Buscar

Doencas exantematicas na infancia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ATD1 Pediatria 
Doenças exantemáticas na 
infância: 25/08 - Dra. Luiza Helena 
Exantema mácula papular: 
- Divisão didática encontrada na literatura: 
✓ Morbiliforme: fica girando pelo corpo (face, 
membros…). 
✓ Rubeoliforme. 
✓ Escarlatiniforme. 
✓ Urticariforme. 
✓ Purpúcio. 
✓ Multiforme. 
Tipos de exantemas: 
1. Maculopapuloso: máculas (machas 
avermelhadas) com pápula (elevação). 
• Sarampo, rubéola, arboviroses. 
• Desaparece com a vidropressão. 
2. Reticular: parece uma tenda. 
• Eitema infecciosos (ParvoB19). 
• Zika virús (pode ser tameme tipo urticário). 
3. Vesicular: 
• Varicela. 
• Herpes zoster. 
• Herpes simples. 
• Chikungunya. 
• Síndrome mão-pé-boca. 
4. Eritrodérmico: 
• Escarlatina. 
• Síndrome do choque tóxico. 
• Queimadura solar. 
5. Urticariforme: 
• Alergias. 
• Zika. 
6. Purpúcio petequial: 
• Não desaparece com a vidropressão. 
• Doença meningocócica. 
• Febre purpúrica. 
• Febre maculosa. 
Exantema mácula papular: 
- Roséola: exantema muito fraquinho, quase 
imperceptível. Vemos em: 
• Na fase de soroconversão de um HIV (semanas 
após o contágio). 
• Na sífilis secundária (roséola sifilítica = 
geralmente simétrica e pouco duradoura). 
• Na febre tifóide (muito grave, em surtos, 
diarreia, febre). 
Catarina Alipio XXII-B Página 18
ATD1 Pediatria 
Diagnóstico: 
- Importante em qualquer pessoa que tenha uma 
exantema, é importante que se faça uma 
detalhada anamnese. 
- Anamnese: idade, procedência, epidemiologia, 
imunização, uso de medicamentos ou soros, 
presença ou relato de pródomos, febre, evolução, 
distribuição e característica do exantema. Sinais 
“patognomônicos”. 
• Se viajou, se tem mais alguém na casa ou 
vizinhança com o mesmo exantema. 
- Exame físico: estado geral – exantema 
associado à hepatoesplenomegalia e/ou 
adenomegalia. 
Sinais característicos e/ ou 
patognomônicos: 
- Manchas de Koplic (sarampo): manchas brancas 
no fundo da boca, sugere sarampo, mas hoje, já 
se tem mostrado síndrome de Kavazaki com essas 
mechas (hoje não é mais patognomônico). 
- Face esbofeteada: característica do eritema 
infeccioso (parvoB19). 
• Pode estar presente também na escarlatina. 
- Sinais de Filatov, pastia e língua em framboesa: 
da escarlatina. 
• Sinal de filatov: em volta da boca fica 
esbranquiçado. Por ele ficar muito vermelho, 
fica branco ao redor da boca. 
• Pastia: dobras avermelhadas. 
- Língua em framboesa, fissuras labiais, edema e 
descamação das mãos: síndrome de Kawasaki. 
• Tal sinal pode ser encontrado em outras 
doenças (ex a descamação das mãos na 
escarlatina). 
Diagnóstico laboratorial: 
LINHA DO TEMPO 
- Inóculo = momento do contágio. Ao ter o 
inóculo do agente infeccioso, passa por um 
período de incubação até o aparecimento dos 
sinais e sintomas. 
• A transmissão do agente já ocorre ao final do 
período de incubação. 
- Viremia ou bacteremia = agente se 
reproduzindo em algum lugar (sangue, 
gânglios…). Nesse período tem o agente, e 
consegue detectar o agente. 
