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Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Emergência 1 EXACERBAÇÃO DA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA Objetivos da aula Introdução A DPOC é uma doença na qual há duas condições existentes: bronquite crônica e enfisema pulmonar; Há alteração do arcabouço do parênquima pulmonar; São pacientes retentores crônicos de CO2; Etiologia: 90% dos pacientes são tabagistas; Outras causas: deficiência de α-tripsina 1. A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é caracterizada por um desenvolvimento progressivo de limitação ao fluxo aéreo, que não é totalmente reversível. A limitação a esse fluxo é geralmente progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões a partículas ou gases nocivos. Essa definição especifica que outras doenças com limitação ao fluxo aéreo não estão incluídas, como bronquiectasias, fibrose cística ou asma. A DPOC é definida como uma redução no volume expiratório forçado de 1 º segundo (VEF1) < 80% do predito após uso de broncodilatador ou uma relação do VEF, sobre a capacidade vital forçada (CVF) < 70%. Importante: a obstrução ao fluxo aéreo não é totalmente reversível, o que a diferencia da asma brônquica. A exacerbação da DPOC é definida como um evento agudo com piora dos sintomas. Além da piora esperada da variabilidade diária da doença, esta piora dos sintomas leva à mudança do regime medicamentoso. A exacerbação da DPOC com acidose e hipercapnia tem mortalidade de 10% na internação e 40% em um ano com taxa de reinternação de 50% em seis meses. Fisiopatologia As características fisiopatológicas são: Enfisema: permanente e anormal aumento dos espaços aéreos, distalmente aos bronquíolos terminais, acompanhado de destruição de suas paredes, sem fibrose importante. Bronquite crônica: tosse produtiva por mais de três meses, durante dois anos consecutivos. A tosse ocorre por hipersecreção de muco, não necessariamente com obstrução ao fluxo aéreo. Um mesmo paciente frequentemente apresenta os dois processos patológicos, com predominância de um deles, por isso o termo DPOC é mais adequado. Os pacientes com DPOC, em sua maioria, são identificados pela presença de um anonnaJ VEF1, usualmente na quinta década de vida. Geralmente, VEF1 menor que 40% do predito implica dispneia aos pequenos esforços, e menor que 25% implica dispneia em repouso, retenção de C02 e cor pulmonale. Exacerbações Agudas da DPOC A exacerbação é definida como um aumento nos sintomas e piora da função pulmonar, e caracteriza-se por uma piora da dispneia e aumento da produção de escarro e/ou mudança na característica do escarro (torna-se purulento). É causa comum de internação, e, aparentemente, infecções têm um papel central. Causas de Exacerbações As principais causas da exacerbação em pacientes com DPOC são as infecções (70% dos casos): Virais Influenza, parainfluenza, rinovírus e coronavírus. Bacterana Haemophilus influenzae, Moraxella catharralis, Streptococcus pneumoniae e Pseudomonas aeruginosa. Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Emergência 2 Sabe-se que a aquisição de novas cepas de pneumococo, hemófilos ou moraxella pode estar associada a maior chance de exacerbação da DPOC. Entretanto, parte das exacerbações se deve a infecções virais (até 50% dos pacientes) ou fatores ambientais (poluição e alterações de temperatura). É importante perguntar sobre a coloração do escarro, pois em muitos casos há relato de mudança do padrão de secreção. Nessa condição, podemos solicitar alguns exames: RX de tórax (pode evidenciar: alteração estrutural pulmonar, sinal de pneumotórax, etc.); Hemograma; Marcadores de necrose miocárdica (troponina); Gasometria arterial. Com relação as arritmias que causam exacerbação, as mais comuns são as arritmias do tipo atrial como flutter, taquiarritmias atriais e taquiarritmias atriai multifocais. Ademais, pacientes com DPOC são tossidores crônicos e eventualmente podem evoluir para pneumotórax. QUADRO CLÍNICO A história