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Anatomia do sistema respiratório

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João Medeiros – Fisioterapia XXIV 
 
1º semestre 2021 Página 1 
 
Anatomia
- Sistema aberto, para que haja o influxo e 
efluxo de ar atmosférico → sua função, 
basicamente, é a de movimentar ar. 
- É cercado por um arcabouço 
osteoarticular, composto por: 
• Ossos: esterno, costelas e vertebras 
torácicas. Com auxílio de clavícula e 
escápula; 
• Articulações: cartilagens 
costocondrais, esternocostais e 
vertebrocostais; 
• Musculatura respiratória; 
- Caixa Torácica: 
• O esterno se articula diretamente com 
as 7 costelas verdadeiras; 
• Abaixo, as 3 costelas falsas se 
articulam com a cartilagem da última 
verdadeira; 
• E há ainda, 2 costelas flutuantes, que 
não se articulam anteriormente com 
ninguém. 
• As 12 costelas se articulam com as 12 
vértebras torácicas. 
• As costelas verdadeiras são fixas, com 
movimentação limitada, por isso, são 
as mais propícias a fraturas. 
• As cartilagens que fazem a ligação 
entre as estruturas ósseas são 
essenciais, pois são elas que permitem 
a abertura da caixa torácica e, por 
consequência, a expansão pulmonar 
• Toda vez que o ar precisa entrar, a 
caixa torácica deve se abrir para que 
haja espaço para a expansão 
pulmonar (inspiração = entrada de ar) 
– pressão dentro é menor que a atm; 
• Toda vez que o ar precisa sair, a caixa 
torácica se fecha para que o ar seja 
expulso (expiração = saída de ar). 
- O arcabouço costal realiza dois tipos de 
movimento: 
• A alça de balde: ↑ diâmetro latero-
lateral do gradil costal. 
• O braço de bomba: é o movimento 
entre o esterno e as costelas → ↑ 
diâmetro antero-posterio 
 
Ventilação e Respiração 
- O que é visível (exame físico no pct) é a 
ventilação→ entrada e saída de ar dos 
pulmões. 
• É involuntária, podemos alterar seu 
padrão de forma voluntária até certos 
pontos → estimulo vem da 
consciência – nível superior (não no 
dorsal) 
• Nível intermediário → sistema límbico, 
exemplo, quando toma susto 
- A respiração tem varias fases, sendo: 
ventilação (inspiração e expiração), difusão 
nos alvéolos (troca dos gases – alvéolo e 
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capilar → hematose), transporte de gases na 
corrente sanguínea, difusão no tecido*, 
respiração celular/mitocondrial 
(metabolismo aeróbio) e atuação do centro 
respiratório*. 
* alguns autores considera outros não 
Centro respiratório (CR) 
- Sistema/nível vegetativo: coração, vasos e 
sistema resp → presente a ativo em casos de 
morte cerebral 
Morte cerebral = coma, ainda tem ação do 
sistema vegetativo 
Morte encefálica = morte completa com a 
ausência de qualquer ação do sistema 
vegetativo 
- Centro respiratório: comanda a ventilação, 
tem 4 unidades: 
• Duas estruturas estão na ponte 
1. Centro pneumático – área superior 
da ponte→relaciona com os 
neurônios dorsais (freio): inibe os 
dorsais→diafragma para de 
contrair, acaba fase inspiratória 
➢ Estimulo mecânicos 
➢ Mm estirado dos bronquíolos 
(mecanorreceptor)→estimulo 
excitatório para o 
pneumotástrico → Manda 
inibitório para os dorsais – 
reflexo de Hering-Breuer 
2. Centro apnêustico – área 
inferior→na condição fisiológica 
acreditasse que ele previna 
apneia (pausa ventilatória) 
➢ Lesões: ventilação cheia de 
apneia → apneusia ou 
ventilação apneustica 
• Duas estruturas estão no bulbo: 
1. Grupo de neurônios dorsais 
→drive respiratório: disparo 
inspiratório → região manda PA 
para medula cervical e 
alcança os nervos frênicos 
(ramos C3, C4 e C5) que vão 
para o diafragma → começa 
contrair → abre caixa torácica 
→ abaixa pressão → inspiração 
2. Grupo de neurônios 
ventrais→fase expiratória, 
estímulos para os mm 
expiratórios 
➢ Normalmente estão inativos 
(expiração é passiva → 
retração elástica) 
➢ Expiração ativa (tossir, expirar, 
falar...) → O grupo de neurônios 
ventrais do bulbo vai estimular 
a musculatura expiratória que 
vão contrair e fechar a caixa 
torácica → ar sai 
- Recebe ordem dos quimiorreceptores 
 - Tensão e pressão de oxigênio e gás 
carbônico 
 - Estimulam o CR 
• Periféricos: estão no começo da 
aorta, ou seja, fora do SNC, e avalia a 
quantidade principalmente de 
oxigênio no sangue → estimula ou não 
a ventilação 
• Centrais: mergulhados no líquor, no 
SNC, próximo ao centro respiratório → 
capta a concentração de H+ e CO2 
no líquor, que na teoria é a mesma do 
sg 
➢ CO2 aumenta → estimula grupo 
dorsal → aumenta ventilação 
➢ CO2 baixo → inibe grupo dorsal 
→ diminui ventilação 
 
