Prévia do material em texto
NEUROANATOMIA SNC · DENTRO do esqueleto axial · Esqueleto axial · Encéfalo = cavidade craniana · Cérebro: telencéfalo + diencéfalo · Cerebelo · Tronco: mesencéfalo, ponte e bulbo · Medula espinhal = canal vertebral SNP · FORA do esqueleto axial · Nervos · Cordões esbranquiçados que unem SNC + órgãos periféricos · Cranianos: união com o encéfalo · Espinhais: união com a medula · Gânglios · Dilatações de corpos celulares de neurônios · Sensitivos ou motores · Terminações nervosas · Extremidade das fibras dos nervos sensitivos (aferentes) e motores (eferentes) ENCÉFALO · Principal órgão SNC · Coordena ações motoras, sensoriais, memória, aprendizagem, fala · Fissura longitudinal: separa os 2 hemisférios TELENCÉFALO · Corpo caloso: une os 2 hemisférios · Cada hemisfério tem 3 polos (frontal, temporal e occipital) e 3 faces (dorsolateral, medial, inferior) · Sulcos · Aumentam a superfície cerebral sem aumentar o volume · Delimitam os giros · Lateral · Base do cérebro até face dorsolateral · Separa frontal e temporal · Central · Face dorsolateral · Separa lobo frontal e parietal · 2 giros: pré (motor) e pós (sensorial) · Lobos · Frontal, parietal, temporal, occipital, insula · Área de Brocá: fala · Área de Wernickie: compreensão · Ventrículos Laterais · Cavidades revestidas por epêndima · Contém LCR DIENCÉFALO · Tálamo · Reorganiza estímulos nervosos e sensoriais · Consciência e percepção · Filtra infos das periferias para córtex · Hipotálamo · Homeostase · Controle atvd visceral, regula SNA e glândulas endócrinas · Epitálamo · Glândula pineal – modula padrões de sono · Subtálamo · Função motora TRONCO ENCEFÁLICO · Bulbo · Centro de regulação das funções autonômicas · Nervos 9, 10, 11, 12 · Ponte · Equilíbrio, postura, respiração · Manda infos para cerebelo · Nervos 5, 6, 7, 8 · Mesencéfalo · Movimentos oculares · Nervos 3, 4 CEREBELO · Postura, tônus, equilíbrio, coordenação movimentos, habilidades motoras · Recebe infos córtex motor e gânglios basais · Vérnis: une os 2 hemisférios MEDULA ESPINHAL · Massa cilindroide de tecido nervoso no canal vertebral · Limite cranial com bulbo, caudal com L2 (cauda equina) · Centro de movimentos involuntários · Condutor de impulsos nervosos · 31 pares de nervos · 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombar, 5 sacrais, 1 cóccix · Associação nervos e medula – raiz dorsal (aferente - ascendente) e ventral (eferente - descendente) MENINGES · Dura-máter · Externa · Espaço epidural – dura-máter + periósteo do canal vertebral · Aracnoide · Intermediária · Espaço subdural – dura-máter + aracnoide · Baixa quantidade de LCR para não colabar · Pia-máter · Interna · LCR no espaço subaracnóideo e cavidades ventriculares · Proteção, nutrição, excreção substâncias · Produzido por plexo coroide dos ventrículos VASCULARIZAÇÃO · Encéfalo · Sistemas vertebro basilar (aa vertebrais) · Sistema carotídeo (aa carótidas internas) · Polígono de Willis · aa bases do crânio, aa saem para vascularização cerebral SNP · Somático · Ações voluntárias, por contrações mm estriados esqueléticos · Autônomo · Ações involuntárias, por contração mm lisos e cardíacos · Simpático · Resposta ao estresse: aumentar FC, PA, glicose · Por nn espinhais da região torácica e lombar · Adrenalina e noradrenalina · Parassimpático · Ações relaxantes, inibe funcionamento dos órgãos · Por nn cranianos e espinhais da extremidade da medula · ACH NERVOS · Fios formados por axônios de neurônios envolvidos por tecido conjuntivo · Aferente: sensorial · Eferente: motor PARES CRANIANOS · I – OLFATÓRIO · Sensitivo: olfato · II – ÓPTICO · Sensitivo: visão · III – OCULOMOTOR · Motor, movimento olhos e pupilas · Reto superior, medial e inferior e oblíquo inferior · IV – TROCLEAR · Motor, movimento olhos · Oblíquo superior · V – TRIGÊMEO · Maior porção sensorial, pouco motor · Sensorial: sensibilidade face, maxila, mandíbula, couro cabeludo, 2/3 ant língua · Motor: mm mastigação (temporal, masseter, pterigoide) · VI – ABDUCENTE · Motor, movimento lateral dos olhos · Reto lateral · VII – FACIAL · Sensorial: paladar 2/3 ant língua · Motor: mm mímica – expressão facial, com MOE · VIII – VESTIBULOCOCLEAR · Sensorial, equilíbrio e audição · IX – GLOSSOFARÍNGEO · Sensorial: paladar + 1/3 língua · Motor: deglutição · X – VAGO · Sensorial: inervação aferente visceral · Motor: deglutição, fonação, inervação parassimpática · XI – ACESSÓRIO · Motor, movimento pescoço · XII – HIPOGLOSSO · Motor, movimento língua (mm intrínsecos) TECIDO NERVOSO · SNC · Astrócitos · Forma estrela · Funções: ppal armaz glicogênio SNC, repara áreas lesadas por mitoses, mantém concentração de substâncias no espaço sináptico, isolamento de sinapses · Protoplasmáticos: subst. cinza, curtos e espessos · Fibrosos: subst. branca, finos e longos · Oligodendrócitos · Céls menores, pés vasculares · Produção da bainha de mielina · Microgliócitos · Fagocitose no SN · Céls ependimárias · Revestimento das paredes dos ventrículos cerebrais, aqueduto cerebral e canal central da medula espinhal · SNP · Céls satélites · Revestimento dos pericários dos neurônios ganglionares sensoriais e do SNA · Céls Schwann · Circundam axônio, forma bainha de mielina e neurilema NEURÔNIOS · Corpo celular · Núcleo e citoplasma (pericário) e organelas (corpo Nissl, RER) · Axônio · Sem Nissl · Começa cone de implantação e termina no terminal axonal · Classificação · Multipolar: > 2 prolongamentos de 1 corpo celular · Pseudounipolar: 1 prolongamento do corpo celular, que se divide em 2 · Bipolar: 2 prolongamentos de 1 corpo celular, 1 axonal e 1 dendrítico SINAPSES · Potencial de ação · Abertura canais iônicos influxo de Na +30mV · Retorno ao repouso influxo de K liberação de NT · Elétricas ou químicas NEUROTRANSMISSORES · Glutamato · Excitatório, SNC · Se liga a receptores NMDA, AMPA, de cainato, metabotrópicos de glutamato · GABA e Glicina · Inibitório, SNC · Influxo de Cl · GABA ativa canais K e bloqueia Ca hiperpolarização · ACH · Função neuromuscular, SNC e SNP · Receptores nicotínicos (ionotrópicos) e muscarínicos (prot G, metabotrópicos) · Dopamina · Receptor metabotrópico · Emoções, motor, recompensa · D1 excitatório, D2 inibitório · Noradrenalina · Receptores metabotrópicos a e b-adrenérgicos · Vigília e atenção · Histamina · Receptores metabotrópicos · Serotonina · Inibitório ou excitatório · Humor, emoção, vias homeostase RECEPTORES SENSORIAIS · Corpúsculo de Meissner · Grande, fibras mielinizadas, rápida adaptação · Na pele · Toque leve, vibração baixa frequência · Corpúsculos de Pacini · Grande, fibras mielinizadas, rápida adaptação · Camadas internas da pele, ligamentos, articulações · Pressão, vibração alta frequência · Discos de Merkel · Grande, fibras mielinizadas, lenta adaptação · Pele superficial, ponta dos dedos · Pressão, tato · Corpúsculos de Ruffini · Grande, fibras mielinizadas, lenta adaptação · Ponta dos dedos, articulações · Estiramento, mudança do ângulo da articulação DOR CEFALEIA MENINGITE FISIOPATOLOGIA · Transformação estímulos físicos e químicos em potencial de ação · SENSAÇÃO – info sensorial chega SNC · TRANSDUÇÃO – impulso doloroso percebido por nociceptores e transformação em potencial de ação · TRANSMISSÃO – por NT até coluna posterior e medula · PERCEPÇÃO – dor sentida, estímulos nocivos com áreas corticais e do sistema límbico Mecanismos Periféricos · Nociceptor Aferente primário · Motores, pós-ganglionares simpáticos e sensitivos aferentes primários · Corpos celulares dos sensitivos nos gânglios das raízes dorsais, tem 2 ramos · 1 central para ME e 1 periférico para tecidos · Fibras Aferentes · A beta – maior diâmetro, grau máximo a estímulos do tato e/ou movimentos lentos, na pele · A delta – pequeno diâmetro, mielinizada · C – não mielinizada · Nociceptores aferentes primários · Resposta a estímulos intensos (dolorosos) · Pele e estruturas somáticas e viscerais profundas SENSIBILIZAÇÃO · Estímulos intensos repetidos/prolongados redução do limiar de ativação dos nociceptores · Periférica – ativaçãoda transdução por mediadores inflamatórios · Central – inflamação aumenta excitabilidade dos neurônios no corno posterior da ME · Inflamação por Nociceptor · Liberação de mediadores polipeptídicos das terminações nervosas MECANISMOS CENTRAIS · Raiz posterior Corno posterior da subst. cinza da ME SNC áreas centrais de percepção da dor · Neurônios da ME do 2º corno posterior são excitados por NT (glutamato) liberado pelos aferentes ativados · Trato Espinotalâmico Contralateral · Na subst. branca ântero lateral da ME, na borda lateral do bulbo, ponte e mesencéfalo lateral · Até Tálamo contralateral · Projeções do Trato · Córtex somatossensorial – aspectos da dor · Regiões corticais – emoção, no giro do cíngulo e lobo frontal (córtex insular) MODULAÇÃO DA DOR · Variação da intensidade · Controle seletivo dos neurônios transmissores da dor pela via descendente ligado ao hipotálamo, mesencéfalo e bulbo · Sistema endógeno de modulação · Supressão ou intensificação da dor por circuitos, através de NT · Sugestão de alívio da dor ou emoção intensa que desvie a atenção da lesão TIPOS DE DOR · Dor Referida · 1 axônio em contato com vários neurônios medulares, informação convergente de vários locais · Percebida em um local diferente do local de origem · Dor Nociceptiva · Afeta estruturas somáticas – pele, tendões, lig, artic, órgãos internos · Compressão, palpitação · Dor Neuropática · Doença do SN, acometimento das vias · Nociceptores primários ficam mais sensíveis à estimulação mecânica pelo aumento dos canais de Na na fibra nervosa danificada · Queimação, formigamento, dormência ou choque · Espontânea ou ao toque · Dor Mista · Nociceptiva ou neuropática · Câncer - tumor comprimindo tecidos locais ou SN · Dor Disfuncional · Sem associação a inflamação ou lesão ao SN · Fibromialgia, SII CLASSIFICAÇÃO DA DOR · Tempo · Aguda - Lesão ou inflamação, resposta ao estresse · Crônica – Doença se > 3-6 meses · Velocidade · Rápida - < 0,1s após, dor