o seu esquema de 
conceitos-chave ou até mesmo o seu mapa mental. Esse exercício 
é uma forma de você construir o seu conhecimento, ressignifican-
do as informações a partir de suas próprias percepções. 
É importante ressaltar que o propósito desse Esquema dos 
Conceitos-chave é representar, de maneira gráfica, as relações en-
© Práticas Corporais Alternativas26
tre os conceitos por meio de palavras-chave, partindo dos mais 
complexos para os mais simples. Esse recurso pode auxiliar você 
na ordenação e na sequenciação hierarquizada dos conteúdos de 
ensino. 
Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende-se 
que, por meio da organização das ideias e dos princípios em esque-
mas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu conhecimen-
to de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos pedagógicos 
significativos no seu processo de ensino e aprendizagem. 
Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem es-
colar (tais como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas 
em Educação), o Esquema dos Conceitos-chave baseia-se, ainda, 
na ideia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel, que es-
tabelece que a aprendizagem ocorre pela assimilação de novos 
conceitos e de proposições na estrutura cognitiva do aluno. Assim, 
novas ideias e informações são aprendidas, uma vez que existem 
pontos de ancoragem. 
Tem-se de destacar que "aprendizagem" não significa, ape-
nas, realizar acréscimos na estrutura cognitiva do aluno; é preci-
so, sobretudo, estabelecer modificações para que ela se configure 
como uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante con-
siderar as entradas de conhecimento e organizar bem os materiais 
de aprendizagem. Além disso, as novas ideias e os novos concei-
tos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma vez 
que, ao fixar esses conceitos nas suas já existentes estruturas cog-
nitivas, outros serão também relembrados. 
Nessa perspectiva, partindo-se do pressuposto de que é você 
o principal agente da construção do próprio conhecimento, por 
meio de sua predisposição afetiva e de suas motivações internas 
e externas, o Esquema dos Conceitos-chave tem por objetivo tor-
nar significativa a sua aprendizagem, transformando o seu conhe-
cimento sistematizado em conteúdo curricular, ou seja, estabele-
cendo uma relação entre aquilo que você acabou de conhecer com 
Claretiano - Centro Universitário
27© Caderno de Referência de Conteúdo
o que já fazia parte do seu conhecimento de mundo (adaptado do 
site disponível em: <http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapascon-
ceituais/utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 11 mar. 2010). 
Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave do Caderno de Referência de Conteúdo Administração II. 
Como pode observar, esse Esquema oferece a você, como 
dissemos anteriormente, uma visão geral dos conceitos mais im-
© Práticas Corporais Alternativas28
portantes deste estudo. Ao segui-lo, será possível transitar entre 
os principais conceitos e descobrir o caminho para construir o seu 
processo de ensino-aprendizagem. Por exemplo, você pode perce-
ber que os estudos iniciais sobre as organizações estavam preocu-
pados somente como o ambiente interno das empresas. Somente 
mais tarde perceberam que também é preciso perceber/entender 
o ambiente fora das organizações. 
O Esquema dos Conceitos-chave é mais um dos recursos de 
aprendizagem que vem se somar àqueles disponíveis no ambien-
te virtual, por meio de suas ferramentas interativas, bem como 
àqueles relacionados às atividades didático-pedagógicas realiza-
das presencialmente no polo. Lembre-se de que você, aluno EaD, 
deve valer-se da sua autonomia na construção de seu próprio co-
nhecimento. 
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem ser 
de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas dissertativas. 
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como re-
lacioná-las com a prática do ensino de Administração pode ser uma 
forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, mediante a re-
solução de questões pertinentes ao assunto tratado, você estará se 
preparando para a avaliação final, que será dissertativa. Além disso, 
essa é uma maneira privilegiada de você testar seus conhecimentos 
e adquirir uma formação sólida para a sua prática profissional. 
As questões de múltipla escolha são as que têm como resposta 
apenas uma alternativa correta. Por sua vez, entendem-se por ques-
tões abertas objetivas as que se referem aos conteúdos matemá-
ticos ou àqueles que exigem uma resposta determinada, inalterada. 
