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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL PARA ENGENHARIA SEMESTRE 2020.1 PRÁTICA 05 – EQUILÍBRIO (VIRTUAL) ALUNO: LETÍCIA DIAS BARROSO MATRÍCULA: 496387 CURSO: ENGENHARIA METALÚRGICA TURMA: 17A PROFESSOR: JOÃO PEDRO GOMES DO NASCIMENTO DATA E HORA DA REALIZAÇÃO DA PRÁTICA: 04 / 09 / 2020 ÀS 08:00 h 2 OBJETIVOS - Verificar as condições de equilíbrio sobre uma partícula; - Determinar o peso de um corpo através da resolução de um sistema de forças; - Medir as reações nos apoios de uma viga bi-apoiada, quando uma carga móvel é deslocada sobre a mesma; - Verificar as condições de equilíbrio para um corpo rígido. MATERIAL - Link para a simulação usada na Parte 1: https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?s=mech_rovnobez nik&l=pt; - Link para a simulação usada na Parte 2: https://www.geogebra.org/m/dd69s9tg. INTRODUÇÃO EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA (PARTE 1) A condição para que uma partícula se encontra em equilíbrio, segundo a primeira e segunda lei de Newton é que a soma das forças que atuam nela, força resultante, seja nula (Eq. 1). Neste caso, não há alteração na velocidade da partícula e, consequentemente, sua aceleração é nula. Se a partícula está em repouso em relação a um referencial, é correto afirmar que a mesma está em equilíbrio estático. Se a mesma se movimenta de forma retilínea e uniforme, diz-se que está em equilíbrio dinâmico (GUALTER et al, 2016, p. 83). 𝐹r⃗⃗ ⃗ = 0 (1) Na Figura 1.1 pode-se ver um exemplo de um sistema em equilíbrio. Nesse sistema de simulação, agem as forças P1, P2 e P3 que indicam, respectivamente, o peso da esquerda, https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?s=mech_rovnobeznik&l=pt https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?s=mech_rovnobeznik&l=pt 3 o peso da direita e o peso central. No centro há um nó. No nó agem 3 forças distintas T1, T2 e T3, estando o corpo em equilíbrio, pode-se afirmar que P1 = T1, P2 = T2 e P3 = T3. Fig. 1.1. Simulação de Paralelogramo de Forças. Arranjo “experimental” para o estudo do equilíbrio. Fonte: Vascak1 Se considerarmos as componentes horizontais e verticais das três tensões, de acordo com Dias (2020a, p.48), são válidas as seguintes fórmulas: T1x = T1 senα (2) T2x = T2 senβ (3) T1y = T1 cosα (4) T2y = T2 cosβ (5) T3y = Fp (6) Onde, as componentes horizontais das forças T1x (para a direita) e T2x (para a esquerda) se anulam e as duas componentes verticais para cima T1y e T2y, quando somadas, anulam a tensão Força Peso (Fp), de sentindo para baixo. Logo, satisfaz a condição de equilíbrio. 1 VASCAK, Vladimir. Disponível em: <https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?s=mech_rovnobeznik&l=pt.> Acesso em: 02 Ago. 2020. https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?s=mech_rovnobeznik&l=pt 4 (PARTE 2) Fig. 1.2. Forças sobre uma barra horizontal. Fonte: Dias, 2020b, p. 48. A condição força resultante nula deve ser imposta para que a barra não sofra translação. Entretanto, a barra pode girar. Toma-se, por exemplo, o ponto de apoio O como exemplificado na Figura 1.2. A força F1 tende a girar a barra em torno do ponto O, no sentido horário e a força F3 tende a girar a barra em torno de O, no sentido anti-horário. 1.3. Representação de uma situação comum de aplicação de torque. Fonte: Kítor, 2009. A grandeza que mede a eficiência de uma força em produzir rotação chama- se momento, esse momento de uma força em relação a um ponto é denominado de torque (τ). O torque, em definição analítica, é o produto vetorial entre a distância ao eixo de rotação e a força aplicada, conforme a Eq.7 (HELERBROCK, 2019). O torque, acontece, por exemplo, quando se aplica uma força perpendicular ao cabo de uma chave, fazendo-a girar um parafuso em torno de um ponto fixo (Fig. 1.3). τ = 𝑟 × 𝐹 (7) Onde, 𝑟 é o braço de alavanca também chamada de linha de ação e F é a força. 