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Diencéfalo e suas Estruturas

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Diencéfalo - cap 6, 22 e 23 - moni
anatomia (Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais)
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Diencéfalo - cap 6, 22 e 23 - moni
anatomia (Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais)
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1 BRENDA ALVES 
A ANATOMIA MACROSCÓPICA - CAP 6 
GENERALIDADES 
 
O diencéfalo e o telencéfalo formam juntos o cérebro. O diencéfalo 
isoladamente é o principal centro de processamento de 
informações que se destinam ao córtex cerebral, a partir de quase 
todas as vias ascendentes. As estruturas que o formam são: 
• Tálamo 
• Hipotálamo 
• Eptálamo 
• Subtálamo 
 
Todas essas estruturas possuem relação com o III ventrículo, que 
o separa em duas metades simétricas. 
 
III VENTRÍCULO 
 
A cavidade do diencéfalo é uma estreita fenda ímpar e mediana 
denominada III ventrículo, que se comunica com o IV ventrículo 
pelo aqueduto cerebral, e com os ventrículos laterais pelos 
respectivos forames interventriculares. O III ventrículo, por tanto, 
é delimitado da seguinte forma: 
• Teto do III V à Tálamo 
• Assoalho do III Và Quiasma óptico, infundíbulo, túber 
cinério, corpos mamilares (Hipotálamo) 
• Parede posterior do III V à Epitálamo 
• Parede anterior do III V à Lâmina terminal e comissura 
anterior 
 
 
 
TÁLAMO 
 
Os tálamos são duas massas volumosas de substância cinzenta. A 
face superior do tálamo faz parte do assoalho dos ventrículos 
laterais. A face medial do tálamo forma a maior parte das paredes 
laterais do III ventrículo. A face lateral do tálamo é separada do 
telencéfalo pela cápsula interna, feixe de fibras que liga o córtex 
cerebral a centros nervosos subcorticais. A face inferior do tálamo 
continua com o hipotálamo e o subtálamo, dos quais é separado 
pelo sulco hipotalâmico. Os dois tálamos são unidos pela 
aderência intertalâmica. 
 
Na parte superior do tálamo encontra-se a tela corioide, onde se 
invagina o plexo corioide do III ventrículo. 
 
 
 
 
 
HIPOTÁLAMO 
 
O hipotálamo se dispõe nas paredes do III ventrículo, abaixo do 
sulco hipotalâmico, que o separa do tálamo. Lateralmente é 
limitado pelo subtálamo, anteriormente, pela lâmica terminal e 
posteriormente pelo mesencéfalo. Está relacionado com 
 
importantes funções, relacionadas sobretudo com o controle da 
atividade visceral, uma vez que regula o SNA e as glândulas 
endócrinas. 
 
 
Tendo em vista suas funções, é o principal responsável pela 
constância do meio interno (homeostase). 
 
O hipotálamo compreende estruturas situadas abaixo do sulco 
hipotalâmico, além das seguintes formações do assoalho do III 
venstrículo: 
• Corpos mamilares: Duas eminências de substância cinzenta 
• Quiasma óptico: Recebe fibras dos nervos ópticos, que aí 
cruzam em parte e continuam nos tratos ópticos que se 
dirigem aos corpos geniculados laterais 
• Túber cinéreo: Nele, prende-se a hipófise, por meio do 
infundíbulo 
• Infundíbulo: Liga a hipófise ao hipotálamo 
 
 EPITÁLAMO 
 
Limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco 
hipotalâmico. Seu elemento mais evidente é a glândula pineal, 
ou epífise, glândula endócrina, cuja função é a produção de 
melatonina. Também possui como formação importante as 
habênulas. 
 
SUBTÁLAMO 
 
É uma pequena área situada na parte posterior do diencéfalo na 
transição com o mesencéfalo, limitando-se superiormente com o 
tálamo, lateralmente com a capsula interna e medialmente com o 
hipotálamo. Não se relaciona com as paredes do III ventrículo. Sua 
função é motora. 
 