e o exame físico têm baixa sensibilidade. Em formas leves a moderadas de DPOC, o exame físico pode ser absolutamente normal. Alguns achados que apontam para uma doença pulmonar são: Sibilos, expiração forçada, diminuição do murmúrio vesicular (MV), aumento do diâmetro AP do tórax, taquipneia, taquicardia, roncos difusos, crepitações, bulhas cardíacas abafadas. Achados de hipertensão pulmonar, como edema de membros inferiores, hepatomegalia dolorosa, bulha pulmonar (P2) hiperfonética e palpável, sopro de insuficiência tricúspide. Presença do sinal de Kussmaul (ingurgitamento das veias do pescoço com inspiração). Cianose e pletora podem surgir mais tardiamente. Baqueteamento digital: não constitui sinal de DPOC; se presente, pode indicar doenças associadas (câncer de pulmão, abscesso pulmonar etc.). 3 sinais cardinais: O GOLD (Global initiative for chronic Obstructive Lung Disease) utiliza 3 critérios cardinais para classificar a exacerbação de DPOC: piora da dispneia, aumento da produção de escarro e escarro que se torna purulento. Existem também os achados adicionais que devem ser considerados nesses pacientes: Pode haver estertoração que se movimenta conforme a tosse. Sinais de Gravidade Classificação Exacerbação leve: um dos critérios cardinais mais um achado adicional (infecção de vias aéreas superiores, febre sem causa aparente, sibilos, aumento da tosse, aumento na frequência respiratória ou frequência cardíaca em mais de 20% daquela de base). Exacerbação moderada: presença de dois dos três critérios cardinais. Exacerbação grave: presença dos três critérios cardinais. Esse paciente também pode se apresentar com sinais de gravidade. Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Emergência 3 Outros sintomas indicativos de exacerbação incluem febre sem causa aparente, aumento na sibilância ou tosse, aumento de 20% da frequência respiratória habitual. Gravidade Mascara de Venturi: é uma máscara facial, feita no leito e permite titular a oferta de O2. Não podemos ofertar uma FiO2 > 40% de O2 para pacientes DPOC, pois esses não toleram altas saturações de O2 (O2 > 90%), uma vez que o centro respiratório bulbar (que induz a ventilação) do DPOC responde a nível elevado de CO2 e baixo de O2. Como esses paciente são retentores crônicos de CO2, em muitos casos a CO2 basal pode ser maior que a CO2 esperada para um paciente hígido. O paciente com esse quasdro se apresenta com acidose respiratória grave. Diagnósticos Diferenciais O DPOC deve sempre entrar no diagnóstico diferencial de pacientes com dispneia no departamento de emergência, especialmente se houver fatores de risco associados (p. ex., tabagismo). Asma: Início na infância; história familiar positiva para asma. Sintomas variáveis dia a dia, com predomínio noturno. Podem estar presentes doenças alérgicas (eczema, rinite etc.). Obstrução reversível de vias aéreas . A asma ocorre principalmente em pacientes mais jovens. Em geral esses pacientes apresentam sibilância bilateral. A história clínica é comumete diferente de um DPOC – podem relatar uso prévio de broncodilatares (importante anamnese e ausculta). TEP Quadro clínico de início mais súbito – extremamente agudo. Podem haver sinais de TVP. Pode haver também relato de DOR TORÁCICA. Pneumotórax: O exame físico é fundamental – nesse caso, podemos constatar a ausência de MV e hipertimpanismo. Pneumonia: É um diagnóstico diferencual, mas também pode ser a causadora da exacerbação. Nesse caso, há consolidação pulmonar, mas pode haver só aumento da secreção e por isso, é recomendado que se tratecomo pneumonia a alteração do escarro – coloração e quantidade. Insuficiência cardíaca: Crepitações em bases pulmonares . Radiografia de tórax com aumento de área cardíaca e edema pulmonar. Espirometria mostra distúrbio restritivo (e não obstrutivo). Esses pacientes podem evoluir para IC direita Sinais de IC: edema de MMII, ausculta não creptando e sim borbulhando, TJP SCA: O quadro clíncio pode ser de IAM com exacebação associada – lembrando