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ESTUDO DIRIGIDO SOBRE STREPTOCOCCUS PYOGENES E MICOBACTÉRIAS 1 – Descreva aspectos relacionados à biologia do Streptococcus pyogenes. O Streptococcus pyogenes é uma espécie de bactérias Gram positivas com morfologia de coco e com cerca de 0,5 a 1,0 µmde diâmetro pertencentes ao gênero Streptococcus, do grupo A de Lancefield, também conhecida como GAS (Grupo A Streptococci). É o principal representante dos estreptococos beta-hemolíticos e forma cadeias relativamente longas quando cultivado em caldo. Esta espécie tem mostrado, no decorrer do tempo, alto poder de adaptação ao hospedeiro humano, atuando como importante agente etiológico de uma série de manifestações clínicas, entre as quais predomina a orofaringite com suas sequelas não supurativas, representadas pela febre reumática e pela glomerulonefrite. 2 – Considerando os fatores de vi piogências.rulência do S. pyogenes, comente sobre a cápsula, proteína M, F, estreptoquinase, desoxirribonuclease, hialuronidase, estreptolisinas, exotoxinas A cápsula do S. pyogenes tem sua composição feita por ácido hialurônico idêntico a do ser humano, o que dificulta a ação de fagocitose dos anticorpos do hospedeiro. Proteína M tem a função de interagir com o fibrogênio de células endoteliais e epiteliais mascarando a bactéria. Além disso, também existe a proteína F que dá aderência ao meio, impedindo-a de ser arrastada facilmente, Estreptoquinase, desoxirribonuclease e hialuronidase: são enzimas produzidas pela maioria dos S. pyogenes estando provavelmente envolvidas na patogênese das infecções estreptocócicas. Estreptolisina S: é a responsável pelo halo de hemólise. Estudos recentes sugerem que ela é responsável pela morte de uma parte dos leucócitos que fagocitam o S. pyogenes; Estreptolisina O: também é uma hemolisina, mas só é ativa na ausência de oxigênio. Parece contribuir com a virulência do S. pyegenes porque pode lesar outras células além das hemácias. Exotoxina é uma substância química solúvel que incluem enzimas citolíticas e as proteínas que se ligam a receptores, alterando a função da célula e acarretando a sua morte. É excretada por microorganismos (bactérias). É o tipo de toxina liberada por bactérias para a corrente sanguínea. 3 – Ainda sobre o S. pyogenes, descreva sobre a patogênese e aspectos clínicos relacionados às faringites, piodermites, erisipela, fasciite necrosante, escarlatina, febre reumática, glomerulonefrite. A faringite é uma inflamação que acomete a faringe, parte superior da garganta que liga o nariz e a boca ao esôfago e à laringe. Ela pode ser causada por bactérias ou vírus (a maioria dos casos). A piodermite é uma infecção na pele causada por bactérias que podem ter pus, ou não. Estas lesões são principalmente causadas por S. aureus e S. A fasciite necrosante causada pelo S. pyogenes é uma infecção dérmica (e às vezes muscular) grave que se dissemina ao longo dos planos da fáscia. A inoculação ocorre na pele ou no intestino A escarlatina, uma doença predominantemente infantil, geralmente acompanha uma infecção estreptocócica da faringe; menos comumente, resulta de infecções estreptocócicas em outros locais (p. ex., pele). É causada por cepas de estreptococos do grupo A, produzindo uma toxina eritrogênica que provoca um exantema difuso rosa-avermelhado que desaparece à pressão. A febre reumática, um distúrbio inflamatório, ocorre em < 3% dos pacientes nas semanas posteriores à infecção não tratada de faringite não tratada por GABHS. Tornou-se muito menos comum em países desenvolvidos, mas ainda é comum nos países em desenvolvimento https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-dermatol%C3%B3gicos/infec%C3%A7%C3%B5es-bacterianas-da-pele/infec%C3%A7%C3%A3o-necrosante-de-tecidos-moles https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/pediatria/miscel%C3%A2nea-de-infec%C3%A7%C3%B5es-bacterianas-em-lactentes-e-crian%C3%A7as/febre-reum%C3%A1tica 4 – Descreva aspectos relacionados ao tratamento e controle do S. pyogenes. Tratamento é feito com o uso de antibióticos, que devem ser recomendados pelo médico, como por exemplo Penicilina, Cloranfenicol, Eritromicina, Sulfametoxazol-Trimetoprim e Tetraciclina. 