Já as questões abertas dissertativas obtêm por resposta uma in-
terpretação pessoal sobre o tema tratado; por isso, normalmente, não 
há nada relacionado a elas no item Gabarito. Você pode comentar 
suas respostas com o seu tutor ou com seus colegas de turma.
Claretiano - Centro Universitário
29© Caderno de Referência de Conteúdo
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus 
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.
Figuras (ilustrações, quadros...)
Neste material instrucional, as ilustrações fazem parte inte-
grante dos conteúdos, ou seja, elas não são meramente ilustra-
tivas, pois esquematizam e resumem conteúdos explicitados no 
texto. Não deixe de observar a relação dessas figuras com os con-
teúdos, pois relacionar aquilo que está no campo visual com o con-
ceitual faz parte de uma boa formação intelectual. 
Dicas (motivacionais)
Este estudo convida você a olhar, de forma mais apurada, 
a Educação como processo de emancipação do ser humano. É 
importante que você se atente às explicações teóricas, práticas e 
científicas que estão presentes nos meios de comunicação, bem 
como partilhe suas descobertas com seus colegas, pois, ao com-
partilhar com outras pessoas aquilo que você observa, permite-se 
descobrir algo que ainda não se conhece, aprendendo a ver e a 
notar o que não havia sido percebido antes. Observar é, portanto, 
umacapacidade que nos impele à maturidade. 
Você, como aluno do curso de Graduação na modalidade EaD, 
necessita de uma formação conceitual sólida e consistente. Para isso, 
você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor presencial e, so-
bretudo, da interação com seus colegas. Sugerimos, pois, que organize 
bem o seu tempo e realize as atividades nas datas estipuladas. 
É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em 
seu caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas pode-
rão ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produ-
ções científicas.
© Práticas Corporais Alternativas30
Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie 
seus horizontes teóricos. Coteje-os com o material didático, discuta 
a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às videoaulas. 
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas, que são importantes para a sua análise sobre os 
conteúdos desenvolvidos e para saber se estes foram significativos 
para sua formação. Indague, reflita, conteste e construa resenhas, 
pois esses procedimentos serão importantes para o seu amadure-
cimento intelectual.
Lembre-se de que o segredo do sucesso em um curso na 
modalidade a distância é participar, ou seja, interagir, procurando 
sempre cooperar e colaborar com seus colegas e tutores.
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da Administração: uma visão abrangente da 
moderna administração das organizações. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução 
digital. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
1
EA
D
Abordagem à Teoria da 
Burocracia
1. OBJETIVOS
• Conhecer os princípios e as origens da burocracia com 
base na sociedade das organizações de Max Weber.
• Compreender o significado da burocracia a partir da defi-
nição de sociedade paternalista, democrática e racional-
-legal burocrática.
• Identificar as vantagens e desvantagens da burocracia e 
compará-las com as disfunções burocráticas.
• Entender a necessidade da aplicação da burocracia nas 
organizações complexas.
2. CONTEÚDOS
• As origens da burocracia.
• Conceito e características da burocracia.
• Vantagens da burocracia.
• Disfunções da burocracia.
© Práticas Corporais Alternativas32
3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE
Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que 
você leia as orientações a seguir:
1) Para acompanhar o conteúdo desta unidade, leia os li-
vros da bibliografia indicada para que você possa am-
pliar seus horizontes teóricos. Além disso, procure discu-
tir a unidade com seus colegas e com o tutor. 
2) Assista ao filme O processo (inglaterra, 1993), de David 
Jones, no qual uma pessoa é acusada pelo Estado de um 
crime que ele não sabe qual foi. Esse filme, baseado na 
obra de Franz Kafka, permite que seja analisada a inten-
sificação do controle sobre o indivíduo diante da rigidez 
da estrutura em que ele se insere.
3) Busque sempre informações suplementares ao conteú-
do, pois elas enriquecerão seus conhecimentos e possi-
bilitarão uma formação profissional mais completa.
4) Durante o estudo desta unidade, você perceberá que é 
fundamental comunicar-se. A interação com seus cole-
gas de curso e com seu tutor facilita a compreensão dos 
conteúdos das unidades estudadas.