Catarina Alipio XXII-B Página 19
ATD1 Pediatria 
‣ PCR (detecção do agente) vai estar aumentado 
nesse momento. 
‣ Fase aguda. 
‣ Acontece geralmente na 1ª semana. 
‣ Possibilidade muito maior de isolar o agente 
no PCR, cultura ou isolamento. 
‣ Tendência a isolar o agente. 
‣ Não dar ATB sem fazer a deteção (não fazer as 
coisas no escuro). 
• Assim que aparecer os primeiros sinais e 
sintomas sugestivos de alguma doença = colher 
material e depois tratar! 
- Muitas vezes o agente continua positivo, mas 
dependendo da doença ele pode não ser mais 
viável (ele não se reproduz). 
- A partir da 1ª semana, começa a produção de 
IgM (Ac de fase aguda). 
- A detecção de IgG (pós fase aguda/ de 
covalescência) aparece mais tarde. 
Febres eruptivas mácula papulares 
clássicas: 
I. Rubéola. 
II. Sarampo. 
III. Escarlatina. 
IV. Exantema súbito. 
V. Eritema infeccioso. 
Rubéola: 
- Febre, período de incubação de 2 a 3 semanas 
(14 a 21 dias) , erupção, gânglios aumentados 
logo nos primeiros dias, mal estar, conjuntivite 
discreta, coriza. 
• No adulto é um quadro benigno, discreto. 
- Etiologia: vírus envelopado, rubivírus, família 
TOGAVIRIDAE. 
- O grande problema é a rubéola congênita 
(aborto, morte fetal e grandes anomalias 
congênitas). 
- Manifestações clínicas: 
• PÓS NATAL: 
- Doença leve. 
- Exantema maculopapular generalizado. 
- Linfadenopatia generalizada (pp/ e 
suboccipital, retroauricular, cervical). 
- Febre baixa. 
- Poliartralgia transitória e poliartrite (mais 
comum em mulheres adultas ou 
adolescentes). 
- Encefalite e trombocitopenia (raras). 
- Rubéola na gravidez pode resultar em aborto, 
morte fetal ou anom 
- alias congênitas. 
- Epidemiologia: 
• Homens são as únicas fontes da doença. 
Catarina Alipio XXII-B Página 20
ATD1 Pediatria 
- Transmissão: da forma pós natal, por gotículas 
da nasofaringe, via direto ou gotículas. 
• Maior transmissibilidade alguns dias antes o 
aparecimento do exantema (de 7 dias antes até 
14 dias após o exantema). 
- Na rubéola congênita existe a eliminação e 
transmissão do víru 
- s pelo doente através do nasofaringe por até 
1 ano (pela criança) ou um pouco mais. 
- Pico de incidência: final do inverno e primavera 
(25 a 50% da infecções são assintomáticas). 
- A imunidade (por vacina ou pela doença) é 
prolongada, mas já se mostrou a reinfecção 
raramente resultando em infecção congênita. 
• Após a vacinação compulsória a incidência caiu 
em 99%. 
- SÍNDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA: 
malformações. 
‣ Oftalmológicas: catarata, retinopatia em sal e 
pimenta, glaucoma congênito. 
‣ Cardíacas: persistência do ducto arterioso, 
estenose da artéria pulmonar. 
‣ Auditivas: surdez neurossensorial (tem que 
aprender a ouvir e falar até 3 anos). 
‣ Neurológicas: retardo mental e no 
desenvolvimento psicomotor, 
meningoencefalite, desordens de 
comportamento. 
‣ Microcefalia. 
‣ Osteopatia de metáteses (dão radiolucência 
óssea). 
‣ Hepatoesplenomegalia. 
‣ Trombocitopenia. 
‣ Lesões purpúricas de pele: aparência de 
blueberry muffin. 
• Formas leves podem não ter sintomas ao 
nascimento. 
