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10 No trecho: “Sem que Clarissa saiba exatamente por que, seus olhos(…)” (3º§), a pontuação foi devidamente empregada, o mesmo NÃO se podendo apo...



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No trecho: “Sem que Clarissa saiba exatamente por que, seus olhos(…)” (3º§), a pontuação foi devidamente empregada, o mesmo NÃO se podendo apontar, porém, em um dos itens abaixo; marque-o:

Música ao Longe

Érico Veríssimo

“O relógio da varanda bate dez horas.

João de Deus abafa um bocejo. Tia Zezé cochila a um canto. D. Clemência tricoteia. Cleonice e seu pio conversam e chupam caramelos na outra sala.

A noite vai ficando velha e nada aconteceu. Sem que Clarissa saiba exatamente por que, seus olhos ao menor ruído se erguem de repente e se fixam na porta, como se estivessem esperando a entrada de alguém.

O serão se prolonga. Papai fala no irmão que se suicidou. Por um instante a alma do afogado está presente. Depois falam na mãe de Vasco. Depois, em seu Leocádio. E todos os mortos vão chegando de mansinho e sentam-se nas cadeiras vazias, tomando parte também no serão.

E o relógio tiquetaqueia. E quando se faz silêncio entre os vivos, são os mortos que estão falando. Até o tio Amâncio comparece em espírito, tossindo e acariciando o bigode ralo.

Clarissa olha para as páginas da revista que tem nas mãos, olha mas sem ver. E vai folheando à toa. Um ruído… E seus olhos se erguem para a porta. “Na próxima vez não olho, podem até bater. Que bobagem!” mas estrala uma viga e de novo os olhos de Clarissa se alçam.

Fecha a revista, levanta-se, pede a bênção dos pais, dá boa noite aos outros e sobe para o quarto.

Agora ela vai aqui subindo, calada, contrita, com medo até de pensar.

Dentro do quarto encontra um doce intruso. O luar. O luar fresco de setembro, com perfume de madressilva e de junquilhos.

Clarissa fecha a porta.

Melhor não acender a luz, para não quebrar o encantamento. Vai até a janela. A lua-cheia sobre Jacarecanga. Arua quieta. Uma corneta tocando longe, num quartel. A presença silenciosa das estrelas. Cachorros uivando. Galos cantando.

A noite enorme, a noite sem fim. E o silêncio fundo que de quando em quando se faz quando os galos e os cachorros se calam, quando todas as vozes se finam, quando nenhuma folha se move.

Clarissa encosta a cabeça na vidraça e fica olhando a rua.”

(Música ao Longe, Porto Alegre: Globo, 1956)

  • Os convidados, distraídos com o barulho reinante, nada perceberam.
  • Minha irmã, ela mesma, resolveu nosso problema.
  • Adoro natação; ele, futebol.
  • Presidente da indústria de laticínios e seus derivados, apresentou-nos a proposta.



Respostas

2 pessoas visualizaram e tiraram suas dúvidas aqui
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A questão apresenta um trecho do livro "Música ao Longe" de Érico Veríssimo e pede para identificar um erro de pontuação em uma das opções apresentadas. No entanto, não há opções apresentadas na questão, o que indica que a pergunta está incompleta. Portanto, é necessário criar uma nova pergunta com as opções para que seja possível identificar o erro de pontuação.

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