- Equilíbrio ácido-base 
• CO2 + H2O ↔ H2CO3 ↔ H+ + HCO3 
▪ Na primeira reação tem a ação 
da anidrase carbônica 
- 𝑝𝐻 = 
1
[𝐻+]
 
- O aumento do CO2, leva a um aumento 
de H+ no sangue e no líquor, acionando os 
quimiorreceptores centrais, que vão enviar 
um estímulo para o grupo de neurônios 
dorsais do bulbo, responsáveis pela 
inspiração. Assim que o grupo de neurônios 
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dorsais do bulbo captam o estimulo, 
deflagram o potencial de ação, que desce 
pelo bulbo para alcançar as raízes dos 
nervos frênicos (C3, C4 e C5). Os nervos 
frênicos descem e alcançam o musculo 
diafragma, que contrai, diminuindo a 
pressão intratorácica e gerando a 
inspiração. 
- O centro pneumotáxico é o responsável 
por limitar a expansão pulmonar e evitar a 
hiperinsuflação. Com a expansão dos 
brônquios, são acionados 
mecanorreceptores que se localizam ao 
redor dos brônquios, principalmente de 
médio calibre. Quando estirados, estes 
mecanorreceptores enviam impulsos 
excitatórios para o centro pneumotáxico, 
que manda estimulo inibitório para o grupo 
de neurônios dorsais. Inibindo a inspiração. O 
nome desse processo é Reflexo de Hering-
Breuer. 
- A expiração é majoritariamente passiva. 
Pode ser ativa em algumas poucas situações 
fisiológicas como durante a tosse ou uma 
manobra de valsalva. 
- O grupo de neurônios ventrais do bulbo vai 
estimular a musculatura expiratória quando 
for necessário. 
- Sugere-se que o centro apnêustico é uma 
proteção contra a apneia (pausa na 
ventilação), pois pessoas que tiveram seu 
centro apnêustico lesado passaram a sofrer 
com apneias longas. 
- Inspiração: sempre ativo→ contração da 
musculatura → aumenta o volume da caixa 
torácica → queda da pressão → ar entra de 
modo passivo pela traqueia e vai para os 
pulmões por diferença de pressão 
- Patologia → mm não contrai → ventilação 
mecânica vai empurrar o ar para dentro dos 
pulmões 
Diafragma 
- 3 origens: 
• Parte superior: processo xifoide 
• Face anterior das ultimas 6 costelas 
• Face anterior/posterior das 3 primeiras 
vertebras lombares 
- Inserção 
• Centro tendíneo do diafragma – no 
centro da cúpula e abaixa durante a 
contração, aumentando volume da 
cavidade torácica 
- Cada lado tem inervação e sua 
vascularação própria → hemicúpula 
- Inervação 
• Nervo frênico – raízes C3-C5 
- É um mm inspiratório → 80% da ventilação 
- Único que se localiza na divisão entre o 
tórax e abd e é dividido em hemicúpula 
direita e esquerda 
• Acima do diafragma é tórax → 
recoberto por pleura 
• Abaixo do diafragma é abd → 
recoberto por peritônio 
- Inspiração: diafragma contrai, centro 
tendíneo do diafragma desce e perde o 
formato de cúpula 
- Expiração: diafragma relaxa e centro volta 
ao seu formato normal 
- Centro tendíneo → 3 óstios/hiato que 
permitem a passagem do tórax para o abd: 
1. Hiato aórtico 
2. Hiato esofágico 
3. Hiato da cava inferior 
- Outras estruturas podem aproveitar os 
hiatos e fazer passagem: linfático, nervos... 
- Contração do diafragma → ele desce → 
comprime as vísceras da pelve que se 
projetam para frente 
- A expiração é passiva → retração elástica 
dos tecidos viscerais, pulmões, tórax e pelo 
relaxamento do diafragma, que retomam 
seus lugares de origem → diminuindoo 
volume torácico → aumentando a pressão 
→ ar sai 
Músculos inspiratórios 
- Participam 100% de todas as ventilações 
- Principal: diafragma 
- Mm. intercostais internos paraesternais: são 
pequenos e ficam dentro das articulações 
esternocostais → contrai toda vez que é feita 
a inspiração 
- Mm. intercostais externos: estão estre duas 
costelas, na face externa → a costela de 
cima puxa a de baixo → roda para fora → 
