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relatórios de praticas Química Inorgânica Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) 11 pag. Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/ https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark PRÁTICAS 1 E 2: PREPARAÇÃO DE TETRAFLUORBORATO DE AMÔNIO, TETRAFLUORBORATO DE POTÁSSIO E DE ACETATO DE CROMO Gabriel A. C. Ramos1 e Rebeca C. Nascimento1 1. Graduando em licenciatura em Química pela Universidade Federal do Espírito Santo. Compostos de adição são formados quando há uma reação em quantidades estequiométricas de dois ou mais compostos estáveis. Esses compostos são divididos em dois grupos: os que perdem a sua identidade em solução (sais duplos) e aqueles que permanecem com sua identidade quando em solução (complexos). Quando um átomo metálico ou íon estão ligados a um ou mais ligantes que doam elétrons para o metal, se dá o nome de composto de coordenação. Isto é, metais formam ligações covalentes determinadas pelo seu número de coordenação com doadores de par de elétrons. Também pode ser denominado complexos ou, quando estão carregados, íons complexos. Devido a variedade de números de coordenação, é possível ser obtido diversos isômeros, isto é, moléculas com determinadas semelhanças entre si. Os isômeros podem ser de: hidratação, ionização e coordenação. Apesar de terem a mesma fórmula, possuem ligantes diferentes coordenados ao átomo central. Durante o procedimento foi possível gerar os tetrafluorborato de amônio e de potássio e o acetato de cromo II, e utilizando espectros para explicar a síntese obtida. Keywords: Acetato de cromo, Tetrafluorborato de potássio, Tetrafluorborato de amônio, Espectro. Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/ https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark INTRODUÇÃO Não metais, como o boro, são capazes de formar complexos de coordenação, também conhecidos como compostos de hipervalente 1. De acordo com BESSLER et al, os compostos moleculares de boro BX3 de geometria trigonal plana são ácidos de Lewis. A química desses compostos é dominada pelas reações com bases de Lewis, nas quais são obtidos complexos tetraedricamente coordenados, neutros BX3L ou aniônicos [BX4]- , como por exemplo o tetrafluoroborato [BF4]-. O boro possui dois isótopos estáveis, 11B e 10B, que respectivamente possuem uma abundância de 80,22% e 19,78%. Essa elevada abundância e a considerável razão de massa 10B/11B que possibilitam a observação do efeito isotópico de massa nos espectros vibracionais de compostos de boro. As frequências daqueles modos vibracionais, nas quais o átomo de boro é deslocado geram consideráveis desdobramentos em dois componentes.2,3 As frequências de vibração de estiramento anti simétrica (nas BF4 ) corresponden a 1034-1083 cm-1 para 11BF4- e 10BF4-, respectivamente. Pode-se citar complexos metais de transição, como o cromo. A estrutura do crômio no estado fundamental é [Ar] 4s1 3d5, uma configuração na qual os orbitais semi-preenchidos (d e s) são estabilizados. Portanto, é de se esperar que ele forme compostos nos estados de oxidação +I a +IV, além de formar compostos nos quais o íon encontra-se em estados de oxidação inferiores 4. Os estados mais importantes do cromo são: +II (redutor), +III (estável) e +IV (fortemente oxidante). Embora seja um íon muito estável em soluções ácidas é facilmente oxidado em Cr4+ em solução básica. Composto com este estado de oxidação são haletos anidros, CrX3. O CrCl3 é um sólido fino, com estrutura em camadas, os íons cloreto são cúbicos de empacotamento denso e um terço dos interstícios octaédricos estão ocupados por Cr3+ para que ocorra a permanência da estequiometria. O acetato de cromo (II) di-hidratado, Cr2(CH3COO)4.2H2O, é um dos compostos mais estáveis de Cr (II). É um composto facilmente preparado, adicionando acetato de sódio a uma solução contendo Cr2+ sobre uma atmosfera ou de N2 ou de H2. O produto dessa reação é um reagente de partida para obtenção de outros sais de cromo. Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/ https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark PARTE EXPERIMENTAL Preparação do Tetrafluorborato de Amônio Em um béquer de 100 mL adicionou-se 6,0 mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado e 10,0 mL de água destilada. O béquer foi colocado na chapa de aquecimento para atingir a temperatura de 85ºC. Sobre agitação, foi adicionado 2,9234 g de ácido bórico (H3BO3), em seguida, a temperatura da chapa foi alterada para que o líquido atingisse 110ºC para que a diluição do ácido bórico fosse completa. Após a dissolução adicionou-se 6,0080 g de fluoreto de amônia (NH4F). O produto foi colocado em banho de gelo até a completa cristalização. O sólido foi lavado com 5 gotas de água destilada e 30 mL de Acetona (C3H6O), permaneceu no ar de sucção por 30 minutos. Preparação do Tetrafluorborato de Potássio Em um béquer diluiu-se 2,0 g do produto gerado no processo anterior em água destilada. Em um segundo béquer foi diluído 2,1974 g de KCl em 20 mL de água destilada. O produto gerado neste processo passou pela sucção, onde foi lavado com 20 mL de acetona e permaneceu por 30 minutos no ar de sucção. Preparação do Acetato de Cromo (II) Na figura 1 pode-se observar o sistema que foi montado para essa reação. No kitassato A foi colocado 10,1350 g de zinco sólido, 7,5913 g de cloreto de cromo (III) (CrCl3.6H2O) e 50 mL de água destilada (H2O). No funil B encontra-se 25 mL de ácido clorhídrico (HCl). No béquer C foi preparada uma solução de 45,0003 g de acetato de sódio (CH3COONa) em 50 mL de água destilada. Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/ https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Figura 1. Sistema utilizado para a reação Por meio de gotejamento o HCl foi adicionado na solução do kitassato A, o tubo E foi devidamente vedado para forçar a transferência da solução de cloreto de cromo (II) para a solução de acetato de sódio, formando assim um precipitado vermelho. O béquer ficou em banho de gelo por 30 minutos e após esse tempo passou por filtração a vácuo onde foi lavado com 75 mL de água gelada sem ar, 20 mL de álcool etílico destilado e 20 mL de éter etílico purificado. Em seguida, o precipitado permaneceu por mais 30 minutos em filtração a vácuo com o objetivo de secar o precipitado. Pesou-se e calculou o rendimento. RESULTADOS E DISCUSSÃO Tetrafluorborato de Amônio A equação desta reação é: 2H3BO3 (s) + 6NH4F (s) + 3H2SO4 (aq)→ 2NH4BF4 (s) + 2(NH4)2SO4 (aq) + 6H2O (l) A partir das massas dos reagentes pode-se definir qual é o reagente limitante, reagente que define a reação estequiométricamente, segundo o cálculo teórico, definirá a quantidade de produto formado. 𝑛𝐵(𝑂𝐻)3 = 2,9234 𝑔61,8327 𝑔/𝑚𝑜𝑙 = 0, 0472 𝑚𝑜𝑙𝑛𝑁𝐻4𝐹 = 6,0080 𝑔37,0364 𝑔/𝑚𝑜𝑙 = 0, 1622 𝑚𝑜𝑙 Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/ https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Nota-se que 1 mol de B(OH)3 equivale a 3 mol de NH4F, por meio disto, consegue-se observar que o reagente limitante é o B(OH)3. 𝑥 = 0,0472 .31 = 0, 1416 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝐻4𝐹 Como nota-se, tem-se 0,1622 mol de NH4F em solução, logo, o mesmo está em excesso. Observa-se que a proporção entre B(OH)3 e NH4F4 é 1:1. Portanto, compartilham, estequiometricamente, a mesma quantidade de matéria. 𝑛𝐵(𝑂𝐻)3 = 𝑛𝑁𝐻4𝐵𝐹4 = 0, 0472 𝑚𝑜𝑙 Após a secagem do produto, pesou-se obtendo a massa de 7,7728 g, portando a quantidade de matéria obtida foi: 𝑛𝑁𝐻4𝐵𝐹4 = 7,7728 𝑔104,8426𝑔/𝑚𝑜𝑙 = 0, 0741 𝑚𝑜𝑙 Já o rendimento da reação foi de: % = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑡é𝑟𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑜𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑡é𝑟𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 𝑥100 156%% = 0,07410,0472 𝑥100 = Esse alto rendimento pode ser por conta da presença H2O nos cristais, já que o papel de filtro ainda não estava totalmente seco, logo, a massa calculada ao final pode ter sofrido interferência. Tetrafluorborato de Potássio A equação desta reação é: NH4BF4 (aq) + KCl(aq) → KBF4 (s) + NH4Cl(aq) Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/ https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark A proporção entre NH4BF4 e o KCl é 1:1, por meio dos cálculos abaixo conclui-se que o NH4BF4 é o reagente limitante, logo, o cálculo de rendimento do produto, KBF4, é realizado por meio da quantidade de matéria do NH4BF4. 