5) Antes de iniciar os estudos desta unidade, acompanhe 
os seguintes casos:
a) 1º caso: um cidadão, para adquirir casa própria por 
meio de financiamento, segue este procedimento: bus-
ca um sistema financeiro, preenche uma ficha cadastral, 
apresenta os documentos pessoais, retira certidões ne-
gativas em cartórios, preenche formulários e atende a 
outras exigências previstas no regulamento interno da 
instituição financeira.
b) 2º caso: uma indústria fabricante de autopeças desen-
volve o processo de usinagem dos eixos, especificamen-
te em um torno controlado por um programa de siste-
ma numérico, no qual se encontra um dispositivo que 
é montado na máquina. Atendendo a especificações de 
engenharia do produto, o operador segue as instruções 
determinadas no procedimento de montagem e ajuste 
Claretiano - Centro Universitário
33© U1 - Abordagem à Teoria da Burocracia
da máquina, com a finalidade de que o produto seja con-
feccionado conforme o projeto estabelecido.
6) Você pôde observar nos exemplos anteriores que os in-
divíduos são direcionados por um sistema de normas, 
regras, leis e procedimentos formais, aos quais chama-
mos de burocracia.
7) Entretanto, o sistema burocrático às vezes é mal inter-
pretado em sua conceituação, pois é utilizado em exces-
so por instituições e organizações. A sociedade, por sua 
vez, tende a eliminar todo processo burocrático, sem 
entender o quanto ele é importante para estes orgãos.
8) Esse sistema foi desenvolvido, inicialmente, para aten-
der às necessidades das antigas organizações, principal-
mente as organizações políticas e militares, das civiliza-
ções do antigo Egito, da China e do Império Romano.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Nesta unidade, você vai conhecer as origens da burocracia, seu 
conceito e suas características, além de suas vantagens e disfunções. 
Primeiramente, é importante que você conheça a Teoria da Burocracia. 
Você conhecerá mais profundamente a estrutura das organi-
zações, o chamado "complexo organizacional", além de compreen-
der o que é burocracia, as premissas racionais que a constituem e 
como ela se adequou satisfatoriamente a organizações complexas. 
Inicialmente, estudaremos as origens da burocracia e suas 
definições.
5. ORIGENS DA BUROCRACIA
Os primeiros estudos sobre os fenômenos burocráticos são 
atribuídos a Max Weber. Ele nasceu em Erfurt, na Turíngia, no ano 
de 1864. Aos cinco anos, mudou-se para Berlim, Alemanha. Era 
sociólogo, cientista político e economista. 
© Práticas Corporais Alternativas34
Em 1920, Weber faleceu, após ter contraído a gripe que se 
alastrara na Europa nessa época (e que matou mais gente que a 
Primeira Guerra Mundial). À época de sua morte, seus escritos en-
contravam-se em estado caótico; em meados da década de 1940, 
seus escritos sobre a burocracia foram traduzidos para o inglês e 
publicados por estudiosos de sua obra. 
Embora sua contribuição para o estudo da Administração te-
nha sido relevante, ele era mais conhecido mundialmente por seus 
estudos das relações entre sistemas religiosos e políticos.
O modelo burocrático de organização surgiu em reação à cruelda-
de, o nepotismo e os julgamentos tendenciosos e parcialistas, típi-
cos das práticas administrativas desumanas e injustas do início da 
revolução industrial (CHiAVEnATO, 2000, p. 299).
na década de 1940, as organizações necessitavam de uma 
teoria que abrangesse com mais eficiência o trabalho do adminis-
trador. A Teoria da Burocracia introduziu-se no estudo da Adminis-
tração devido aos aspectos abordados no quadro a seguir:
Quadro 1 Origens da Teoria da Burocracia.
ORIGENS DEFINIÇÕES
1) A fragilidade e parcialidade da 
Teoria Clássica e da Teoria das 
Relações Humanas.
Teorias oponentes e contraditórias, a primeira 
visa à eficiência e a segunda aos integrantes da 
organização.
2) A necessidade de um modelo 
de organização racional.
As empresas necessitavam de uma teoria que 
abrangesse toda a sua estrutura organizacional.
3) O crescente tamanho e 
complexidade das empresas. 