5 Para que a barra não gire, impõe-se que o momento de F1 em torno de O no sentido horário deve ser igual ao momento de F3 em torno de O, no sentido anti-horário (Fig. 1.4). Pode-se escolher arbitrariamente um dos sentidos e atribuir um sinal, consequentemente o sentido contrário terá sinal oposto. Logo, em conformação com Dias (2020c, p. 49), escolhendo aleatoriamente, o sentido horário para ser positivo no ponto “O” fixo à barra (Fig. 1.4), tem-se que o torque τ1 da força F1 é positivo, como pode ser observado na Eq. 8; τ1 = x1. F1 (8) O torque da força F2 em relação ao ponto fixo O, será τ2 = x2. F2 (9) Já o torque da força F3, como dito anteriormente, se considerar o ponto O fixo como um referencial, tenderia a provocar na barra uma rotação no sentido anti-horário. Logo, o torque é dado por τ3 = - x3. F3 (10) EQUILÍBRIO DE UM CORPO RÍGIDO De acordo com Halliday (2009, p. 4), para que um corpo rígido esteja em equilíbrio, simultaneamente, a resultante das forças que atuam no corpo é nula e o somatório vetorial dos torques no sentido horário é igual ao somatório dos torques no sentido anti-horário. Isto é, o corpo não pode se mover “linearmente” ou girar em relação a qualquer eixo, ou a qualquer ponto de contato. Para uma barra igualmente distribuída de peso P2 e comprimento L, evidenciado na figura 1.4, em equilíbrio sobre os apoios A e B e com uma carga P1, que pode se mover sobre a barra, sendo x sua posição em relação a extremidade esquerda. Assim, segundo Dias (2020d, p. 49), pode-se escrever as seguintes fórmulas: RA + RB – P1 – P2 = 0 (11) Onde, RA e RB são as reações nos apoios A e B respectivamente. E a soma vetorial dos torques externos que atuam sobre a barra é zero (Eq. 12). P1 x + P2 𝐿 2 - RA xA - RB xB = 0 (12) Na qual, xA e xB são os pontos de aplicação das reações, RA e RB em relação à extremidade esquerda da barra. Observa-se que foi escolhido o sentido horário positivo. 6 Figura 1.4. Forças sobre uma barra bi-apoiada. Fonte: Dias, 2020e, p. 49. CENTRO DE GRAVIDADE O centro de gravidade (CG) ou centro de massa (CM) de um corpo qualquer é um ponto de aplicação da força da gravidade (peso do corpo), ou seja, é o ponto onde pode-se supor que o seu peso esteja aplicado, em torno do qual a massa está igualmente distribuída. Para certos tipos de corpos, tais como barras, esferas e cilindros, o centro de gravidade é de fácil localização, como é mostrado na Figura 1.5 abaixo. Figura 1.5. O centro de gravidade para alguns corpos homogêneos. Fonte: Dutra2 Em conformidade com Dias (2020f, p. 50), um sistema constituído por uma barra uniforme (P2), com centro de gravidade na posição L/2 em relação à extremidade esquerda 2 Glênon Dutra. Esttica. Disponível em: <https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fufrb.edu.br%2Fpibid%2Fdocumentos%2Fcate gory%2F56-estatica%3Fdownload%3D209%3Aesttica&psig=AOvVaw14jW_dp- vYjEQbRCx5yeaz&ust=1600532529984000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwiRrb24jvPrAhVKL 7kGHVZ4D1sQr4kDegUIARCmAQ>. Acesso em: 18 set. 