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AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE MÉIS NÃO INSPECIONADOS COMERCIALLIZADOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO B.X. Abreu*; A.M. Ristow; E.G. Cavallo; V.P. Romano. Universidade Estácio de Sá e Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman/RJ. *bximenes@ig.com.br O presente trabalho teve como objetivo avaliar as condições higiênico-sanitárias dos méis produzidos por estabelecimentos não inspecionados, “clandestinos”, comercializados no Estado do Rio de Janeiro, quanto ao aspecto microbiológico; uma vez que a falta de higiene e descuidos durante o manejo, manipulação, processamento e armazenamento deste produto pode levar a sua contaminação por fungos e leveduras e bactérias da família Enterobacteriaceae. Entre os meses de janeiro e maio de 2003, foram analisadas no Laboratório de Análise Fiscal de Alimentos do Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman/RJ, 51 amostras de méis não inspecionados coletadas em diversos estabelecimentos varejistas do Estado do Rio de Janeiro de acordo com os padrões microbiológicos estabelecidos para o mel pela Portaria 367/97 – MAPA e pela Portaria n° 451/97 – MS (BRASIL, 1997) que determinam a pesquisa de Salmonella spp, Shigella spp, Coliformes a 35°C e Fungos e Leveduras. A metodologia utilizada foi a descrita pelo APHA - Compendium of Methods for the Microbiological Examination of foods e FDA – Food and Drug Administration. Das amostras analisadas uma (2,0%) apresentou crescimento de Coliformes a 35°C, 17(33,3%) apresentaram crescimento de fungos e leveduras e não houve crescimento de Salmonella spp e Shigella spp. Os resultados mostraram que 18 méis (35,3%) apresentam-se inadequados para o consumo. Frente a esse resultado, concluímos que o índice de amostras consideradas acima do padrão indica deficiência no controle higiênico-sanitário na produção do mel, tornando-se necessário o atendimento por parte dos produtores às normas de boas práticas de produção e processamento do mel. mailto:*bximenes@ig.com.br