5 – Descreva pelo menos 8 aspectos relacionados as características gerais das micobactérias. micobactéria é um gênero de actinobactérias bacilares, aeróbicas obrigatórias, imóveis e altamente patogênicas, que causam diversas doenças, entre as quais lepra, tuberculose e infeções por micobactérias não tuberculosas. Possuem a forma de bacilos retos ou levemente curvado, sem a presença de flagelos ou de cápsula, além de não ter formação do endosporo Diferente de outras bactérias gram-positivas ou gram-negativas, as micobactérias possuem peptideoglicano com ácido N-glicolilmurâmico em vez de ácido N-acetilmurâmico. A parede celular é constituída de cerca de 60% de ácidos micólicos (ácidos graxos de cadeia longa incomum), covalentemente ligados ao polissacarídeo que compõe a parede. A presença de alguns lipídeos livres com epítopos passiveis de reconhecimento pelo hospedeiro não estão covalentemente associados ao esqueleto basal. Possuem proteínas de membrana formadoras de canais catiônicos (porinas), que controlam a difusão de moléculas hidrofílicas.O alto teor lipídico das micobactérias confere à esta a álcool-ácido resistência, que impede a coloração das bactérias pela técnica de Gram, normalmente utilizada. Entretanto, se a porção lipídica for removida com etanol alcalino, a bactéria perde a característica de álcool-acido resistência, permitindo que sua coloração assemelhe-se às gram-positivas,possui um meio desenvolvido especialmente para seu plaqueamento, o meio Löwenstein–Jensen (LJ), que é utilizado principalmente para o cultivo da Mycobacterium tuberculosis. Diferenças entre as espécies englobam mudanças na temperatura ótima de cultivo e tempo médio de crescimento.Dentre as principais bactérias patogênicas, a Mycobacterium tuberculosis usa como principal fonte de carbono o colesterol e esteroides derivados de sua degradação como metabólitos https://pt.wikipedia.org/wiki/Actinobact%C3%A9ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Lepra https://pt.wikipedia.org/wiki/Tuberculose https://pt.wikipedia.org/wiki/Infe%C3%A7%C3%B5es_por_micobact%C3%A9rias_n%C3%A3o_tuberculosas https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica_de_Gram adicionais. Uma via de regulação da ativação dos genes que participam do catabolismo do colesterol inicia-se com sua oxidação, até eventualmente alimentar o ciclo de Krebs (TCA Cicle) ou ser usado para o anabolismo da bactéria.Dentre as principais bactérias patogênicas, a Mycobacterium tuberculosis usa como principal fonte de carbono o colesterol e esteroides derivados de sua degradação como metabólitos adicionais. Uma via de regulação da ativação dos genes que participam do catabolismo do colesterol inicia-se com sua oxidação, até eventualmente alimentar o ciclo de Krebs (TCA Cicle) ou ser usado para o anabolismo da bactéria.Devido a característica de álcool-ácido resistência, as micobactérias possuem antimicrobianos específicos para o tratamento de enfermidades causadas pelas bactérias patogênicas. Os casos de resistência aos fármacos pela micobactéria ocorre devido às mutações espontâneas que ocorrem nas replicações dessas bactérias - não envolvendo plasmídeos e transposons (elementos móveis) como ocorre na maioria das bactérias resistentes a antibióticos.O uso de micobactérias para a biotecnologia se volta principalmente para a cura de suas principais doenças, a tuberculose e a hanseníase.A dificuldade natural para o tratamento dessas doenças, aliadas ao surgimento de cepas resistentes, requer técnicas de tratamento mais eficazes 6 – Justifique a importância da parede celular das micobactérias. Complexa, rica em lipídios e ceras (ácidos micólicos ligados covalentemente a lipidios acil, como ácidos arabnogalactamicos. Atuam como barreira a substâncias aquosas tornando a superfície hidrofóbica resistente a numerososdesinfetantes, álcoois e ácidos 7 – Com relação à tuberculose descreva aspectos sobre a doença, agente etiológico, diagnóstico, epidemiologia e tratamento. A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A doença é causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch. https://pt.wikipedia.org/wiki/Biotecnologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Tuberculose A forma pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante para a saúde pública, principalmente a positiva à baciloscopia, pois é a principal responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença. A forma extrapulmonar, que acomete outros órgãos que não o pulmão, ocorre mais frequentemente em pessoas que vivem com o HIV, especialmente entre aquelas com comprometimento imunológico.Para o diagnóstico da tuberculose são utilizados os seguintes exames:Bacteriológicos baciloscopia teste rápido molecular para tuberculose cultura para micobactéria O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), devendo ser realizado, preferencialmente, em regime de Tratamento Diretamente Observado (TDO). São utilizados quatro fármacos para o tratamento dos casos de tuberculose que utilizam o esquema básico: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. 8 – Descreva sobre a dormência e reativação do M. tuberculosis. A tuberculose latente caracteriza-se por ser uma síndrome clinica decorrente da exposição à bactéria, do estabelecimento da infecção e da geração de resposta imune do hospedeiro para controlar o bacilo, forçando-o a um estado de quiescência no tecido infectado. Redução do metabolismo bacteriano, em função da resposta imune; Contém, mas não erradica a infecção; A tuberculose latente não se caracteriza como uma doença infecciosa;Condições imunossupressoras comprometem a eficácia do sistema imune, permiGndo a reaGvação do bacilo até então dormente; Entre pacientes com AIDS, imunodeprimidos, podem ocorrer infecções oportunistas causadas pelas micobacterias aMpicas, que incluem o complexo M. avium, M. Kansassi, m. Fortuitum e M. chelonae, ainda que espécies sejam essencialmente saproOGcas. 9 – Sobre a hanseníase, como ocorre a doença, patogenicidade e formas de manifestação, transmissão, fatores de risco, diagnóstico, epidemiologia. Tratamento e controle. A hanseníase, conhecida antigamente como Lepra, é uma doença crônica, transmissível, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo território https://www.saude.gov.br/#hansen%C3%ADase nacional. Possui como agente etiológico o Mycobacterium leprae, bacilo que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, e atinge principalmente a pele e os nervos periféricos com capacidade de ocasionar lesões neurais, conferindo à doença um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença. Os sinais e sintomas mais frequentes da hanseníase são: lesão(ões) (manchas) e/ou área(s) da pele com alteração da sensibilidade térmica (ao calor e frio) e/ou dolorosa (à dor) e/ou tátil (ao tato);comprometimento do(s) nervo(s) periférico(s), geralmente espessamento (engrossamento), associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas;Áreas com diminuição dos pelos e do suor;Áreas do corpo com sensação de formigamento e/ou fisgadas;Diminuição e/ou ausência da força muscular na face, mãos e pés;Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.diagnóstico de caso de hanseníase é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio do exame geral e dermatoneurólogico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas. Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza o tratamento e acompanhamento da doença em unidades básicas de saúde e em referências. O tratamento da doença é realizado com a Poliquimioterapia (PQT), uma associação de antibimicrobianos, recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa associação diminui a resistência medicamentosa do bacilo, que ocorre com frequên cia quando se utiliza apenas um medicamento, o que acaba impossibilitando a cura da doença.A prevenção de deficiências e incapacidades não deve ser dissociada do tratamento PQT. As ações de prevenção de incapacidades físicas fazem parte da rotina dos serviços de saúde e recomendadas para todos os pacientes.A avaliação neurológica deve ser realizada:no início do tratamento;a cada 3 meses durante o tratamento, se não houver queixas;sempre que houver queixas, tais como: dor em trajeto de nervos, fraqueza muscular, início ou piora de queixas parestésicas;no controle periódico de pacientes em uso de corticóides, em estados reacionais e neurites;na alta do tratamento;no acompanhamento pós-operatório de descompressão neural, com 15, 45, 90 e 180 dias.