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MBA em Qualidade, Meio Ambiente e Segurança. IEC PUC MINAS Professora: Adriana Miranda de Souza Gestão de Pessoas e Coaching Disciplina: Prof. Adriana Miranda S. é Mestre em Administração pela Universidade Fumec. Possui especialização em Gestão de Recursos Humanos e em Gestão Estratégica de Negócios. É consultora em programas de desenvolvimento organizacional e gestão de pessoas, atuando em todos os subsistemas de RH. Atua como coach e mentora de empresários e líderes de vários segmentos. Consultora no processo de implantação de Universidade Corporativa e gestão de conhecimento. É autora e consultora de livros publicados, em 2012 via lei de incentivo com patrocínio da empresa Kinross na cidade de Paracatu MG. É autora de projetos sociais aprovados em consulta pública (2016/2017) em parceira com o município de Belo Horizonte MG. É vice presidente do Centro de Chauffeurs na cidade de Belo Horizonte MG desde 2018. Organizações Aprendizagem nas organizações Educação Gestão de pessoas – conceitos básicos Noção de competências O que é Aprendizagem? ? O aprendizado é um processo de mudança de comportamento obtido através da experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais. O mais importante não é o que é “ensinado”, mas o que é “aprendido”. A ansiedade exacerbada prejudica a aprendizagem. Pontos relevantes sobre a aprendizagem. A experiência auxilia na reconstrução do conhecimento a ser aprendido. Os contextos social e ambiental cumprem papel significativo na motivação para aprendizagem e no pensamento criativo. O equilíbrio entre a experiência concreta e a abstração repercute nas ações aprendidas. Pontos relevantes sobre a aprendizagem. O feedback auxilia o ritmo da aprendizagem. Processo de Aprendizagem Informar-se, obter esclarecimento, adquirir informação, ficar ciente de algo. Requer preparação do indivíduo e exige atividades intelectuais. Para que a informação seja útil à aprendizagem da pessoa, deve-se criar condições para aprender-fazer.. Adquirir um saber fazer, uma habilidade, aprender a fazer algo. Incluir-se, compreender, aprender o sentido e o alcance de algo e, a partir disso agir. Não significa saber fazer bem, requer empenho (repetição, experimentação prática, aquisição de conhecimentos e um método. Não é saber imitar, é adaptar condutas à situações imprevistas, administrar os próprios recursos, fazer experiência da mudança. Corrigir erros, mudar hábitos, criar soluções originais, criar instrumentos para melhoria da eficiência do trabalho. Pressupões uma atitude de abertura para a experiência, enriquecendo as experiências passadas e modificando a qualidade futura. Fonte: Adaptado de Morin et al. (2009, p. 164-166) Tipos de aprendizagem. Aprendizagem Instrumental. Aprender a fazer melhor o trabalho uma vez que o padrão básico de desempenho tenha sido alcançado. Ajudado por aprender no trabalho. Aprendizagem Cognitiva. Resultados baseados na melhoria do conhecimento e da compreensão. Fonte: Harrison (2005). Tipos de aprendizagem. Aprendizagem Afetiva. Resultados baseados no desenvolvimento de atitudes ou sentimentos ao invés de conhecimento. Aprendizagem Auto reflexiva. Desenvolver novos padrões de compreensão, pensamento e comportamento e, portanto, criar novos conhecimentos. Fonte: Harrison (2005). Educação. É um amplo processo, duradouro e construído socialmente. É toda influência que as pessoas recebem do ambiente social, durante sua existência, com intuito de se adaptar às normas e aos valores sociais vigentes e aceitos. Tipos de educação. Educação Formal. Organizada Sistemática Planejada Educação profissional Educação institucionalizada ou não, visa preparar o indivíduo para a vida profissional. Educação Informal Desorganizada Assimétrica Difusa Não planejada Os primeiros estudos sérios da organização de aprendizagem foram feito por Argyris e Schon em 1978 intitulado "Aprendizagem Organizacional" e em 1990 por Peter Senge intitulou “A Quinta Disciplina”. É um processo de identificação e correção de erros (Argyris, 1992). É um processo de aperfeiçoar ações pelo melhor conhecimento e compreensão( Fiol et al. 1985). Organizações que aprendem são aquelas capazes de criar, adquirir e transferir conhecimentos e modificar seus comportamentos para refletir esses novos conhecimentos. Aprendizagem Organizacional... Os primeiros estudos sérios da organização de aprendizagem foram feito por Argyris e Schon em 1978 intitulado "Aprendizagem Organizacional" e em 1990 por Peter Senge intitulou “A Quinta Disciplina”. Uma organização que aprende está continuamente expandindo sua capacidade de criar o futuro (Senge, 1990). Aprendizagem Organizacional... O ambiente de aprendizagem é característica presente nas organizações que aprendem. A organização de aprendizagem é aquela que permite a aprendizagem de todos os seus membros e tem capacidade de transição contínua (Garavan, 1997, p. 25). A efetividade da aprendizagem organizacional