ESTRUTURA E FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO – CAP 22 
DIVISÕES E NUCLÉOS DO HIPOTÁLAMO 
 
O hipotálamo é constituído fundamentalmente de substância 
cinzenta e pode ser dividido em: 
 
HIPOTÁLAMO SUPRAÓPTICO 
Compreende o quiasma óptico e toda área situada acima dele, nas 
paredes do III ventrículo até o sulco hipotalâmico. Seus núcleos 
são: 
• Núcleo supra quiasmático 
• Núcleo supraóptico 
• Núcleo paraventricular 
• Núcleo anterior: Cardiovascular 
 
HIPOTÁLAMO TUBERAL 
Compreende o túber cinéreo, ao qual se liga o infundíbulo, e toda 
a área situada acima dele, nas paredes do III ventrículo até o sulco 
hipotalâmico. 
• Núcleo dorsomedial: Córtex pré-frontal 
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2 BRENDA ALVES 
• Núcleo ventromedial: Saciedade 
• Núcleo arqueado ou infundibular 
 
HIPOTÁLAMO MAMILAR 
Compreende os corpos mamilares com seus núcleos e as áreas das 
paredes do III ventrículo, que se encontram acima deles, até o 
sulco hipotalâmico. 
• Núcleos mamilares: Alimentação e memória 
• Núcleo túberomamilar 
• Núcleo posterior: Pressão, reflexo pupila e calafrios 
 
ÁREA PRE-ÓPTICA 
Essa área é, na verdade, parte do telencéfalo, embora 
funcionalmente se ligue ao hipotálamo supraóptico. Na área pré-
óptica localiza-se o órgão vascular da lâmina terminal, no qual não 
existe barreira hematoencefálica, e que funciona sensor 
especializado em detectar sinais para termoregulação e 
metabolismos salino. Seus núcleos são: 
• Órgão vascular da lâmina terminal 
• Núcleo pré-óptico medial 
• Núcleo pré-óptico lateral 
• Núcleo pré-óptico ventrolateral 
 
CONEXÕES DO HIPOTÁLAMO 
 
CONEXÕES COM O SISTEMA LÍMBICO 
O sistema límbico compreende uma série de estruturas relacionado 
principalmente com a regulação do comportamento emocional e 
da memória. As estruturas a que se ligam são: 
• Hipocampo: Liga-se pelo fórnix aos núcleos mamilares do 
hipotálamo, fazendo parte do circuito de Papez, relacionado 
com a memória. 
• Corpo amigdaloide: Relacionado com o medo 
• Área septal: Fazem parte do sistema mesolímbico. 
Relacionado ao sistema de recompensa 
 
CONEXÕES COM A ÁREA PRÉ-FRONTAL 
Relacionadas com o comportamento emocional, essas conexões 
são mantidas através do núcleo dorsomedial do tálamo. 
 
CONEXÕES VISCERAIS 
Para exercer seu papel de controlar as funções viscerais, o 
hipotálamo mantém conexões aferentes e eferentes com os 
neurônios da medula e do tronco encefálico. Assim, o hipotálamo 
recebe informações sobre a atividade das vísceras, através de suas 
conexões diretas com o núcleo do trato solitário, que recebe toda 
a sensibilidade visceral, tanto geral como especial (gustação), que 
entra no sistema nervoso pelos nervos facial, glossofarígeo e vago. 
Além disso, controla o SNA agindo sobre os neurônios pré-
ganglinaresdos sistemas simpático e parassimpático. 
 
CONEXÕES COM A HIPÓFISE 
O hipotálamo possui apenas conexões eferentes com a hipófise 
que são feitas através dos tratos: 
• Trato hipotálamo-hipofisário: É formado por fibras que se 
originam dos núcleos supraóptico e paraventricular e 
terminam na neuro-hipófise. As fibras desse trato são 
ricas eu neurossecreção, transportando os hormônios 
vasopressina e ocitocina. 
• Trato túbero-infundibular: Formado por fibras que ativam 
ou inibem as secreções dos hormônios da adeno-hipófise. 
 
 
CONEXÕES SENSORIAIS 
O hipotálamo recebe informações sensoriais das áreas erógenas, 
como os mamilos órgãos genitais, é importante o fenômeno da 
ereção. Existem também conexões diretas do córtex olfatório da 
retina com o hipotálamo. Nestas últimas se fazem através do trato 
retino-hipotalâmico. essas conexões estão envolvidas na regulação 
dos ritmos circadianos no ciclo do claro-escuro. 
 
FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO 
 
O hipotálamo centraliza o controle da homeostase, ou seja, a 
manutenção do meio interno dentro de limites compatíveis com 
funcionamento adequado dos diversos órgãos. Para isso, possui 
um papel regulador sobre o sistema nervoso autônomo e o sistema 
endócrino, integrando-os com comportamentos vinculados às 
necessidades do dia a dia. Controla, também, vários processos 
motivacionais, como a fome, a sede e o sexo. Processos 
motivacionais são impulsos internos que levam a realização de 
comportamentos específicos e de ajuste corporais. A sensação de 
calor, por exemplo, leva à um desconforto que fará com que sejam 
disparados mecanismos internos inconscientes para dissipá-lo, 
como a sudorese e o comportamento de procura de local fresco, 
visando garantir a constância do meio interno e a sobrevivência do 
indivíduo. 
 
CONTROLE DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
Como parte do sistema límbico, o hipotálamo controla o sistema 
parassimpático (parte anterior do hipotálamo) e simpático (parte 
posterior do hipotálamo. O parassimpático é responsável por 
aumento do peristaltismo gastrintestinal, contração da bexiga, 
diminuição do ritmo cardíaco e da pressão sanguínea, assim como 
constrição da pupila. O sistema simpático produz respostas 
opostas ao do parassimpático. 
 
REGULAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL 
O hipotálamo é informado da temperatura corporal por 
termoreceptores. Assim, o hipotálamo funciona como um 
termoestato capaz de detectar variações de temperatura do 
sangue que por ele passa e ativar os mecanismos de perda ou de 
conservação do calor necessários à manutenção da temperatura 
normal. 
 
Existem no hipotálamo dois centros: o centro da perda do calor, 
situado na parte anterior, e o centro da conservação do calor, 
situado na parte posterior. Estimulações no primeiro desencadeiam 
fenômenos de uma vasodilatação periférica e sudorese, que 
resultam em perda de calor; já as estimulações no segundo 
resultam em vasoconstrição periférica tremores musculares 
(calafrios) e liberação do hormônio tireoidiano, que aumenta o 
metabolismo o qual gera calor. 
 
Lesões do centro da perda de calor hipotálamo anterior causam 
elevação incontrolável da temperatura (febre central), quase 
sempre fatal. Isso pode acontecer em traumatismos cranianos ou 
em procedimentos cirúrgicos da hipófise. 
 
REGULAÇÃO DO COMPORTAMENTO EMOCIONAL 
Muitas áreas do hipotálamo pertencem ao sistema límbico e têm 
papel importante na regulação de processos emocionais. Esse 
sistema tem potencial de evocar de modo altamente seletivo 
reações de raiva, medo, defesa, felicidade e prazer, por exemplo. 
É ele quem coordena o comportamento de sobrevivência. Sua 
inibição ou estimulação ocorre através de estímulos corticais. 
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3 BRENDA ALVES 
REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO HIDROSSALINO E DA 
PRESSÃO ARTERIAL 
O equilíbrio hidrossalino exige mecanismos automáticos regulação 
do volume de líquido do organismo, na prática representada pelo 
volume de sangue (volemia), e da osmolaridade, representada 
principalmente pela concentração extracelular de íons Na+. 
Pressão Arterial está diretamente ligada à volemia e à 
concentração de Na+. O principal mecanismo que potável disponho 
para regular o equilíbrio hidrossalino é a liberação de hormônio 
antidiurético que é sintetizado pelos núcleos supraóptico e 
paraventricular e liberado pela neuro-hipófise. 
 
Em casos de hipovolemia, há liberação do hormônio antidiurrético 
(vasopressina), responsável produzir vasoconstrução e por 
reabsorção de água e sódio nos túbulos renais. Se for detectada 
hiponatremia (baixa concentração sérica de sódio), é liberado pela 
hipófise o ACTH, que estimula secreção de aldosterona pela 
suprarrenal, reabsorvendo sódio. A ação final de ambos os 
hormônios é a redução da PA. 
 
O hipotálamo também é responsável por ativar a ingestão de sódio 
e líquido (centro da sede localizado na região lateral do 
hipotálamo), despertando ou não a sensação de sede ou desejo de 
ingestão de alimentos salgados. 
 
REGULAÇÃO DA INGESTÃO DE ALIMENTOS 
A estimulação do portal no lateral faz com que o animal se alimente 
vorazmente (centro da fome), enquanto a estimulação do núcleo 
ventromedial causa sociedade (centro da saciedade). Lesões 
destrutivas dessas áreas causam efeitos opostos ao da 
estimulação. Por exemplo, tumores suprasselares, que comprimem 
o centro ventromedial, resulta em quadro de obesidade 
frequentemente acompanhado de hipogonadismo, por 
interferência com mecanismos hipotalâmicos que regulam a 
secreção dos hormônios gonadotrópicos pela adeno-hipófise. 
 