2020. https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fufrb.edu.br%2Fpibid%2Fdocumentos%2Fcategory%2F56-estatica%3Fdownload%3D209%3Aesttica&psig=AOvVaw14jW_dp-vYjEQbRCx5yeaz&ust=1600532529984000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwiRrb24jvPrAhVKL7kGHVZ4D1sQr4kDegUIARCmAQhttps://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fufrb.edu.br%2Fpibid%2Fdocumentos%2Fcategory%2F56-estatica%3Fdownload%3D209%3Aesttica&psig=AOvVaw14jW_dp-vYjEQbRCx5yeaz&ust=1600532529984000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwiRrb24jvPrAhVKL7kGHVZ4D1sQr4kDegUIARCmAQ https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fufrb.edu.br%2Fpibid%2Fdocumentos%2Fcategory%2F56-estatica%3Fdownload%3D209%3Aesttica&psig=AOvVaw14jW_dp-vYjEQbRCx5yeaz&ust=1600532529984000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwiRrb24jvPrAhVKL7kGHVZ4D1sQr4kDegUIARCmAQ https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fufrb.edu.br%2Fpibid%2Fdocumentos%2Fcategory%2F56-estatica%3Fdownload%3D209%3Aesttica&psig=AOvVaw14jW_dp-vYjEQbRCx5yeaz&ust=1600532529984000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwiRrb24jvPrAhVKL7kGHVZ4D1sQr4kDegUIARCmAQ 7 da barra e o Peso P1 na posição x, em relação à extremidade esquerda da barra, o centro de gravidade é dado por: XCG = (x.P1 + ( 𝐿 2 )P2) (P1 + P2) (13) O peso resultante de um corpo corresponde ao somatório das forças peso que atuam em cada um deste segmentos e é através do centro de gravidade que os corpos atingem ou não um ponto de equilíbrio. A finalidade prática do estudo do equilíbrio de um corpo é aferir o módulo das forças que agem num objeto de um determinado sistema, como realizado no procedimento descrito abaixo. 8 PROCEDIMENTO Para a primeira parte, primeiramente, foi usado para o experimento a simulação “Paralelogramo de Forças”, descrita na Figura 1.1. A princípio, para a Tabela 1.1, escolhi diversas combinações para P1, P2 e P3, e para cada peso, anotei os seus ângulos α e β, respectivamente. Em seguida, calculei as tensões T1 e T2 para as componentes horizontais e verticais, nesta ordem. Segue abaixo a tabela que revela os resultados obtidos e calculados com a realização da prática. Tabela 1.1. Resultados “experimentais” para o equilíbrio de uma partícula. P1(N) P2(N) P3(N) α( o) β(o) T1 𝐬𝐞𝐧𝜶 (N) T2 𝐬𝐞𝐧𝜷 (N) T1𝐜𝐨𝐬𝜶 +T2𝐜𝐨𝐬 𝜷 (N) 5,0 4,0 6,0 41,4 55,8 3,3 3,3 6,0 6,0 7,0 5,0 78,5 57,1 5,9 5,9 5,0 7,0 8,0 9,0 58,4 48,2 5,9 5,9 9,0 7,0 4,0 8,0 30,0 61,0 3,5 3,5 8,0 8,0 5,0 10 29,7 52,4 3,9 3,9 10 6,0 8,0 11 45,2 32,2 4,3 4,3 11 Fonte: Autora, 2020. Na segunda parte foi usado para o experimento a simulação “Equilíbrio de um corpo extenso”. Com a leitura apresentada nas duas balanças foi possível determinar os pesos das barras 1, 2 e 3, uma vez que as duas reações foram somadas. Calculei e anotei os pesos das barras e Pesos 1, 2 e 3, após isso, transformei cada peso de Newton(N) para gramas-forças (gf), apresentadas na Tabela 1.2. Tabela 1.2. Pesos dos elementos disponíveis na simulação. Número Peso da Barra (N) Peso da Barra (gf) “Peso” (N) “Peso” (gf) 1 9,81 1000 4,91 500 2 49,1 5000 1,96 200 3 19,6 2000 2,94 300 Fonte: Autora, 2020. A segunda parte do experimento consistiu em analisar as reações que duas balanças marcam, ao ser deslocada uma massa sobre uma barra. De início, regulei o “Peso” 3 até que ficasse rente a posição 0 do simulador sob a Barra 1. Vale salientar que a primeira balança ficou a 20 cm da extremidade esquerda e a segunda balança ficou a 20 cm da extremidade da direita. As distâncias foram de 10 em 10 cm no decorrer da barra e, assim, em cada posição eu fazia a leitura em ambos e anotava na Tabela 1.3, assim como a soma das duas reações. Os valores encontrados estão explanados na Tabela 1.3. 