Buscar

Pele e Anexos Cutâneos

Prévia do material em texto

Objetivos
Módulo 1
Anátomo-fisiologia da pele e
seus anexos
Identificar a anátomo-fisiologia da pele e seus anexos.
Cutâneos
Profª. Jordana Ruffier Pagani
Descrição
Anatomia e fisiologia da pele e de seus
anexos, absorção transdérmica de fármacos
e bioativos.
Propósito
Conhecer a anatomia e fisiologia da pele e de
seus anexos é de fundamental importância
para os profissionais que atuam nas áreas de
cuidados com a pele, estética e beleza, bem
como aqueles que trabalham com pesquisa e
desenvolvimento de produtos cosméticos.
Preparação
Antes de iniciar o estudo deste conteúdo,
tenha em mãos um dicionário de Termos
Técnicos em Saúde para entender termos
específicos da área.
Absorção cutânea e percutânea
de fármacos e bioativos
Descrever a absorção cutânea e percutânea de fármacos e
bioativos.
Acessar módulo
1
Neste conteúdo, você conhecerá um pouco sobre a estrutura da
pele e os anexos cutâneos, o principal órgão de atuação dos
produtos cosméticos. Além disso, exploraremos os principais
sistemas de permeação cutânea. Dessa forma, poderemos
compreender melhor como funcionam as preparações cosméticas,
as principais matérias-primas e as formulações cosméticas com
bioativos.
Você sabia que o maior órgão do corpo humano é a pele? Ela é
dividida em três camadas: epiderme, derme e hipoderme, sendo
que a epiderme é constituída basicamente de células mortas, as
quais encontram-se em constante renovação. Além disso, a pele é
igual para todos os grupos humanos e o que difere a cor da pele é a
quantidade de melanina.
A partir de agora, vamos conhecer um pouco melhor esse órgão tão
importante como mecanismo de defesa para o corpo humano, e
também sob o ponto de vista estético.
Orientações sobre unidade de medida
Introdução
Pele
A pele é considerada o maior e mais eficiente órgão do corpo humano, e
é o tecido externo que recobre todo o nosso corpo, conhecido como
sistema tegumentar. Ela sofre constante renovação celular, é o órgão
mais pesado, cerca de 3kg-4kg, e apresenta extensão em torno de 2m².
30% de todo o sangue circulante.
Na imagem a seguir, veremos a anatomia da pele humana:
Anatomia da pele humana.
Dentre as inúmeras funções da pele, podemos destacar as seguintes:
Proteção – contra agressões físicas, químicas e bacterianas
Regulação térmica – por meio dos vasos sanguíneos e das
glândulas sudoríparas
Controle de sensações físicas – calor, frio, dor, pressão e tato
Secreção – produção de suor
Absorção de substâncias ativas – permeabilidade cutânea
Excreção
Proteção contra raios ultravioleta
Controle da homeostase
Síntese de vitamina D₃
Curiosidade
Uma pessoa adulta com cerca de 1,70m e
70kg possui uma área cutânea de
aproximadamente 1,85m², isso corresponde
em volume a 4.000mL e a quantidade de
sangue circulante pode chegar a 1.800mL.

Macroestrutura
É considerada a anatomia da pele. O tecido se estende por
toda a superfície do corpo delimitando o meio externo do meio
interno do nosso organismo. De acordo com a região do corpo,
pode ser lisa ou rugosa, grossa ou fina, firme ou flácida, com
pelos ou sem. É por essa característica macroscópica que se
define a individualidade do ser humano como cor, cabelos,
textura e odor.
Microestrutura
Pode ser considerada a parte histológica da pele e está
dividida em três estruturas principais: epiderme, derme e
hipoderme ou subcutânea. Além das três camadas , a pele
também é constituída de anexos cutâneos, que correspondem
às glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas, aos pelos e às
unhas.
Epiderme
A epiderme é a parte mais externa ou superficial da pele com
aproximadamente 50µm de espessura e cerca de 50.000 células
nucleadas por mm².
Histologicamente, é constituída por um tecido epitelial estratificado
pavimentoso altamente queratinizado. É totalmente desprovida de
vasos sanguíneos e, em alguns lugares, como nas pálpebras, pode
chegar a apenas 0,006mm de espessura.
A epiderme está ainda subdividida em outras 5 camadas ou estratos:
camada córnea, camada lúcida, camada granulosa, camada espinhal ou
de Malpighi e camada germinativa ou basal.
Representação esquemática da epiderme, mostrando o estrato córneo, estrato lúcido, estrato
granuloso, estrato espinhoso e estrato basal.
Na epiderme, aproximadamente 80% das células são constituídas de
queratinócitos, que são responsáveis pela produção da queratina. Na
epiderme, além dos queratinócitos, estão presentes:
Um tipo de célula dendrítica que representa 13% das células da
epiderme, distribuindo-se por toda a sua extensão, e que produz
os pigmentos que conferem cor à pele e aos cabelos.
Além desses tipos celulares, a epiderme é composta também pelas
células de Merkel, células neuronais sensoriais presentes em grande
número nas mãos.
Os melanócitos As células de Langerhans
Camadas e células da epiderme.
Dentre as cinco subcamadas que constituem a epiderme, duas
apresentam maior importância: a camada córnea ou estrato córneo e a
camada germinativa ou basal ou estrato germinativo ou basal.
Esquema representando os estratos epidérmicos.
No esquema, é importante observar como as células
vão sofrendo alterações à medida que elas são
empurradas para cima, ocorrendo o achatamento das
células, perda de água e dos núcleos e acúmulo de
queratina.
Agora, vamos conhecer melhor as subcamadas da epiderme.
Estrato basal (germinativo) ou camada basal 
Estrato espinhoso ou camada espinhosa 
Estrato Granuloso 
Derme
A derme é basicamente constituída por um tecido conjuntivo, rico em
fibras colágenas, elásticas e reticulares e é responsável pela resistência
estrutural da pele. O tecido conjuntivo é composto por 70% de água, e
30% de fibras que correspondem às fibras de colágenos, elastinas e
mucopolissacarídeos que são capazes de absorver água e manter a
elasticidade e hidratação da pele.
Esquema da estrutura da derme.
A interface entre a derme e a epiderme não é uma camada regular,
apresentando ondulações, o que é importante para aumentar a
superfície de contato entre as duas camadas, favorecendo a troca de
metabólitos e a nutrição das células da epiderme. Essa interface é
conhecida como lâmina dermo-epidérmica, constituída de papilas que
são sintetizadas pelas células na camada basal.
Comentário
É importante ressaltar que existem dois tipos
de queratina no corpo humano, uma mais
mole e flexível e a mais dura, que constitui
unhas e cabelos.