Há também um controle endócrino da ingestão de alimentos, que 
envolve o hormônio leptina, secretado pelas células do tecido 
adiposo e informa o núcleo arqueado do hipotálamo sobre a 
abundância de gordura existente no corpo e ele libera o hormônio 
alfa-melanócito-estimulante, responsável pela saciedade. 
 
REGULAÇÃO DO SISTEMA ENDÓCRINO 
Relações do hipotálamo com a neuro-hipófise: Os núcleos 
hipotalámicos supraóptico e paraventricular sintetizam os 
hormónios antidiurrético (ADH) e a ocitocina, que são secretados 
pela neuro-hipófise. A redução da secreção de ADH, decorrentes 
de processos patológicos da neuro-hipófise ou lesões do 
hipotálamo, leva a um quadro de diabetes insipidus (urina 
abundante), visto que esse hormônio age nos túbulos renais 
aumentando a absorção de água. A ocitocina promove a contração 
da musculatura uterina e das glândulas mamárias, sendo 
importante no parto e da amamentação. 
 
Relações do hipotálamo com a adeno-hipófise: Neurônios 
neurossecretores situados no núcleo arqueado e áreas vizinhas do 
hipotálamo tuberal secretam substâncias ativas que descem nas 
fibras do trato túbero-infundibular e são liberadas em capilares 
especiais situados na eminência mediana e na haste infundibular. 
Inicia-se, então, a conexão vascular, que se faz através do sistema 
porta-hipofisário. Os hormônios liberados pelo hipotálamo na 
eminência mediana e na haste infundibular passam através das 
veias do sistema porta à rede capilar situada na adeno-hipófise, 
onde atuam regulando a liberação dos hormônios da adeno-
hipofisários. Esses hormônios hipotalâmicos são: 
• Adrenocorticotrópico (ACTH) 
• Tireotrópico (TSH) 
• Folículo-estimulate (FSH) 
• Luteinizante (LH) 
• Hormônio do crescimento (GH) 
• Melanócito-estimulante (MSH) 
• Prolactina 
 
GERAÇÃO E REGULAÇÃO DE RITMO CIRCADIANO 
A maioria dos parâmetros fisiológicos, metabólitos ou mesmo 
comportamentais sofre oscilações que se repetem no período de 
24h. Alguns exemplos são temperatura corporal, níveis circulantes 
de eosinófilos, vários hormônios, glicose e até o mesmo padrões 
de atividade motora e de sono e vigília. Essas variações rítmicas 
são endógenas, ou seja, elas ocorrem mesmo quando o animal é 
mantido em escuro permanente. Neste caso, entretanto, o ritmo 
pouco a pouco perde o seu sincronismo com o ritmo externo claro 
e escuro (ciclo circadiano). 
 
O principalrelógio biológico situa-se no núcleo supraquiasmático 
do hipotálamo, cuja destruição abole a maioria dos ritmos 
circadianos. Outros núcleos que funcionam como relógio biológico 
como os núcleos supreaóptico e arqueado, responsáveis pelos 
ritmos circadianos dos hormônios hipofisários. 
 
O núcleo supraquiasático recebe informações sobre luminosidade 
do meio ambiente através do trato retino-hipotalámo, o que lhe 
permite sincronizar com ritmo natural de dia e noite todos os 
ritmos circadianos. 
 
REGULAÇÃO DO SONO E DA VIGÍLIA 
A geração e sincronização deste ritmo com o ciclo circadiano inicia-
se no núcleo supraquiasmático e é repassado ao núcleo pré-óptico 
ventrolateral e a um grupo de neurônios do hipotálamo lateral que 
têm como neutrotransmissor o peptídeo orexina (hipocretina). Os 
neurônios do núcleo pré-óptico ventrolateral inibem os neurônios 
monoaminérgicos do sistema ativador ascendente o que resulta 
em sono. Ao final do período de sono sob ação do núcleo 
supraquiasmático essa inibição cessa e começa a ação excitatória 
pelos neurônios orexinérgicos e inicia-se a vigília. Os neurônios 
orexinérgicos possuem também ação inibitória sobre os neurônios 
colinérgicos do núcleo pedúnculo-pontino responsáveis pelo sono 
REM. 
 