que nesse caso o IAM pode ter um quadro clínico atípico. Lembrar do ECG. Arritmias: As mais comuns são atriais atrial multifocal, atrial simples e flutter. O paciente pode estar arritmico ou a arritmia estar descompensando o paciente. EAP: Expectoração rósea, dispneia similar a afogamento. A ausculta é muito semelhante. Não consegue deitar. A história também é diferente. Exames Complementares Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Emergência 4 Radiografia de tórax: pode ser normal em formas leves de DPOC e pode revelar diagnósticos associados ou diferenciais (câncer, pneumonia, aumento de mediastino etc.). Zonas de enfisema, especialmente em lobos superiores, podem surgir em doença mais avançada. Na deficiência de α1-AT essas zonas de enfisema predominam em lobos inferiores. Deve ser considerada em todos os pacientes com exacerbação e pode modificar a conduta em 20-25% dos pacientes. Pneumotórax Consolidação lobar a direita e infiltrados a esquerda – PAC provável Eletrocardiograma: pode mostrar sinais de hipertensão pulmonar, arritmias ou isquemia. Tomografia computadorizada de tórax: tem maior sensibilidade e especificidade, mas raramente é necessária. Ela tem especial utilidade para diagnóstico diferencial com outras doenças, no diagnóstico de bronquiectasias e para avaliação de grandes bolhas. TC com infiltrados Gasometria arterial: é indicada em pacientes com DPOC que necessitam de internação, especialmente quando a saturação de oxigênio é menor que 90%. PaO2 < 60 mmHg e/ou PaCO2 > 50 mmHg: indicam insuficiência respiratória. PaO2 < 50 mmHg, PaCO2 > 70 mmHg e pH < 7,3 indicam episódio muito grave e ameaçador à vida. A gasometria é MUITO IMPORTANTE e deve ser feita na chegada e durante o acompanhamento (1 a 2 horas depois). Esses pacientes são acidóticos (em geral), mas podem também evoluir com pH normal. Além disso, também são normalmente hipoxêmicos e possuem PaCO2 elevada (> 45mmHg) Espirometria (provas de função pulmonar) são úteis no diagnóstico da DPOC leve a moderada e para avaliar a gravidade e a reversibilidade da DPOC. Um VEF1 normal exclui o diagnóstico. Entretanto, o valor da espirometria no departamento de emergência é ruim por sua dificuldade de realização em pacientes dispneicos. Outros exames complementares: indicados em situações específicas e podem mostrar alterações adicionais, como policitemla (hemograma), distúrbios eletroliticos (hiponatremia, hipocalemia) ou hiperglicemia. Podem também ajudar nos diagnósticos diferenciais, como troponinas (infarto), D-dfmero e TC helicoidal (embolia pulmonar). Um estudo recente sugere que embolia pulmonar possa estar presente em até 20% dos casos. A procalcitonina pode auxiliar o diagnóstico de exacerbação. Tratamento Os princípios do tratamento da exacerbação são: Corrigir a hipoxemia; Broncodilatadores; Corticosteroides; Antibióticos; Corrigir distúrbios associados (volemia, eletrólitos, hiperglicemia) e tratar comorbidades; Suporte ventilatório. ANTIBIÓTICO Ainda é uma área de significativa controvérsia. Os estudos são conflitantes. É interessante observar que parte dessas exacerbações não tem como causa uma infecção bacteriana, e mesmo escarro purulento não implica necessariamente em infecção bacteriana. Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Emergência 5 O uso de antibióticos é recomendado em exacerbações moderadas ou graves com pelo menos: 2 das manifestações cardinais (piora da dispneia, aumento da expectoração e purulência do expectorado); ou Necessidade de suporte ventilatório, invasivo ou não. Indícios importantes de infecção são alteração na coloração do escarro ou condensação pulmonar; Para a escolha do ATB devemos lembrar dos principais microrganismos (H. infulenza, M. catharralis, Pneumococo). Para todos esses podemos usar Amoxicilina com Clavulanato (3 doses por dia), contudo, associamos quinolonas respiratórias se o paciente agravar (moxifloxacino). Atenção ao risco de PSEUDOMONAS – pacientes com histórico de internação nos últimos 90 dias, uso