É constituída de fibras colágenas mais finas e fibras elásticas
ainda sem uma orientação definida que confira elasticidade à
pele. Apresenta tecido conjuntivo frouxo, com muitas células
(fibroblastos, macrófagos e plasmócitos entre outras).
Hipoderme ou camada subcutânea
Derme papilar Derme reticular
Saiba mais
O volume sanguíneo presente na derme é
capaz de realizar o transporte de nutrientes
para a pele, remover os produtos de
degradação, regular a pressão arterial e a
temperatura, mobilizar as forças de defesa
do nosso organismo e contribuir para a
coloração da pele.

responsável pela síntese e estoque de substâncias energéticas como os
lipídeos.
No tecido adiposo, as fibras do tecido conjuntivo, juntamente com as
fibras elásticas, apresentam um arranjo diferente, constituindo as
células adiposas. Na hipoderme, estão presentes também alguns dos
folículos pilosos e das glândulas sudoríparas.
Algumas alterações na pele
O albinismo
O albinismo é uma doença genética, hereditária e recessiva. As pessoas
com albinismo não possuem a enzima tirosinase, responsável pela
síntese de melanina. Ele pode ser classificado de várias formas e em
muitos casos está associado a distúrbios oculares, uma vez que a
melanina também é responsável pela pigmentação dos olhos.
Curiosidade
A melanina é produzida pelos melanócitos,
que variam nas diferentes regiões da pele. A
diferença de cor não está relacionada à
quantidade de melanócitos, e sim à
capacidade de produção de melanina, ao
tamanho dessas células e à sua distribuição.
Algumasalterações na produção de
melanina levam a doenças como o albinismo
e o vitiligo.

Imagem representativa de criança com albinismo.
Como regra geral, é possível classificar dois tipos principais de
albinismo:
Albinismo oculocutâneo
Ocorre a ausência completa de melanina ou uma baixa
produção que interfere na pigmentação da pele, dos cabelos e
dos olhos, comprometendo a visão e ocasionando estrabismo,
nistagmo e diminuição da acuidade visual.
Albinismo ocular
Somente os olhos são afetados, e o restante da pele e os
cabelos se mantêm com a coloração normal de acordo com a
genética da família. Entretanto, na maioria desses casos, os
indivíduos apresentam problemas mais graves de visão,
podendo chegar inclusive à cegueira.
Uma vez que a melanina é responsável também pela proteção solar e
pela formação do campo visual, como a anatomia do nervo óptico, a
ausência dessa proteína vai muito além apenas da falta de coloração da
pele e dos cabelos, comprometendo também de forma significativa a
visão dos portadores.
O vitiligo
q p p g
Teoria imunológica
Considera o vitiligo como uma doença autoimune pela
formação de anticorpos antimelanócitos.
Teoria Citotóxica
Defende que metabólitos secundários formados durante a
síntese de melanina podem destruir os melanócitos.
Teoria Neural
Aponta que um mediador neuroquímico causaria destruição de
melanócitos ou inibiria a produção de melanina.
O vitiligo não tem cura, mas tem tratamento e apesar de ocasionar
danos estéticos, principalmente quando acomete a face, essa doença
não causa nenhum prejuízo à saúde do paciente.
Imagem de paciente com vitiligo nas mãos.
Alterações na estrutura
epitelial com
O acúmulo de gordura em homens e mulheres é diferente. A imagem a
seguir mostra a comparação esquemática do tecido adiposo em uma
pessoa normal, com camadas de gorduras normais, e uma pessoa com
celulite, em que ocorre um maior acúmulo de gordura no tecido adiposo.
Formação da celulite a partir de um tecido saudável.
Anexos cutâneos
A pele também apresenta uma série de formações de origem epitelial e
com funções específicas denominadas de anexos cutâneos ou
apêndices cutâneos, conforme podemos observar na imagem a seguir:
Estrias 
Celulite 
Esquema dos anexos cutâneos.
A seguir, vamos conhecer os principais anexos cutâneos.
Glândulas sudoríparas
As glândulas sudoríparas são responsáveis pela produção e secreção
do suor, sendo essenciais para a manutenção da temperatura corporal,
reparação da epiderme, além de constituírem a porção aquosa do filme
hidrolipídico (FHL).
Essas glândulas são divididas em glândulas sudoríparas écrinas e
apócrinas.
 