Lesões dos neurônios orexinérgico, que ocorrem no transtorno do 
sono narcolepsia, fazem com o que o quadro de vigília seja 
interrompido por súbitas crises de sono REM podendo haver 
também perda total do tônus, levando a súbita queda, quando 
clínico denominado cataplexia. 
 
A existência de fibras que da retina protejam-se diretamente para 
o núcleo pré-óptico bloqueando o efeito inibidor desses neurônios 
pelo SARA. Isso explica por que a luz dificulta o adormecer. 
 
INTEGRAÇÃO DO COMPORTAMENTO SEXUAL 
A excitação sexual depende de várias áreas encefálicas, como o 
córtex pré-frontal, o sistema límbico (corpo amigdaloide e parte 
anterior do giro do cíngulo) e estriado ventral, todas elas com 
conexões com o hipotálamo (núcleo pré-óptico). A ereção e a 
ejaculação dependem do SNA que, por sua vez, é regulado pelo 
hipotálamo. O prazer sexual, entretanto, depende de áreas do 
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4 BRENDA ALVES 
sistema dopaminérgico mesolímbico, em especial o núcleo 
accumbens, que também apresenta conexões com o hipotálamo. 
 
ESTRUTURA E FUNÇÃO DO TÁLAMO – CAP 23 
GENERALIDADES 
 
É constituído de duas grandes massas ovoides de tecido nervoso, 
com extremidade anterior pontuda, o tubérculo anterior do tálamo, 
e outra posterior, o pulvinar do tálamo. Os dois ovoides são unidos 
pela aderência interlâmica e relacionam-se medialmente com o III 
ventrículo e lateralmente, com a capsula interna. 
 
O tálamo é fundamentalmente constituído de substância cinzenta 
que formam diversos núcleos. Seus núcleos recebem estímulos 
somatossensoriais e transmitem ao córtex ou recebem estímulos 
de áreas motoras subcorticais e projetam ao córtex supra-
adjacente. 
 
NÚCLEOS DO TÁLAMO 
 
GRUPO ANTERIOR 
Compreende núcleos situados no tubérculo anterior do tálamo, 
sendo limitados posteriormente pela bifurcação em Y da lâmina 
medular interna. Esses núcleos recebem fibras dos núcleos 
mamilares e projetam para o córtex do giro do cíngulo e frontal, 
integrando o circuito de Papez, relacionado com a memória. 
 
GRUPO POSTERIOR 
• Pulvinar: Se conecta à área de associação temporoparietal 
do córtex cerebral. Parece estar envolvido com o processo 
de atenção seletiva. 
• Corpo geniculado medial: Recebe pelo braço do colículo 
inferior provenientes do colículo inferior ou do lemnisco 
lateral. Projeta fibras para a área auditiva do córtex cerebral 
no giro temporal transversos anterior. 
• Corpo genicular lateral: Recebe pelo trato óptico fibras 
provenientes da retina, projetando fibras para a área visual 
primário do córtex. 
 
GRUPO MEDIANO 
São núcleos localizados próximos ao plano sagital medial, na 
aderência intertalâmica. Têm conexões principalmente com o 
hipotálamo e, possivelmente, relaciona-se com funções viscerais. 
 
GRUPO MEDIAL 
• Núcleos intralaminares 
§ Núcleo centromediano: Integra o córtex cerebral ao 
SARA e também se relaciona com a sensibilidade 
dolorosa 
• Núcleo dorsomedial: Recebe fibras principalmente do corpo 
amigdaloide e tem conexões reciprocas com o córtex pré-
frontal. 
 