A expansão das empresas exigia que houvesse 
uma teoria capaz de nortear os processos 
organizacionais, a fim de que a gestão fosse mais 
racional. 
4) O ressurgimento da Sociologia 
da Burocracia.
A proposta da Sociologia da Burocracia é 
apresentar um modelo de organização baseado 
na formalidade, na impessoalidade e no 
profissionalismo.
Fonte: Elaborado pelos autores baseados em Chiavenato (2000, p. 304). 
A abordagem da Teoria Burocrática possui como enfoque a 
organização formal, isto é, os métodos racionais usados para con-
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35© U1 - Abordagem à Teoriada Burocracia
duzir as atividades de muitos indivíduos que ocupam funções es-
pecíficas mas que possuem o mesmo objetivo. 
Dessa forma, a concepção da burocracia está baseada na for-
mação de uma instituição humana racional, ou seja, na adequação 
dos meios aos objetivos pretendidos. Assim, a proposta do sistema 
burocrático busca garantir a máxima eficiência na obtenção desses 
objetivos.
É importante identificar que o surgimento da burocracia e o 
aparecimento do capitalismo são coincidentes em virtude de diver-
sos acontecimentos, como, por exemplo, a economia baseada no 
instituto monetário, o avanço do mercado de mão-de-obra, a cen-
tralização do estado-nação e a propagação da ética protestante, na 
qual o trabalho era comparado a um dom de Deus. 
Informação! –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Os indivíduos ingressam nas organizações e permanecem lá por um bom tempo 
de sua vida. Alguns são admitidos, mas, por vontade própria ou da própria orga-
nização, afastam-se da empresa. Todavia, tanto na primeira como na segunda si-
tuação, as organizações podem continuar em funcionamento por muitas gerações.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Weber (1971) ressalta que o sistema moderno de produção 
racional e capitalista não surgiu das inúmeras mudanças tecnoló-
gicas, como salientava Karl Marx, mas das mudanças religiosas ve-
rificadas após o Renascimento.
Nessa premissa, Max Weber, apesar de não ser um profissio-
nal da Administração, era um sociólogo interessado em detectar o 
que estava acontecendo nas sociedades industriais em compara-
ção a sociedades que estavam em outros estágios de desenvolvi-
mento.
Para compreender o sistema burocrático e por que os indiví-
duos pertencentes às organizações obedeciam tantas ordens, We-
ber estudou três tipos de sociedades e de autoridades, dispostos 
no quadro a seguir.
© Práticas Corporais Alternativas36
Quadro 2 Tipos de sociedade e de autoridade.
TIPOS SOCIEDADE AUTORIDADE
1) Tradicional
As características da 
sociedade tradicional ou 
paternalista são advindas da 
família, do clã, da monarquia.
Os subordinados acatam e 
executam as tarefas porque 
acreditam que sempre foram 
feitas daquela maneira. Não há 
contestação.
2) Carismática
Na sociedade carismática, 
existe a predominância dos 
grupos revolucionários, os 
partidos políticos ou estados 
em revolução.
Os subordinados acatam e 
executam as tarefas porque 
acreditam na personalidade e na 
liderança de seu superior.
3) Legal, 
Racional ou 
Burocrática
A evidência na sociedade 
racional-legal está baseada na 
opção das normas impessoais, 
assim como nos exércitos, 
empresas, estados modernos.
Os subordinados acatam 
e executam as tarefas 
porque existem normas 
preestabelecidas. Portanto, a 
autoridade está vinculada ao 
cargo e não ao indivíduo.
Fonte: adaptado de Chiavenato (2000).
6. CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DA BUROCRACIA 
Antes de se levantarmos as primeiras considerações, cabe 
questionar: o que você entende por burocracia? Tente responder e 
compare suas respostas com os conceitos dispostos a seguir.
Conceito da Teoria da Burocracia
Segundo Chiavenato (2000, p. 304),
A burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na 
racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins) 
pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no al-
cance dos objetivos. 
O Quadro 3 apresenta as principais características do tipo 
ideal de burocracia destacadas por Weber.
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37© U1 - Abordagem à Teoria da Burocracia
Quadro 3 – Principais características do tipo ideal de burocracia.