- Estratégias de controle e incidência anual da 
Rubéola: 
• Como está o BRA? Atualmente o continente 
americano é considerado livre da rubéola (não 
significa erradicação). 
Sarampo: 
- Ainda tem casos na América. 
- Exantema bem acentuado e temperatura muito 
alta já nos primeiros dias de doença. 
- Há sarampos menos graves (intensidade menor), 
mas o sarampo clássico há um exantema 
importante e febre alta. 
• Exantema se inicia na face e vai se 
disseminando para o resto do corpo. 
- Período de incubação de 7 a 14 dias. 
Catarina Alipio XXII-B Página 21
ATD1 Pediatria 
- Erupção, manchas de Koplik, conjutivite, coriza, 
tosse (sinais respiratórios). 
- Manifestações clínicas: 
• Doença aguda. 
• Febre, tosse, coriza, conjuntivite, exantema 
maculopapular. 
• Exantema de Koplik (NÃO é mais considerado 
patognomônico). 
- É um exantema mácula papular: vermelho, 
sem bolhas e vai “caminhando” pelo corpo 
(morbiliforme). 
- Complicações: 
• A criança com sarampo clássico não vacinada 
vai complicar - pneumonia, broncopneumonia 
bactéria em cima do quadro de sarampo, 
otite média aguda e diarreia. 
- Especialmente em crianças mais jovens. 
- Se essa criança tiver uma complicação 
bacteriana, entramos com o ATB. 
• O sarampo imunodeprime o indivíduo. 
- Um dos quadros pulmonares podem ser a 
reativação da tuberculose. 
• Encefalite aguda (frequentemente com dano 
permanente). 
• Mortalidade maior em crianças < 5 anos de 
idade, desnutridos, imunodeprimidas (leucemia, 
HIV+, etc). 
• Exantema atípico em imunossuprimidos. 
• Panencefalite esclerosaste srubaguda 
(PEEDSa) - doença rara de SNC caracterizada 
por deterioração intelectual e de 
comportamento, e convulsões. 
• Resultam da infecção persistente pelo vírus 
do sarampoe desenvolvem-se anos após a 
infecção original do sarampo. 
- Epidemiologia: hospedeiro natural é o homem. 
- Transmissão: contato direto com gotículas 
respiratórias ou através do meio ambiente (mais 
raro). 
- Época do ano: em países tropicais no fim do 
inverno/ início da primavera. 
- Em 1963 foi licenciada da 1ª vacina (redução de 
99% na incidência). 
• Se a imunização caí, o número de casos 
aumenta (ex na Alemanha). 
- Vacinação (é o mais importante): 2 doses em 
lactente jovem (12 meses e aos 15 meses). 
Catarina Alipio XXII-B Página 22
ATD1 Pediatria 
• Esquema catch-up de vacinação. 
- Casos da doença podem ocorrer por importação 
do vírus de outro país. 
• Casos importado são aquelas que ocorrem 
dentro de 18 dias após a entrada no país de 
origem (retorno da viagem) e que não podem 
ser atribuídos à transmissão local. 
- Contagiosidade: 1 a 2 dias antes dos primeiros 
sintomas, 3 a 5 dias antes do exantema e até 4 
dias após esse mesmo exantema. 
• Pacientes imunossuprimidos tendem a 
transmitir o vírus por mais tempo. 
- Período de incubação: 8 a 12 dias do inóculos 
(PEESa: 10,8 anos). 
TAXA DE INCIDÊNCIA: 
• O índice (rate) é o que vai mostrar a taxa da 
doença, se está em progressão, remissão, picos 
endêmicos, enho o número de casos isolados. 
• O que dá a taxa mais segura é o coeficiente de 
incidência da doença (e o que difere da 
prevalência é o denominador. 
• O Brasil teve tantos casos quanto a Índia (rafe 
parecidos). 
• Sérvia e Madasgacar tiveram coeficientes 
enormes de incidência. 
