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Processos de Provisão e Aplicação

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UNIDADE 2 | PROCESSOS DE PROVISÃO E APLICAÇÃO DE PESSOAS
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A maioria dos funcionários permanece por muito tempo na mesma 
organização, não justificando a necessidade de se obter constantemente um 
recrutamento para cada cargo. Neste caso, o planejamento de pessoal auxilia na 
previsão e definição de quais cargos e quantas pessoas precisam ser recrutadas.
A seleção tem o objetivo de selecionar, entre os candidatos em potencial, quem 
melhor preenche a vaga. O resultado esperado do processo de seleção é escolher entre 
os candidatos recrutados aqueles que tenham maiores probabilidades de se ajustar 
ao cargo vago e desempenhá-lo bem, ou seja, escolher a pessoa certa para o cargo 
certo. A seleção, portanto, é uma atividade de escolha, de decisão, de classificação de 
candidatos. O termo classificação parece agressivo em se tratando de pessoas, porém, 
num processo de seleção, é necessário incluir todos os candidatos recrutados numa 
relação, num ranking, do mais indicado para o menos indicado para a vaga. 
Não estamos classificando as pessoas em boas ou ruins, mas sim em 
pessoas que mais reúnem os requisitos aos que menos reúnem os requisitos. 
Os candidatos que mais reúnem condições são os que proporcionam mais 
segurança em termos de probabilidade de desempenharem bem a função. Veja, 
estamos falando de probabilidade, não de certeza absoluta. Nunca podemos 
esquecer que estamos lidando com pessoas, que são seres humanos e que 
precisam ser tratados como tal.
A seleção de pessoas é afetada pelas mudanças que as organizações 
enfrentam a cada dia, introduzindo tecnologias novas, modificando produtos, 
relacionando-se com o mundo globalizado etc. A característica principal do meio 
organizacional, hoje, são as mudanças, que se tornam rápidas, imprevisíveis. 
Da mesma forma, cada vez mais é necessário seleção de pessoas que atendam 
a estes desafios. Antigamente, apenas uma grande vontade de trabalhar fazia 
com que o candidato fosse escolhido. Era o conhecido pau para toda obra. 
A empresa proporcionava-lhe oportunidade de aprender o ofício, até mesmo 
como autodidata.
Para tanto, poderia errar tantas vezes quanto necessário. Nem havia um 
controle efetivo das perdas. Basicamente, o método de aprendizado era a tentativa 
de acerto e erro. Hoje, o próprio cliente (o mercado) exige que a organização adote 
um modelo de gestão, para garantir o fornecimento de produtos de qualidade, 
que o processo para fabricação deste produto não agrida nem deprede o ambiente, 
que as pessoas sejam tratadas com igualdade e que o ambiente de trabalho seja 
adequado, ou seja, há necessidade de um modelo de gestão integrado, buscando o 
equilíbrio entre a preservação do ambiente, a qualidade do produto, a dignidade 
e a segurança das pessoas que participam da organização. É o que ocorre com os 
processos de certificação ISO 9.000, 14.000, 18.000, por exemplo. Em todos estes 
modelos está incluído o item qualificação e competência de funcionários.
A organização precisa comprovar, através de evidência objetiva, que seus 
funcionários são qualificados, competentes e não apenas dizer, mas comprovar, 
através de evidências objetivas, a competência. Esta exigência reduz as perdas pela 
falta de competência.

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