FORMALIDADE
As burocracias são essencialmente sistemas de normas. 
A figura da autoridade é definida pela lei, que tem como 
objetivo a racionalidade das decisões baseadas em critérios 
impessoais.
IMPESSOALIDADE
As pessoas são ocupantes de cargos ou posições formais. 
Alguns dos cargos são de figuras de autoridade. A obediência 
é devida aos cargos, não aos ocupantes. Todas as pessoas 
seguem a lei.
PROFISSIONALISMO
As burocracias são formadas por funcionários. Os 
funcionários são remunerados, obtendo os meios para sua 
subsistência. As burocracias funcionam como sistemas de 
subsistência para os funcionários.
Fonte: Maximiano (2004, p. 134).
Para Weber, a burocracia é o padrão mais eficiente de Admi-
nistração. Ela se baseia em princípios definidos em normas, regras 
e leis que objetivam a padronização e a imparcialidade nas rela-
ções de trabalho.
Portanto, a burocracia tem o objetivo de colocar em ordem 
o trabalho participativo de pessoas, de forma estável e duradou-
ra, sendo que cada um terá a sua atividade específica. A intenção 
da burocracia é separar as atividades profissionais das familiares. 
Separam-se as esferas pessoais, privadas e familiares da esfera do 
trabalho, vista como esfera pública de atuação do indivíduo. 
A seguir, apresentaremos cada um dos princípios da estrutu-
ra burocrática.
Caráter legal das normas e regulamentos
O caráter legal das normas e regulamentos constitui um 
sistema burocrático composto por normas, leis e regulamentos 
preestabelecidos por escrito. Assim, como as leis são escritas e 
instituídas e definem os direitos e obrigações dos indivíduos, a bu-
rocracia, por sua vez, constitui-se de procedimentos que a organi-
zação deverá seguir.
Essas normas conferem às pessoas investidas de autoridade 
a capacidade de utilizar meios coercitivos para impor a ordem e a 
© Práticas Corporais Alternativas38
disciplina, a fim de que os subordinados sigam as leis contidas nos 
regulamentos. Por isso, a burocracia é uma sociedade legalmente 
organizada.
Caráter formal das comunicações
O meio de comunicação da burocracia está alicerçado na for-
malidade. Assim, as ações, as tarefas ou as ordens precisam ser reali-
zadas por escrito. Portanto, todos os procedimentos de uma organiza-
ção possuem formulários específicos para comprovar a sua realização.
O processo de comunicação entre o emissor e o codificador 
é legalizado por meio de formulários. Tendo em vista que as comu-
nicações acontecem cotidianamente, o sistema burocrático esta-
belece o uso de rotinas escritas para legalizar as ações.
Caráter racional e divisão do trabalho 
Assim como na Teoria Científica, a burocracia busca a máxi-
ma eficiência do trabalho. Cada indivíduo participante da organi-
zação burocrática possui um cargo específico, funções especializa-
das e limite de ação, ou seja, competência para exercer o poder.
Neste princípio, as regras são bem definidas para que os par-
ticipantes sigam os limites de ação, sem prejudicar a eficiência e a 
estrutura organizacional da empresa. Consequentemente, a buro-
cracia é uma organização social racional.
Impessoalidade nas relações
O caráter impessoal da burocracia nas relações determina 
que seja estabelecida uma administração que considere apenas 
os cargos e funções das pessoas. Não importa a pessoa que vai 
ocupar o cargo, mas sim as funções que lhe são atribuídas. Tanto a 
ordem como a obediência são realizadas de uma forma impessoal.
No caráter impessoal, são abomináveis os comportamentos 
de "nepotismo" e "filhotismo". 
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39© U1 - Abordagem à Teoria da Burocracia
Hierarquia da autoridade
Os cargos previstos na burocracia para serem ocupados pe-
los indivíduos seguem o princípio da hierarquia. Isso significa que 
todos os cargos inferiores ficam sob a supervisão e controle de um 
posto superior.
Entretanto, na hierarquia burocrática, o subordinado está 
protegido de ações arbitrárias de seu superior, porque as ações de 
ambos estão previamente estabelecidas por regras conhecidas em 
todas as esferas da organização.