recente de ATB, em uso de GC crônico, imunossuprimidos, etc. Nesse caso, a escolha de ser por um dos antibióticos abaixo. Cefepime Ceftazidima Piperacilina-Tazobactam Broncodilatadores Geralmente, proporcionam pouca melhora espirométrica (VEF < 15%), mas com melhora importante da dispneia. A associação do β2-adrenérgico com o anticolinérgico é melhor do que ambos isoladamente. β2-agonista (Salbutamol ou fenoterol): 10 a 20 gotas (2,5 a 5 mg) diluídas em 3 a 5 mL de soro fisiológico; realizar três inalações a cada 15-20 minutos ou mesmo contínuas, se o paciente apresenta-se muito grave. Depois, aumentar o intervalo entre as doses (cada 1/1hora, 2/2 horas, e assim sucessivamente, de acordo com a melhora clinica). Recentemente tem sido observado que o uso de 10 gotas de fenoterol tem a mesma eficácia que 20 gotas e menos eventos adversos. O uso de saJbutamol (4 puffs) em bomba com espaçador é uma alternativa aceilável. Anticolinérgico (Brometo de ipratrópio): adicionar 20 a 40 gotas ao β2-adrenérgico. Fazer por inalação com ar comprimido e não O2 Esquema: 10 gotas de Fenoterol + 20 gotas de Ipatrópio O GOLD recomenda usar de início apenas o β2-adrenérgico e, se houver pouca resposta, associar o ipratrópio. Em pacientes mais graves, recomenda-se usar os dois em conjunto desde o início. Não usamos mais as metilxantinas. Apesar do uso disseminado de metilxantinas, não há evidência que suporte o seu uso na exacerbação da DPOC. Metilxantinas não melhoram significativamente o VEF1, e podem causar graves eventos adversos (aumentam em três a quatro vezes o risco de eventos adversos, especialmente taquicardia, arritm ias e vômitos). Metilxantinas não devem ser usadas em exacerbações da DPOC. O sulfato de Magnésio pode ser usado em casos de maior gravidade nos quais não há broncodilatação com os métodos anteriores. Esse fármaco promove relaxamento na musculatura lisa dos brônquios. Obs.: O fenoterol não é possui mais o nome comercial de berotec. Corticoide O efeito é tão bom tanto no uso por VO ou IV; Só fazemos IV na impossibilidade de fazer VO; Não precisa ser feito por longos períodos – até 5 dias em dose completa e depois vamos reduzindo a dose. O uso de corticosteroide sistêmico está indicado na exacerbação da DPOC. Entretanto, não deve ser usado cronicamente, pois além de nenhum benefício documentado, há grande chance de complicações com essa medicação. Há boas e convincentes evidências confirmando a efetividade do corticosteroide sistêmico no manejo da DPOC agudizada. Corticosteroides diminuem o número de dias de internação e reduzem as taxas de recidiva precoce da exacerbação. Tanto os pacientes internados quanto os que terão alta hospitalar se beneficiam de corticosteroide sistêmico. Não há necessidade do uso de doses altas de corticosteroides. A via oral é a de escolha: 40 a 60 mg de prednisona ao dia, durante 5 a 7 dias. Pode-se prescrever um regime com doses decrescentes, apesar de ser controverso. Pacientes graves: via intravenosa é de escolha. Metilprednisolona: 40 a 60 mg IV de 6/6 horas por três dias. Depois, passarpara via oral, se possível, nas doses já mencionadas. Oxigênio Não podemos fazer uma FiO2 alta (>40%); Quanto menos, melhor para o paciente; Esse paciente responde mal à hiperóxida; A saturação pode ficar em 90-92%. Hiperóxia inibição do centro respiratório acidose respiratória (carbonarcose) rebaixamento do sensório. Ventilação não invasiva (VNI) A ventilação não invasiva constitui a modalidade terapêutica de maior impacto no tratamento da DPOC grave Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Emergência 6 no departamento de emergência nos últimos anos, e deve ser indicada precocemente em pacientes graves. Consiste em fornecer um suporte respiratório mecânico ao paciente, sem a necessidade de intubação orotraqueal ou traqueostomia. Esse suporte pode ser apenas uma pressão expiratória final contínua (um PEEP), ou melhor ainda, um suporte na inspiração (IPAP) e uma pressão positiva na expiração (EPAP). A VNI é