9 Tabela 1.3. Leitura das balanças. x (cm) RA (N) RB (N) RA + RB (N) 0 8,83 3,92 12,75 10 8,34 4,41 12,75 20 7,85 4,91 12,76 30 7,36 5,39 12,75 40 6,87 5,89 12,76 50 6,38 6,38 12,76 60 5,89 6,87 12,76 70 5,39 7,36 12,75 80 4,91 7,85 12,76 90 4,41 8,34 12,75 100 3,92 8,83 12,75 Fonte: Autora, 2020. Além disso, a figura 1.6 explana, ainda, o comportamento do “Peso” 3 sobre a barra 1, o somatório das reações que agem sobre ela, de modo que a barra sempre estivesse em equilíbrio. Figura 1.6. Gráfico das reações (N) em função da posição x (cm). Os círculos representam os dados experimentais e a linha representa o ajuste experimental linear dos dados. Fonte: Autora, 2020. Após isso, repeti o mesmo procedimento usando outro peso, chamado de “Peso” 1 utilizando a mesma barra. É importante destacar que a primeira balança ficou a 10 cm da extremidade esquerda e a segunda balança ficou a 40 cm da extremidade da direita. As distâncias também foram de 10 em 10 cm no decorrer da barra e em cada posição, fiz a leitura em ambos e anotei na Tabela 1.4, fazendo as devidas transformações 10 de Newton (N) em gramas-forças (gf), assim como a soma das duas reações, até que não fosse mais possível a realização do experimento, pois nem todas as posições foram permitidas. Segue abaixo os resultados encontrados na Tabela 1.4. Tabela 1.4. Leitura das balanças. x (cm) RA (gf) RB (gf) RA + RB (gf) 0 800 700 1500 10 700 800 1500 20 600 900 1500 30 500 1000 1500 40 400 1100 1500 50 300 1200 1500 60 200 1300 1500 70 100 1400 1500 80 0 1500 1500 90 x x x 100 x x x Fonte: Autora, 2020. *o símbolo x grifado em vermelho equivale aos valores de reações impossíveis para tais posições em cm. Ademais, a figura 1.7 demonstra o comportamento do “Peso” 1 sobre a barra 1, o somatório das reações que agem sobre ela, de modo que a barra sempre estivesse em equilíbrio. Figura 1.7. Gráfico das reações (gf) em função da posição x (cm). Os círculos representam os dados experimentais e a linha representa o ajuste experimental linear dos dados. Fonte: Autora, 2020. Por fim, calculei a posição do Centro de Gravidade (XCG) do sistema formado pelo “Peso” 1 e pela Barra 1, para cada uma das posições do “Peso” 1, que foram indicadas na 11 Tabela 1.5 abaixo. Tabela 1.5. Posição do Centro de Gravidade. x (cm) 0 20 50 90 100 XCG (cm) 33 40 50 63 67 Fonte: Autora, 2020. *Utilizou-se o comprimento L de 100 cm. 12 QUESTIONÁRIO 1. Com relação aos valores encontrados na Tabela 1.1, compare os resultados da coluna 6 com os da coluna 7. Compare também os resultados da coluna 8 com os valores da coluna 3. Comente. Resposta: Observa-se nas colunas 6 e 7 da tabela 1.1, que os valores permanecem iguais em cada linha, isso pode ser explicado pela definição de equilíbrio de partículas que diz que a soma das forças resultantes é igual a zero, logo, para que um sistema esteja em equilíbrio as forças das componentes horizontais devem ser iguais a zero. Já comparando as duas colunas 8 e 3 da mesma tabela, os resultados foram iguais e satisfatórios, pois, tendo em vista, que a soma das suas componentes verticais, juntas anulam a força peso de sentido oposto. 2. Determinação de um peso desconhecido (objetivo 2). Considere que na simulação da Parte 1, P1 = 5 N, P2 = 10 N e P3 seja um peso desconhecido. Que nessas condições o sistema fique em equilíbrio com α = 80,8o e β = 29,6 o. Determine o peso desconhecido em N, com uma casa decimal. Considere que diferentemente da simulação, o peso desconhecido pode ser ou não um número inteiro. Resposta: Para determinar a força P3, sabendo que, P3=T3 que é igual a soma das tensões das duas componentes verticais para cima T1y e T2y, e que essa soma anula a Força Peso para abaixo, ou seja, a somatória de T1y e T2y é igual a P3. Logo, usando as equações 4 e 5 descritas na Introdução, onde T1 = P1 = 5N; T2 = P2 = 10N, temos que, T1y = T1 cosα → 5 × cos 80,8o → 0,8N e T2y = T2 cosβ → 10 × cos 29,6 o → 8,7N. A soma das tensões é 0,8N + 8,7N = 9,5N,ou seja, P3 equivale a 9,5N. 3. Considere que na simulação da Parte 1, P1 e P2 são desconhecidos e que P3 = 10 N. Considere também que o sistema fique em equilíbrio com α = 86,2o e β = 43, 7 o. Calcule os pesos desconhecidos em N. Reproduza na simulação com os resultados encontrados. Comente. Resposta: Para encontrar os pesos P1 e P2, implica saber de modo intuitivo as fórmulas das forças atuantes. Sabemos que, P3 = T3 = T1y + T2y, como utilizado na questão 2. Ou seja, T1.cosα + T2.cosβ = P3. Sabe-se também que as forças das componentes horizontais T1x e T2x quando subtraídas se anulam, T1. senα – T2. senβ = 0, logo, T1. senα = T2. senβ colocando T1 em evidencia, 13 temos, T1 = T2.𝑠𝑒𝑛β 𝑠𝑒𝑛α , usando esta fórmula e substituindo os valores, tem-se que T1 = T2.𝑠𝑒𝑛43,7 𝑠𝑒𝑛86,2 → T1 = 0,69T2 0,99 ≅ 0,69.T2N. Assim, substituindo o valor de T1 na fórmula T1.cosα + T2.cosβ = P3, temos, 0,69. T2. cos86,2o + T2. cos43,7 o = 10 → 0,69. T2 .0,07 + T2.0,72 = 10 → 0,05T2 + T2. 0,72 = 10 → 0,77 T2 = 10 → T2 = 10 0,77 ≅ 13N, e para descobrir P1, T1 = 0,69. T2 → 0,69. 13 ≅ 9N. Segue abaixo a figura 1.7 com a reprodução da simulação com os resultados obtidos. Figura 1.7. Reprodução da simulação. 4. Verifique, para os dados obtidos com o “Peso” 3 na posição 30 cm sobre a Barra 1 (Tabela 1.3), se as condições de equilíbrio são satisfeitas (Eq. 11 e 12). Comente os resultados. Resposta: Para descobrir se os resultados satisfazem as condições de equilíbrio, faz-se necessário utilizar as equações 11 e 12 expostas na Introdução, são elas: RA + RB – P1 – P2 = 0 e P1 x + P2 𝐿 2 - RA xA - RB xB = 0, respectivamente. Substituindo os valores da tabela 1.6 nas equações, obtêm-se, 7,36 + 5,39 – 2,94 - 9,81 = 0. O resultado equivalente para a primeira condição de equilíbrio está sendo válido, isto significa que a partícula atende à primeira condição de equilíbrio. Sendo 2,94.30 + 9,81. 100 2 + 7,36.20 – 5,39.80 → 88,2 + 491 – 147 – 431 → 579 – 578 = 1. O resultado não foi satisfatório e pode ser explicado pelos possíveis erros de leitura durante a prática, o que faz com que o valor seja próximo a zero, mas não chegue ao mesmo. Tab. 1.6. Os dados para os cálculos foram: RA: 7,36N RB: 5,39N P1: 2,94N P2: 9,81N xA: 20cm xB: 80cm X: 30cm L: 100cm 14 5. No procedimento 2.6 não é possível deslocar o “Peso” 1 para qualquer posição sobre a Barra 1 e manter o sistema em equilíbrio. Calcule a posição do Centro de Gravidade do sistema formado pela Barra 1 e pelo “Peso” 1 quando o mesmo está posicionado na posição mais à direita possível na simulação. Resposta: A posição mais à direita é de 80 cm, usando a Eq. 13, dada na Introdução, XCG = (x.P1 + ( 𝐿 2 )P2) (P1 + P2) , fazendo as substituições necessárias temos, XCG = (80.4,91 + ( 100 2 )9,81) (4,91 + 9,81) = 60,1cm. 6. Calcule os valores esperados para as reações RA e RB (leituras nas balanças em g), para uma Barra de 100 cm e 120 gf e um peso de 30 gf colocado sobre a Barra na posição x = 80 cm. Considere que uma Balança é colocada na posição 20 cm e a outra na posição 90 cm. Resposta: De início, fiz as devidas transformações de gramas-forças em gramas para encontrar os valores dos pesos P1 e P2 (Tab. 1.7). Para obter os valores das reações RA e RB foi necessário usar as duas equações citadas na introdução, na parte 2, são elas, RA + RB – P1 – P2 = 0 e P1 x + P2 𝐿 2 - RA xA - RB xB = 0. Evidenciando a incógnita RA, pode descrever-se a primeira equação como RA = P1 + P2 - RB. Logo, RA = 0,29 + 1,18 – RB → 1,47 - RB. Substituindo na outra fórmula, temos, 0,29.80 + 1,18. 