pontual, agulhada · Lenta - >= 0,1s após, queimação, pulsátil AVALIAÇÃO DA DOR · Exames de imagem são padrão ouro · RNM – inflamação e doenças dos tecidos moles · TC – destruição óssea, ossificação TRATAMENTO DOR AGUDA · Determinar etiologia Analgesia 3 Escalas · Boca · Via Oral, a menos que indisponível · Escada · 1º degrau: Não opioide + Adjuvantes dor leve (1-3) · 2º degrau: Não opioide + Adjuvantes + Opioide Fraco (codeína, tramadol, oxicadona em baixas doses) · 3º degrau: Não opioide + Opioide Forte (morfina, metadona, fentalina, oxicadona altas doses) · Relógio · Horário fixo + resgate AAS, Paracetamol e AINEs · Mecanismo de Ação · Inibição da COX · 1 – expressa constantemente · 2 – induzida por inflamação · Indicações · Cefaleia leve-mod e dor musculoesquelética · Efeitos Colaterais · Uso crônico – irritação gástrica (AINEs e AAS), hemorragia digestiva (AAS) e nefrotoxicidade (AAS) · Paracetamol – hepatotoxicidade Opioides · Mais potentes para aliviar a dor · Mecanismo de Ação · Ativação de neurônios inibitórios e NT inibitórios · Atuação no receptor U · Efeitos Colaterais · Reversíveis - Náuseas, vômitos, constipação, prurido · Depressão respiratória em doses elevadas – reversão com Naloxona · Hiperexcitabilidade e crises convulsivas são irreversíveis · Vias de Uso · VO e EV ppte · Nasal, retal, transdérmico, mucosa oral · Combinação com inibidores da COX · Ambos em doses menores · Reduzem gravidade dos efeitos colaterais · Doses fixas podem causar tolerância DOR CRÔNICA · Avaliar etiologia e estado psicológico · Causas · Doença dolorosa sem cura · Fatores precipitantes secundários · Estados psicológicos Antidepressivos Tricíclicos · Nortriptilina e Desipramina · Mecanismo desconhecido sobre a analgesia · Necessita de doses mais baixas e menos tempo de efeito para analgesia do que depressão · Potencializam analgesia com opioides · Indicações · Neuropatia, fibromialgia, cefaleia tensional · Efeitos Colaterais · HO, sono, bradicardia, perda de memória, constipação e retenção urinária Anticonvulsivantes e Antiarrítmicos · 1ª linha · Fenitoína e Carbazepina · Indicações – Neuropatia · Poucos efeitos colaterais Opioides · Pode haver algum grau de tolerância a longo prazo · Ambulatorial – Levorfanol, Metadona, Morfina ou Fenitoína · Primárias – espontaneamente · Secundárias – inflamação, compressão AURA · Distúrbio focal visual, sensorial ou motor · 90% é visual TIPOS · Enxaqueca – Migrânea · Herdada, Mulheres · Pródromo: alt de humor e mal-estar 24-48h antes · Unilateral, Mod-severa · Hemicraniana · Náuseas e vômitos, fotofobia e fonofobia · Com ou sem aura · Piora com atividade · Pode ser desencadeada por menstruação e vinho · DX: 5 ataques com duração 4-72h, com 2 sintomas + 1 de: náusea, vômito, foto ou fonofobia · Cefaleia Tensional · Herdada, Mulheres · Estresse, fadiga, falta de sono · Bilateral, Leve-mod · Holocraniana, em faixa · Fotofobia e/ou fonofobia · Cefaleia em salvas · Herdada? Homens, tabagistas e etilistas · Diariamente por semanas + período de remissão · Unilateral, Severa · Orbitária, supraorbitária ou temporal · Episódios noturnos, 15min-3h · >= 1 sinal autonômico ipsilateral · Cefaleia Hemicraniana · Mulheres · Paroxística · Unilateral, intensa, pulsátil, 2-30 min · Contínua · Unilateral mod, cte, com sinais autonômicos · Tipos · Episódica Infrequente: < 1d/mês · Episódica frequente: >1x/mês · Crônica: > 15d/mês por 3 meses · Uso excessivo de medicamentos pode piorar a dor · SUNCT · Homens · Unilateral, perto do n. trigêmeo · Sinais autonômicos: hiperemia conjuntival e lacrimejal · Periorbital · SUNA · Unilateral, curta duração, neuralgiforme, sinais autonômicos cranianos · Crônica Diária · Bilateral, não pulsátil, leve-mod · Associada a 1 dos: fotofobia, fonofobia, náuseas · Por uso de medicamentos – opioides, barbitúricos, triptanos TRATAMENTO · Avaliar função cardíaca antes de usar BB (bradicardia, CI é asma e HO) e ADT (pode causar arritmia torsades de pointes) Enxaqueca – Migrânea · Crise: Analgésicos, agonistas serotoninérgicos (Sumatriptano) · Profilaxia: Propanolol, ADT, Flunarizina, Topiramato e Ácido Valproico · Quando ocorre > 3d/mês, se grave ou prolongado Cefaleia Tensional · Crise: Analgésicos e/ou miorrelaxantes (Tizanidina) · Profilaxia: ADT e Miorrelaxantes Cefaleia em Salvas · Crise: Oxigenoterapia (10-12L/min por 15-20 min) + Sumatriptano · Profilaxia: Verapamil, lítio, topiramato, gabapentina Cefaleia Hemicraniana · Indometacina – regressão completa SUNCT · Crise: Lidocaína IV · Profilaxia: Anticonvulsivantes e/ou bloqueio ou estimulação do n. occipital · Pulsátil hemicraniana e SUNCT · Homens e Periorbitárias em salvas e SUNCT · Bilateral CTT e crônica diária MENINGITE BACTERIANA · Inflamação ou edema das meninges (aracnoide e pia-máter e LCR) e da medula espinhal (vai para ESA ao redor do cérebro, ME e ventrículos) · Meningite piogênica – bacteriana aguda, polimorfonucleares LCR · Meningite tuberculosa – subaguda, linfocítica LCR · Pode existir a meningoencefalite – inflamação meninges + cérebro Etiologia · Mais comum – S. pneumoniae, N. meningitidis, Estrepto grupo B e Listeria · Gram + - Strepto, Staphylo, Enterococos, Listeria · Gram - - Neisseria, E coli e enterobactérias · Crianças – S. grupo B, H. influenzae, Listeria, Herpes · Adultos – Meningococo, pneumococo, enterovírus · Idosos – Pneumococo, Listeria · Listeria – sempre lembrar em pcte > 50a, imunossuprimido! · Nosocomial (cx, internado) – S aureus e gram – · Agudo - Viral e Bacteriano · Crônico – Tuberculose e Fungos · Glicose muito baixa, predomínio linfomono · Criptococo – imunossuprimidos, P abertura muito alta Fisiopatologia · Adesão ao epitélio da mucosa da nasofaringe · Invasão do interior dos vasos + Sobrevivência aos mecanismos de defesa · Proliferação e lise bacteriana – liberação de componentes da parede celular + produção de citocinas inflamatórias · Aumento da permeabilidade da BHE, ppte por TNFa e IL-1b + Aderência de leucócitos às céls endoteliais · Edema por extravasamento de proteínasplasmáticas · Obstrução do fluxo e reabs do LCR · Hidrocefalia obstrutiva e comunicante · Isquemia – redução do fluxo sanguíneo · Alteração do fluxo sanguíneo cerebral · Perda da autorregulação – estreitamento de grandes aa e vasculite (espessamento) – infarto e isquemia, obstrução por trombose · Produção de aminoácidos excitatórios, ROS e RON, etc. · Lesão e morte celular Isso tudo aumentará PIC e poderá causar coma – Sinais HIC · Papiledema, náuseas, vômitos, crises convulsivas Sintomas · TRÍADE: Cefaleia + Febre + Rigidez de nuca · Síndrome HIC · Cefaleia intensa, náuseas e vômitos em jato, confusão mental · Síndrome toxêmica · Febre, delirium, mal-estar, mialgia, astenia · Síndrome Irritação Meníngea - Meningismo · Rigidez de nuca – pcte deitado, flexão cabeça com dificuldade · Sinal Brudzinski – flexão leve dos joelhos ao fletir a cabeça · Sinal Kernig – pcte deitado, flexão da coxa sobre o abdome a 90º, perna do mesmo lado fletida em relação a coxa a 90º, pcte resiste à extensão · Sinal do Desconforto Lombar – pcte deitado, flexão de um dos joelhos, depois empurrar a mão do médico com pé, tem resistência e dor lombar · Complicações · Perda auditiva · Convulsões · Edema cerebral · Papiledema · Sinais cerebrais focais – hemiparesia, disfasia, deficiência no campo visual e desvio do olhar conjugado Quadro BACTERIANO é mais GRAVE do que viral. Etiologia x Sintomas · Pneumococo – IVAS, otite, trauma craniano · Meningococo – púrpura, contato com meningite (púrpura+febre suspeitar), mas pode ocorrer em QUALQUER caso bacteriano · Listeria – Rombencefalite (no tronco encefálico, afeta vários nn cranianos) · S. aureus – Drogas ilícitas, neurocx Diagnóstico · Neuroimagem – TC · Antes da PL · Se suspeita de lesão de massa com risco de herniação – Sinal focal (paralisia, estrabismo), Papiledema, Alt Consciência, Convulsão recente, imunossuprimido, histórico de d. neurológica · Punção Lombar · Entre L3-L5 · Indicações – infecção SNC, HSA e TC negativa, esclerose múltipla, Guillain-Barré, doenças oncológicas (leucemia), doenças metabólicas · CI – Herniação, HIC, Coagulopatia, abscesso epidural, ICC, piodermite · LCR - normal · Incolor · P abertura < 180 · Contagem de céls até 4/mm³ · Glicose 2/3 valor sangue · Proteínas < 30 · Hemocultura LCR – não necessariamente oferece dx definitivo · Bacteriano · Turvo · P abertura alta – 200-300, se > 450 é edema agudo · Pleocitose mononuclear - > 500 céls (100-1000), 70% neutrófilos · Glicose baixa - < 40 · Proteína alta - > 45 (100-300) · Viral · Céls - leve aumento · Pleocitose linfomonocitária · Glicose – normal · Proteínas – leve aumento Coloração Gram · Diplococo + – Pneumococo · Diplococo - – Meningococo · Cocobacilo - – Haemofilos · Cocobacilo + – Listeria Diagnóstico Definitivo – resultados após 2-3 dias · Culturas – negativas ou positivas (bacteriana) · PCR – baixo ou alto (viral) Tratamento · Quadro Agudo · Hemocultura · DEXAMETASONA EV – reduz risco de sequela se pneumococo, 10mg 6/6h por 4d // não adm em RN · ATB EV – CEFTRIAXONE + ACICLOVIR · VANCOMICINA e MEROPENEM se imunossuprimidos ou nosocomiais · Ceftriaxone – pneumococo, meningococo, haemofilos · Ampicilina – listeria · Aciclovir – HSV 1 Idade · < 3 m – Ampicilina + Vancomicina · < 50 a – Ceftriaxone + Vancomicina · > 50 a – Ampicilina + Ceftriaxone + Vancomicina Profilaxia Contactantes · Apenas se MENINGOCOCO · Isolamento respiratório por 24h · Adm 1 dos seguintes: Ciprofloxacino 500 mg VO dose única, Ceftriaxone 250 mg IM dose única, Rifampicina 600 mg VO 12/12h por 2 d · Contato próximo – secreções ou contato > 8h Vacina · Anti-Hib presente na PENTAVALENTE (DTP + Hib + HBV) · Criança < 1a – 3 doses (2, 4, 6m) MENINGITE ASSÉPTICA · Vírus · Micobactérias – tuberculose · Fungos – criptococose e coccidiose · Espiroquetas – sífilis e lyme · Medicações - imunoglobulina · Câncer – carcinomatoma meníngeo Etiologia Viral · Enterovírus – Coxsackie, Echovirus – mais comum, Verão · HSV 1 (encefalite