proporciona redução da quantidade da secreção pulmonar, equilíbrio da relação ventilação/ perfusão (V/Q), redução do esforço respiratório, redução da acidose, melhora hipoxemia, etc. Intubação Orotraqueal (IOT) Pacientes que chegam ao departamento de emergência com alteração do nível de consciência, bradicardia ou iminência de parada cardiorrespiratória devem ser submetidos a intubação orotraqueal imediata. Da mesma forma, durante a evolução no departamento de emergência, pode ser necessária a intubação, e esta deverá ser baseada em parâmetros clinicos e, especialmente, antes que o paciente se encontre em situação crítica com risco de parada cardiorrespiratória. Caso decidido pela intubação, esse procedimento deve ser realizado de maneira rápida, pois a condição clinica do paciente pode se deteriorar rapidamente. A ventilação mecânica é uma intervenção salvadora de vidas e não deve ser adiada quando indicada. Internação Hospitalar Quando manter o paciente em UTI: Critérios de Alta Hospitalar Paciente em seu basal de funcionalidade (alta paciente com níveis normais do que possuia previamente); Compreensão adequada do paciente e familiares em relação à doença de base, ao quadro atual, ao uso correto das medicações e aos sinais de gravidade. Continência familiar e suporte de serviços de saúde Estabilidade clínica e laboratorial (ex.: gasometria) por 12- 24h Uso esporádico de β2-agonista, não mais que 6x/dia Medicação de longa duração para tratamento dos sintomas e prevenção de novos eventos otimizada; Retorno programado para seguimento pós-internação (recomendar uma consulta ambulatorial nos próximos 7 dias). Esses pacientes necessitam de acompanhamento nutricional pois a doença provoca alta demanda metabólica e com isso apresentam maior risco de desnutrição. Prevenção de Exacerbação Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Emergência 7 CASOS CLÍNICOS Caso Clínico 1 Achados radiográficos: hipertransparência bilateralmente, aumento AP do tórax, retificação dos arcos costais, retificaçãos dos diafragmas, alongamento da silhueta cardíaca. Achados normais: angulos costofrênicos agudos e traqueia centralizada. Letra A O paciente apresenta PIORA PROGRESSIVA da dispneia com catarro amarelado (sinal que mudou de cor), sendo esse último um sinal de infecção. IAM: o paciente pode se apresentar com quadro compatítvel de IAM. Nesse caso, nada nos remete a IAM. TEP: devemos pensar SEMPRE nessa hipótese, mas o paciente apresenta um quadro mais arrastado, com 24h de piora. Letra C GC venoso é aceito, mas poderíamos ter feito um GC VO e esse deve ser feito imediatamente. A VNI é escolhida para melhorar esse quadro inicial do paciente. Letra B Letra B Esses patógenos respondem bem à beta-lactâmicos (amoxicilina com clavulanato). Caso Clínico 2 Roxanne Cabral – M8 – 2020.1 – Emergência 8 Letra B Esse paciente está sonolento, com acidose importante e hipoxemia graves, esse paciente precisa ser intubado para não evoluir para uma PCR. A quetamina tem efeito broncodilatador e nesse caso seria um sedativo de melhor escolha para IOT. Além disso, não faz depressão respiratória e nem causa instabilidade hemodinâmica. Outros medicamentos na indução – midazolan e curare; IOT de sequência rápida (sempre ter um auxiliar próximo); Evitar fentanil pois esses pacientes são muito catabolizáveis podendo evoluir para tórax duro (ausência de ventilação devido a medicação, é necessário uso de curare para reversão do quadro); A xilocaína é indicada. Caso Clínico 3 Letra D Paciente com piora súbita, acamada e portadora de neoplasia. Caso Clínico 4 Anisocoria devido ao ipratrópio Mascara mal conectada a direita causando midríase unilateral à direita. Questões Extras Letra B Letra C O atrovent (anticolinégico) é um bom broncodilatador e tem poucos efeitos adversos, sendo a associação desse com beta- agonistas muito boa para o paciente. A hipercapnia só é corrigida se acima 10-20mmHg de CO2 do normal do paciente. Na verdade, o tratamento tem a prioridade é melhorar a HIPOXEMIA.