• O genotipo é importante para saber a 
procedência do primeiro caso (de donde dele 
veio). 
Escarlatina: 
- Não tem vacina. 
- Imagem mostra que a escarlatina tem palidez 
perioral, início da erupção na face (desenho 
para tronco e face interna das coxas), 
acentuação das dobras do corpo (petéquias), 
exantema razoável no tronco e face interna das 
coxas. 
- Etiologia: estreptococo Beta-hemolítico do 
grupo A, de toxinas eritrogênicas. 
• A toxina do estrepcoco que dá a a escarlatina. 
• Dá escarlatina nos indivíduos que não tem 
imunidade antitóxica (principalmente crianças 
e adulto jovem). 
- Manifestações clínicas: 
• Início abrupto. 
• Febre alta, vômitos, cefaleia e faringite. 
• Infrequente após infecção de pele. 
• Palidez perioral. 
Catarina Alipio XXII-B Página 23
ATD1 Pediatria 
• Depois de 12 a 48 horas do inóculo, surge a 
erupção típca: característica de lixa. 
• Geralmente criança com escarlatina tem o 
estreptococous visível nas amígdalas e 
orofaringe. 
• Exantema inicia-se no peito, dissemina-se 
pelo corpo (poupa palmas e plantas). 
• Exantema facial com palidez perioral (= 
Sinal de Filatow) e face embofetada. 
• Língua em framboesa (papilas hipertrofiadas 
em língua avermelhada). 
• Céu da boca com enantema de mucosa oral 
(no palato mole). 
• Exantema mais intenso em dobras (Sinal 
de Pastia). 
• Duração de 1 semana. 
• Uma característica da escarlatina (não tratada) é 
a descamação (na fase de covalescência) de 
pés e mãos. 
- Descamação lamelar 
nas próximas 2 a 3 
semanas 9em dedo de 
luva). 
- O estafilococos pode 
também dar essa 
descamação 
(diagnóstico diferencial) - síndrome da pele 
escaldada pelo staphylococcus (SSSS). 
Descamação ocorre no corpo inteiro. 
Exantema súbito: 
- Também denominada de roséola infantum. 
- Febre alta se inicia nos primeiros dias (1 a 4 
dias) e caí em lise e aí aparece o exantema/ 
erupção não muito intensa. 
• O aparecimento do exantema é 
concomitante com a lise da febre. 
- Etiologia: 
• Herpes vírus humano 6. 
• Herpes vírus humano 7. 
- Manifestações clínicas do HHV6: 
• Exantema súbito é a manifestação do HHV6 
em 20% das crianças infectadas. 
• Febre sem exantema ou sinas localizatórios. 
• Febre com adenomegalia cervical e pós 
occipital. 
• Sinais respiratórios ou gastrointestinais. 
• Membranas timpânicas inflamadas. 
Catarina Alipio XXII-B Página 24
ATD1 Pediatria 
• Febre é muito alta (> 39,5ºC) e persiste pode 
3 a 7 dias. 
- No exantema súbito, a febre cai e lise dando 
lugar ao exantema por horas ou dias. 
• Convulsões (febre muito alta que não responde 
a anti térmicos) em 10 a 15%. Em um lactente é 
difícil diferenciar dados de meningite (—> 
punção liquosa). 
• Fontanela anterior abaulada e encefalopatia 
podem ocorrer. 
➡ A idade da criança que faz exantema súbito dos 
6 meses aos 24 meses principalmente. 
➡ O vírus persiste e pode reativar. 
- Manifestações clínicas do HHV7: 
• A maioria das infecções são leves ou 
assintomáticas. 
• Podem ser apresentar como exantema súbito. 
• Podem ser responsáveis pelos casos 
secundários ou recorrentes de exantema súbito. 
• Febre associada com convulsões (reativador do 
HHV6 e sua sintomatologia). 
- O vírus do grupo Herpes quando entra no 
organismo nunca mais saí (fica latente nos 
gânglios). 