herpética) e HSV 2 (forma recorrente – sd de Mollaret) · 80% por HSV2 · HSV1 oral e HSV2 sexual · Dengue, HIV, Varicela, Caxumba · Adenovírus, Epstein Barr, Citomegalovírus Quadro Clínico · Mais leve, pcte orientado · Febre, cefaleia, vômitos, meningismo · Rash, diarreia, IVAS podem estar presentes Diagnóstico · LCR · PCR é definitivo Tratamento · Suporte, é autolimitado em imunocompetentes MENINGITE SUBAGUDA Quadro Clínico - Leve · Cefaleia, rigidez de nuca, febre baixa · Sudorese noturna – Tuberculose Diagnóstico · Bactérias: P alta, pleocitose linfocitária, proteína alta, glicose baixa · Fungos: pleocitose mononuclear ou linfocitária, proteína alta, glicose baixa Tratamento · Tuberculose: Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida + Etambutol · Fungos: Anfotericina + Flucitosina por 4-6 semanas, após, Fluconazol por 8 semanas ENCEFALITE ABSCESSO E EMPIEMA EPILEPSIA · Inflamação do cérebro propriamente dito Etiologia · Infecciosa – HSV 1 (meningoencefalite - maioria), enterovírus, EBV, etc. · Pós infecciosa – encefalomielite disseminada aguda (após gastroenterite, doença respiratória) · Imunomediadas e Paraneoplásicas – ataque a receptores proteicos do encéfalo, gerando inflamação Quadro Clínico · Instalação aguda/subaguda · Altera função · Altera estado mental - extremamente sonolento, confuso, desorientado · Alteração cognitivo-comportamental · Crise convulsiva · Sinal neurológico focal – hemiparesia, alt de linguagem, alt coordenação · Meningite – tríade Diagnóstico · QC + Neuroimagem + LCR · Neuroimagem – RM é mais sensível, antes da PL se sinais de edema · Pode ser normal · Temporal: HSV1 · Límbico: imune ou paraneoplásico · Multifocal: pós infeccioso · LCR · Inicialmente inespecífico · Céls levemente altas · Pleocitose linfomonocitária · Proteína levemente alta · Glicose normal · Presença de hemácias sugere HSV1 · Adicional: EEG e labs geral (HIV, sífilis) · Definição diagnóstica · PCR – escolha para HSV1 · Painel de auto AC no LCR – imune e paraneoplásica · EEG – irritação focal e temporal (HSV1) Tratamento · Avaliar risco de morbimortalidade – Causa · Infecciosa – Antivirais · Autoimune – Imunossupressão · Paraneoplásica – Oncologia · Quadro Agudo · Hemocultura + ATB empírica ANTES do LCR · Ceftriaxone + Aciclovir IV · Ampicilina > 50a · LCR · Normal – continuar investigação · Linfomonocitário – manter Aciclovir e retirar ATB · PCR · HSV1 positivo – manter Aciclovir e retirar ATB ENCEFALITE HERPÉTICA · Instalação rápida, AGUDA · Causa mais comum de encefalite FATAL · Febre, cefaleia, crise convulsiva, alt nível de consciência · RM: alt temporal · LCR: pleocitose linfomonocitária · PCR é dx definitivo · Tratamento: ACICLOVIR EV 10mg/kg 8/8h por 14-21d – nunca esperar resultado para iniciar ENCEFALOMIELITE DISSEMINADA AGUDA · Desmielinização pós-infecciosa do SN · Aguda, monofásica e imunomediada · Precedida por infecção em 75% dos casos · Principalmente em CRIANÇAS · QC – febre, encefalopatia e sinais meníngeos · Multifocal – sinais neuro focais · RM – lesões múltiplas na subst. branca bilaterais, assimétricas, tronco e medula ENCEFALITE IMUNE/PARANEOPLÁSICAS · AC intracelulares (onconeurais) · Paraneoplásico · Encefalite límbica (medial do temporal), cerebelar, tronco e encefalomielite · AC: Hu (ca pulmão peq céls), Ma2, CRMPS · Tratamento: rastreio de câncer, tto onco + imunoterapia · AC anti-superfície celular · Imunomediados · Encefalite límbica e sd específicas · AC: NMDA, LGI1, CASPR2, AMPA, GABA, IgLON, DPPX · Possivelmente tratável · Tratamento: imunoterapia, pulsoterapia + Ig ou PF, Rituximab ou Ciclofosfamida se não melhorar · Coleção focal no parênquima cerebral, infeccioso · Causa EFEITO DE MASSA Etiologia · Mais comuns – S aureus, Streptococcus viridans · Diversos – depende da origem (disseminação local ou hematogênica), idade, imunidade · Seios paranasais, odontológico, otogênico – Streptococcus, Haemophilus, · Endocardite – viridans, s. aureus · Neurocirurgia · Pneumonia · Infecção urinária · Imunossuprimidos – toxoplasma,listeria, nocardia, aspergillus, cryptococcus, cândida Fisiopatologia · Invasão direta · Pode ocorrer anos após, mas é mais raro · Disseminação hematogênica – múltiplos abscessos · Distribuição da cerebral média · Pneumonia, celulite, endocardite, peritonite, MAV pulmonar, idiopática · Dano tecidual – reação inflamatória · Cerebrite 1-2 sem – edema localizado + inflamação sem necrose + pobre demarcação · Abscesso – necrose, liquefação + cápsula fibrosa ao redor Quadro Clínico · Inespecífico, é ddx de manifestação neurológica nova · Tríade clássica – 20%: cefaleia (novo ou mutante) + febre + sinal neuro focal · Crise epiléptica em 25% · Alteração de consciência – mau px · Vômitos – HIC Diagnóstico · Neuroimagem com contraste – RM mais sensível, mas pode fazer TC · Cerebrite – hipodensidade ou alteração de sinal irregular sem realce · Abscesso – realce anelar com restrição à difusão · Aspiração estereotáxica guiada por TC ou cx – importante para coletar cultura, gram ... · Sorologia sérica – toxoplasmose ou cisticercose, não é definitivo · NUNCA FAZER LCR – É CONTRAINDICAÇÃO!!! Tratamento · Aspiração estereotáxica por TC · Exceção se bacteremia (faz hemocultura) ou cerebrite · Procedimento seguro · ATB Empírico por 4-8 sem · METRONIDAZOL EV + CEFTRIAXONE EV · Hematogênico, endocardite – VANCOMICINA ou OXACILINA · Corticoides – DEXAMETASONA EMPIEMA SUBDURAL · Infecção no espaço subdural, raro · Causas · Rinossinusite – estrepto e estafilo · Neurocx ou traumatismo – estafilo Quadro Clínico · Cefaleia, febre, déficit neurológico, rigidez de nuca · Pode ter coma se expansão e aumento da PIC · Mais comum em crianças, suspeitar quando quadro arrastado de febre com melhora dos resultados do LCR Diagnóstico · Histórico de infecção ou neurocx/trauma + QC · Neuroimagem – RM: massa crescente confirma Tratamento · Drenagem + ATB IV (Cefalosporina 3a geração) · Crise Convulsiva – atividade elétrica anormal · Epilepsia – predisposição a crises convulsivas TIPOS DE CRISE EPILÉPTICA · Provocada – insulto agudo, ex: AVC, cavernoma · Não provocada – espontânea · Focal – 1 hemisfério, pode se tornar generalizada durante o curso · Generalizada – 2 hemisférios Focal · Simples – sem comprometimento do nível de consciência · Complexas – comprometimento do nível de consciência · Manifestações Motoras · Automatismos – mastigação contínua · Atônica – perda do tônus · Tônica - hipertonia · Clônica – abalos · Mioclônica – abalos curtos e rápidos, como sustos · Hipercinética – movimentos rápidos · Espasmos epilépticos – como sustos · Manifestações Não Motoras · Autonômico – pálido, sudoreico · Cognitivo – alteração de linguagem, deja-vu · Emocional – ansiedade, medo extremo · Sensitivo – parestesias, hipoestesias · Parada comportamental – parado, olhar vago (não usar termo ausência para isso) Generalizada · Manifestações Motoras - bilateral Epilepsia · > 2 crises não provocadas em > 24h · Pcte com alta chance de recorrência – ex: presença de alterações estruturais · Síndrome epiléptica – clínica + EEG ETIOLOGIA · Genéticas - defeito conhecido · Estrutural/metabólica – infecciosas, tóxico-metabólicas, abstinência ou abuso de subst., vasculares (AVC), traumas, tumores SÍNDROMES EPILÉPTICAS - GENERALIZADAS Epilepsia de Ausência da infância · Parada comportamental por segundos, sem sintomas pós ictais · EEG – complexo espícula onda a 3Hzex · Desencadeada por hiperventilação · Tratamento – Etossuximida ou valproato de sódio Mioclônica Juvenil · 13-18 anos · Crises mioclônicas de manhã · Desencadeada por fotoestimulação · EEG – complexo poliespícula-onda lenta 3-4 Hz · Tratamento – Valproato de sódio ou Lamotrigina Tônico-Clônica · Alternância fase tônica (contração de todos mm por 10-30s, flexão e extensão) e fase clônica (relaxamento dos mm, movimentos simétricos e rítmicos por 30-60s), seguido de período pós-ictal (confusão e cefaleia e pcte dorme por horas) Atônica · Uma das mais GRAVES · Perda global do tônus muscular, com quedas súbitas e imediatas, sem aviso – lesões corporais Tônicas · Aumento súbito do tônus, pcte fica “duro” SÍNDROMES EPILÉPTICAS – FOCAIS Parcial Complexa · Parada comportamental, automatismos e perda de consciência Perceptiva · Consciência intacta, mas não necessariamente pcte percebe a crise ocorrendo Disperceptiva · Percepção comprometida, alguns tem amnésia epiléotica transitória Parcial Perceptiva · Pode ter sinais motores, sensoriais e autonômicos, psíquicos · Estado pós ictal pode ter déficit neuro focal como hemiparesia persistente, indicando lesão cerebral focal subjacente Parcial Disperceptiva · Lobo temporal ou frontal · Prejuízo da consciência, responsividade ou memória · Pode ter sinais motores, sensoriais e autonômicos, psíquicos AVALIAÇÃO INICIAL · História – antecedentes de parto da pessoa, HF? · Exame Físico – geralmente normal · PS – glicemia, rastreio infeccioso, alterações hidroeletrolíticas, perfil toxicológico · LCR – se suspeita de infecção do SNC · Neuroimagem – se pcte não tiver dx de epilepsia, pesquisar causas estruturais · EEG – caracterizar foco epiléptico · ECG – exclusão ddx, ex: síncope, arritmias DDX · Síncope, arritmias, AIT · Migrânea – aura · Ataques de pânico, Crises psicogênicas · Distúrbios metabólicos TRATAMENTO · Crises provocadas tratar causa BASE · Crises não provocadas antiepiléptico se predisposição a novas crises, > 2 crises em < 24h, síndrome epiléptica estabelecida Fármacos Antiepilépticos · 1ª geração: fenobarbital, Fenitoína, etosuzimida carbamazepina, valproato · 2ª geração: lamotrigina, topiromato, vigabatrina, clobazam, oxcarbamazepina, levetiracetam, gabapentina e pregabalina · 3ª geração: lacosamida · Crises Focais – carbamazepina, fenitoína, lamotrigina e topiramato · Crises Generalizadas – valproato de sódio (1ª escolha), lamotrigina, etossuximida – NUNCA usar carbamazepina · Pode ter associação se mau controle na monoterapia, mas não associar lamotrigina + carbamazepina ou ácido valproico Efeitos Colaterais – febre, rash cutâneo, linfadenopatia e faringite Descontinuidade · Maioria pctes param de usar após 2 anos e exames neurológicos normais, redução da dose a cada 4-6 meses · Há recorrência em 20% OBSERVAÇÕES MULHERES · ACO, depoprovera e acetozolamida podem reduzir as crises · Gestação – se sem crises 9m antes, provável que não tenha durante a gestação PRONTO SOCORRO 1. ABC, MOV 2. Decúbito lateral – evitar broncoaspiração 3. LABS, EEG, TC/RM (estabilizado) 4. Medicamentos – 1. Benzodiazepínicos, 2. Anticonvulsivantes, 3. IOT + EEG + Pentobarbital, encaminhar para UTI ESTADO DE MAL EPILÉPTICO · Crise > 30 min ou crises recorrentes sem recuperação do nível de consciência · EMERGÊNCIA NEUROLÓGICA – conduta se duração >= 5 min OU >= 2 crises sem recuperação do nível de consciência · Etiologia · Crianças (ppte < 1 ano) - febril · Adultos/idosos · Agudo - distúrbio metabólico, hipóxia/anóxia, infecções, trauma e AVC, abstinência, uso ou overdose de drogas, tumores · Crônico – má aderência, progressão da doença, lesão estrutural (AVC, tumor) · Classificação · Convulsivo – tônico clônico generalizado · Não convulsivo – rebaixamento da consciência inexplicado, dx apenas com EEG · esses 2 tipos podem evoluir entre si, um não é excludente do outro · Refratário – a 2 drogas · Super refratário – a 3 drogas · Diagnóstico – clínico (> 5 min) · Identificar causa base! · Exame neuro – nível consciência, movimentos automáticos, verificar mioclonia · TC/RM – hiper ou hipodensidade – se pcte estabilizado · LCR – causas infecciosasa – se pcte estabilizado · EEG – atvd cte de pico e ondas com ritmo irregular · Tratamento · Estabilização – ABC, MOV (monitor, O2, veia), labs (glicose), adm Tiamina IV + dextrose · Medicamentos – a partir de 5 min 1. Benzodiazepínico – DIAZEPAM EV 10-20 mg (primeiro dá 10 e se não passar mais 10, se não passar vai para 2ª opção) ou MIDAZOLAM 2. Anticonvulsivante – FENITOÍNA EV 15-20 mg/kg OU Fenobarbital EV OU Ácido Valproico EV (se não passar vai para 3ª opção) 3. Sedação – Midazolam OUPropofol OU Pentobarbital 4. Pentobarbital, hipotermina ou Ketamina (conduta já com especialista) · Consequências · Morte neuronal após 30-60 min de crise · Arritmias, hipoventilação, hipóxia, febre e leucocitose OBSERVAÇÕES Após uma primeira crise, o risco de recorrência de uma segunda é de 26% a 40%. Após duas crises, o risco de uma terceira é de 60% a 87%, e após a terceira crise, o risco de uma quarta é aproximadamente o mesmo (61% a 90%) e mantém-se estável. Se EEG e RM crânio normais após 1ª crise, esperar novo episódio para tomar alguma conduta. TRAUMA RAQUIMEDULAR (TRM) Locais das lesões · Cervical 55% · Torácica 15% · Toracolombar 15% · Lombossacra 15% ANATOMIA · Maior diâmetro do canal em C1 e C2 · Abaixo de C3 risco de lesão é maior · Medula tem origem no forame magno e fim L1, após cauda equina no cone medular Dermátomos mais importantes · C5 – deltoide · T4 – mamilos, T8 – apêndice xifoide, T10 – umbigo, T12 – púbis · S4 e S5 – perianal Miótomos · Testar a força – 5 normal e 0 paralisia · Esfíncter anal externo Tratos Medulares · Posterior – grácil e cuneiforme: propriocepção · Espinotalâmico lateral: dor e temperatura · Anterior – corticoespinhal lateral: motora voluntária CHOQUE NEUROGÊNICO e ESPINHAL · Neurogênico · Acima de T6 · Perda do tônus vasomotor · Perda da inervação simpática do coração · Reanimação volêmica e uso de vasopressores · Associado ao choque hemorrágico · Espinhal · Flacidez muscular · Perda de reflexos · Espasticidade – fase final INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA · Principal mecanismo de morte · Lesão C3-C5 – nervo FRÊNICO · Lesão cervical baixa e torácica alta – paralisia de mm intercostais INCAPACIDADE DE PERCEBER A DOR · Pcte com fratura grave, grandes queimados, intoxicação, grande laceração (desenluvamento) LESÕES MEDULARES INCOMPLETAS · Brown Sequard · Hemissecção medular · Trauma penetrante · Déficit motor e propriocepção ipsilateral · Déficit dor e temperatura contralateral · Medular Central · Mais comum, melhor px · Hiperextensão cervical · Paresia MMSS > MMII · Idoso com osteoartrose cervical · Medular Anterior · Ocorre por hiperflexão · Déficit motor completo e dor/temperatura abaixo do nível da lesão · Medular Posterior · Raro · Perda da sensibilidade vibratória e propriocepção · Cone Medular · Lesão medular sacral · Arreflexia vesical e intestinal · Perda motora e sensitiva variável MMII, fascículos intactos · Anestesia em sela simétrica · Arreflexia aquileu · Cauda Equina · Lesão das raízes – periférica · Arreflexia vesical e intestinal · Dor radicular – ciática · Anestesia em sela · Perda motora assimétrica e sem fasciculações · Arreflexia Aquileu e Patelar LESÃO MEDULAR INSTÁVEL · Presença de déficit neurológico + imagem de lesão FRATURAS VERTEBRAIS · Tipo A – Compressiva · Achatamento das vértebras · A1 – tear drop (lasca) · A2 – split (2 platôs como rachaduras) · A3 – platô superior · A4 – platôs superior e inferior · Cirurgia se A3 e A4 > 50% de achatamento · Tipo B – Ruptura · B1 – anteroposterior · B2 – platô superior, ruptura de ligamentos · B3 – disco vertebral, ruptura de ligamentos · Cirurgia sempre · Tipo C – Deslocamento · Compressão + ruptura + deslocamento · Mais GRAVE, pode ter ruptura parcial ou total · Cirurgia sempre FRATURAS CRANIOCAUDAIS Luxação Atlanto Occipital · Disjunção craniocervical · Pouco comum pois é FATAL, por destruir tronco encefálico e causar apneia · Síndrome do Shaken Baby · Por hiperflexão e tração · Tetraplegia Fratura do Atlas – Jefferson · Explosão da vértebra – sobrecarga e rompimento dos anéis · Mergulhos em água rasa · Não associado a lesão medular · RX trans oral Subluxação por Rotação Atlas · Mais comum em crianças · Cabeça em rotação persistente – torcicolo · Nunca forçar a resolver rotação Fratura do Áxis · Fratura do odontóide – maioria · Fratura dos elementos posteriores – enforcamentos, hiperextensão Fraturas e Luxações C3-C7 · C5-C6: mais suscetíveis a fratura e luxação por maior mobilidade Fraturas da Coluna Torácica · Canal estreito – luxação e fratura causam déficit neurológico completo · Lesão em cunha – compressão anterior, se sobrecarga axial com flexão · Lesão por explosão – compressão vertical axial · Fratura de Chance · Fratura transversal pelo corpo vertebral · Flexão abrupta da coluna torácica · Colisões de automóvel · Trauma duodenal · Fratura luxação – hiperflexão, ruptura elemento posterior Fraturas da Junção Toracolombar · Hiperflexão com rotação aguda · L1 – disfunção bexiga e intestino, parestesia e paresia em MMII Fraturas Lombares · Acomete apenas cauda equina Lesões Penetrantes · Arma branca ou de fogo · Lesão completa CLASSIFICAÇÃO DO DÉFICIT NEUROLÓGICO · Tetraplegia – coluna cervical · Paraplegia – coluna torácica ! Sempre que necessária a transferência de pcte com lesão cervical alta, intubar independentemente dos sinais vitais estáveis, pois pode ter comprometimento das vias aéreas nesse nível da lesão. EXAME FÍSICO · Nível ósseo · Palpar os processos espinhosos · Nível neurológico · Esfíncter anal externo - Reflexo Bulbo Cavernoso · palpação da glande para ver se tem contração anal · Movimento de membros – usar score ASIA · Sensibilidade – tato, dor, temperatura · Priapismo – ereção mantida é mal px (perda da inervação autonômica do pênis) · Zona de preservação parcial – zona de percepção da inervação Avaliação do Dorso e Retirada da Prancha · 4 pessoas · 2 pessoas cruzam braços, 1 pessoa estabiliza o pescoço e 1 avalia o dorso ESCALA DE FRANKEL / ASIA · A – Completa: sem função motora · B – Incompleta: função sensitiva até S4-S5 e sem função motora · B – Incompleta: função motora com força <3 · D – Incompleta: função motora com força >3 · E - Normal AVALIAÇÃO NEUROIMAGEM · TC é padrão ouro, RX se ausência · Cervical - AP, lateral, trans-oral · Lateral - 3 linhas: processo espinhoso, região posterior e anterior do corpo vertebral · Cirurgia se 2 das 3 linhas comprometidas · AP – pedículos de cada lado, processo espinhoso e articulação facetaria entre corpos · Trans-oral – corpo de C2 e massas laterais de C1, ver alinhamento de ambos · Lombar · Coruja · RM posteriormente – avaliar partes moles CONDUTA 1. ATLS - 2. RESTRIÇÃO DE MOVIMENTO · Até a exclusão de lesão · Prancha rígida – máx 2h · Colar cervical rígido 3. CANADIAN C-SPINE RULE (CCR) 4. NÃO FAZER CORTICOIDE!!! Não necessariamente a cirurgia é urgência, sempre priorizar estabilização do pcte e resolução de problemas agudos. TRATAMENTO AGUDO / SUBAGUDO · Choque Neurogênico - Hidratação para restaurar volume ou Vasopressor · Comprometimento Ventilatório - IOT + VM · Doenças Tromboembólicas – profilaxia com heparina, warfarina na reabilitação · Função Visceral – íleo paralítico (tubo nasogástrico), nutrição parenteral sempre, irrigação transanal para melhorar constipação, tônus bexiga pode ser perdido (cateter de Foley) ESTADO VEGETATIVO · Distúrbio com vigília, mas sem consciência de si e do ambiente · Causas · Lesões cerebrais difusas ou multifocais que desconectam áreas cerebrais do tálamo · Dano hipóxico isquêmico difuso total e cortical durante parada cardíaca · LAD por força de torção · QC e DX · Atividade de ondas lentas no ECG – mais graves tem ECG isoelétrico · Tratamento – não há, cuidados iguais ao coma, encaminhamento para centro de neuro reabilitação MORTE ENCEFÁLICA · Determinação da morte baseada em testes que mostram cessação irreversível de todas as funções encefálicas · Causas - lesões traumáticas, hemorragias intracranianas, meningite ou dano neuronal hipóxico isquêmico difuso após PCR ou asfixia Sinais de Morte Encefálica · GCS 3 · Sem esforço ventilatório espontâneo · Pupilas não reativas · Sem fatores de confusão – álcool e drogas · Sem reflexos de tronco encefálico Suspeita e Avaliação · Comatoso, sem resposta a estímulos, sem reflexos pupilares, dependente de VM · Documentado por 2 exames feitos por médicos diferentes, não participantes da equipe de transplante, preferencialmente