Glândulas sudoríparas écrinas Glândulas sudoríparas apóc
p p p , p
estímulos emocionais.
Estrutura das glândulas sudoríparas.
Folículos Pilosos
Os folículos pilosos estão distribuídos por toda a pele, exceto nos lábios,
palmas das mãos e solas dos pés. São responsáveis pela formação dos
pelos e possuem em sua base a papila dérmica. Através da papila
dérmica ocorre a renovação dos folículos pilosos, conforme veremos na
imagem a seguir.
Figura esquemática do folículo piloso.
Essa renovação está associada às fases de crescimento dos pelos e do
cabelo e pode ser dividida em três fases distintas:
Fase Anágena
Fase Catágena
Fase de transição na qual o folículo para de crescer.
Fase Telógena
Fase na qual ocorre a queda natural do folículo antigo e
um novo folículo inicia o ciclo novamente, substituindo
o anterior.
Glândulas sebáceas
As glândulas sebáceas geralmente estão associadas a um folículo
piloso e constituem uma unidade pilossebácea. Estão bem distribuídas
por toda a pele, mas são mais numerosas na face, na testa, dentro da
orelha, na linha mediana das costas e na região anogenital. O sebo
Estrutura da glândula sebácea.
Pode-se afirmar, portanto, que a quantidade dessa secreção é
responsável pelos tipos de pele e cabelo, tais como secos, oleosos ou
normais. É regulada, geralmente, por meio de fatores hormonais.
Unhas ou lâmina ungueal
As unhas são compostas por células queratinizadas, denominadas
escleroqueratina, que se originam na epiderme, apresentando alta
permeabilidade. Crescem, em média, cerca de 3mm por mês. Podem
estar divididas da seguinte forma:
Unha ou lâmina
ungueal
É a estrutura principal da unha, composta
por três camadas: camada interna mais
macia (unha ventral), camada
intermediária (queratina dura) camada
mais externa (unha dorsal).
 1 de 9 
Com a ajuda da imagem a seguir, vamos entender de modo detalhado
como estruturam-se as unhas.
 
Figura esquemática da unha.
Classificação dos
tipos de pele
Dificilmente a pele de um ser humano apresentará uma classificação
única, uma vez que os tipos de pele podem variar com a região do corpo,
época do ano e local de residência do indivíduo. Entretanto, existem
algumas classificações para pele de acordo com a cor, a textura e a sua
constituição (pele normal, oleosa, seca, mista e sensível), as quais
veremos a seguir.
Pele normal
Representação ilustrativa de uma pele normal.
É difícil definir o que é uma pele normal. Geralmente, a pele normal é
encontrada em bebês e não apresenta anormalidades.
A seguir, vejamos as características fisiológicas e os aspectos clínicos
de uma pele normal.
Pigmentação uniforme
Filme hidrolipídico equilibrado
Processo de queratinização normal, pele de textura normal
e fina
Vascularização normal (não visível)
Pele oleosa
Nas peles oleosas, há um desequilíbrio no filme hidrolipídico,
normalmente O/A (óleo/água), com predomínio de uma fase oleosa,
pele seborreica ou diminuição da fase aquosa gerando uma pele oleosa
e desidratada
A seguir, vejamos as características fisiológicas e os aspectos clínicos
de uma pele oleosa.
Representação ilustrativa da concentração de óleo em uma pele oleosa.
Pigmentação pode ser uniforme ou apresentar lentigos
Filme hidrolipídico desequilibrado
Excesso de fase oleosa (>O): Pele seborreica
Diminuição da fase aquosa ( < A): Pele oleosa desidratada
Processo de queratinização afetado, apresentando uma
pele mais espessa
Características fisiológicas Aspectos clínicos
Pele seca
Pode estar relacionado à pele desidratada, uma diminuição na produção
de lipídeos e pode ser classificada também pela sensação que
transmite, causada pela falta de elasticidade, havendo sensação de
repuxamento e descamação contínua
A seguir, vejamos as características fisiológicas e os aspectos clínicos
de uma pele seca.
Representação ilustrativa de áreas desidratadas em uma pele seca.
Pigmentação pode ser uniforme ou apresentar lentigos
Filme hidrolipídico desequilibrado
Diminuição de fase oleosa ( < O): Pele alípica (mais comum
em jovens)
Diminuição da fase aquosa ( < A): Pele desidratada (mais
comum em idosos)
Processo de queratinização afetado, apresentando uma
pele mais fina (hiperdescamação), acompanhada de
prurido
Vascularização normal (não visível à superfície)
Características fisiológicas Aspectos clínicos
p p
nariz e o queixo (região T), onde existe uma maior concentração de
glândulas sebáceas, são oleosos.
É importante ressaltar que pode ocorrer descamação nas zonas mais
secas na pele.
Representação ilustrativa da concentração de óleo em uma pele mista.
Pele sensível
Representação ilustrativa das áreas de sensibilidade em uma pele sensível.
Essa classificação surgiu nos últimos anos e está relacionada à maior
sensibilidade que algumas pessoas sentem e que apresentam
normalmente uma pele clara, com espessura altamente fina e baixa
produção de secreção.
A seguir, vejamos as características fisiológicas e os aspectos clínicos
de uma pele sensível.
Espessura da pele fina
Tez clara
Sistema imunitário reativo
Produções sebáceas e sudoríparas diminuídas
O envelhecimento
cutâneo
Ao longo de toda a vida, o tecido epitelial que constitui a pele é renovado
periodicamente. À medida que o indivíduo envelhece, ocorre uma série
de modificações que limitamo funcionamento normal do corpo, como a
diminuição da capacidade de renovação das células, o
comprometimento do fluxo sanguíneo e as respostas imunes menos
eficientes. Essas alterações ocorrem naturalmente, sem a influência de
fatores externos, e isso é chamado de envelhecimento intrínseco. Veja
um comparativo entre as estruturas de uma pele jovem e as estruturas
de uma pele envelhecida:
Pele jovem Pele
envelhecida
Esse tipo de envelhecimento depende do tempo; de fatores endógenos,
como o acúmulo de radicais livres, as espécies reativas de oxigênio
(ROS); alterações hormonais; e de características genéticas individuais.
Vai ocorrer junto com o envelhecimento do organismo como um todo.
As principais alterações são a diminuição da capacidade de divisão
celular e da produção de matriz extracelular, importante substância do