e da geração de conhecimento é determinante para a formação das competências organizacionais. Argyris e Schön (1996) propõem a existência de dois tipos de aprendizagem, a tipo single-loop e a do tipo double-loop. Aprendizagem Organizacional... busca a manutenção do conhecimento. é uma aprendizagem instrumental, que muda estratégias de ação ou suposições acerca desta estratégia. deixa que os valores de uma teoria de ação permaneçam inalterados, ou seja, detecta e corrige o erro, mas não altera o modelo vigente. busca detectar erros nas estratégias organizacionais e suas suposições, que podem ser modificadas para sustentar o desempenho organizacional. normas e valores continuam imutáveis neste tipo de aprendizagem, pode transformar-se em uma rotina que prejudica a adaptabilidade e a flexibilidade. Há dificuldades em aprender focando somente na reflexão sobre o problema. A aprendizagem do tipo single-loop... tem por princípio questionar o que se aprende e revisar princípios. é indicada para mudanças na cultura organizacional. foca na correção do erro depois da revisão dos valores inerentes ao modelo, e é o mais adequado para transformações. refere-se a dois laços de realimentação (double-loop feedback) que se conectam aos efeitos observados da ação junto com a estratégia e os valores que sustentam tal estratégia, assim, as estratégias e suas suposições podem ser alteradas em função de uma mudança de valores. (ARGYRIS; SCHÖN, 1996). A aprendizagem do tipo double-loop... Cinco Disciplinas das organizações que aprendem Maestria ou domínio pessoal. Aumento da capacidade de desenvolvimento individual. Modelos mentais. Visão compartilhada. São insights como referência para ações e decisões no ambiente de trabalho. Compreende refletir, esclarecer continuamente. Elaboração de compromissos com diretrizes comuns da equipe de trabalho. Aprendizagem em equipe. Capacidade de desenvolver conhecimento e habilidades coletivas. Pensamento sistêmico. Ferramenta mental para lidar com a mudança, pensamento global, visão da totalidade. Gestão de Pessoas. RH ou Gestão de Pessoas - Significados. RH como função ou departamento O RH é o departamento operacional que funciona como órgão de staff, ou seja, como um prestador de serviços nas áreas de recrutamento, seleção, treinamento, remuneração, comunicação, higiene e segurança, benefícios, dentre outros. RH como um conjunto de práticas de recursos humanos. É a forma como a organização realiza suas atividades de recrutamento, seleção, treinamento, benefícios, etc. RH como profissão. Está relacionado com os profissionais que trabalham em tempo integral com recursos humanos: treinadores, selecionadores,engenheiros de segurança, médicos do trabalho, etc. RH ou Gestão de Pessoas - Significados. O objetivo fundamental da GRH estratégica é gerar capacidade organizacional, garantindo que a organização tenha funcionários qualificados, engajados, comprometidos e bem motivados de que precisa para obter vantagem competitiva sustentada. Para mobilizar e utilizar plenamente as pessoas em suas atividades, as organizações estão mudando os seus conceitos e alterando as suas praticas gerenciais. RH ou Gestão de Pessoas. Em um mundo globalizado, instável, mutável e fortemente concorrencial, as pessoas passam a significar o diferencial competitivo que mantém e promovem o sucesso organizacional: elas passam a constituir a competência básica da organização, a sua principal vantagem competitiva. RH ou Gestão de Pessoas. Em vez de investirem diretamente nos produtos e serviços, as organizações estão investindo nas pessoas que entendem deles e que sabem como cria-los, desenvolve-los, produzi-los e melhora-los. A área de Gestão de Pessoas (GP) e extremamente contingencial e situacional, pois depende de vários aspectos, como a cultura que existe em cada organização, da estrutura organizacional adotada, das características do contexto ambiental, do negócio da organização, da tecnologia utilizada, dos processos internos, do estilo de gestão utilizado e de uma infinidade de outras variáveis importantes. RH ou Gestão de Pessoas. A interação entre as pessoas dentro da organização pode também ser estudada a partir da Cultura Organizacional estabelecida por ela uma vez que, a mesma é formada por pessoas e a Cultura é caracterizada por um sistema de valores, crenças e comportamentos compartilhados, os quais orientam a forma de agir dos seus componentes. Gestão de Pessoas é o conjunto integrado de atividades de especialistas e de gestores – como agregar, aplicar, recompensar, desenvolver, manter e monitorar pessoas - no sentido de proporcionar competências e competitividade a organização. É a área que constrói talentos por meio de um conjunto integrado de processos e cuida do capital humano das organizações. SAIBA MAIS! As organizações inovam e as tecnologias e os mercados mudam. Para poder acompanhar esses desenvolvimentos, os funcionários - o capital humano - também precisam se desenvolver. Novos