• Dos 6 aos 24 meses causa o exantema súbito. 
• Na fase adulta ele pode provocar outras 
manifestações (principalmente em 
imunocomprometidos). 
- Epidemiologia: humanos são os únicos 
hospedeiros naturais infectados. 
- Transmissão: portador assintomático em 
secreções, geralmente contato íntimo da criança. 
- Durante a febre da infecção primária, o HHV6 
pode ser isolado de linfócitos do sangue 
periférico, saliva e LCR. 
- A infecção atinge o lactente dos 6 a 24 meses. 
- Sazonalidade: o ano todo. 
- Casos secundários são raros, ocasionalmente em 
pequenos surtos. 
- No adulto, a soroprevalência parece ser 85%. 
• Vírus infectante estão presentes em mais de 3/4 
das amostras de salivas de adulto saudável. 
- Período de incubação de 9 a 10 dias. 
Eritema infeccioso: 
- Após o inóculo e o período de incubação (4 a 14 
dias), os sinais e sintoma começam a aparecer 
(durante mais ou menos 2 semanas): febre que 
não dura muito, erupção, mialgia, mal estar, 
cefaleia. 
• Não tem vacina. 
Catarina Alipio XXII-B Página 25
ATD1 Pediatria 
- Tem em comum a face embofetada com a 
palidez perioral (muito parecida com a 
escarlatina). 
- Exantema máculopapular rendilhado 
(característica própria). 
- Etiologia: Parvovírus B19. 
- Na criança, ele dá o eritema infeccioso, mas 
existem outras doenças provocadas por esse 
mesmo vírus: 
• Eritema infeccioso na criança 
imunocompetente. 
• Poliartropatias em adultos imunocompetentes 
(mais frequente em mulheres). 
• Anemia crônica/ aplasia pura de células 
vermelhas em hospedeiros imunossuprimidos. 
• Crises asplásticas transitórias em pacientes 
com anemia hemolítica (ex falciforme). 
• Hydrops fetallis/ anemia congênita no feto 
(nas primeiras 20 semanas de gestação). 
- Manifestações clínicas do EI: 
• Sintomas sistêmicos leves (febre, mialgia e 
cefaleia) que precedem o exantema em 7 a 10 
dias. 
• Febre em 15 a 30% dos casos. 
• Artrite e artralgia são raros em crianças (mais 
frequente em mulheres adultas). 
• Fáceis embofetadas. 
• Palidez perioral. 
• Exantema maculopapular simétrico 
rendilhado. 
• Move-se do tronco para periferia. 
• Pruriginoso. 
• Exantema que aparece e desaparece com 
mudanças climáticas, especialmente o sol. 
• Pode durar semanas a meses. 
- Epidemiomologia: 
• Ubíquo. 
• Humanos são os únicos hospedeiros. 
- Transmissão: 
✓ Contato respiratório. 
✓ Exposição percutânea a sangue e derivados. 
✓ Transmissão vertical da mãe para o feto. 
• Ocorre esporadicamente ou como surtos em 
escolas. 
• Transmissão intrafamiliar é frequente (em 50% 
dos contactos familiares sucetíveis). 
• Transmissão institucional (risco ocupacional) 
cerca de 20% dos comunicantes suscetíveis. 
- Época: final de inverno e primavera. 
- Soroprevalência: 50% dos adultos jovens, 90% 
em indivíduos mais velhos. 
Catarina Alipio XXII-B Página 26
ATD1 Pediatria 
❖ Paciente mais infectante antes do aparecimento 
do exantema. 
❖ Não infectante após o aparecimento do 
exantema. 
❖ Paciente em crise aplástica é infectante até 1semana após o aparecimento da crise inclusive 
para o pessoal do hospital. 
- Outras manifestações: 
• Síndrome luva-meia papular púrpurico. 