neuro + intensivista · Intervalode tempo entre exames depende da idade · 7d-2m – 24h · 2m-2a – 12h ou 1 exame + neuroimagem (sem fluxo sanguíneo) · > 2a – 6h · Teste da Apneia · Exames Complementares – Obrigatórios: arteriografia cerebral, doppler transcraniano, cintilografia, EEG, ECG COMA · Estado patológico sem resposta a qualquer estímulo · Nível de Profundidade · Estupor – estímulos temporariamente despertam pcte com resposta limitada · Sono – insconsciência cíclica ativa · Obnubilação – qualquer grau de consciência alterada · Causas · Pós trauma, metabólico, anóxicas, tóxicas, idade avançada, distúrbios psiquiátricos Vigília e Comprometimento da Consciência · SARA – sistema ativador reticular ascendente Quadro Clínico · Anormalidade oculares – pupilas dilatadas, ausência de movimentos oculares, sem piscar em ameaça visual · Disfunção autonômica – ventilação padrão anormal, PCR súbita, hipotensão · Disfunção motora – flacidez, hemiparesia, mioclonia, decorticação e decerebração Diagnóstico · EF – sinais vitais, fundoscopia, otoscopia, oximetria, Hgt · Labs – extenso · Neuro – respiração, pupilas, movimentos oculares, reflexos oculares, respostas motoras, midríase AVC · Isquêmico 80%, Hemorrágico 20% FISIOPATOLOGIA · Oclusão de vaso por êmbolo morte tecidual · A. Cerebral Anterior – hemiparesia contralateral MMII · A. Cerebral Média – hemiparesia braquiofacial contralateral, afasia (lado E), heminegligência (atenção espacial, reconhece apenas 1 lado) · Pode ter hemiparesia lado D (afetou lado E) e afasia (afetou lado E) · A. Cerebral Posterior – hemianopsia contralateral (perda campo visual em 1 lado) · Aa. Vertebrais · Ataxia ipsilateral, vertigem, alt NNCC (tronco encefálico), diplopia, disfagia, disartria, consciência (atípico, acometendo SARA) · Zona de Penumbra · Extração aumentada de O2 ao redor da área de infarto, é reversível · QUADRO CLÍNICO · Sinal Neurológico Focal AGUDO · Hemiparesia, Hemi hipoestesia, Disartria, Afasia, Ataxia, Alt NNCC, Alt campo visual · Exame Físico Geral e Neuro · Escala NIHSS · Escala FAST - Face, Arms, Speech, Time (tempo dos sintomas) · Motricidade – ex: hemiparesia súbita · Linguagem – alt de fala súbita · Vertigem – tontura rotatória DIAGNÓSTICO · Clínica · Neuroimagem – diferenciar isquêmico x hemorrágico · Isquemia – AVCi ou AIT (ataque isquêmico transitório, sem lesão tecidual, autolimitado 1h) · Pode ser normal até 24h, deve-se repetir ou fazer RM · Cor escura · Hemorragia – HIP e HSA · Cor branca · AngioTC · Oclusão de vasos grandes é indicação de trombectomia TERAPIAS DE REPERFUSÃO · Trombólise - Alteplase (rTPA), de 0-4,5h · Déficit neurológico significativo (NHSS > 3 ou prejuízo funcional) · > 18 anos · TC sem hemorragia, efeito de massa, edema ou sinais precoces de isquemia acometendo > 1/3 do hemisfério cerebral · CI: AVCh ou HSA prévios, sangramento ativo TGI ou TGU, tumor cerebral, PA > 185x110 mmHg, hipodensidade extensa na TC (não adianta mais), neurocx há 3m ou AVCi/trauma há 3m, plaq < 100k, INR >1,7, TTPa > 40s ou TP > 15s, glicemia inicial < 50 ou > 400 caso não controladas · Trombectomia – Mecânica, de 0-6h · Recomendado fazer a trombólise antes · Possibilidade de encaminhar pcte para centro que possa realizar o procedimento se no PS não estiver disponível · Déficit neurológico significativo (NIHSS >= 6) · Oclusão da a. carótida interna ou início da cerebral média · TC sem hipodensidade muito extensa (escore aspects >= 6) · > 18 anos Controle PA · Sem trombólise - < 220 x 110 adm Nitroprussiato · Em pcte fora da janela terapêutica para trombólise, tratar PA somente nos valores acima ou se pcte tem doença cardíaca ou pré-eclâmpsia/eclâmpsia · Antes da trombólise - < 185 x 110 · Após a trombólise - < 180 x 105 PS · ABC, MOV, glicemia · LABS: hemograma com plaquetas, CPK, eletrólitos, função renal, tempo de protrombina e RNI, ECG · TC de urgência, RM se disponível · AngioTC – recomendado fazer com TC, se oclusão pcte pode fazer cateterismo · UTI · Jejum (risco pneumonia aspirativa), hidratação EV, avaliação fonoaudiológica · Antiagregante plaquetário – AAS ou Clopidogrel, não adm nas primeiras 24h após trombólise · Profilaxia TVP – evitar nas primeiras 24h PREVENÇÃO SECUNDÁRIA · FA? anticoagulação após 24h · Outras cardiopatias? anticoagula? ATB? · Estenose carotídea > 70% + sintomático endarterectomia ou Stent · < 70% é clínico · Medidas gerais · Estatina se aterosclerose · Anti HAS se PAS > 140 mmHg · Glicemia 140-180 · Controle de febre · Fisioterapia ETIOLOGIA · Causas – grandes vasos (aterosclerose, vasculite), pequenos vasos (lipohialinose), cardioembólico (FA, endocardite, cardiopatias), outros (hematológico, genético, infecciosas como sífilis, HIV), indeterminado · Aterosclerose · Aterotrombótico – agregado plaquetário e oclusão · Ateroembólico – agregado plaquetário e se soltar, obstrução mais distal · Hemodinâmico – redução do fluxo sanguíneo · Jovens · Causas vasculares, cardioembólicas, genética (Fabr e Cadasil), coagulopatias, infecciosas (sífilis e HIV) e reumatológicas (LES) · Hematológicas - anemia falciforme, policitemia vera, trombocitose essencial, deficiência de proteína C ou S, mutação do gene da protrombina, presença do fator V de Leiden, deficiência da antitrombina III, síndrome antifosfolípide Investigação · LABS · Perfil lipídico, VHS, sorologia para sífilis e Chagas · AVCi · Eco, ECG, holter · AngioTC/RM · Doppler carótidas · < 45a ou >= 45a sem etiologia definida · ECO TE, holter 24h, angiografia, doenças autoimunes, exame toxicológico, LCR, trombofilias AIT – ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO · Déficil focal < 24h · Causa mais comum – tromboembolismo de origem arterial · Ausência de isquemia na neuroimagem · Avaliação ABCD2 · Baixo risco – 0-3 ambulatorial · Médio risco – 4-5 internação · Alto risco – 6-7 internação Quadro Clínico · Amaurose fugaz · Aterosclerose na carótida interna, que tem como ramo a a. oftálmica Fase Aguda 1. Mesma conduta do AVC 2. Trombólise EV se < 4,5h (contar a partir da última hora em que pcte estava normal) AVCh · Sangramento no interior do parênquima encefálico · EMERGÊNCIA · QC varia entre Cefaleia leve > coma · 30% morrem em 30 dias Fatores de Risco · HAS, ppte se PAS > 160 e PAD > 110 · Uso de anticoagulantes · Mentafentamina e cocaína · Etilismo e Alcoolismo · Idade · Baixa escolaridade Tipos · Primário · Hipertensivo · Diferença de pressão entre grandes e pequenos vasos necrose fibrinoide processo de lipo-hialinose · Forma aneurismas de Charcot-Bouchard (parede do vaso fraca) · Núcleos da Base, Tálamo, Ponte e Cerebelo (Não Tem Pressão Controloda) · Angiopatia amiloide · Proteína precursora do b amiloide peptídeos acumulados na parede dos vasos fragilidade e sangramento · Vasos das leptomeninges, nos lobos · Mais comum em idosos · Secundário · Coagulopatia · Anticoagulante, antiplaquetário, insuficiência hepática ou renal´ · Malformações vasculares – MAV, aneurisma, cavernomas · Trombose venosa central · Neoplasias · Endocardite – aneurisma micótico Quadro Clínico · Sinal neurológico focal AGUDO · Cefaleia, náuseas/vômitos e alt nível de consciência (sinais HIC) são mais comum nesse tipo, pelo acúmulo de sangue Conduta · História e EF · LABS – hemograma, INR, TTPa, eletrólitos, função hepática e renal, exame toxicológico · TC de crânio – hiper densidade · RM – aparece micro sangramentos na angiopatia amiloide · RM com constraste - MAV · Arteriografia Estratificação de Risco · Volume, Idade, Glasgow, Inundação ventricular, Localização (VIGIL) Tratamento · Correção de discrasias sanguíneas, se pcte usava · Varfarina usar vitK e plasma fresco congelado · Dabigatrana (Pradaxa) Idarucizumab · Rivaroxabana (Xarelto) ou Apixabana (Eliquis) complexo protrombinico · Alteplase crioprecipitado · Plaquetopenia transfusão de plaquetas se < 100 mil · Controle da PA · Meta PAS < 140 · Cirurgia - indicações · Hemorragia cerebelar diâmetro > 3 cm + deterioração neurológica, inundação intraventricular, hematomas globosos, correção da MAV HEMORRAGIA SUBARACNOIDEA- HSA · Sangue em raias no espaço subaracnoide Causas · Trauma · Aneurisma – FR: · 40-60 anos · Tabagismo · HAS · Negros e genética · MAV, Vasculite, Hematológicas · Drogas simpaticomiméticas (ex: cocaína) · Idiopática · Perimesencefálica Quadro Clínico · Cefaleia nova ou diferente súbita, trovoada/thunderclap (intensidade máxima rápida) · Nível de consciência · Crise epiléptica · Sinal neuro focal – não necessariamente ocorre · Paralisia III NC à esquerda + ptose palpebral + midríase aneurisma a. comunicante posterior Conduta · Sala de Emergência – MOV · TC e AngioTC – mas ARTERIOGRAFIA é padrão ouro! · Escala de Fisher · Se TC normal (pcte vem tardiamente) tem que colher LCR sangue persistente · Raias brancas de sangue Tratamento Clínico · Estabilização pcte, jejum, hidratação · Suspensão da anticoagulação se em uso · Reversão da anticoagulação · NIMODIPINO (BCC) – reduz vaso espasmo · Controle PA – PAS < 160 · Manter euvolemia · Estatina? Anticonvulsivante? – controverso ainda! Tratamento Invansivo · Prevenção de novo episódio · Endovascular – embolização · Neurocx – clipagem Complicações · Ressangramento nas primeiras 24h · Vasoespasmo · 4-14d, pico 7-8d · Sangue no ESA é irritativo na artéria isquemia · Visto na neuroimagem/doppler transcraniano · Hemodiluição, aumentar PA e hipervolemia · Refratário angioplastia · Hidrocefalia · Deterioração clínica · Neuroimagem · Derivação ventricular · Hiponatremia · SIADH, lesão eixo hipófise-hipotálamo · Cardiológicas · Alteração troponina, ECG NEOPLASIAS DO SNC SÍNDROME DE GUILLAIN BARRÉ NEUROPATIAS PERIFÉRICAS ESCLEROSE MÚLTIPLA · Primários – crianças e adultos jovens · Metástases – tumores mais comuns, > 30a, FR – radiação ionizante · Metástases mais comuns – pulmão, melanoma e mama ETIOLOGIA · BAIXO grau – 1 e 2 · São EXTRA axiais · Podem se tornar ALTO grau, com infiltração difusa no cérebro (INTRA axiais) · ALTO grau – 3 e 4 FISIOPATOLOGIA · Irritativo epilepsia focal · Expansão efeito de massa QUADRO CLÍNICO · Diagnóstico incidental · Inespecífico · Subagudos (malignos) e crônicos (benignos) · Sinal neurológico focal · Hemiparesia, hemihipoestesia, hemianopsia, alt linguagem e memória (temporal), ataxia e nistagmo (cerebelo), alt consciência e nncc (tronco) · Crise convulsiva · 50-80% pctes · Focais – localização tumoral · Frontal – motor assimétrico · Temporal – parada comportamental · Parietal – sensitivo · Occipital – visual · Queixa cognitiva · Afasia · Dificuldade de memória recente · Alteração de comportamento · Cefaleia · 50% pctes · MUDANÇA DE PADRÃO · Fenótipo variável – tensional, migranosa · Constantes e bifrontais · Clássica matinal – infrequente · Piora com tosse ou valsalva · Acorda pcte à noite · Vômitos · Eventos tromboembólicos · Edema por aumento da PIC causa desvio do tronco e herniação · Estase sanguínea leva a trombose pela tríade de Virchow (estase, hipercoagulação, lesão endotelial) DIAGNÓSTICO · Neuroimagem · RM é melhor, faz ddx – COM ou SEM contraste · Resultado normal exclui neoplasia · T1, T2, FLAIR, difusão, constraste ... · TC com constraste – inicial (PS) e CI RM · PET · Alto grau é HIPER metabólico, Baixo grau é HIPO metabólico · Histopatológico – Definitivo! · Estereotáxica - lesão irressecável · Ressecção cirúrgica TRATAMENTO · Sintomático · Corticoide – Dexametasona para edema cerebral · Anticonvulsivantes – se crise associada · TVP – Anticoagulante profilático · Definitivo · Ressecção neurocx · RT ou QT METÁSTASE CEREBRAL · Pulmão, mama, melanoma e rim · QC inicial é neurológico · RM com contraste · TC corpo todo, mamografia, PET-TC · Biópsia em sítio primário · Tratamento depende do tumor primário Leptomeníngeas · Mama e pulmão · ALERTA - Dor recente nos membros · DX – RM, nódulos na causa equina, ME, NNCC · LCR é PO! – presença de céls tumorais · Tratamento é PALIATIVO, evitar RT e QT Epidurais · Nível torácico > lombar > cervical · Mama e próstata · QC – Dor nas costas · DX – RM SEM contraste, toda a coluna · Tratamento imediato – ressecção + RT CLASSIFICAÇÃO DOS TUMORES DO SNC Grau Histológico · I circunscritos, baixo potencial proliferativo e possibilidade de cura após ressecção completa · II, III e IV infiltrativos difusos, grau variado, tto pós cx complementar necessário · II atipia citológica · III atipia, focos de anaplasia, alto índice mitose · IV atipia, anaplasia, alto índice mitose, necrose, proliferação microvascular GLIOMAS DIFUSOS · Mutação IDH1 ou IDH2 Astrocitomas · Grau I – Astrocitoma pilocítico · Mais comum na infância · Cerebelo, lesões císticas bem demarcadas (nódulo mural) · DX – RM · TTO – não precisa, mas pode ressecar · Grau II · QC – convulsões · DX – RM · TTO – ressecção cx · Maioria se transforma em maligno · Grau III – Anaplásico · 2º mais comum · Evolução agressiva · TTO – CX + RT + Temozolomida adjuvnte · Grau IV – Glioblastoma · 1º mais comum · Idade média 64 anos · RM – hiposinal T1 com realce heterogêneo · Realce anelar com áreas centrais de necrose · Exame suficiente para programar cx · Pior tumor, péssimo px Oligodendrioma · Histologia citoplasma ovo frito e vascular “tela arame” · TTO – CX, bom prognóstico EPENDIMOMA · Céls ependimárias na superfície dos ventrículos · Acomete crianças e adultos · Tto - cx MEDULOBLASTOMA · Assoalho 4º ventrículo · Mais comum na infância · Cerebelo apenas · Alta malignidade, curso rápido LINFOMA SNC · Incomum, imunodeficiência · RM – periventricular, pouco edema, realce homogêneo, restrição à difusão · LCR pode dar dx por imunofenotipagem · Biópsia estereotáxica · Evitar corticoide antes da biópsia!!! · Metotrexato + QT TUMORES BENIGNOS MENINGIOMA · Baixo grau · Tumor benigno mais comum do SNC · Crescimento lento · RM – extra axial, dural, realce homogêneo · Seguimento RT (3-6m) · Ressecção cx – sintomático, grandes, infiltrantes, edema SCHWANNOMAS · DX incidental ou QC perda auditiva unilateral progressiva, tontura, zumbido · Aneurisma acústico – VIII par · TTO – cx se grande · Polineuropatia AGUDA imunomediada · Comprometimento da bainha de mielina ou do axônio · Principal forma – polirradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória aguda · Acomete todas as idade, mas aumenta com idade FISIOPATOLOGIA · Infecção resposta imune com AC AC atinge nervos periféricos por reação cruzada · IVAS, diarreia (campilobacter jejuni), imunização, CMV, EBV, HIV e ZIKA, cirurgia, transplante de MO QUADRO CLÍNICO · 1-4 semanas após gatilho infeccioso · Paralisia flácida – intensidade variável · Padrão Ascendente · 10% iniciam nos MMSS e face · Arreflexia · Pode acometer sistema respiratório · 10-30% precisam de suporte ventilatório · Sintomas sensitivos · Parestesia mãos e pés · Disautonomia · Paresia de nn craniano – grave · 2/3 tem dor – lombar e extremidades · 50% tem paralisia facial · 50% tem disfagia · 15% fraqueza ocular Síndrome de Miller Fisher - ddx · Ataxia, arreflexia e oftalmoparesia ! TODA FRAQUEZA FLÁCIDA é notificação compulsória no Brasil – vigilância POLIOMIELITE · Poliovírus · Contato com fezes ou secreções contaminadas · Sintomas gerais, neurológicos (cefaleia, espasmos, meningite), paralítica (fraqueza, hipo ou arreflexia, sintomas assimétricos, mm proximais mais afetados e maior acometimento de MMII) DIAGNÓSTICO · Clínica + Exames complementares · LCR – OBRIGATÓRIO · Dissociação proteino-citologia – proteína alta e céls normais · Eletroneuromiografia – padrão desmielinização TRATAMENTO · Comprometimento respiratório UTI · Medidas de Suporte – fisioterapia, fonoaudiologia e nutrição · Farmacológico · Ig IV humana – 0,4g/kg por 5 dias OU Plasmaférese TIPOS DE FIBRAS NERVOSAS · Motoras · Fraqueza, atrofia, cãibras, fasciculações, alteração de ROT (reflexos osteo tendíneos) · Sensitivas · Fibras grossas – vibração, pressão, propriocepção · Fibras finas – dor e temperatura · Autonômicas · Hipotensão postural, disfunção erétil, gastroparesia, alterações da motilidade intestinal (constipação ou diarreia) CLASSIFICAÇÃO · Mononeuropatia – 1 único nervo· Mononeuropatia múltipla - múltiplos nervos não contíguos · Polineuropatia – nervos periféricos afetados de forma homogênea · Radiculopatia – raízes nervosas POLINEUROPATIA Etiologia · Maioria por efeito colateral de drogas ou doenças sistêmicas · 8% população em > 55 anos · Causas mais comuns DM, álcool, HIV · Raras Charcot Marie Tooth (hereditária) · Doenças sistêmicas DM, doença renal, hepatopatia crônica, hipotireoidismo, gamopatias monoclonais, porfiria · Infecções HIV, sífilis, doença de Lyme, hanseníase, hepatite C, arbovirose · Nutricionais vit B12, B1, E, cobre · Tóxicas álcool, organofosforados, metais pesados, medicamentos (amiodarona, cloroquina, digoxina, lítio, vincristina e estatinas) e excesso de vit B6 Quadro Clínico · Fibras grossas – fraqueza, hipo/arreflexia, atrofia, ataxia sensitiva · Fibras finas – parestesia, hipoestesia térmica e dolorosa, dor espontânea, sintomas disautonômicos MONONEUROPATIA · Origem traumática ou compressiva Quadro Clínico · Depende do nervo acometido · Nervo Mediano – Sd Túnel do Carpo · Nervo Ulnar – compressão na altura do cotovelo ou punho · Neuropatia Radial – compressão no nível da axila, mão caída MONONEUROPATIA MÚLTIPLA · Acometimento de múltiplos nervos · Simétrica e assíncrona · Causas – DM, vasculites, hanseníase, amiloidose, linfoma/leucemia, AR e LES RADICULOPATIA · Raízes motoras, sensitivas ou ambas (polirradiculopatia) · Herniação de disco, retrolistese – compressão na saída da raíz · Neoplasia, infecção, trauma, autoimunidade Quadro Clínico · Dor, parestesia, fraqueza, hipo/arreflexia · Ciatalgia – L5/S1 – dor posterior da coxa e lateral da perna DIAGNÓSTICO · Clínica + EF neuro detalhado · Labs gerais – hemograma, VHS, glicemia de jejum, TSH/T4, vitB12 · Labs se suspeita específica · HbA1c, TOTG · Sorologias – HIV, VDRL, hepatites · Função hepática · Dosagem ECA · FAN, ANCA · Eletromiografia · Avalia fibras grossas · Padrão axonal ou desmielinizante TRATAMENTO · Tratamento da causa BASE! · Fisioterapia, TO, acupuntura, terapia cognitivo comportamental · Sintomático · Gabapentina, Pregabalina, Amitriptilina, Nortriptilina, Duloxetina, Venlafaxina e Carbamazepina · Doença autoimune, inflamatória, desmielinizante, CRÔNICA, evolutiva · Mulheres brancas, adultos jovens FISIOPATOLOGIA · LT ativados na periferia (sangue e gânglios) ativação LB e macrófagos atravessam BHE · Ataque à bainha de mielina alentecimento do sinal elétrico · Destruição neuronal proliferação das céls da glia astrócitos/oligodendrócitos formação de placas (cicatrizes) QUADRO CLÍNICO · Depende do local de lesão déficit FOCAL · Sensitivos – hipoestesia, dor, parestesia · Motores – fraqueza, espasticidade, sinais de liberação piramidal (clônus, babinski, hiperreflexia) · Visuais – neurite óptica, dor retro orbitária, diplopia · Síndromes medulares · Sintomas geniturinários – incontinência, urgência, polaciúria, disfunção sexual · Sintomas psiquiátricos – depressão, perda cognitiva (quando tem lesão mais difusa) · Fenômeno de Uhthoff – piora da condição nervosa ao aumento da temperatura (ambiente quente ou febre) · Sinal de Lhermitte – sensação de choque com origem nas costas e irradiação para MMII FORMAS CLÍNICAS · Remitente-recorrente · 80% dos casos · Duração > 24h · Períodos de surtos com remissão · Surto pode gerar dano irreversível, vai acumulando incapacidades ao longo da ocorrência dos episódios · Secundariamente progressiva · 85% dos pctes remitente-recorrentes evoluem para esse estágio · Há acúmulo de incapacidade sem surtos, mas pode ter surtos durante a piora · Primariamente progressiva · Evolução progressiva sem surtos bem definidos, mas pode ter DIAGNÓSTICO · Critérios clínicos + radiológicos · RM - Encéfalo · Lesões ovoides próximas do córtex ou periventriculares · Corte Sagital – Dedos de Dawson · RM – ME · Lesões brancas · Lesão ativa capta contraste · Black Holes – substituição da bainha de mielina por céls da glia (astrócitos, oligodendrócitos) · LCR · Presença de