conhecimentos e habilidades devem ser aprendidos e as competências treinadas. No nível organizacional, o "aprendizado" é estabelecido quando as organizações: determinar estruturalmente a necessidade de conhecimento e um perfil de competência coletiva, e usar isso como base para o desenvolvimento humano, e construir “loops” de aprendizagem dentro dos processos da empresa, por meio dos quais eles possam se aprimorar continuamente. Os objetivos da Gestão de Pessoas são variados e a Área de Recursos Humanos deve contribuir para eficácia organizacional através dos seguintes meios: a) ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão. b) proporcionar competitividade à organização. c) proporcionar à organização empregados bem treinados e bem motivados. d) aumentar a auto atualização e a satisfação dos empregados no trabalho. e) desenvolver e manter a qualidade de vida no trabalho. f) administrar a mudança. As pessoas como seres humanos. Dotados de personalidade própria e profundamente diferentes entre si, com uma historia pessoal particular e diferenciada, possuidores de conhecimentos, habilidades e competências indispensáveis a adequada gestão dos demais recursos organizacionais. As pessoas como ativadores de recursos organizacionais, como elementos impulsionadores da organização e capazes de dota- la do talento indispensável a sua constante renovação e competitividade em um mundo cheio de mudanças e desafios. A Gestão de Pessoas se baseia em alguns aspectos fundamentais: As pessoas como parceiros da organização: capazes de conduzir a organização a excelência e ao sucesso. As pessoas como talentos fornecedores de competências: ou seja, as pessoas como elementos vivos e portadores de competências essenciais ao sucesso organizacional. A Gestão de Pessoas se baseia em alguns aspectos fundamentais: Noções de Competência As mudanças atuais da era nos negócios e na indústria estão em um ritmo que é inimaginável e sem precedentes. As mudanças são rápidas. As mudanças em ambiente de negócios acontecendo em um ano agora nem mesmo foram vistos um século atrás. Invasão tecnológica, globalização, elevação econômica e as expectativas sociais são os motores dessas mudanças. As habilidades necessárias para um trabalho agora e amanhã são imprevisíveis. Para permanecer empregável, é preciso dominar a capacidade de visualizar e ser dinâmico, adaptável e autoaprendizagem. Não se trata apenas de habilidades técnicas e duras, mas de competências que proporcionarão uma vantagem em termos de empregabilidade. As dimensões das habilidades sociais são expansivas. A capacidade de reconhecer e adquirir habilidades que se encaixem perfeitamente na função é a chave para o sucesso. Por que as organizações desenvolvem e treinam pessoas? ? Treinar e desenvolver pessoas dentro de uma organização atende a três necessidades básicas: Compor uma estratégia do negócio. Desenvolver o ambiente organizacional. Auxiliar as equipes de trabalho e seus integrantes em suas aspirações e necessidades. Competências são repertórios de comportamentos que algumas pessoas dominam melhor que outras, o que as faz eficaz em uma determinada situação (Levy-Leboyer). • Refere-se a uma individual ou a uma coleção disponível de pré- requisitos para ação bem-sucedida em domínios de tarefa significativos. • Hartle (1995 p.107) argumenta que a competência como “uma característica de um indivíduo que foi mostrado para impulsionar desempenho superior no trabalho” inclui ambas as competências visíveis de conhecimentos e habilidades e elementos subjacentes de competências, como 'traços emotivos. • Com base nas âncoras comportamentais são definidas como capacidades de desempenho necessárias para demonstrar aquisição de conhecimento, habilidade e atitude (competência). De acordo com isso construção, a competência é um subconjunto de si mesma. • Diferentes contextos culturais influenciam a compreensão da competência e isso é importante em relação ao grau em que a competência definida pela alfabetização cultural envolve identidades de grupo, como raça, gênero, idade e classe (atribuição), em oposição ao comportamento demonstrável (realização). • Existem muitas diferenças abordagens teóricas atuais, mas nenhuma estrutura conceitual comum. A competência tem sido definidas, descritas ou interpretadas teoricamente de nove maneiras diferentes: Habilidade cognitiva geral. Habilidades cognitivas especializadas. Competência – desempenho – modelo. Modelo de competência-desempenho modificado. Tendência de ação motivadoras. Autoconceitos objetivos e subjetivos. Competência de ação Competências chave. Metacompetências. C H Á CONHECIMENTO HABILIDADE ATITUDE Para resumir, o conceito de competência refere-se a uma individual ou interindividual coleção disponível de pré-requisitos para ação bem-sucedida em domínios de tarefa significativos. “Aprendizado é isso: de repente você compreende alguma coisa que sempre entendeu, mas de uma nova maneira.” Doris May Lessing