100 2 - (1,47 - RB). 20 – RB.90 = 0 → 23,2 + 59 – 29,4 + 20RB – 90RB = 0 → 52,8 = 70RB → RB = 0,75N. A reação RA pode ser encontrada substituindo na primeira fórmula citada, RA = 14,7 - RB → RA = 14,7 – 0,75 → RA = 0,72N. Tab. 1.7. Os dados para os cálculos foram: P1: 0,29N P2: 1,18N xA: 20cm xB: 90cm X: 80cm L: 100cm 15 CONCLUSÃO Com a aplicação dessa prática, percebe-se a importância dessa área da física na vida de um engenheiro, pois este precisa sempre considerar as forças externas em qualquer corpo em que esteja trabalhando, como pontes, viadutos, edificações, etc. O procedimento experimental desta prática foi dividido em duas partes. Ambas as partes eram de fácil compreensão e execução. Ao finalizar esta prática e analisar os resultados obtidos é possível explanar que, na primeira parte, os resultados foram satisfatórios. O que mostra que os cuidados e atenções devidas fizeram com o que o objetivo fosse alcançado, pois a condição de equilíbrio foi encontrada. Em relação à segunda parte, os valores preenchidos nas tabelas demonstraram certa precisão nas leituras das balanças ainda que, ao verificar a situação de equilíbrio na posição x = 30 cm, por exemplo, ela não foi satisfeita. Isso pode ser justificado pela falta de exatidão ao fazer as sucessivas leituras, o que levou a um somatório dos torques próximos de zero, mas diferente dele, a soma de RA e RB manteve-se igual em boa parte dos resultados obtidos com um erro o qual pode ser considerado desprezível, levando em consideração os fatores que influenciam no sistema como erros de cálculo. Com base nos experimentos realizados conclui-se que o equilíbrio pode ser provado utilizando um sistema com uma barra bi-apoiada sobre duas balanças e sobre ela uma massa móvel, pois o peso total do sistema se conserva independentemente da posição da massa em relação à barra, fazendo com que haja a caracterização de um sistema em equilíbrio. Com isso, deduz-se que um sistema em equilíbrio é aquele que possui uma conservação de seu peso total mesmo que algum de seus integrantes tenha o seu posicionamento modificado. 16 REFERÊNCIAS DIAS, Nildo. Roteiro de aulas práticas de Física. Ceará: Universidade Federal do Ceará, 2020. 114 p. HALLIDAY, David; RESNICK, Robert. Fundamentos da física: mecânica. 8. ed. Vol. 2. Rio de Janeiro: LTC, 2009. 314 p. HELERBROCK, Rafael. Mundo Educação. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/torque-ou-momento-de-uma- forca.htm#:~:text=Quando%20aplicada%20a%20corpos%20sujeitos,%C3%A2ngulo%20 entre%20o%20bra%C3%A7o%20de. Acesso em: 02 set. 2020. GUALTER, José Biscuola; NEWTON Villas Boas; HELOU Ricardo Doca. Tópicos de Física 1: Mecânica, São Paulo – SP: Editora Saraiva, 2016. 3ª Edição. 402 p. KÍTOR, Glauber Luciano. InfoEscola. Disponível em: https://www.infoescola.com/mecanica/torque-ou-momento-de-uma-forca/. Acesso em: 04 set. 2020. https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/torque-ou-momento-de-uma-forca.htm#:~:text=Quando%20aplicada%20a%20corpos%20sujeitos,%C3%A2ngulo%20entre%20o%20bra%C3%A7o%20de https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/torque-ou-momento-de-uma-forca.htm#:~:text=Quando%20aplicada%20a%20corpos%20sujeitos,%C3%A2ngulo%20entre%20o%20bra%C3%A7o%20de https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/torque-ou-momento-de-uma-forca.htm#:~:text=Quando%20aplicada%20a%20corpos%20sujeitos,%C3%A2ngulo%20entre%20o%20bra%C3%A7o%20de https://www.infoescola.com/mecanica/torque-ou-momento-de-uma-forca/