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UNINASSAU CURSO: FARMÁCIA EAD DISCIPLINA: FARMACOGNOSIA PURA DESAFIO COLABORATIVO As plantas medicinais, são plantas eu contém substâncias bio-ativas com propriedades terapêuticas, profiláticas ou paliativas. São utilizadas pela medicina atual (fitoterapia) e suas propriedades são estudadas em laboratórios farmacêuticos, a fim de isolar as substâncias que lhes conferem propriedades medicinais (princípio ativo) e assim produzir novos fármacos. Para se realizar um estudo químico de um vegetal é necessário desenvolver uma análise e perfeiçoar as condições de cultivo, controle de pragas, colheita na fase e época ideal, seleção e padronização das plantas colhidas, desinfecção das partes vegetais, estabilização e secagem, divisão, controle de qualidade, exame botânico e análises por testes químicos e físicos. O teor de princípio ativo de uma planta pode variar de acordo com o meio que a cerca, de órgão para órgão, com a idade, com a época da colheita e mesmo com o período do dia no qual é realizada. Após a coleta do material, é feito uma identificação botânica, que pode ser realizada de forma macroscópica, em que um profissional (botânico) compara as características morfoanatômicas do material vegetal. Para a extração dos vegetais existem alguns processos a serem seguidos: seleção, lavagem, preparo do material, estabilização, secagem, moagem e embalagem. O processo de extração depende de fenômenos de difusão e a renovação do solvente em contato com as substâncias solúveis permitem a dissolução dessas. Os principais métodos de extração vegetal são: extração a frio e extração a quente. Principais métodos de extração a frio: Maceração: o material vegetal é extraído em um recipiente fechado a temperatura ambiente por um período prologado sob agitação. O liquido extrator é constituído por etanol, metanol e soluções hidroalcoólicas. Percolação: o vegetal é moído em um recipiente (percolador), através do qual é feito passar o líquido extrator. Métodos de extração a quente: Infusão: é colocado água fervente durante certo tempo encima do material vegetal dentro de um recipiente fechado. Geralmente é aplicado nas partes moles do vegetal, que devem ser cortadas para maior facilidade de penetração da água. Turbolização: a extração ocorre simultaneamente com a redução da partícula, pode-se utilizar um liquidificador. A redução da partícula favorece a rápida dissolução das substâncias. Decocção: manter o material durante certo tempo imerso em um solvente (água) em ebulição. É empregado em partes vegetais mais rígidas. Métodos de extração líquido / líquido (sistema fechado): Extração sob refluxo ou hidrodestilação: submete-se o vegetal à extração com um solvente em ebulição em aparelho acoplado a um condensador, de forma que o solvente evaporado durante o processo seja recuperado e retorne ao conjunto. Emprega-se uma quantidade reduzida de solvente. Arraste por vapor de água: é feito para extração de óleos voláteis, mesmo seguindo os princípios da hidrodestilação, o material vegetal não fica em contato direto com a água fervente. Extração por aparelho de Soxhlet: é comumente utilização para extração de óleos vegetais termolábeis, pois não suportam o aumento de temperatura. É necessário o aparelho de Soxhlet e utilização de solventes orgânicos com baixa temperatura e baixo custo, como: hexano, benzeno, metanol, etanol, propanol, acetona, etc. Isolamento e purificação de metabólitos Métodos cromatográficos: Cromatografia em Camada Delgada (CCD), Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE), Eletroforese capilar. CCD: Consiste na separação dos componentes de uma mistura através da migração diferencial sobre uma camada delgada de adsorvente retido sobre uma superfície plana. O processo de separação está fundamentado, principalmente no fenômeno de adsorção. Usando fases estacionarias tratadas pode ocorrer também por partição ou troca iônica. CLAE: é o tipo mais versátil e mais amplamente empregado de cromatografia por eluição. Na cromatografia líquida, a fase móvel é um solvente líquido, o qual contém a amostra na forma de uma mistura de solutos. Eletroforese capilar: é utilizada para investigar uma grande variedades de amostras, moléculas simples, até moléculas mais volumosas e complexas, como: hidrocarbonetos aromáticos, alcaloides, flavonoides, ácidos fenólicos, terpenos, vitaminas hidro e lipossolúveis, aminoácidos, íons inorgânicos, ácidos orgânicos, catecolaminas, peptídeos, entre outros.