puxa as costelas de baixo para cima → 
movimento de alça de balde – atuam em 
todas inspirações 
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- Mm. escalenos*****: tem origem nas 
vertebras cervicais e se inserem nas duas 
primeiras costelas → subindo e 
anteriorizando-se (era considerado um mm. 
acessório) 
Músculos acessórios da inspiração 
- ECM → puxa clavícula → abre tórax (tórax 
sentido cabeça) 
- Peitorais – maior e menor 
- Serrátil anterior 
- Mm. da asa do nariz → ↓ resistência 
- Pcts crônicos → usam o musculo acessório o 
tempo inteiro 
Músculos expiratórios 
- Mm. internocostais internos interósseos: face 
interior das costelas → contrai → abaixa as 
costelas → fecha o tórax – puxa costela de 
cima para baixo → fecha o tórax 
- Mm. abdominais – contraem e empurram 
as vísceras pélvicas de volta ao seu lugar → 
leva diafragma para cima → comprimindo 
os pulmões → força o ar para fora. 
Divisões do sistema respiratório 
- Zona condutora/espaço morto anatômico: 
conduz e prepara (acondicionamento) o ar 
para ir à zona respiratória → limpa – filtração, 
aquece e umidifica o ar 
• Narina e cavidade nasal, faringe, 
laringe, traqueia e arvore brônquica 
ate os bronquíolos terminais (16ª 
geração). 
• Tem ar, mas não faz troca gasosa → 
proposital pelas características 
anatômicas 
- Zona respiratória: troca gasosa → 17ª a 23ª 
geração da arvore brônquica 
• Bronquíolos respiratórios, alvéolos, 
ductos alveolares/poros de Koem, 
sacos alveolares e capilares 
alveolares. 
• Oxigena o sangue e remove o gás 
carbônico 
- Na prática clínica: 
• Via aérea superior: da metade da 
traqueia para cima 
• Via área inferior: da metade da 
traqueia para baixo 
Processo de entrada de ar 
- A entrada de ar acontece pelas narinas, 
abertura de pequeno diâmetro, que geram 
resistência → processo de limpeza do ar 
- Dentro das narinas, as vibrissas irão filtrar o 
ar e impedir a entrada de grandes partículas 
→ depuração nasal → espirro 
- A cavidade nasal é composta pelas 
conchas e pelos meatos nasais (superior, 
médio e inferior), além de se recoberta pelo 
muco e epitélio ciliado 
- O ar chega de forma turbulenta na 
cavidade nasal e se espalha de uma forma 
desordenada, colidindo com as paredes → 
impurezas grudam no muco 
- Concha nasais → aumenta a área de 
contato entre a mucosa e o ar → 
melhorando o processo de limpeza 
- Meato nasal superior encaminha o ar ate a 
mucosa olfatória, o médio realiza uma 
conexão com os seios (cavidades 
pneumáticas) paranasais e o inferior tem o 
ducto nasolacrimal, que esta interligado 
com as glândulas lacrimais (entope o nariz – 
choro) 
- A cavidade nasal e os seios paranasais são 
ricamente vascularizados → aquece e 
umidifica o ar 
- O ar passa então pela faringe → em 3 
partes: 
1. Nasofaringe – por onde passa ar e 
muco; 
2. Orofaringe – por onde passam 
estruturas de diversas densidades (ar, 
líquidos e sólidos) 
3. Laringofaringe – por onde só deve 
passar ar. 
- A faringe faz comunicação com o ouvido 
médio através da tuba auditiva → equaliza a 
pressão intracraniana. 
- A laringe é formada por cartilagens, 
músculos e pelas pregas vocais (2 
verdadeiras e 2 falsas). 
- Por causa do musculo laríngeo, o diâmetro 
da laringe varia o tempo todo. Na inspiração 
ela se abre e na expiração ela se fecha. 
Quando o musculo laríngeo contrai e fecha 
a glote, força o ar contra as pregas vocais, 
que vibram e forma o som. Por isso falamos 
sempre durante a expiração. 
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-A laringe é composta por 9 cartilagens, 
sendo 3 pares e 3 impares. 
• Das impares; 
1. Epiglote – conforme a língua se 
movimenta durante a deglutição, 
empura a epiglote para baixo e fecha 
a glote; 
