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Figura 31.6 A. Orbitopatia de Gravesinativa antes da cirurgia de descompressão orbital. Note a presença de proptose, lagoftalmo e retração palpebral. B. Pós-cirúrgico (3 meses) com melhora acentuada da proptose e da retração palpebral. Figura 31.7 Demonstração em um paciente com orbitopatia de Graves grave em que cirurgia de descompressão transpalpebral/endonasal combinada foi plenamente eficaz. (Cortesia do Prof. George Kahaly.) A neuropatia óptica (NO) é uma complicação potencialmente capaz de levar a cegueira e ocorre em até 5% dos pacientes. Em casos de NO persistente, a despeito de tratamento clínico adequado (glicocorticoide intravenoso ou oral), a descompressão da parede medial da órbita, por via externa ou transnasal, promove melhora rápida e tem sido considerada a abordagem mais eficaz para esses casos.29 Tratamento cirúrgico da fase inativa da OG A maioria dos cirurgiões concorda que o tratamento cirúrgico com a finalidade de reabilitação funcional e estética deve ser postergado até que o paciente esteja eutireóideo e que as manifestações da OG estejam estáveis por pelo menos 6 meses.8,11,30 Se for necessário mais de um procedimento, a sequência mais aceita é que seja realizada primeiro a CDO, seguida pela cirurgia de estrabismo e por fim a cirurgia para correção das alterações palpebrais.31 Descompressão orbital. Na fase inativa da OG os pacientes que apresentam proptose desfigurante podem realizar CDO de uma, duas ou três paredes. A técnica empregada vai depender do grau de proptose, da opção do cirurgião, entre outros fatores. Em função da gravidade da orbitopatia, pode-se optar por descomprimir apenas a parede lateral; as paredes lateral e medial; ou as paredes lateral, medial e inferior. É possível associar a excisão de gordura retrobulbar com qualquer uma das técnicas anteriormente citadas.31,32 Também para os casos mais leves é possível realizar apenas a retirada de gordura, sem remover a parte óssea da órbita (descompressão gordurosa), abordagem que implica menor risco de complicações.31,32 Cirurgia de estrabismo. Na fase inativa da OG, para os pacientes com diplopia que apresentam estrabismo restritivo, causado pela fibrose muscular, ou que cursam com alteração da motilidade ocular extrínseca após CDO, está indicada a cirurgia muscular. A modalidade cirúrgica inicial deve ser o recuo dos músculos com restrição, geralmente os músculos reto inferior, medial e/ou superior. A utilização de suturas ajustáveis pode diminuir o número de reoperações e pode ser realizada em um único estágio com o paciente sob anestesia local.31,33 Cirurgia das pálpebras. A cirurgia para correção da retração da pálpebra superior vai depender da gravidade da condição de cada paciente. A müllerectomia transconjuntival isolada ou combinada com o recuo da aponeurose do músculo levantador da pálpebra superior são as técnicas mais empregadas. Para a retração da pálpebra inferior, a elevação da pálpebra pode ser obtida pela secção dos retratores da pálpebra inferior por via transconjuntival ou por via anterior. Nos casos mais acentuados, é necessário associar a colocação de um espaçador; por exemplo, um enxerto de cartilagem auricular, entre os retratores recuados file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(177).html#bib29 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(177).html#bib8 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(177).html#bib11 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(177).html#bib30 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(177).html#bib31 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(177).html#bib31 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(177).html#bib32 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(177).html#bib31 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(177).html#bib32 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(177).html#bib31 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(177).html#bib33 Endocrinologia Clínica (Lúcio Vilar) - 6ª Edição