bandas oligoclonais · Disseminação em tempo e espaço – pela clínica e exames + exclusão de outras causas TRATAMENTO · Surto · Metilprednisolona EV 1g 3-5d (pulsoterapia) · Modificador de doença · 1ª linha – BetaINF 1a e 1b, Glatiramer, Teriflunomida · 2ª linha – Fumarato de Dimetila, Natalizumabe, Fingolimode, Alentuzumabe MIASTENIA GRAVIS DOENÇA NEURÔNIO MOTOR NEUROFIBROMATOSE CERVICALGIA E LOMBALGIA · Fraqueza muscular grave · Doença autoimune que afeta a junção neuromuscular · Pico 20-30 anos (mulheres) e 60-70 anos (homens) FISIOPATOLOGIA · AC contra receptor da ACH QUADRO CLÍNICO · Fraqueza muscular FLUTUANTE · Fatigabilidade – quando mais usa a músculo pior, melhora no repouso · Piora no final do dia e após atividade física · Localizada – conforme uso do músculo · Sintomas oculares (50%) – ptose e diplopia, 50% evolui para doença generalizada · Sintomas bulbares (15%) – disartria, disfagia, fraqueza para mastigação · Fraqueza de membros isolada (<5%) Crise miastênica (15-30%) · Acometimento da musculatura respiratória · EMERGÊNICA · Causas – infecção, estresse cx, gravidez e puerpério, troca de medicação, alta dose de corticoide, outras medicações · Sinais de Alerta · Dispneia – uso de mm acessória, respiração abdominal paradoxal · Disfagia – hipofonia, dificuldade de eliminação de secreção das VA DIAGNÓSTICO · Clínica · Exame Neurológico · Ptose fatigável · Teste do gelo – melhora da ptose após colocação de gelo no olho · Diplopia após versão ocular lateral · Piora da força após contração muscular repetida · Anticolinesterásico EV · Impede degradação de ACH na fenda · Neostigmina ou Edrofônio · Eletromiografia · Padrão decremental do potencial de ação · TC de TX · SEMPRE pedir · Excluir timoma ou hiperplasia do timo TRATAMENTO · Inibidor acetilcolinesterase – Piridostigmina · Imunossupressão – corticoide, azatioprina · Timectomia · Presença de timoma ou hiperplasia < 60a sem resposta ao tto farmacológico · Crise Miastênica · Ig 2g/kg por 3-5d ou Plasmaférese · Comprometimento da musculatura esquelética · Fisiologia · Área motora 1º neurônio motor com axônio até medula espinhal localização do 2º neurônio motor para a periferia contrações musculares · Fisiopatologia · Acometimento de algum NM fraqueza muscular ETIOLOGIA · Degenerativa · Esclerose lateral amiotrófica – ELA · Mais frequente idosos · Neurodegenerativa · Esporádica · Progressiva · Variantes · Pode ter lesão do 1º ou 2º NM · Hereditárias · Atrofia muscular espinhal (AME) · Crianças · Evolução com grave comprometimento muscular · ELA familiar/Kennedy · Infecciosas · Poliomielite, HIV, West Nile FISIOPATOLOGIA · Depende da etiologia · Dano ao NM fraqueza muscular FATORES DE RISCO · ELA · Fatores genéticos · Fatores ambientais – metais pesados, pesticidas, IMC, nutrição · AME · Lesão em gene SMN2 QUADRO CLÍNICO · Fraqueza muscular · Instalação crônica e assimétrica · Topografar o NM · Etiologia · Idade, HF · Combinação de NM · ELA NM sup e inf, AME NM inf · Progressão clínica · ELA é mais rápida que AME · Exames complementares EXAME NEUROLÓGICO · Síndrome piramidal – cérebro, central · Hipertonia elástica – espasticidade – liberação do NMI · Reflexos exaltados · Babinski · Unidade motora – periférico (mesmo que NMI esteja na medula) · Atrofia / hipotonia · Reflexos hipoativos · Fasciculações – movimentos involuntários DIAGNÓSTICO · Fraqueza crônica assimétrica · Topografia no NM · RM · DTI + excluir outras causas · Eletroneuromiografia · Suporte para 2º NM (NMI) · LCR · Excluir suspeita infecciosa ou paraneo · Exames genéticos TRATAMENTO · Reabilitação · Suporte respiratório · Terapias específicas ESCLEROSA LATERAL AMIOTRÓFICA · Neurodegenerativa · 1º e 2º NM · Diversos segmentos · Rápida progressão · Musculatura respiratória bulbar · DX clínico + suporte ENMG + exclusão de outras causas · Tratamento – Riluzol (não muito eficaz) e suporte AMIOTROFIA MUSCULAR ESPINHAL* Genética recessiva · Bebês ou crianças hipotônicas · 2º NM · Progressão variável · DXgenético (SMN2) · Tratamento – Nursinesen, terapia gênica · Doenças neuro cutâneas · Lesões em nn periféricos da pele TIPO 1 – Von Recklinghausen · Mais comum, porém rara · Autossômica dominante · 50% HF+ ou mutação nova · Mutação gene NF1 · Redução na proteína neurofibromina · Gene/proteína de supressão neuronal Quadro Clínico · Cutâneo ocular · Manchas café com leite · 95% dos pctes · Hiperpigmentadas · 1º ano de vida · Aumentam mas depois estabilizam · > 5 manchas · Sardas · Sinal de Crowe - Axilares e inguinais · Menor tamanho · Mais tardias – 3 a 5 anos · Nódulos de Lisch · Região ocular · Específicos da doença · Não alteram a visão · 10% em crianças e 90% em adultos · Tumorais · Neurofibromas benignos e malignos · Dor persistente do nódulo · Consistência endurecida · Crescimento rápido · Glioma de nervo óptico e GIST · Mais comum intracraniano · Pode comprimir hipotálamo – alterações endócrinas · Tumor de glomus · Ósseas · Displasia óssea – abaulamento da tíbia · Fraturas e pseudoartrose · Baixa estatura · Escoliose · Osteoporose · Neurológicas · Déficit cognitivo · Alterações de aprendizagem · Cefaleia e epilepsia · Macrocefalia · Neuropatia periférica DIAGNÓSTICO · Clínico - >= 2 critérios NIH · Manchas café com leite · Neurofibroma · Sardas axilares ou inguinais · Glioma óptico · Nódulos de Lisch · Lesões ósseas e/ou parente de 1º grau afetado · Teste genético · Mutação no gene NF1 · Não é obrigatório · Usar em casos duvidosos, dx pré-natal TRATAMENTO · Não há droga modificadora da doença · Sintomático · Rastreio das complicações – avaliação óssea, oncológico, dermatológico · Exames imagem de acordo com a clínica · Mamografia a partir dos 30 anos · Monitorar HAS e osteoporose Neurofibroma · Conservador na maioria · Intervir: dor, sangramento, estética · Prurido melhora com Gabapentina Neurofibroma plexiforme · Tratamento dor crônica · CX – estética, medula, vias aéreas · Futuro – Selumetinib (inibidor MEK) Gliomas das vias ópticas · Terapia ideal é controversa · Seguimento rx? · QT – carboplatina, vincristina TIPO 2 – Dominante · Gene NF2 · Schwannoma vestibular bilateral, meningioma, catarata, ependimoma · Aguda – 1 mês, autolimitado · Crônica - > 3 meses ETIOLOGIA · Musculoesqueléticas – inespecíficas · Radiculopatia – maioria ósseo degenerativa · Estenose de canal · Fraturas vertebrais · Neoplasia ou metástase · Abscesso ou Osteomielite · Órgãos – rim (nefrolitíase), pâncreas · Vascular – dissecção QUADRO CLÍNICO · Depende da causa · Tempo de duração · História detalhada · Exame físico e neurológico · Força, piramidal e sensibilidade · Amplitude do movimento · Palpação muscular · Manobras radiculares · Manobra de Spurling – radicular – rotação lateral da cabeça para lado sintomático, fazendo pressão na cabeça ou estímulo tátil, para ver se dor reflete dor radicular · Manobra de Lasegue – hiperextender e levantar pernas do pcte até sentir a dor · Sinais de alarme · Trauma, febre, drogas ilícitas · Sinais neuro focais · Sinal de Lhermitte – flete pescoço e sente choque · Perda ponderal · Imunossupressão · História de câncer · Dor crônica sem melhora > 6 semanas · Requer imagem e conduta urgente Musculoesquelética · Contratura, miofascial, Whiplash · Dor ou rigidez ao movimento · Relação com postura, posição do sono · Pode não ter precipitante claro · Dor à palpação muscular · Pode persistir até 6 semanas · Dx clínico · Imagem não é necessária se quadro típico Espondilose · Degeneração óssea, compressão de estruturas nervosas por osteófitos radiculopatia · Frequente em assintomáticos Discopatia degenerativa · Controverso: muito em assintomáticos · Dificuldade de distribuir pressão · Dor ou rigidez com movimentação · Exacerbado por posições contínuas · LDX – clínica + RNM Síndrome de dor miofascial · Dor profunda associada a queimação · Localizada, um lado do pescoço · Sensibilidade a pressão · Banda tensa – cordão de tensão · Pontos de gatilho Radiculopatia · Comum – hérnia discal, osteófitos · Raro – infeccioso, neoplásico · Dor irradiada, segue dermátomo · DX – clínica + RNM · Pode ter fraqueza · Pode melhorar em 6 semanas · Imagem não é necessária a todos Mielopatia · Compressivas – degenerativa, tumor, abscesso · Outras – desmilinizante, vascular · Quadro neurológico, fraqueza/piramidal · Nível sensitivo · Disfunção esfincteriana · Dx – clínico + RM Estenose lombar · Compressiva degenerativa · Cladicação neurogênica – dor nas pernas ao andar · Idosos · Melhora ou sentar ou pender para frente · Pode ter exame neuro normal Ddx - vascular DIAGNÓSTICO · Neuroimagem · Identificar segmento – cervical, torácico, lombar · RX – em teroia o 1ª a ser pedido · RM – exame ideal · TC – alternativa à RM ou trauma · Contraste – se infecção ou neoplasia · Angio – dissecção · Eletroneuromiografia - Se Radiculopatia TRATAMENTO · Osteomuscular – clínico · Radiculopatia – clínico ou cx (dor refratário ou sinail neuro focal) · Mielopatia compressiva – avaliação cx · Estenose lombar – cx · Cauda equina – cx · Neoplasia – cx · Abscesso – cx Agudo · Mobilização precoce · Educação postural – RPG · Bolsa térmica local · Fisioterapia · Paracetamol · Anti-inflamatórios · Relaxantes muscular - Ciclobenzapina Subagudo e Crônico · Fisioterapia · Agulhamento trigger points · Acupuntura · Psicoetrapia · Tramadol · Duloxetina ou Tricíclico TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE) MIOPATIAS PARALISIA FACIAL FISIOLOGIA - Autorregularão fluxo cerebral · PIC não se altera se PAS entre 50-150 mmHg · PAM alta vasoconstrição cerebral · PAM baixa vasodilatação cerebral · Isquemia liberação de CO2 vasodilatação · Hipocapnia vasoconstrição · PPC (P perfusão cerebral) = PAM – PIC · Valores PIC · 10 mmHg – normal · 20 mmHg – alterado · > 40 mmHg - grave Doutrina Monro Kellie · Conteúdo cerebral – volume venoso, arterial, cérebro e LCR · 1º LCR e sangue venoso, 2º sangue arterial, 3º herniação · Herniação uncus = óbito FISIOPATOLOGIA · Perda da autorregulação cerebral + hipotensão por trauma corporal = hipofluxo