GRUPO LATERAL 
• Núcleos ventral anterior: Recebe a maioria das fibras que 
do globo pálido se dirigem para o talámo. Projeta-se para 
as áreas motoras do córtex cerebral e tem função ligada ao 
planejamento e execução da motricidade somática. 
• Núcleo ventral lateral: Recebe fibras do cerebelo e projeta-
se para as áreas motoras do córtex cerebral, integrando a 
via cerebelo-tálamo-cortical. Recebe também fibras que do 
globo pálido. 
• Núcleo ventral posterolateral: É um dos núcleos das vias 
sensitivas, recebendo fibras dos lemniscos medial e 
espinhal. O lemnisco medial leva os impulsos de tato 
epcrítico e própriocepção consciente. Já o lemnisco espinhal 
é formado pela uniam dos tratos espinotalâmico lateral e 
anterior, que transporta impulsos das demais modalidades 
de sensibilidade. O núcleo ventral posterolateral projeta 
fibras para a área somestésica do córtex cerebral. 
• Núcleo posteromedial: É o núcleo das vias sensitivas. 
Recebe fibras do lemnisco trigeminal, trazendo 
sensibilidades somáticas geral de parte da cabeça e fibras 
gustativas provenientes do núcleo do trato solitário. Projeta 
fibras para a área somestésica do córtex cerebral e para a 
parte posterior da ínsula (área gustativa). 
• Núcleo reticular: Os neurônios deste núcleo utilizam como 
neurotransmissor o GABA, que é inibitório. Não possui 
conexões diretas com o córtex cerebral sim com outros 
núcleos talâmicos, que também o fornecem aferências. 
Com isso, o núcleo reticular modula a atividade dos demais 
núcleos talâmicos, o que representa importante função no 
controle do SARA, influenciando no nível de vigília e alerta. 
 
RELAÇÕES TÁLAMOCORTICAIS 
 
O tálamo é um elo essencial para os receptores sensoriais e o 
córtex cerebral para todas as modalidades sensoriais, exceto a 
olfação. Através do núcleo reticular ele age como comporta, 
facilitando impedindo a passagem de informações para o córtex. 
Essas informações são em sua grande maioria relacionadas à 
sensibilidade (relações com córtex sensitivo) é a funções cognitivas 
(relações com cortex pré-frontal). 
 
Os núcleos talâmicos específicos ou de retransmissão são núcleos 
relacionados com funções especificas, como o núcleo 
pósterolateral e o corpo geniculado medial, relacionados, 
respectivamente, com área somestésica e a área auditiva do 
córtex. Os núcleos talâmicos inespecíficos, cuja estimulação 
modifica os potenciais elétricos de territórios muito grandes do 
córtex cerebral e não apenas diária específicas deste córtex. Eles 
recebem muitas fibras do SARA, que exerce suas ações sobre o 
córtex através desses núcleos. Assim, compõem o sistema talâmico 
de projeção difusa. 
 
FUNÇÕES DO TÁLAMO 
 
SENSIBILIDADE 
Todos os impulsos sensitivos, antes de chegar ao córtex, para em 
um núcleo talâmico, fazendo exceção apenas os impulsos 
olfatórios. O papel do tálamo não é simplesmente de retransmitir 
os impulsos sensitivos ao córtex, senão de integrá-los e modificá-
los. 
 
MOTRICIDADE 
Relacionada com os núcleos ventral anterior, ventral lateral e 
interpostos. 
 
COMPORTAMENTO EMOCIONAL 
Atua através do núcleo dorsomedial com suas conexões com a área 
pré-frontal. 
 
MEMÓRIA 
Atua através do nunca do grupo anterior e suas conexões com os 
núcleos mamilares do hipotálamo. 
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5 BRENDA ALVES 
 
ATIVAÇÃO CORTICAL 
Atua através dos núcleos inespecíficos e suas conexões com oSARA. 
 
CORRELAÇÕES ANATOCLÍNICAS 
 
Afecções do tálamo decorrentes, em geral, de lesões de vasos, 
podem resultar na síndrome talâmica, que se manifestava 
principalmente por alterações de sensibilidade. Uma delas é o 
aparecimento de crises da chamada dor central, dor espontânea e 
pouco localizada, que frequentemente se irradia para toda a 
metade do corpo do lado oposto ao tálamo comprometido. Em 
geral, as demais modalidades de sensibilidade se tornam 
desagradáveis em lesões deste tipo. 
ESTRUTURA E FUNÇÃO DO SUBTÁLAMO – CAP 23 
GENERALIDADES 
 
Estando situado na transição com o mesencéfalo, algumas 
estruturas mesencefálicas estendem-se até o subtálamo, como o 
núcleo rubro, a substância negra e a formação reticular. Contudo, 
o subtálamo apresenta algumas formações própria, sendo a mais 
importante do núcleo subtalâmico, este como a motricidade 
somática. 
 
CORRELAÇÕES ANATOCLÍNICAS 
 
Lesões do núcleo subtalâmico provocam uma síndrome conhecida 
como hemibalismo, caracterizada por movimentos anormais das 
extremidades. estes movimentos são muito violentos e muitas 
vezes não desaparecem nem com sono, podendo levar o doente à 
exaustão. 
 