• Manifestações gerais leves principalmente em 
adultos, sem exantema. 
• Poliartropatia (principalmente em adultos). 
• Hipoplasia eritróide crônica 
(imunossuprimidos). 
• Aplasia eritróide (infecção lítica dos precursores 
eritróides). 
• O parvovírus gosta da medula óssea, 
podendo causar anemia severa, 
principalmente em HIV+. 
• Crises aplásticas transitórias (7 a 10 dias) em 
situações com Hb baixo como: 
- Anemias hemolítica (falciforme e autoimune). 
- Talassemias. 
- Anemia severa. 
- Hemorragias. 
• Associam-se com febre e mialgia, mas 
exantema usualmente ausente. 
- Parvovírus B19 na gestação: 
• Hidropisia fetal e morte (risco de morte fetal 
de 2 a 6% maior na primeira metade da 
gestação), mas não é causa comprovada de 
anomalia congênita. 
- É um vírus geralmente bonzinho, mas se ele 
complicar se torna grave. 
Enteroviroses: 
- Enterovírus são vírus que ficam no intestino. 
- Existem centenas deles. 
- Eles podem dar qualquer tipo de manifestação 
(desse do SNC, miocardite, pneumonite, otite, 
hepatite, artrite…). 
- Por outro lado, uma mesma manifestação (por ex 
uma pneumonite) pode ser provocada por 
vários tipos de vírus. 
Um vírus pode dar várias manifestações e uma 
manifestação pode ser causada por vários vírus = 
dificulta diagnóstico. 
- ENTEROVÍRUS NÃO PÓLIO (Echo e Coxsackie): 
poucas chances de realmente fazer um 
diagnóstico. 
• Uma das manifestações deles é uma doença 
conhecida como HERPANGINA - pápulas 
brancas no céu da boca e pequenas bolhas. 
- Febre muito alta e dor muito forte. 
- Não consegue engolir, deglutir. 
- Não dar ATB. 
- Passa sozinho. 
- Uma das poucas formas de fazer diagnóstico 
de Echo e Coxsackie sem fazer exames 
laboratoriais. 
• Exantema em glúteos, planta do pé, região 
palmar, pós oral (sangramento), dorso. 
- Síndrome mão pé boca (em geral ao mesmo 
tempo). 
- Manifestação pode ser petequial. 
Catarina Alipio XXII-B Página 27
ATD1 Pediatria 
• Exantema enterovial generalizado em RN - 
doença muito grave. 
- Pode causar miocardite grave. 
- Letal. 
Situações de risco: 
• Meningococcemia. 
• Febre maculosa. 
• Gestante posta a uma doença 
exantemática !!. 
• Doenças exantemáticas em ambiente 
fechado (rápida transmissão/ contaminação). 
• Doenças de notificação compulsória 
(sarampo, meningococcemia, leptospirose, 
dengue, chikungunya, zika e febre tifóide). 
- Hoje não há mais vacinas PS no calendário, o que 
temos hoje são as vacinas conjugadas (que 
protegem os< 2 anos de idade). A única vacina PS 
que ainda temos no calendário vacinal é a vacina 
PS pneumocócica (administrada sempre após os 2 
anos de idade). 
- Para o idoso, usamos tanto a vacina conjugada 
quando a PS pneumocócica. 
- Depois que introduziram as vacinas 
meningocócicas conjugadas ACWY para os 
adolescentes (grupo que mais tem meningococo 
na orofaringe e mais transmitem), no ano de 2019. 
- As petéquias tem predominância nos membros, 
podem aparecer no rosto, na língua, na 
conjuntiva = situação de altíssimo risco (quadro 
de meningococo dura 4 horas até a morte). 
• Resulta de alterações vesiculares com ou sem 
distúrbio plaquetários. 
• Perda de material (formando quelóides). 
Catarina Alipio XXII-B Página 28

Mais conteúdos dessa disciplina