Rotinas e procedimentos padronizados
No desempenho das tarefas em uma organização burocrá-
tica, o funcionário não faz aquilo que deseja, mas sim o que lhe 
foi atribuído pelo cargo ocupado. Suas atividades, seus limites de 
ação, sua autoridade e seu poder são conferidos de acordo com asrotinas e procedimentos da instituição.
Os funcionários seguem com disciplina um conjunto de re-
gras e normas que os acomodam aos objetivos da organização. 
Dessa forma, a racionalização do trabalho permite que o desem-
penho seja alcançado dentro de parâmetros específicos que vão 
levar a organização ao alcance de uma performance eficiente. 
Competência técnica e meritocracia
Reflita: na teoria burocrática, que fatores são levados em 
conta para a promoção de um funcionário?
A organização burocrática é projetada na competência pro-
fissional e no mérito das pessoas, em detrimento da simpatia pes-
soal. Por isso, a escolha de um novo funcionário e até mesmo sua 
promoção são processos baseados em critérios de conhecimentos 
técnicos e de aproveitamento profissional.
Vale ressaltar que o processo de valorização profissional se-
gue o princípio universal racional, abrangendo todos os funcioná-
© Práticas Corporais Alternativas40
rios da organização. Para comprovar essa questão, o evento pro-
mocional é feito por meio de concursos, exames e comprovação 
de títulos.
Especialização da administração
O sistema burocrático é baseado na profissionalização espe-
cializada do participante. O participante não é dono da burocra-
cia, nem seu proprietário, mas sim um elemento que faz parte da 
organização burocrática. Os recursos, os meios de produção e a 
estrutura que compõem o sistema burocrático, necessários para 
a consecução dos objetivos previstos, não são propriedades dos 
burocratas.
Profissionalização dos participantes
A caracterização da burocracia prevalece na profissionaliza-
ção dos participantes. Os funcionários da organização burocrática 
caracterizam-se como profissionais, quando:
1) recebem salário;
2) ocupam um cargo; 
3) são especialistas;
4) são nomeados pelo superior hierárquico;
5) seu mandato se estabelece por tempo indeterminado;
6) desenvolve sua carreira dentro da administração; 
7) não possuem a propriedade dos meios de produção e 
administração;
8) seguem os objetivos da empresa e são fiéis a ela; 
9) possuem o perfil de controle.
Completa previsibilidade do funcionamento
O pressuposto estabelecido por Weber é de que a burocracia 
é um sistema que permite a completa previsibilidade do compor-
tamento de seus membros. Assim, todos os funcionários devem 
se comportar conforme as normas, regulamentos e regimentos da 
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41© U1 - Abordagem à Teoria da Burocracia
organização, a fim de que os objetivos sejam alcançados com a 
máxima eficiência possível.
A variação do comportamento humano não foi prevista, foi 
ignorada. A organização informal foi descartada por Weber, pois 
o comportamento humano dever ser baseado num sistema social 
racional que o torna completamente previsível.
Sistema burocrático desenhado por Max Weber
Na figura a seguir, podemos visualizar como o sistema buro-
crático foi desenhado por Weber; entenderemos as consequências 
e os objetivos desse sistema.
Fonte: adaptado de Chiavenato (2000, p. 314).
Figura 1 Características da burocracia.
Nesta unidade, aprendemos que a burocracia, segundo We-
ber, é o padrão mais eficiente para a administração. A burocracia 
é baseada em um conjunto de normas e princípios bem definidos.
Ela compreende um sistema apoiado em regras, as quais es-
tabelecem a solução de problemas, a padronização e a igualdade 
de tratamento, com ênfase nas relações sociais do trabalho.
Para apoiar a organização burocrática, existe o seguimento 
de um complexo hierárquico, a divisão do trabalho, a nomeação 
dos trabalhadores conforme sua competência, além de profissio-
nalismo e do aspecto comportamental definido.
© Práticas Corporais Alternativas42
Vimos que a burocracia tem como base a racionalidade, ou 
seja, a adequação dos métodos às metas preestabelecidas para 
que se alcancem os melhores resultados possíveis.