2. Tireoide – é a maior e envolve a 
laringe; 
3. Cricóidea – abaixo da tireoide. Entre 
as duas existe a membrana 
cricotireoidea. Cricotireoidosomia: 
opção para ventilação do pct (não 
passar 72 h de canulação) 
• Das pares: 
1. Corniculada; 
2. Aritenóideas; 
3. Cuneiformes. 
- Epistaxe: sangramento nasal → olhar para 
baixo, compressão nasal e colocar gelo 
Traqueia 
- Tubo (2-3cm de diâmetro e 10-13 cm de 
altura) 
- Anéis traqueais, cartilagem hialina em 
formato de C na parte anterior → rígida → 
sustentação. Na parte posterior não tem 
cartilagem → mm. e membrana traqueal 
- Inspiração: ↑ diâmetro → ↓ resistência → 
facilita a entrada de ar – desce 
- Expiração: ↓ diâmetro → ↑ pressão → fluxo 
de saída – sobe 
- Ligada ao esôfago → quando o alimento 
passa, o esôfago empurra a musculatura da 
traqueia 
- Ligamentos traqueais (entre as cartilagens) 
- Glândulas traqueais → muco → produzido o 
tempo todo e secretado na esteira 
mucociliar 
- Muco → camada mais interna do sistema 
resp. →“chiclete” → conforme o ar vai 
passando, o que é mais pesado (impurezas e 
partículas) se adere ao muco → através dos 
cílios vai are a porção mais alta da laringe → 
depuração traqueal (expectorado ou 
engolido) 
- Cigarro → modifica o epitélio → liso e sem 
cílios → entrada de impurezas → infecção 
- Zona zero: inicio da arvore brônquica → 
recebe esse nome pois os dois brônquios 
principais, dão origem a vários ramos, esses 
que diminuem de diâmetro e aumentam em 
número (sendo 23° gerações). 
• No final tem a bifurcação → inicio da 
arvore brônquica → brônquio 
principal/fonte D e E 
• Entre os dois tem a carina → 
aglomerado de receptores 
mecânicos → sensível a estímulos 
mecânicos e irritativos → reflexo de 
tosse 
• Curarizado → bloqueador 
neurmomuscular → não tem 
contração → ex: não tem reflexo de 
tosse 
- O brônquio principal direito é mais 
verticalizado, mais largo e mais grosso (Reto, 
curto e grosso), é menos resistente 
- Traqueia → brônquio direito e esquerdo → 
brônquios lobares (3 a direita e 2 a esquerda) 
→ brônquios segmentares... 
- O brônquio principal esquerdo, é mais 
horizontalizado, comprido e estreito, mais 
resistente 
 se houver a bronco aspiração de 
alguma coisa, é mais provável a ida ao 
brônquio direito por ser menos resistente. 
Pneumonia aspirativa é mais comum em 
brônquio direito. 
- Intubação oral: o tubo é inserido pela boca 
e fica alguns cm acima da carina. No tubo 
há um cuff, que vai ser insuflado para que 
haja vedação. Assim é possível ter o controle 
total de tudo o que entra e sai dos pulmões. 
É necessário o controle do enchimento do 
cuff, pois pode gerar compressão dos vasos 
próximos a traqueia. A pressão das artérias 
da traqueia é de 25-30mmHg, então a 
insuflação do cuff nunca deve passar disso. 
• A introdução excessiva dos tubos → 
intubação seletiva, ou seja, o tubo é 
inserido no pulmão direito → 
esquerdo não ventila, prejudicando o 
paciente. (Intubação seletiva é 
sempre no brônquio principal direito) 
– IATROGÊNICO na maior parte dos 
casos 
• Introdução normal entre 20/21-22 cm 
de tubo 
• Laringoscópio para visualizar a laringe 
e introduzir o tubo, inserido ar no cuff 
e depois de todo o processo de 
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adequação da intubação é utilizado 
o cuffometro 
• Assim que entubado é auscultado o 
estomago para ver se não foi 
realizada uma intubação esofágica 
• Depois é auscultado os dois pulmões 
- Traqueostomia: a cânula de silicone é mais 
curta e também possui cuff. É posicionado 
entre dois anéis datraqueia. A cânula 
metálica somente é utilizada em casos de 
doenças crônicas, não possui cuff e por isso 
não pode ser feita ventilação mecânica. 
Zona respiratória 
 
