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CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias  67
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Exercícios
 1. (UFSM) O ano de 1998 marca os quinhentos 
anos do Descobrimento do Brasil, pois, “Em 
1498, D. Manuel ordenava que Duarte Pache-
co Pereira navegasse pelo Mar Oceano, a par-
tir das ilhas de Cabo Verde até o limite de 370 
léguas (estipuladas pelo Tratado de Tordesi-
lhas). É esta a primeira viagem, efetivamente 
conhecida pelos portugueses, às costas do li-
toral norte do Brasil“.
(FRANZEN, Beatriz. A presença portuguesa no 
Brasil antes de 1500. In: Estudos leopoldenses. 
São Leopoldo: Unisinos, 1997, p. 95.)
Esse fato fez parte:
a) da expansão marítimo-comercial europeia, 
que deslocou o eixo econômico do Mediterrâ-
neo para o Atlântico.
b) da expansão capitalista portuguesa, em sua 
fase mercantil-colonial plenamente consoli-
dada no Brasil.
c) do avanço marítimo português, tendo Duar-
te Pacheco Pereira papel relevante na espio-
nagem e pirataria no Atlântico.
d) do processo de instalação de feitorias no Bra-
sil, pois Duarte Pacheco Pereira criou a pri-
meira feitoria, São Luiz do Maranhão.
e) das expedições exploradas do litoral brasileiro, 
cujo papel de reconhecimento econômico e ge-
ográfico coube a Duarte Pacheco Pereira.
 2. As razões do pioneirismo português na ex-
pansão marítima dos séculos XV e XVI foram:
a) a invasão da península Ibérica pelos árabes e 
a conquista de Calicute pelos turcos.
b) a assinatura do Tratado de Tordesilhas por 
Portugal e pelos demais países europeus.
c) um Estado Liberal centralizado, voltado para a 
acumulação de novos mercados consumidores.
d) As guerras religiosas, a descentralização política 
do Estado e o fortalecimento dos laços servis.
e) uma monarquia centralizada, interessada no 
comércio de especiarias.
 3. (FUVEST) Sobre o Tratado de Tordesilhas, as-
sinado em 7 de junho de 1494, pode-se afir-
mar que objetivava:
a) demarcar os direitos de exploração dos pa-
íses ibéricos, tendo como elemento propul-
sor o desenvolvimento da expansão comer-
cial marítima.
b) estimular a consolidação do reino português, 
por meio da exploração das especiarias afri-
canas e da formação do exército nacional.
c) impor a reserva de mercado metropolitano, por 
meio da criação de um sistema de monopólios 
que atingia todas as riquezas coloniais.
d) reconhecer a transferência do eixo do comércio 
mundial do Mediterrâneo para o Atlântico, de-
pois das expedições de Vasco da Gama às Índias.
e) reconhecer a hegemonia anglo-francesa sobre 
a exploração colonial, após a destruição da 
Invencível Armada de Felipe II, da Espanha.
 4. (ENEM) Todo homem de bom juízo, depois que 
tiver realizado sua viagem, reconhecerá que é 
um milagre manifesto ter podido escapar de 
todos os perigos que se apresentam em sua pe-
regrinação; tanto mais que há tantos outros aci-
dentes que diariamente podem aí ocorrer que 
seria coisa pavorosa àqueles que aí navegam 
querer pô-los todos diante dos olhos quando 
querem empreender suas viagens.
J. PT. “Histoire de plusieurs voyages aventureux”. 1600. 
In: DELUMEAU, J. História do medo no Ocidente: 1300-
1800. São Paulo. Cia. das Letras. 2009 (adaptado).
Esse relato, associado ao imaginário das via-
gens marítimas da época moderna, expressa 
um sentimento de:
a) gosto pela aventura.
b) fascínio pelo fantástico.
c) temor do desconhecido.
d) interesse pela natureza.
e) purgação dos pecados.
 5. (UERN) O velho do Restelo
Dura inquietação d’alma e da vida,
Fonte de desamparos e adultérios,
Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios:
Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
Sendo dina de infames vitupérios;
Chamam-te Fama e Gloria soberana,
Nomes com quem se o povo néscio engana!
A que novos desastres determinas
De levar estes reinos e esta gente?
Que perigos, que mortes lhe destinas
Debaixo dalgum nome preminente?
Que promessas de reinos, e de minas
D'ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? que histórias?
Que triunfos, que palmas, que vitórias?
(Luís de Camões. Os lusíadas, Canto IV. 
Disponível em: <www.passeiweb.com/napontalingua/
livros/analisescompletas/oslusiadaso_velho_do_restelo>.
O contexto descrito no poema remete à expan-
são ultramarina portuguesa dos séculos XV e 
XVI. Uma das causas do pioneirismo português 
nas Grandes Navegações foi:
a) o desenvolvimento industrial, que possibili-
tou a utilização de tecnologias de ponta na 
empreitada ultramarina.
b) a hegemonia comercial lusa, ou seja, Por-
tugal, controlava o comércio mediterrâneo, 
principalmente na rota veneziana.
c) a centralização político-administrativa, pois 
Portugal já era um Estado nacional, aliás, o 
primeiro a se formar na Europa.
d) a acumulação primitiva do capital, empreen-
dida por Portugal na Revolução de Avis, que 
colocou a nobreza no comando da nação.

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