Local da pele Alterações clínicas
Epiderme
Diminuição da capacidade de
renovação celular
Menos Células de Langerhans
(menos defesa)
Menos melanócitos
Diminuição de espessura
Menor capacidade mitótica da
camada basal
Perda de consistência da junção
dermo-epidérmica (sensação de
pele em excesso)
Derme
Menor número de fibroblastos
Diminuição do número de
proteínas (colágeno e elastina)
Diminuição do número de células
Anexos cutâneos
Despigmentação do pelo
(branqueamento)
Perda de pelo ou cabelo
Diminuição de microcirculação
Diminuição da produção de suor
e sebo
Diminuição da sensação de
estímulos (por perda dos
corpúsculos de Pacini e
Meissner)
Quadro: Alterações estruturais da pele durante o envelhecimento intrínseco.
Extraído de Ruivo, 2014, adaptado por Jordana Pagani.
As principais manifestações desse tipo de envelhecimento são as rugas,
a flacidez, a perda de elasticidade e a perda de expressões.
Na imagem, você poderá observar como esse envelhecimento ocorre de
forma mais detalhada.
Efeito do envelhecimento cutâneo sobre a pele ao longo dos anos.
Já o envelhecimento extrínseco, também conhecido como
fotoenvelhecimento, é resultado de fatores externos, como o tabagismo,
a poluição atmosférica, a diminuição da camada de ozônio e
principalmente a exposição à radiação solar. Desses fatores, o mais
importante é o provocado pela radiação ultravioleta. Essa radiação é
emitida pelo sol e subdividida em radiação UVA, UVB e UVC, de acordo
com seu comprimento de onda.
A radiação UVA apresenta maior comprimento de onda e assim maior
penetração na pele, podendo ainda ser subdividida em UVA I (340nm-
400nm) e UVA II (320nm-340nm). De forma diferente, a radiação UVB
(290nm-320nm) apresenta menor comprimento de onda e menor
capacidade de penetração, entretanto é mais carcinogênica.
Espectro eletromagnético de radiação ultravioleta.
Apesar de a radiação UVC (100nm-280nm) apresentar menor
comprimento de onda que a radiação UVB e causar maiores danos aos
humanos, essa radiação ainda é bloqueada pela camada de ozônio.
Essas radiações provocam danos estruturais à pele, alterações no DNA
Espectro eletromagnético.
No quadro a seguir, estão representadas as principais alterações
estruturais encontradas na pele resultantes do envelhecimento
extrínseco.
Local da pele Alterações clínicas
Epiderme
Menos células de Langerhans
(menos defesa)
Alterações dos melanócitos
resultando em manchas senis
Aumento da espessura.
Espessamento actínico (ação do
sol): resulta por aumento da
mitose e menor descamação
córnea
Achatamento da lâmina dermo-
epidérmica (sensação de
excesso de pele) semelhante ao
intrínseco
Derme
Alteração principal a nível das
fibras
Fibras de elastina sofrem
processo de elastose solar
proliferando-se de modo amorfo
Fibras colágenas devido à
estimulação de metaloproteínas
aparecem degradadas
Fibroblastos em menor número
mais espessas, uma pigmentação irregular, maior número de rugas e
maior tendência ao desenvolvimento de hiperpigmentações, quando
comparado com o envelhecimento natural (intrínseco).
Os filtros solares são preparações cosméticas capazes de absorver ou
bloquear as radiações UVA e UVB, sendo assim importantes para
retardar o fotoenvelhecimento no uso diário.
Biossíntese da
Melanina
Com a ajuda do vídeo a seguir, entenderemos como ocorre a síntese da
melanina e suas funções na pele e anexos.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo
que você acabou de estudar.

Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Algumas alterações na pele
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Classificação dos tipos de pele




Falta
pouco para
atingir
Questão 1
A partir do que você aprendeu sobre a anátomo-fisiologia da pele e
seus anexos cutâneos, analise as afirmativas abaixo e assinale a
alternativa correta.
I- O sistema tegumentar é constituído pela pele e seus anexos:
pelos, unhas, glândulas sebáceas, sudoríparas e mamárias.
II- No albinismo (do latim albus, branco), não há produção de
pigmentação pela ausência de melanina.
III- A derme é subdividida em: derme papilar e derme reticular.
IV- As unhas, assim como os pelos, resultam da compactação de
células com queratina dura.
Estão corretas as afirmativas:
Questão 2
As radiações solares são as principais causas de envelhecimento
cutâneo. A partir dessa afirmação, analise as afirmativas abaixo.
I. As radiações solares são classificadas em UVA, UVB e UVC, de
acordo com o impacto que influenciam na vida dos seres vivos na
alguns conceitos?
A I e II
B I e III
C I e IV
D II e III
E III e IV
Responder
p p p
IV. As radiações UVC são as radiações que podem causar maiores
danos aos seres humanos.
V. O fotoenvelhecimento cutâneo é causado principalmente pelas
radiações eletromagnéticas que causam aquecimento ou calor.
Estão corretas as afirmativas:
2
Absorção cutânea e percutânea de fármacos e
bioativos
Ao final deste módulo, você será capaz de descrever a absorção cutânea e percutânea de fármacos e bioativos.
A I, II e III apenas.
B II, III e IV, apenas.
C I, III, IV e V apenas.
D II, III e V, apenas.
E II e III, apenas.
Responder
Permeação Cutânea
Conforme estudamos anteriormente, a pele tem como principal função a
proteção do organismo frente a fatores externos, funcionando como
uma barreira física. Dessa forma, a penetração, permeação ou absorção
de substâncias ativas através da pele não é uma tarefa simples ou fácil.
A epiderme funciona como uma barreira física considerável para a
passagem dessas substâncias. Portanto, podemos afirmar que o maior
desafio dos formuladores é conseguir ultrapassar a epiderme.
As preparações farmacêuticas ou cosméticas quando aplicadas sobre a
pele, na maioria das vezes, visam a uma ação local, como no tratamento
de uma ferida ou de uma lesão pruriginosa. Entretanto, o ideal é que tal
formulação atinja as camadas mais profundas da pele, como a derme,
para que tenha uma ação mais prolongada. É por isso que dizemos que
a formulação precisa permear a pele, chegando a essas camadas mais
profundas. Além disso, também é possível veicular substâncias através
Nesses casos, a formulação apresenta-se como uma preparação
transdérmica ou ainda um sistema de liberação transdérmico (SLT).
Fazem parte da estrutura da epiderme:
Estrato córneo
É um tecido altamente organizado formado por uma série de
camadas lamelares de lipídeos, rica em triglicerídeos, ácidos
graxos livres, colesterol e fosfolipídeos, sendo 40% queratina e
40% água.
Queratinócitos
São as principais células que compõem o estrato córneo, em
cerca de 80%. São formados a partir da camada basal da
epiderme e vão migrando em direção à superfície, achatando-
se e perdendo seus núcleos, formando os corneócitos. A
principal função dos queratinócitos é a síntese de queratina.
Corneócitos
São células anucleadas, consideradas como células mortas,
ricas em queratina, que se organizam um em cima dos outros,
Estão presentes ainda na epiderme: os melanócitos (responsáveis pela
síntese de melanina), as células de Langerhans (que possuem funçãoimunológica) e as células Merkel (que são integradas ao sistema
nervoso).
Estrutura da epiderme.
Ultrapassar essa barreira não é uma tarefa simples, mas é possível
compreender que, em função das características físico-químicas do
estrato córneo, as substâncias ativas mais lipofílicas podem permear
mais facilmente a pele do que as demais substâncias.
Todavia, muitos são os fatores físico-químicos que interferem na
permeação das substâncias ativas na pele e não apenas a lipofilicidade
da substância.
Exemplo

Atividade Discursiva
Vamos discutir um pouco mais sobre esses fatores e como cada um
deles interfere na absorção dos fármacos através da pele mais adiante.
Agora, te convidamos a uma breve reflexão: diante de tantas
dificuldades e de tantos fatores, qual seriam as vantagens em se
desenvolver uma preparação transdérmica?
Digite sua resposta aqui
Chave de resposta
Transporte de fármacos
pela pele
Muitos estudos realizados nessa área demonstram que a permeação de
substâncias ativas na pele ocorre principalmente por difusão passiva
através das membranas celulares da epiderme, de acordo com a
Primeira Lei de Fick. Isso pode ocorrer basicamente de duas formas:
através dos anexos cutâneos (transfolicular), ou por uma via
denominada de transepidérmica ou transdérmica. E todo esse processo
é chamado de transporte de fármacos ou bioativos pela pele.
Uma vez que a quantidade de folículos pilosos e glândulas presentes na
pele é considerada muito pequena (cerca de 0,1% da superfície apenas),
O grau de hidratação cutânea.
O tempo e a intensidade da massagem
durante a aplicação do produto.
A permanência do produto sobre a
pele.
As características físico-químicas da
substância (tamanho da molécula,
solubilidade e coeficiente de partição
octanol/água).