- Zona respiratória é sinônimo de lóbulo 
primário ou ácinos. 
- A partir da 17° geração até a 23° 
geração→ lamina são delgadas e envolvidas 
por uma trama vascular (componentes em 
outra área). 
- Camadas do alvéolo – capilar: 
surfactante+H2O, epitélio alveolar, lamina 
basal alveolar, interstício, lamina basal do 
capilar, endotélio (epitélio vascular) e 
hemácia. 
- Quanto mais largo o brônquio, mais 
camadas ele tem → para que haja troca, 
precisa ser mais delgado, por isso, o brônquio 
da zona respiratória não tem nada, somente 
o epitélio e a lamina basal. 
- A partir da última estrutura da zona 
condutora não tem mais glândulas que 
produzem muco ou epitélio ciliado, por isso 
não podem passar impurezas pela 
laringofaringe. 
- O O2 passa do alvéolo para o capilar e o 
CO2 do capilar para o alvéolo por difusão. 
- A falta do O2 deixa a hemácia azul, 
hemoglobina desoxigenada fica azul, por 
isso sangue venosos é azul. Ao ser saturado 
por O2 volta a ser vermelho → quando o 
corpo não está dando conta de oxigenar o 
sangue o pct fica cianótico 
Pleura 
 
- Saco seroso → tem duas lâminas serosas: 
1. Visceral: aderida aos pulmões 
(reabsorve +) 
2. Parietal: aderida na caixa torácica, 
passa por cima do diafragma (face 
diafragmática), pela parede do tórax 
(face esterno costal) e pelo 
mediastino – tem nocireceptores 
(produz +) 
➢ Lamina parietal mediastino 
➢ Lamina parietal 
diafragmática/frênica 
➢ Lamina parietal costal 
- Onde elas se tocam se 
chamam de recesso: 
costofrênico e cardiofrênico 
- É ininterrupta e vedada → saco pleural. 
- Entre as duas laminas, tem um espaço (não 
visível a olho nu - espaço virtual. Enxergado 
quando há alterações.) → cavidade pleural 
- Dentro da cavidade pleural → pressão 
negativa (-3 a -5 cmH2O) conforme 
inspiramos, a cavidade pleural fica mais 
negativa (-8/-10 cmH2O → respiração 
tranquila) 
- Em situações fisiológicas, a cavidade 
pleural só se torna positiva quando 
expiramos ativamente. 
- Liquido pleural – 15/20ml (esse valor oscila) 
→ lubrifica as laminas durante o ciclo 
ventilatório → deslizem uma sobre a outra 
 
Pulmões 
- Direito 
• 3 lobos: superior, médio e inferior 
• 2 fissuras: horizontal e oblíqua 
- Esquerdo 
• 2 lobos: superior e inferior 
• 1 fissura oblíqua 
• A lingula → área que não se 
desenvolve e é parte do lobo superior. 
• Impressão cardíaca → coração faz 
contato com o pulmão. 
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- Cada divisão chamada de segmento tem 
sua própria vascularização, linfático e 
brônquios. São pequenas unidades 
morfofuncionais dos pulmões. A agressão de 
um único segmento pode não influenciar nos 
outros segmentos. Cada segmento é isolado 
por tecido conjuntivo. 
• Existem 10 segmentos no pulmão D e 9 
segmentos no pulmão E. 
- Hilo → onde passa o pedículo → conjunto 
de estruturas que entram ou saem dos 
pulmões. 
• Vasos da pequena circulação 
(função: oxigenar o sangue) → artéria 
pulmonar, veias pulmonares. 
(Circulação funcional em pneumo - 
permite a função dos pulmões). 
• Vasos da grande circulação (nutrir o 
tecido pulmonar) → artérias 
brônquicas que vão nutrir o tecido 
pulmonar e saem veias brônquicas 
para o retorno venoso (circulação 
vital em pneumo). 
• Nervos → vago (parassimpático, 
excitatório - bronco constrição); plexo 
pulmonar (simpático, inibitório - 
bronco dilatação). 
• Vasos linfáticos.