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CÉLULAS DA NEUROGLIA De maneira geral, as células da neuroglia são células que dão suporte funcional e estrutural ao tecido nervoso. As células da glia não conduzem impulso nervoso, mas possuem capacidade mitótica. Como já dito, essas células a função delas é auxiliar de alguma maneira as células que compõem o tecido nervoso, como estrutural, protetor ou nutricional. Tais células são mais abundantes do que os neurônios, em quantidade de 10:1. Não são facilmente detectadas por colorações convencionais. No SNC, existem quatro tipos de células da glia: astrócitos, oligodendrócitos, células ependimárias e células da micróglia. Astrócitos: células da glia presentes em maior quantidade no SNC, células com formato estrelares, desempenham função de homeostase do SNC. Oligodentrócitos: formação da bainha de mielina. Células ependimárias: revestimento de ventrículos encefálicos e canal central da medula espinhal. Células da micróglia: proteção do SNC contra micro-organismos invasores. Os astrócitos, as maiores e mais abundantes células da glia central, são células estreladas com várias funções fundamentais no SNC, como a manutenção da homeostase. Seus delicados prolongamentos terminam sobre as superfícies do encéfalo e da medula espinal ou por sobre a parede de capilares sanguíneos. As principais funções dos oligodendrócitos são proporcionar suporte às fibras nervosas e formar a bainha de mielina que as envolve. As células ependimárias são remanescentes do neuroepitélio embrionário do tubo neural e compõem um revestimento semelhante a um epitélio, com células cuboides ou colunares intimamente compactadas que revestem os ventrículos encefálicos e o canal central da medula espinal (canal ependimário). As células da microglia, como seu nome indica, são as menores células da glia central, atuam como fagócitos e removem detritos no SNC, protegem o encéfalo e a medula espinal contra micro- organismos invasores e constituem o sistema imunológico do SNC. Ao contrário dos neurônios, as células da glia retêm a capacidade de se dividir e são a fonte da maioria dos tumores intracranianos, conhecidos como gliomas. (OVALLE, William. Netter Bases da Histologia. Grupo GEN, 2014. E-book. ISBN 9788595151901. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151901/. Acesso em: 21 jan. 2023.) ASTRÓCITOS Sendo os mais abundantes das células gliais, possuem uma apresentação populacional diversa. Prolongamentos celulares (pés perivasculares) dos astrócitos formam uma relação muito desenvolvida com capilares sanguíneos, o que acaba por ajudar na formação da barreira hematoencefálica. Também encontrado em regiões de neurônio onde não há bainha mielina, os nódulos de Ravier. Em seu citoplasma é possível encontrar uma grande abundancia de filamentos intermediários, formados por um tipo especial de proteína, a proteína ácida fibrilar glial (GFAP, glial fibrillary acidic protein). Em resposta a uma injúria no SNC, os astrócitos sofrem mitose e são a principal fonte de tecido cicatricial de natureza glial (gliose), o qual pode impedir a regeneração nervosa. (OVALLE, William. Netter Bases da Histologia. Grupo GEN, 2014. E-book. ISBN 9788595151901. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151901/. Acesso em: 21 jan. 2023.) Aumento de 200x. Marcação com imunofluorescência de astócitos humanos em cultura. Clinica Astricotomas pilocíticos: cerebero e nervo optico, mais comum em crianças. Astrocitomas difusos: hemifesferio frontal e parietal, mais comum em adultos. NECESSÁRIA EXPLICAÇÃO DA ANA MARIA SOBRE O QUE É BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA Pes terminais dos astocitos (pés vaculares) acabam por cobrir mais de 80% da lamina basal dos capilares e é entre esses pés que existe as junções comunicantes, cuja função é permitir que alguns íons possam adentrar o microambiente neuronal. NECESSÁRIA EXPLICAÇÃO SOBRE ULTRAESTRUTURA DA BARREIRA HEMOENCEFÁLICA EXPLICAÇÃO DA ANA MARIA SOBRE TIPOS DE SINAPSES E SUA ULTRAESTRUTURA OLIGODENTRÓCITOS E CÉLULAS DE SCHWANN Já sabemos que a bainha de mielina é extremamente importante para condução “saltatória” dos impulsos nervosos, pois esta aumenta a velocidade de condução. Sua produção é proporcionada por duas células, oligodendrócitos (no SNC) e as células de Schwann (no SNP). As células de Schwann ainda possuem duas subdivisões, as milelinizantes e as não mielinizantes. Não mielinizantes: embainha vários terminais axonais de pequenos axônios; Mielinizantes: embainham um único axônio com tamanho maior. Comparados com astrócitos, possuem pouca quantidade de ramificações e tamanho de ramificações menores. A formação da bainha de mielina ocorre justamente quando a membrana plasmática dos prolongamentos dos oligodendrócitos estão em maior enovelamento dos segmentos axonais. Através da utilização da enzima anidrase carbônica, ajudam a controlar o ph do meio extracelular do SNC, importante para controlar o equilíbrio acidobásico. EXPLICAÇÃO DA ANA MARIA SOBRE A MIENILIZAÇÃO NO SNC E SNP EPÊNDIMA Muito semelhante a um epitélio, o epêndima é um conjunto de células que recobrem os ventrículos encefálicos e a camada central da medula espinal, com a ressalva de que as células da camada revestidora são células com formato clindrico ou cuboides. Sua principal função é proteger e ser seletivo sobre o que pode ou não passar entre o encéfalo e o liquido cérebro espinal. Uma das características do epêndima é a presença de junções intercelulares no perímetro apical entre as bordas laterais das células contíguas, incluindo junções de adesão, de oclusão e comunicantes. O epêndima se torna altamente modificado em regiões do encéfalo conhecidas como os plexos corióideos, onde as células possuem um papel secretor e produzem e secretam os componentes do líquido cerebrospinal. Cerca de 500 mL de líquido cerebrospinal são produzidos diariamente. (OVALLE, William. Netter Bases da Histologia. Grupo GEN, 2014. E-book. ISBN 9788595151901. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151901/. Acesso em: 21 jan. 2023.) As células que compõem o epêndima ajudam na limpeza e detoxificação de várias substâncias do liquido cérebro espinal. Algumas dessas células estão mais próximas aos vasos sanguíneos, neurônios e a pia-mater e formam uma barreira protetora com nome de “barreira hematoliquorica”. MICROGLIA Tendo sua origem, provavelmente, no SNC durante a vida uterina, são células com capacidade fagocitária. Função extremamente importante para processos de inflamção e reparação do SNC. Quando ativadas, elas retraem seus prolongamentos, assumem a forma dos macrófagos e tornam-se fagocitárias e apresentadoras de antígenos (ver Capítulo 14, Sistema Imunitário e Órgãos Linfáticos). A micróglia secreta diversas citocinas reguladoras do processo imunitário e remove os restos celulares que surgem nas lesões do SNC. (JUNQUEIRA, Luiz Carlos U.; CARNEIRO, José. Histologia Básica - Texto e Atlas. Grupo GEN, 2017. E-book. ISBN 9788527732178. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732178/. Acesso em: 21 jan. 2023.).