Via
intercelular
Na via intercelular, a
permeação ocorre pela
passagem da
substância entre as
células do estrato
córneo, também
conhecidas por
corneócitos.
Via
intracelular
(transcelular)
Já na via intracelular
(transcelular) essa
permeação ocorre
através das células do
estrato córneo.
Agora, vamos entender melhor como isso funciona:
Na imagem a seguir, é possível observar que, num primeiro momento, as
substâncias ativas são apresentadas à superfície da pele por uma
formulação, na qual o ativo encontra-se geralmente dissolvido em um
veículo ou uma matriz polimérica, ocorrendo sua difusão para a
superfície da pele. A partir, daí existem três possibilidades para que o
ativo ultrapasse a pele. São elas: rotas de desvio, rota intracelular e rota
intercelular.
Nas rotas de desvio, o ativo pode seguir um desvio através do suor e
das glândulas sebáceas, mas que, conforme já comentado, é o
transporte menos utilizado devido à pouca quantidade dessas
estruturas e substâncias na superfície da pele.
Restam, portanto, duas outras possibilidades: uma rota intracelular e
outra rota intercelular. Na via intracelular, o ativo se difunde através dos
corneócitos antes de se dividir na matriz lipídica intercelular e alcançar a
epiderme viável. É preciso compreender que o ativo deve continuar seu
processo de divisão repetidamente pela queratina aquosa presente nos
corneócitos e depois pela passagem para os lipídeos intercelulares.
Já na rota intercelular as moléculas da substância ativa precisam se
dividir dentro da matriz lipídica (bicamada lipídica) e entre os
corneócitos. Dessa forma, a difusão ocorre de maneira mais difícil e

Via intercelular 
Via intracelular (transcelular) 
Principais vias de transporte de ativos através da pele.
Fatores que interferem na
absorção do fármaco
Vamos conhecer os fatores que interferem na absorção do fármaco
através da pele:
Concentração da
substância ativa
Neste caso, quanto maior for a
concentração de fármaco na formulação,
maior será a sua capacidade de absorção
dentro de um intervalo de tempo definido.
 1 de 7 
Principais Sistemas
Transdérmicos
 
como princípio ativo e desde então estima-se que mais de um bilhão de
SLTs sejam fabricados por ano no mundo.
Atualmente, existem vários tipos de apresentações transdérmicas e SLT
que contemplam uma variedade enorme de fármacos e ativos e são
conhecidos como patches. Entretanto, os mais comuns ainda são os
sistemas de reservatório, os sistemas matriciais e os sistemas
microrreservatórios.
Ativo Ação
Nitroglicerina
Tratamento da angina de
peito
Nicotina
Tratamento do hábito de
fumar
Testosterona
Tratamento do
hipogonadismo
Estradiol, Noretindrona,
Levonorgestrel
Reposição Hormonal
Lidocaína, Fenilato Analgesia
Metilfenidato
Tratamento do deficit de
atenção
Rotigotina
Tratamento do mal de
Parkinson
Rivastigmina
Tratamento de doenças
neurológicas (demência)
Quadro: Principais adesivos transdérmicos e suas aplicações.
Elaborado por Jordana Ruffier Pagani.
Para compreender o funcionamento desses sistemas, você precisa
entender que existem duas situações diferentes: uma é a formulação
em que se encontra o ativo, e a outra é o sistema de liberação desse
ativo.
Geralmente, o ativo está disperso na forma de gel,
emulsão, suspensão ou solução, e essa formulação é
Conheça cada um dos sistemas:
Sistema de Liberação Transdérmico do tipo reservatório.
No sistema reservatório, a substância ativa
encontra-se em um compartimento entre a
camada protetora externa e uma
membrana controladora semipermeável.
Esta membrana controla a liberação da
substância ativa através de poros por
difusão passiva. Um adesivo de contato é
colocado junto à superfície externa da
membrana para fixá-la na superfície da
pele. Nesses casos, é possível afirmar que
a velocidade de liberação do ativo é
controlada por meio da membrana
semipermeável.
 1 de 3 
Promotores de
permeação cutânea
Embora os SLTs possuam uma série de vantagens interessantes para a
liberação de ativos, infelizmente eles ainda apresentam algumas
limitações, principalmente relacionadas às características físico-
químicas dos ativos. Isso quer dizer que nem todos os fármacos e
substâncias bioativas poderão ser transportadas através da pele.
A fim de contornar essas limitações, alguns métodos foram
desenvolvidos com o objetivo de promover um aumento da permeação
cutânea de determinadas substâncias bioativas. Tais métodos têm sido
 