ESTRUTURA E FUNÇÃO DO EPITÁLAMO – CAP 23 
HABÊNULA 
 
A habênula está situada de cada lado no trígono das habênulas e 
participa da regulação dos níveis de dopamina na via mesolímbica, 
principal área do prazer do cérebro. 
 
GLÂNDULA PINEAL 
 
ESTRUTURA E INVERVAÇÃO 
A pineal é uma glândula endócrina. Suas células sim serotonina o 
que é utilizada para síntese de melatonina. A inervação da opinião 
se dá por fibras simpáticas pós-gaglionares, oriundas do gânglio 
cervical superior. Essa inervação tem um importante papel na 
regulação da melatonina. 
 
SECREÇÃO DE MELATONINA E O RITMO CIRCADIANO 
A melatonina é produzida a partir de serotonina e o processo de 
síntese é ativado pela noraadrenalina liberada pelas fibras 
simpáticas. Durante o dia, essas fibras têm pouca atividade e os 
níveis de melatonina na pineal e na circulação são muito baixos. 
Entretanto, durante a noite, a inervação simpática da pineal é 
ativada, liberando noradrenalina, e os níveis de melatonina 
circulantes aumento cerca de dez vezes. Desse modo, a 
concentração de melatonina no sangue obedece a um ritmo 
circadiano com pico durante a noite. Entretanto, esse ritmo não é 
intrínseco à pineal, pois decorre da atividade Ritz do 
supraquiasmático do hipotálamo. 
 
FUNÇÕES DA PINEAL 
As funções da pineal devem se a secreção de ser o único hormônio, 
a melatonina. 
• Função antigonadotrópica: A pineal possui um efeito 
inibidor sobre as gônodas via hipotálamo. Como a luz inibe 
a pineal e o escuro a ativa, o tempo a exposição luminosa 
influencia a trofia das gônodas. O escuro estimula a pineal, 
que, então, aumenta sua atividade inibitória sobre os 
testículos e ovários, causando sua atrofia. Puberdade 
precoce ocorre em casos de tumores de pineal de crianças 
quando há destruição dos pinealócitos, cessando assim a 
ação frenadora que a pineal tem sobre as gônadas. 
• Sincronização do ritmo circadiano de vigília-sono: A 
melatonina tem ação sincronizada suplementar sobre ritmo 
circadiano, agindo diretamente sobre os neurônios do 
núcleo supraquiasmático que possui receptores de 
melatonina. Nesta ação especialmente importante quando 
há mudança acentuada no ciclo natural de dia-noite. O mal-
estar e a sonolência observado nesta situação pode 
melhorar mais rapidamente com a administração de 
melatonina, sendo usado como cronobiótico na prática 
clínica. 
• Regulação da glicemia: A melatonina inibe a secreção de 
insulina nas células beta das ilhotas pancreáticas, quando 
sua concentração sérica é elevada. A pineal é, portanto, 
uma alça de retroalimentação (feedback). 
• Regulação da morte celular por apoptose: A melatonina 
inibe o aparecimento de células em apoptose enquanto os 
corticoides ativam este processo. No entanto, a menina as 
de forma contrária em células cancerosas. 
• Ação antioxidate: A melatonina possuir capacidade de 
remover radicais livres, como também aumenta a 
capacidade antioxidante das células. 
• Regulação do sistema imunitário: A melatonina aumenta as 
respostas agindo sobre as células do baço, timo, medula 
óssea, macrófagos, neutrófilos e células T. 
 
TUMORES DE PINEAL 
 
A presença de tumores nessa glândula pode fazer com que o 
paciente apresente alterações relacionadas com a sua função, 
como sonolência e a alterações gonodotrógificas. Geralmente 
causam a Síndrome de Parinaud, pois o processo expansivo na 
pineal causa compressão do teto do mesencéfalo e do aqueduto 
cerebral. Em consequência há compressão dos núcleos dos nervos 
oculomotor e abducente, causando déficts de motricidade ocular e 
olhar conjulgado bilateralmente para cima. Além disso, causa 
hidrocefalia não comunicante, com dilatação dos ventrículos 
laterais e III ventrículo. A depender do tamanho da massa em 
questão, pode haver aumento da pressão intracraniana, levando 
a quadros característicos de cefaleia, náuseas e vômitos. 
 
 
Baixado por Diana Ferreira Alves (diana.ferreira@aluno.uece.br)
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