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Fichamento 1 - Leo Huberman
O texto aborda a origem do capital e a formação da oferta de trabalho necessária para a produção capitalista. 
Origem do Capital:
O autor destaca que o dinheiro se torna capital quando é usado para adquirir mercadorias ou trabalho com o objetivo de revendê-los com lucro. Exemplifica a diferença entre um espectador que compra ingressos para um espetáculo de entretenimento e um frequentador do teatro que compra ingressos para revendê-los.
Definição de Capital: Define que o dinheiro só se torna capital quando é empregado em transações que visam lucro.
Diferencia o dinheiro usado para compra e uso (fase pré-capitalista) do dinheiro usado para comprar eventos e ganhar (fase capitalista).
Natureza do Capitalista: Destaca que o capitalista compra a força de trabalho dos trabalhadores e obtém lucro vendendo as mercadorias produzidas pelo trabalho.
Acumulação de Capital: Explica que o capitalista é dono dos meios de produção e que a produção capitalista resulta da associação entre esses meios e da força de trabalho.
Origem do Capital Inicial: A análise de como o capital necessário para iniciar a produção capitalista foi inicialmente acumulado através do comércio, incluindo conquista, pirataria, saque e exploração.
Exemplos Históricos: Fornecemos exemplos históricos, como o comércio italiano durante as cruzadas e as atividades exploratórias de holandeses, espanhóis e britânicos, incluindo o comércio de escravos.
Conclusão sobre a Origem do Capital: Conclui que a acumulação primitiva de capital ocorreu através de comércio, conquista, saque e exploração.
Formação da Oferta de Trabalho: Explica que a oferta de trabalho para a produção capitalista resultou da expropriação dos trabalhadores de seus meios de produção, como terra e ferramentas.
Fechamento de terras: No século XVIII e início do século XIX, houve um aumento significativo no fechamento de terras na Inglaterra. Isso resultou na expulsão de camponeses de suas terras, aumentando a oferta de mão-de-obra para a indústria, uma vez que essas pessoas agora tinham que vender sua força de trabalho.
Leis de Fechamento: Os fechamentos de terras no século XVIII foram apoiados por leis promulgadas por governos de latifúndios, beneficiando os interesses dos proprietários de terras em detrimento dos camponeses.
Perda dos direitos comuns: A perda dos direitos comuns sobre a terra, reclamada pelos camponeses na França, também ocorreu na Inglaterra. A transformação de terras comuns em pastagens privadas prejudicava os camponeses, que dependiam dessas terras para pastoreio de gado.
Expulsões na Escócia: Um exemplo impressionante de expulsão de trabalhadores ocorrido na Escócia, onde a Duquesa de Sutherland, promoveu uma transformação de terras em pastagens de ovelhas, expulsou sistematicamente 15.000 habitantes, destruindo aldeias e incendiando campos.
Sistema fabril: O desenvolvimento do sistema fabril, impulsionado por máquinas movidas a vapor e divisão de trabalho, levou à substituição de trabalhadores manuais por máquinas em muitas indústrias. Isso resultou na queda dos preços pagos pelo trabalho manual e na transformação de pequenos mestres fabricantes independentes em assalariados.
Influência da religião: As mudanças econômicas foram acompanhadas por modificações na religião, com destaque para o papel do protestantismo, especialmente o calvinismo e os puritanos, que promovem valores como a frugalidade, a diligência no trabalho e a busca da riqueza como forma de servir a Deus .	Ascensão da classe trabalhadora: A expulsão dos camponeses de suas terras e a transformação dos pequenos mestres fabricantes em assalariados desenvolvidos para a formação de uma classe trabalhadora sem propriedades, fundamental para o desenvolvimento do capitalismo industrial.
Espírito do capitalismo: A ética protestante, com sua ênfase na poupança, trabalho árduo e busca da riqueza como uma forma de servir a Deus, contribuiu para a ascensão do capitalismo industrial.
Esse período de transição teve profundas implicações sociais, econômicas e religiosas, moldando a base do sistema capitalista que conhecemos hoje.

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