cutânea à difusão dos ativos. É possível classificá-los em três tipos de
métodos, de acordo com a ação que exercem sobre o estrato córneo,
são eles: físicos, químicos e biológicos.
Métodos Físicos
São aqueles que não alteram quimicamente as características da pele,
mas que levam a alterações transitórias através de estímulos físicos
que permitem o aumento da permeação cutânea de ativos. Vamos
conhecer algumas técnicas.
Iontoforese
Exemplo de tratamento com iontoforese.
É uma técnica de liberação de compostos químicos com carga (íons) ou
macromoléculas (peptídeos) através da pele utilizando um campo
elétrico.
Ocorre a aplicação de uma corrente elétrica que pode tanto ser
constante como pulsada ( 0,5 mA/cm²), a qual é disseminada através
de dois eletrodos (anodo e catodo) fixados na superfície da pele,
impregnados com a formulação contendo o ativo, geralmente na forma
de um gel.
≦
Aumento da capacidade de liberação de um grande número
de agentes terapêuticos
Melhora significativa da liberação de fármacos de alto peso
molecular
Melhor controle do perfil de liberação
Sonoforese
Também conhecida como fonorese ou ultrassom de baixa frequência,
esta técnica envolve a aplicação de uma preparação tópica sobre a área
a ser tratada e o massageamento do sítio de aplicação com uma fonte
de ultrassom entre 20kHz e 100kHz.
O ultrassom promove ondas de choque, as quais desestabilizam o
estrato córneo mediante um processo de cavitação que gera um rápido
crescimento e colapso das bolhas de ar, favorecendo assim a
permeação das substâncias ativas.
Vantagens Desvantagens
Esta técnica consiste na aplicação de pulsos elétricos curtos
(10Volts/cm² a 1000Volts/cm²)que promovem a formação transitória
de poros aquosos nas bicamadas lipídicas, diminuindo a resistência do
estrato córneo, aumentando o grau de hidratação e o fluxo sanguíneo da
região.
Exemplo de liberação de ativos com electroporação.
Microagulhas
Diferentemente das demais técnicas apresentadas até agora, esta
técnica é considerada minimamente invasiva. Ela consiste na utilização
de agulhas muito pequenas e finas capazes de produzir canais aquosos
transitórios com a finalidade de facilitar o transporte de ativos através
da pele. Essas agulhas precisam apresentar uma geometria adequada e
podem ser divididas em sólidas ou ocas. As microagulhas sólidas são
constituídas de metal ou sílica e podem estar associadas a outros
promotores de permeação cutânea. Já as microagulhas ocas
geralmente possuem um orifício revestido que facilita o fluxo das
substâncias ativas para a pele, ocasionando velocidades de liberação de
ativos mais rápidas.
Exemplo de utilização de microagulhas para aplicação de colágeno sobre a pele.
farmacêuticas e cosméticas com a finalidade de facilitar o transporte
das substâncias ativas através da pele. Tais substâncias podem agir por
meio de três mecanismos químicos diferentes:

Primeiro
Desestruturação da matriz lipídica do estrato córneo.

Segundo
Interação com as proteínas intercelulares.

Terceiro
Melhoria no coeficiente de partição do ativo presente na
formulação.
Embora não exista uma substância química perfeita para melhorar a
permeabilidade cutânea, alguns fatores são fundamentais para que esse
promotor possa ser utilizado em uma preparação cosmética, como
podemos ver a seguir:
Devem ser inertes, atóxicos, não irritantes e não alergênicos
A ação deve ser rápida e o efeito adequado e previsível
A pele deve recuperar imediata e totalmente sua capacidade
normal de barreira
Não deve causar perda de fluidos corporais, eletrólitos ou outros
materiais endógenos
Deve ser compatível com todos os fármacos e adjuvantes
Muitas substâncias possuem esse papel, incluindo a água, que aumenta
o grau da hidratação da pele, facilitando a liberação transdérmica.
Entretanto, o solvente mais utilizado com essa finalidade é o
Dimetilsulfóxido (DMSO), por ser incolor, inodoro, aprótico e
higroscópico. Ele age através da desnaturação das proteínas e lipídeos
presentes nos espaços intercelulares do estrato córneo. Embora muito
utilizado, alguns cuidados devem ser utilizados em relação à sua
concentração nas formulações, uma vez que pode apresentar toxicidade
em altas concentrações.
Outra substância que merece atenção é a azona, que foi a primeira
molécula utilizada como promotora de permeação cutânea. Trata-se de
um líquido incolor e inodoro com ponto de fusão (PF) de -7°C, altamente
lipofílico, solúvel e compatível com a maioria dos solventes orgânicos.
Apresenta baixa irritação e toxicidade e pouca atividade farmacológica,
e exerce seu efeito através da interação com a porção lipídica presente
no estrato córneo, desestruturando a camada e favorecendo a
penetração do ativo.
Métodos Biológicos
O estrato córneo é basicamente constituído de queratinócitos,
corneócitos e água. No entanto, existe a presença de proteínas, lipídeos
e enzimas distribuídas ao longo de toda a sua superfície. Estudos mais
recentes demonstraram que é possível o desenvolvimento de pró-
Saiba mais
Algumas substâncias utilizadas como
veículos das preparações cosméticas, como
tensoativos, ácidos graxos e álcoois graxos
(álcool cetoestearílico, por exemplo) também
auxiliam a permeação pois melhoram o
coeficiente de partição do ativo na bicamada
lipídica, melhoram sua solubilidade e
promovem um aumento de fluxo em direção
ao estrato córneo.

Este método pode ser utilizado
como alternativa para ativos
hidrofílicos os quais têm maior
dificuldade em ultrapassar o
estrato córneo.
Sistemas Nanotecnológicos
O desenvolvimento da nanotecnologia para o setor cosmético foi um
passo decisivo para a evolução dessas preparações no que diz respeito
à permeação cutânea. Atualmente uma infinidade de produtos
cosméticos utilizam nanossistemas como promotores de permeação
cutânea, como, por exemplo, produtos capilares, filtros solares, e
produtos antienvelhecimento.
Esses sistemas são mais eficazes que os já tradicionais SLTs no que diz
respeito à liberação controlada dos ativos por trabalharem em uma
escala de tamanho nanométrica; todavia é preciso cuidado, uma vez que
não se conhecem ainda os possíveis efeitos toxicológicos que essa
tecnologia pode trazer para a saúde humana. Vamos conhecer alguns
deles.
Métodos promotores de
permeação cutânea
O vídeo a seguir nos ajudará a aprofundar nossos conhecimentos a
respeito dos principais métodos de permeação cutânea, apresentando
Lipossomas 
Ciclodextrinas 
Nanopartículas 

Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo
que você acabou de estudar.
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Permeação Cutânea
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Sistemas Nanotecnológicos

Questão 1
A epiderme funciona como uma barreira física de proteção para a
pele e, dessa forma, nem todas as substâncias conseguem transpor
essa barreira. Observe as afirmativas a seguir e assinale a opção
correta:
I. As preparações farmacêuticas aplicadas sobre a pele visam a
apenas uma ação local, uma vez que é muito difícil ultrapassar o
estrato córneo.
II. Existem três formas de penetração na pele: uma via
transfolicular, uma via transcelular e uma via intercelular.

Vamos praticar
alguns conceitos?
Falta
pouco para
atingir
seus
objetivos.
Questão 2
Muitos são os fatores físico-químicos que interferem na permeação
de substâncias ativas na pele, dentre eles o principal fator é a
lipofilicidade do ativo. A partir disso, analise as alternativas a seguir
e assinale a opção correta.
A I, II e III
B I e II
C II e III
D III e IV
E I e IV
Responder
A
O tempo de permanência do produto sobre a pele
torna-se irrelevante uma vez que uma substância
hidrofílica jamais conseguirá ultrapassar o estrato
córneo.
B
Aplicar massagens no local de permeação aumenta o
fluxo sanguíneo no local, provoca um aumento na
temperatura e facilita a permeação de ativos.
C
Quanto menor for a concentração de ativo na
preparação, mais rapidamente ele será absorvido pela
pele.
Considerações finais
Neste conteúdo, vimos a anatomia e fisiologia da pele, maior órgão do
corpo humano, com destaque para a epiderme e o estrato córneo. Você
também conheceu os anexos cutâneos, que são formações de origem
epitelial e com funções específicas, como as glândulas sudoríparas,
sebáceas, os pelos e as unhas.
Os cosméticos, quando utilizados sobre a pele, devem ser substâncias
capazes de ultrapassar a barreira cutânea, principalmente o estrato
córneo, para terem melhor ação terapêutica. Foi possível compreender
que nem sempre isso pode ser considerado uma tarefa fácil, que muitos
fatores interferem na absorção de uma substância ativa pela pele e que
existem duas formas principais de penetração cutânea: a via intercelular
que ocorre através da matriz lipídica entre os corneócitos do estrato
córneo, e a via intracelular ou transcelular, que ocorre através dos
corneócitos e da matriz lipídica.
Por fim, conhecemos também outros promotores de permeação
cutânea que auxiliam na absorção de substâncias ativas pela pele, por
meio de métodos físicos, químicos, biológicos e sistemas
nanotecnológicos.
Podcast
Para concluir esse estudo, vamos compreender as diferenças
fisiológicas e estruturais da pele e anexos cutâneos e os
procedimentos que influenciam a absorção cutânea.
00:00 00:00
E
Quanto menor for o grau de hidratação da pele, melhor
será a absorção do ativo devido à baixa solubilidade.
Responder


https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/02693/index.html?brand=estacio
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/02693/index.html?brand=estacio
Explore+
Para conhecer um pouco melhor a anátomo-fisiologia da pele e seus
anexos cutâneos, acesse um atlas anatômico gratuito na Internet como,
por exemplo, o ANATOMY 3D ATLAS.
Leia o artigo Promotores de permeação para a liberação transdérmica de
fármacos: uma nova aplicação para as ciclodextrinas, de Maria Rita F. M.
Martins e Francisco Veiga, para compreender um pouco melhor sobre a
Lei de Fick.
Conheça um pouco mais sobre a síntese de melanina lendo o artigo
Fisiopatologia do melasma, de Luciane Donida Bartoli Miot e outros.
Referências
ALLEN JUNIOR., L. V.; POPOVICH, N. G.; ANSEL, H. C. Formas
Farmacêuticas e Sistemas de Liberação de Fármacos. 9. ed. São Paulo:
Artmed, 2013.
AULTON, M. Delineamento de Formas Farmacêuticas. 4. Ed. São Paulo:
Artmed, 2015.
ARAUJO, I. P. Farmacotécnica II. 1. ed. Rio de Janeiro: SESES, 2018.
CORRÊA, M. A. Cosmetologia: Ciência e Técnica. 1. ed. São Paulo:
Medfarma, 2012.
FREINKEL, R. K.; WOODLEY, D. T. SkinBiology. New York: Taylor & Francis
Group, 2001.
LEONARDI, G. R. Cosmetologia Aplicada. 2. ed. São Paulo: Santa Isabel,
2008.
RUIVO A. P. Envelhecimento cutâneo: Fatores influentes, ingredientes
ativos e estratégias de veiculação. Dissertação (Mestrado Integrado de
Paulo, São Paulo, 2002, 178p.
VITORINO C. et al. Permeação cutânea: desafios e oportunidades.
Journal of Basic and Applied Pharmaceutical Sciences. v. 36 n. 3 p. 337-
348, 2015.
Material para download
Clique no botão abaixo para fazer o download do
conteúdo completo em formato PDF.
Download material
O que você achou do conteúdo?
Relatar problema
javascript:CriaPDF()

Mais conteúdos dessa disciplina