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tromboembolismo pulmonar

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AFYA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE SANTA INÊS 
CURSO DE MEDICINA 
 
 
 
 
 
KAUÊ SILVA AGUIAR DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TROMBOEMBOLISMO PULMONAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santa Inês 
2024 
 
KAUE SILVA AGUIAR DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TROMBOEMBOLISMO PULMONAR 
 
 
Tarefa apresentada ao Modulo de Clinica 
Integrada II, como requisito para 
composição de nota referente a Tics. 
Professora: Sarah Campos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santa Inês 
2024 
 
 
1. Quais os exames que podemos utilizar para o diagnóstico de 
Tromboembolismo pulmonar? Quais as indicações de cada um? 
O diagnóstico de Tromboembolismo Pulmonar (TEP) é um processo 
complexo que exige uma abordagem multidisciplinar e integrada, combinando 
avaliação clínica, exames laboratoriais e métodos de imagem. Esta resenha visa 
sintetizar os principais métodos utilizados no diagnóstico de TEP, destacando suas 
indicações, vantagens e limitações1. 
 
Avaliação Clínica e Estratificação de Risco 
A primeira etapa no diagnóstico de TEP envolve a avaliação da 
probabilidade clínica. Ferramentas como o Escore de Wells e o Escore de Genebra 
são amplamente empregadas para estimar a probabilidade pré-teste de TEP com 
base em sinais clínicos, sintomas e fatores de risco. Esses escores são fundamentais 
para orientar a necessidade de exames adicionais e para interpretar seus resultados 
de maneira adequada3. 
 
Exames Laboratoriais 
O exame de dímero D é uma ferramenta valiosa no diagnóstico de TEP, 
especialmente para excluir a condição em pacientes com baixa a moderada 
probabilidade clínica. O dímero D é um produto de degradação da fibrina e sua 
elevação indica a presença de trombos. No entanto, seu valor preditivo positivo é 
limitado, pois níveis elevados podem ocorrer em várias outras condições, como 
infecções e inflamações2. 
 
Exames de Imagem 
A Angiotomografia Computadorizada (Angio-TC) de Tórax é considerada o 
padrão-ouro para o diagnóstico de TEP, permitindo a visualização direta dos êmbolos 
nas artérias pulmonares. Este exame é altamente sensível e específico, tornando-se 
a escolha preferida na maioria dos casos. No entanto, a Angio-TC pode ser 
contraindicada em pacientes com insuficiência renal ou alergia ao contraste iodado5. 
A Cintilografia Ventilação-Perfusão (V/Q Scan) é uma alternativa viável, 
especialmente quando a Angio-TC não é indicada. Esse exame compara a ventilação 
 
e a perfusão dos pulmões para detectar áreas de mismatch, sugestivas de TEP. 
Embora menos específica que a Angio-TC, a V/Q Scan é útil em casos selecionados4. 
O Ecocardiograma, particularmente o ecocardiograma transtorácico, é 
empregado para avaliar a presença de sobrecarga do ventrículo direito, um sinal 
indireto de TEP. Este exame é especialmente relevante em pacientes com 
instabilidade hemodinâmica, pois pode fornecer informações rápidas sobre a função 
cardíaca6. 
O Ultrassom Doppler de Membros Inferiores é utilizado para identificar 
trombose venosa profunda (TVP), frequentemente a fonte de êmbolos pulmonares. A 
presença de TVP em um paciente com suspeita de TEP pode corroborar o 
diagnóstico3. 
 
Outros Exames 
A Ressonância Magnética (RM) é uma opção diagnóstica em situações 
específicas, embora seja menos acessível e menos utilizada do que a Angio-TC. A 
Radiografia de Tórax, embora não específica para TEP, pode ajudar a excluir outras 
causas de sintomas e detectar sinais indiretos da doença1. 
 
Avaliação Hemodinâmica 
Em casos graves, o Cateterismo Cardíaco Direito pode ser realizado para 
mensurar diretamente a pressão arterial pulmonar e avaliar a função cardíaca. Este 
exame é invasivo e reservado para pacientes em estado crítico ou quando outros 
métodos não são conclusivos2. 
 
2. Qual é o padrão ouro (gold standard)? 
O padrão ouro (gold standard) para o diagnóstico de Tromboembolismo 
Pulmonar (TEP) é a Angiotomografia Computadorizada (Angio-TC) de Tórax. Este 
exame é amplamente considerado a melhor ferramenta diagnóstica devido à sua alta 
sensibilidade e especificidade, permitindo a visualização direta dos êmbolos nas 
artérias pulmonares. Além disso, a Angio-TC pode fornecer informações adicionais 
sobre outras possíveis causas dos sintomas do paciente, como pneumonia ou 
malignidade6. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
1. ALVARES, Flávia; PÁDUA, Adriana Ignácio; TERRA FILHO, João. 
Tromboembolismo pulmonar: diagnóstico e tratamento. Medicina (Ribeirão 
Preto), v. 36, n. 2/4, p. 214-240, 2003. 
 
2. ARIAS-RODRÍGUEZ, Fabián D. et al. Diagnóstico y tratamiento de tromboembolia 
pulmonar. Revisión bibliográfica. Revista mexicana de angiología, v. 50, n. 3, p. 
96-109, 2022. 
 
3. TERRA-FILHO, Mario; MENNA-BARRETO, Sérgio Saldanha. Recomendações 
para o manejo da tromboembolia pulmonar, 2010. Jornal Brasileiro de 
Pneumologia, v. 36, p. 1-3, 2010. 
 
4. MORALES-BLANHIR, Jaime Eduardo et al. Diagnóstico de tromboembolia 
pulmonar. Archivos de cardiología de México, v. 81, n. 2, p. 126-136, 2011. 
 
5. SANDOVAL, Jorge; FLORENZANO, Matías. Diagnóstico y tratamiento del 
tromboembolismo pulmonar. Revista Médica Clínica Las Condes, v. 26, n. 3, p. 
338-343, 2015. 
 
6. VOLPE, Gustavo Jardim et al. Tromboembolismo pulmonar. Medicina (Ribeirão 
Preto), v. 43, n. 3, p. 258-271, 2010.

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