cerebral (não consegue vasodilatar) · Cisalhamento, penetração, aceleração e desaceleração · Isquemia, metabolismo anaeróbio e morte celular · Desbalanço hidroeletrolítico, inflamação e inchaço · Sequelas, modificação de circuitos neuronais – lesão secundária FRATURAS · Linear Simples · Observar se evolui, pois pode ter tido comprometimento vascular · Com afundamento · Aberta · Base do crânio · Corrimento LCR orelha/nariz – otorreia/rinorreia · Sinal de Battle – hematoma retro auricular · Sinal do Guaximin LESÕES DIFUSAS · Concussão – “Nocaute” · Perda temporária da consciência (<6h) · Amnésia retrógrada, memória é recuperada · TC pode ser normal ou edemaciado · LAD · Cisalhamento após desaceleração de alta velocidade · Tempo de coma · Leve (6-24h) – pode ter déficit neurológico e de memória · Moderado (>24h) · Grave (>24h + sinal de envolvimento do tronco encefálico) LESÕES FOCAIS · Hematoma Subdural · Mais comum · Lesão de pequenas veias entre dura máter e aracnoide · Idoso, uso de anticoagulante, alcoólatra – atrofia cerebral · Altera nível de consciência, déficit lateralizados, arritmia respiratória · Efeito de massa e PIC · Tríade de Cushing – hipertensão arterial, bradicardia e bradipneia · Hematoma Epidural · Fratura osso temporal · Deslocação da dura da calota lesão a. meníngea média – sangue acumulado · Perda da consciência <6h intervalo lúcido pode piorar rapidamente por acúmulo de sangue elevação da PIC herniação do uncus, rapidamente fatal · Contusão · Desaceleração golpe e contragolpe · Lobo frontal e temporal · Maioria pcte consciente · Pode evoluir para hematoma intraparenquimatoso com efeito de massa QUADRO CLÍNICO Gravidade · Leve – cefaleia, dificuldade concentração, ansiedade, sonolência, EF Normal · Moderado – alteração cognição, motor, sensitivo, fala alterada, EF Alterado · Grave – coma Sinais HIC · Alteração consciência · Cefaleia · Vômitos · Alterações visuais · Papiledema · Otorreia ou rinorreia CONDUTA 1. ABCDE 2. História· S – sinais e sintomas · A – alergias · M – medicamentos · P – passado médico · L – líquidos e alimentos · E – eventos associados ao ambiente 3. Escala de Glasgow - Classificação TCE · Leve 13-15 · Moderado 9-12 · Grave <8 ou queda 3 pontos na reavaliação IOT EXAMES ! TC é realizada apenas se pcte ESTÁVEL!!! TCE Leve · Baixo risco – observação · Médio risco – 13-15 + perda da consciência, amnésia, cefaleia – internação + TC entrada e saída + labs · Alto risco - <15 após 2h, com fratura grave, > 2eps vômitos, > 65a – internação + TC entrada e saída + labs TCE moderado · Internação e TC, controle sinais neurológicos · Se TC normal após 24h, alta TCE grave · Internação e TC ou encaminhar para centro de trauma · Adm medicações, reposição de fluidos, reidratação, manitol, evitar hiperventilação AVALIAÇÃO DA TC · L – linha média · U – unidade óssea · C – cisternas (ventrículos, sulcos e giros) · A - assimetria · S - sangramento TRATAMENTO · Reidratação · Reposição de fluidos · Manitol 20% · Reduzir PIC, reduzir pressão ocular · Promover excreção urinária de subst. tóxicas · NÃO usar em hipotenso · Início ação 30-60min, duração 6-8h · Hiperventilação – apenas moderado e por pouco tempo · Correção Anticoagulação – pctes em uso, obter INR · Monitorar PIC – se GCS <= 8 Aqui você pode identificar essas informações (intervalo lúcido + trauma na região temporal) e pensar sempre em hematoma extradural. A que se deveu a piora neurológica? Ao aumento da PIC e consequente hérnia de uncus. A hérnia de úncus é um quadro gravíssimo, cursando com rebaixamento de consciência e sintomas neurológicos focais. Um acometimento clássico é do nervo oculomotor, gerando midríase ipsilateral (e não miose) e perda do reflexo fotomotor do mesmo lado. Portanto, gabarito D. ETIOLOGIA · Hereditárias/Genéticas · Congênitas (< 1 ano, estável, dismorfismo)) ou distrofias (família, cônicas, progressivas) · Adquiridas · Inflamatórias – subagudas, pele, autoimune · Sistêmicas - tireoide, adrenal · Infecciosas – viral, HIV, bacteriana · Tóxicas - medicações como estatinas, corticoides · Metabólicas – sintomas dinâmicos QUADRO CLÍNICO · Sintomas fixos · Fraqueza muscular proximal – cintura escapular, pélvico, ileopsoas, adutores · Atrofia muscular · Sintomas dinâmicos · Mialgia · Intolerância ao exercício · Cãibras/contraturas · Mioglobinúria · Lesões de pele – dermatomiosite · Eriótropo nas pálpebras e pápulas nas mãos · Marcha anserina · Manobra de Govers · Miotonia – miopatia de steiner · Pseudohipertrofia – miopatia de duchene/Becker · Distrofia escapuloumeral - Escápula alada DIAGNÓSTICO · CPK – pode ser normal em algumas miopatias · Eletromiografia – inespecífico · USG/RM muscular – não mt específico tb · Biópsia muscular – confirma miopatia, pode definir causa inflamatória e algumas genéticas · Exames genéticos TRATAMENTO · Inflamatórias – imunossupressão · Distrofias – suporte · Metabólicas – Pompe - alfaglicosidase · Sistêmicas – causa base · Infecção – atb · Tóxicas – retirar agente MIELOPATIAS · Lesão da ME ETIOLOGIA · Vascular – AVC, fístula, hematoma · Infecciosa – ACV, sífilis, HTLV TB · Trauma · Autoimune – esclerose múltipla, neuromielite óptica, sarcoidose · Metabólica – B12, cobre, radiação, hepática · Tumores · Degenerativas – hérnias, estenoses FISIOPATOLOGIA · Trato Pirimidal – motricidade · Trato Espinotalâmico Lateral – dor e temperatura · Cordão Posterior – sensibilidade profunda (propriocepção) · Fibras Autonômicas – bexiga, intestino, função erétil QUADRO CLÍNICO · Motor · Tetra ou paraparesia (alteração na coluna torácica ou lombossacra) · Sinais piramidais – babinski, reflexos exaltados e hipertonia (pode não ter nos primeiros momentos da lesão) · Choque medular · Sensitivo · Topografar nível sensitivo · Autonômico · Incontinência, retenção, disfunção erétil · Centro sacral micção (S2-S4) e Centro frontal inibitório da micção · Lesão alta perde inibição e bexiga hiperativa · Lesão no centro sacral causa retenção urinária DIAGNÓSTICO · Neuroimagem – cervical, torácica, lombar · 1ª escolha · RM é melhor · Contraste – causa inflamatória, infecciosa, neoplasia · LCR – causa infecciosa · LABS – causa metabólica · Sorologias (HIV, VDRL, FTA-ABS), AQ4 (dx para neuromielite óptica), geral, função hepática, cobre sérico, parasitológico TRATAMENTO · Causa base · Avaliação neurocx · Autoimunes e infecciosas ETIOLOGIA · Idiopática – Bell · Herpes Zoster · Otite média · Neoplasia · Guillain-Barré · HIV, Sarcoidose, Doença de Lyme QUADRO CLÍNICO · AGUDO, mas não súbito, mais lento (ao longo do dia) · Dificuldade de ocluir pálpebra · Desvio da rima labial · Fronte sem contração · Olho seco, hiperacusia, dor periauricular, perda de gustação (1/3 anterior) DIAGNÓSTICO · Clínico · Investigar se padrão central e suspeita de causa secundária · Neuroimagem · Causa central/secundária · Progress · Ao além de 3 semanas · Sem melhora em 4 meses · Espasmos musculares · TC ou RM com contraste – crânio, osso temporal e parótida · Realce por contraste é inespecífico · Eletroneuromiografia · LCR para ddx DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Herpes Zoster · Vesículas – ouvido · Tratamento - Antiviral Otite Média · Febre + secreção · Exame otorrinolaringológico Neoplasias · Insidioso, progressivo, recorrente · Sem melhora clínica · Espasmo facial AVC · Preserva face superior na maioria · Raramente lesão do núcleo pontino Doença de Lyme · Pode ser bilateral, história de carrapato, lesão de pele, artrite Síndrome de Guillain-Barré · Comum, mas não é sintoma isolado TRATAMENTO · Cuidados oculares – colírio, oclusão ao dormir · Bell - Prednisona 60-80 mg/d por 7 dias · Antiviral é controverso TONTURA DEMÊNCIAS EQUILÍBRIO · Equilíbrio não é posição, é um ESPAÇO · Conjunto dos sinais aferentes, centrais e eferentes, para regular CdM, CdP e BdS · Centro de massa fica em S2. Sinais Aferentes · VISUAL - acuidade, contraste, profundidade, visão periférico · PROPRIOCEPTIVO - OTG, recept musculares, articulares, barorreceptores plantares · VESTIBULAR - par VIII Vias Movimento · DIRETA: DOPA → ESTRIADO (recept D1) → inibe GPi e SNr → TÁLAMO ativado · INDIRETA: DOPA → ESTRIADO → ativa GPe → inibe NSt → inibe GPi e SNr → TÁLAMO ativado CLASSIFICAÇÃO TONTURA · Periférica – distúrbios orelha interna, VIII par · Náuseas e vômito, perda auditiva · Central – lesão tumoral, causa vascular, inflamatória · Sinais neurológicos Apresentação · Episódica – único, agudo · Neurite, trauma, infecção · Recorrente · Enxaqueca, Ménière, paroxismos vestibulares · Contínua – perda bilateral · Doença cerebelar, Parkinson, neuropatia Duração · < 1 min – agudo, periférico · > 1 min – Ménière, hipoperfusão cerebral, ansiedade, labirintite viral ou vascular QUADRO CLÍNICO · Vertigem · Desequilíbrio · Pré-síncope ETIOLOGIA · Cinetose, presbivertigem · Otológicas, neuro, cardio, sensoriais, psicogênicas · Metabólicas, musculoesqueléticas, medicamentosas · Hematológicas, imunomediadas, infecciosas · Álcool e toxinas FISIOPATO – comprometimento de qualquer componente do sistema vestibular e central DIAGNÓSTICO · UNILATERAL – PERIFÉRICA – com aura: dor, pressão, plenitude auricular · BILATERAL – CENTRAL – desalinhamento ocular Periférico · Zumbido e alteração auditiva · Sem sinal neurológico focal · RVO alterado · Nistagmo horizonto rotacional, lado preferencial, inibido pela fixação Central · Desequilíbrio · Sinal neurofocal · RVO normal – não altera sistema vestibular · Desalinhamento ocular · Nistagmo vertical ou multidirecional EXAMES COMPLEMENTARES · Idosos com tontura prolongada · ECG, sangue, tilt test, EEG, RM SNC, audiometria EXAME FÍSICO · Minimental · Escala de Guttman – AVD · Teste de Hipotensão Ortostática · Manobra de Valsalva · Estimulação do Seio Carotídeo · Teste de Impulso da Cabeça · Teste da Acuidade Visual Dinâmica · Manobra Posicional de HALLPIKE + se nistagmo, dx VPPB · Caminhar e girar o corpo · Rotação de Barany · Hiperventilação 30s · Exame neuro e oto · Movimentos oculares – nistagmo · Acompanhamento