Portanto, principalmente nas organizações complexas, é pra-
ticamente impossível conduzir os processos administrativos sem 
a burocracia. Acontece que, na maioria das vezes, as instituições 
agem com excesso de burocracia, razão pela qual ocorre o proces-
so que os estudiosos chamam de "burocratismo".
A burocracia é todo o processo formal que existe nas empre-
sas. Os formulários, o regimento, as normas, os processos adminis-
trativos e fabris, os projetos, enfim, qualquer elemento pertencen-
te à estrutura formal da empresa.
Agora, mostraremos as vantagens do sistema burocrático 
nas organizações sociais. Em um segundo momento, estudaremos 
as desvantagens burocráticas que os estudiosos conceituaram 
como "disfunções burocráticas".
Informação! –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Para auxiliar na reflexão sobre o tema, assista ao trecho do filme "Os doze trabalhos 
de Asterix" onde Asterix e seu companheiro Obelix precisam conseguir a licença A38!
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=stjfdosZQk4&feature=relat
ed>. Acesso em: 06 jun. 2012.
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7. VANTAGENS DA BUROCRACIA 
Max Weber, em seus estudos sobre as organizações sociais, 
descreveu inúmeras razões para explicar a amplitude de alcance 
da burocracia nas instituições. 
Para Weber (apud Chiavenato, 2000), as vantagens da buro-
cracia são:
1) Racionalidade: os objetivos propostos pela organização 
têm que ser alcançados de uma maneira racional, ou 
seja, as metas são traçadas para que os processos utili-
zados sejam eficientes, possibilitando a sua consecução 
Claretiano - Centro Universitário
43© U1 - Abordagem à Teoria da Burocracia
dentro dos limites propostos. Visões ideológicas, abstra-
tas, não fazem parte do sistema burocrático.
2) Precisão na definição do cargo e na operação: o conhe-
cimento, a responsabilidade e a execução das ativida-
des são perfeitamente determinados aos funcionários 
da organização social burocrática. Portanto, na visão de 
Weber, o sistema burocrático proporciona a exatidão no 
cumprimento dos deveres.
3) Rapidez nas decisões: todos os funcionários conhecem 
os seus deveres, por isso a organização social burocráti-
ca permite uma rapidez maior nas decisões.
4) Univocidade de interpretação: as normas, regulamentos 
e leis estabelecidas na organização burocrática permitem 
uma interpretação única, sem problemas de variação no 
processo de comunicação. Além disso, a informação é dis-
creta, pois é realizada apenas para quem deve recebê-la.
5) Uniformidade de rotinas e procedimentos: os produtos 
são projetados com especificações (padrões) de enge-
nharia. Na organização burocrática, devido à padroniza-
ção de rotinas e procedimentos, a redução de erros e 
custos do produto é reduzida.
6) Continuidade da organização: as organizações sociais 
são baseadas em cargos e em funções. Isto significa que 
os critérios de seleção e promoção do pessoal baseiam-
-se em competência técnica, capacidade e meritocracia.
7) Redução do atrito entre as pessoas: todos os funcioná-
rios sabem o que devem fazer, quais são os limites de 
responsabilidade e o que será exigido deles. Por isso, é 
do conhecimento deles, também, as responsabilidades 
dos seus colegas de trabalho.
8) Constância: as tarefas, as ações, as ordens são realizadas 
de uma maneira uniforme; não importa a circunstância, 
mas sim a padronização das atividades.
9) Confiabilidade: o processo organizacional é conduzido 
por meio de procedimentos conhecidos. Os problemas 
são resolvidos de uma maneira metódica e rotinizada. 
Além disso, as ordens e as decisões são tomadas racio-
nalmente, sem considerar as dimensões ocultas (amor, 
ódio, raiva, preconceito e outras preferências pessoais).
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10) Benefícios para as pessoas: a divisão racional do traba-
lho e a formalização da hierarquia proporcionam uma 
melhor organização, pois os funcionários sabem que to-
dos agem por competência técnica e mérito. A organiza-
ção burocrática reprime o uso do "apadrinhamento", do 
"nepotismo" ou do "filhotismo". 
Observemos que a burocracia visa