𝑛𝑁𝐻4𝐵𝐹4 = 2,0000 𝑔104,8426 𝑔/𝑚𝑜𝑙 = 0, 0191 𝑚𝑜𝑙𝑛𝐾𝐶𝑙 = 2,1974 𝑔74,5513 𝑔/𝑚𝑜𝑙 = 0, 0294 𝑚𝑜𝑙 A quantidade de matéria, teórica, de KBF4 é igual à de NH4BF4. A massa de KBF4 obtida foi de 1,1128 g, logo: 𝑛𝐾𝐵𝐹4 = 1,1128 𝑔125,9029 𝑔/𝑚𝑜𝑙 = 8, 8385 𝑥 10−3 𝑚𝑜𝑙 O rendimento da reação foi de: % = 8,8385 𝑥 10−30,0191 𝑥 100 = 46, 27% O baixo rendimento pode está relacionado a menor estabilidade do composto de coordenação tetrafluorborato de potássio comparado ao tetrafluorborato de amônio. Espectro de infravermelho do H3BO3, NH4BF4, NH4F e KBF4 Os produtos obtidos das reações de complexação e os reagentes utilizados foram caracterizados por espectroscopia no infravermelho e os espectrofotômetros obtidos estão representados nas Figura 2. Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/ https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Figura 2. Espectro de infravermelho do H3BO3, NH4BF4, NH4F e KBF4 Na região de número de onda inferior a 1500 cm-1, os sinais representam a estrutura da molécula e, portanto, é possível afirmar que moléculas diferentes não podem ter sinais semelhantes na mesma região. O inverso também é verdadeiro, pois, moléculas semelhantes geram sinais semelhantes. Dessa forma, o espectro de infravermelho fornece a identidade do composto.3 Pode-se observar, a partir do espectrofotômetro, que as moléculas dos complexos NH4BF4 e KBF4 geraram um sinal na região de número de onda entre 800-1000 cm-1, indicando que são espécies idênticas quanto à sua composição, portanto pode-se afirmar que o sinal é representativo do (BF4)-. Já na região de número de onda entre 1300-1500 cm-1, é possível observar que o NH4BF4 e o NH4F geraram dois sinais parecidos. Pode-se afirmar que o sinal é representativo do íon amônio (NH4 +), e a mudança de posição no espectro deve-se à sua mudança de ligante após se coordenar com o boro.3 Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/ https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark A mudança de polaridade também afeta a formação de picos no espectro. Moléculas mais polares geram sinais mais intensos, como é possível observar a partir dos espectros do H3BO3 e do NH4F. Em comparação, os complexos geram sinais menos intensos, que pode ser explicado pela baixa polaridade de suas moléculas.3 Acetato de Cromo (II) Durante o processo o Cromo apresenta três colorações, sendo elas: verde, azul e vermelho. Essas cores são explicadas pelo diagrama de energia, Figura 3. Figura 3. Distribuição eletrônica do Cromo Devido ao fato que todos os orbitais t2g do Cr(III) estarem semi-preenchidos, a espécie apresenta energia de estabilização de campo cristalino (EECC) de 12Dq. O caso do Cr (II) é mais sutil, pois há duas possibilidades: o elétron possui um spin baixo devido a um campo forte (t2g 4 eg 0) ou spin alto (t2g 3eg 1), decorrente de um campo fraco. Em ambos casos há um gasto de energia em relação ao Cr(III), seja ela de pareamento do quarto elétron ou devido a sua manutenção do orbital mais energético (+6Dq) O acetato de crômio (II) dihidratado, Cr2(CH3COO)4.2H2O, é um composto estável, tal estabilidade é explicada pela distribuição eletrônica, Imagem 1, dos íons. O Cr3+ possui orbital preenchido d3, enquanto o Cr2+ apresenta d4. Analisando os potenciais de redução e de acordo com as reações de oxidação e redução torna-se possível prever que a reação é termodinamicamente espontânea. Oxidação do zinco: Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/ https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Zn(s) → Zn2+ (aq) + 2e- E0= +0,76 V 2H+ (aq) + 2e- → H2(g) E0= 0,00 V Zn(s) + 2H+ (aq) → Zn2+ (aq) + H2(g) E0= +0,76 V Semirreações: Zn(s) → Zn2+ (aq) + 2e- E0= +0,76 V 2Cr3+ (aq) + 2e- → 2Cr2+ (aq) E0= -0,41 V Zn(s) + 2Cr3+ (aq) → 2Cr2+ (aq) + Zn2+ (aq) E0= 0,35 V 2Cr2+ (aq) + 4CH3COO- (aq) + 2H2O(l) → Cr2(CH3COO)4.2H2O(s) O sólido obtido, de coloração vermelha, ao final do experimento foi filtrado a vácuo e pesado, totalizando a massa de 0,1507 g. O cálculo de rendimento é feito pela seguinte equação: % = 𝑛𝑎𝑐𝑒𝑡𝑎𝑡𝑜 𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜𝑛𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑥 100 Onde: nacetato filtrado é o número de mol de acetato de cromo (II) e total é o número de mol correspondente a todos os reagentes no início. Logo: 𝑛𝑎𝑐𝑒𝑡𝑎𝑡𝑜 𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜 = 0,1507 𝑔376,1980 𝑔/𝑚𝑜𝑙 = 4, 0058 𝑥 10−4 𝑚𝑜𝑙𝑛𝑎𝑐𝑒𝑡𝑎𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑠ó𝑑𝑖𝑜 = 45,0003 𝑔118,0635 𝑔/𝑚𝑜𝑙 = 0, 3811 𝑚𝑜𝑙𝑛𝐶𝑟𝐶𝑙3.2𝐻2𝑂 = 7,5193 𝑔194.3857 𝑔/𝑚𝑜𝑙 = 0, 0386 𝑚𝑜𝑙𝑛𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑛𝑎𝑐𝑒𝑡𝑎𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑠ó𝑑𝑖𝑜 + 𝑛𝐶𝑟𝐶𝑙3.2𝐻2𝑂 = 0, 4197 𝑚𝑜𝑙 Portanto, o rendimento deste procedimento foi igual há: % = 4,0058 𝑥 10−40,4197 𝑥100 = 0, 0954% Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/ https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark O baixo rendimento dessa reação está possivelmente atrelado à baixa conversão de Cr (III) a Cr (II) além dos erros operacionais. Os produtos obtidos das reações de complexação e os reagentes utilizados foram caracterizados por espectroscopia no infravermelho e UV-Vis e os espectrofotômetros obtidos estão representados nas Figuras 4 e 5. Figura 4. Espectro de UV-Vis do CrCl3.6H2O e [Cr(CH3COO-)4(OH2)2] (GR e CJAD) Figura 5. Espectro de infravermelho do CrCl3.6H2O e [Cr(CH3COO-)4(OH2)2] (GR) Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/ https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Analisando o espectro UV-Vis, é possível observar que formou-se um sinal no comprimento de onda entre 800-900 nm que não existia na amostra de CrCl3.6H2O. Atribui-se então esse pico à presença de acetato na estrutura da molécula, comprovando a formação do complexo. O complexo GR não produziu um espectrofotômetro satisfatório, portanto, utilizou-se o complexo CJAD para construção de uma nova curva para a comparação. Já no espectro do infravermelho, é possível observar que um sinal semelhante aparece nas duas espécies na região de número de onda entre 1400-1500 cm-1. O complexo de [Cr(CH3COO-)4(OH2)2] tem coloração vermelha, porém, a amostra assumiu coloração preta após determinado tempo. Supõe-se que, apesar do complexo ser o mais estável para o cromo (II), o metal tenha sido oxidado para cromo (III) pelo ar, devido à presença desse sinal semelhante na mesma região. Apesar disso, é possível afirmar que o complexo é menos polar que o reagente CrCl3.6H2O, isso por que o produto não produziu picos intensos na região que representa as ligações do composto,isto é, na região com número de onda maior que 1500 cm-1. CONCLUSÃO O procedimento para produção de complexos de NH4BF4, KBF4 e [Cr(CH3COO-)4(OH2)2] é simples e com boa replicabilidade. A caracterização dos compostos demonstrou como é possível identificar uma molécula a partir de uma análise instrumental, determinando sua identidade experimentalmente e comparando com outro composto e, assim, comparar similaridades e diferenças em suas estruturas. REFERÊNCIAS 1. Emry, J.; Györi, B. Em Comprehensive Coordination Chemistry; Wilkinson, G., ed.; Pergamon Press: Oxford, 1987, vol. 3, cap. 24 2. Nakamoto, K.; Infrared and Raman Spectra of Inorganic and Coordination Compounds, 5th ed., John Wiley & Sons, Inc.: New York, 1997. 3. Miessler, G. L., Fischer, P. J. Tarr, D. A. Química Inorgânica, 5a Ed., São Paulo, Pearson, 2014. 4. LEE, J. D. Química inorgânica não tão concisa. São Paulo; Edgard Blucher; 1999 Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/ https://www.docsity.com/pt/relatorios-de-praticas-5/9077984/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark