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CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias  75
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 V
O
LU
M
E 
1
exercícios
 1. Sobre o período pré-colonial, é correto afirmar:
a) Um grupo de mercadores portugueses, re-
presentados por Fernão de Noronha, arren-
dou o direito de exploração do território, no 
início do século XVI.
b) A extração de pau-brasil era destinada à exporta-
ção dessa madeira para a construção de edifícios 
administrativos portugueses nas possessões ul-
tramarinas do Oriente, como Goa e Nagasaki.
c) A administração do governador-geral Duarte 
da Costa permitiu a utilização da mão de obra 
indígena na instauração de feitorias que, mais 
tarde, possibilitariam a implementação dos en-
genhos de açúcar.
d) A produção de cana-de-açúcar em Pernambuco 
e São Vicente, assim como de algodão, no Ma-
ranhão, permitiu a expansão da presença por-
tuguesa para além dos limites impostos pelo 
Tratado de Tordesilhas.
e) A extração de metais preciosos foi fundamental 
para os erários lusos, permitindo que o Brasil se 
transformasse num enorme polo de atração de 
investimentos e imigração.
 2. (ENEM) Dali avistamos homens que andavam 
pela praia, obra de sete ou oito. Eram pardos, 
todos nus. Nas mãos traziam arcos com suas 
setas. Não fazem o menor caso de encobrir ou 
de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta 
inocência como em mostrar o rosto. Ambos 
traziam os beiços de baixo furados e metidos 
neles seus ossos brancos e verdadeiros. Os ca-
belos seus são corredios.
CAMINHA, P.V. de. Carta. RIBEIRO, D. et al. 
Viagem pela história do Brasil: documentos. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1997. 
O texto é parte da famosa Carta de Pero Vaz 
de Caminha, documento fundamental para a 
formação da identidade brasileira. Tratando 
da relação que, desde esse primeiro contato, 
se estabeleceu entre portugueses e indíge-
nas, esse trecho da carta revela a:
a) preocupação em garantir a integridade do co-
lonizador diante da resistência dos índios à 
ocupação da terra.
b) postura etnocêntrica do europeu diante das 
características físicas e práticas culturais do 
indígena.
c) orientação da política da coroa portuguesa 
quanto à utilização dos nativos como mão de 
obra para colonizar a nova terra.
d) oposição de interesses entre portugueses e ín-
dios, que dificultava o trabalho catequético e 
exigia amplos recursos para a defesa da posse 
da nova terra.
e) abundância da terra descoberta, o que pos-
sibilitou a sua incorporação aos interesses 
mercantis portugueses, por meio da explo-
ração econômica dos índios.
 3. Nas primeiras três décadas que se segui-
ram à passagem da armada de Cabral, além 
das precárias guarnições das feitorias [...], 
apenas alguns náufragos [...] e “lançados” 
atestavam a soberania do rei de Portugal no 
litoral americano do Atlântico Sul.
(LOPEZ, Adriana; MOTA, Carlos Guilherme. História 
do Brasil: uma interpretação. 2008.) 
Os lançados citados no texto eram:
a) funcionários que recebiam, da coroa, a atri-
buição oficial de gerenciar a exploração co-
mercial do pau-brasil e das especiarias en-
contradas na colônia portuguesa.
b) militares portugueses encarregados da prote-
ção armada do litoral brasileiro, para impedir 
o atracamento de navios de outros países, in-
teressados nas riquezas naturais da colônia.
c) comerciantes portugueses encarregados do 
tráfico de escravos, que atuavam no litoral 
atlântico da África e do Brasil e asseguravam 
o suprimento de mão de obra para as colô-
nias portuguesas.
d) donatários das primeiras capitanias heredi-
tárias, que assumiram formalmente a posse 
das novas terras coloniais na América e im-
plantaram as primeiras lavouras para o cul-
tivo da cana-de-açúcar.
e) súditos portugueses enviados para o litoral 
do Brasil ou para a costa da África, geral-
mente como degredados, que acabaram por 
se tornar precursores da colonização.
 4. (UDESC) Analise as proposições sobre a admi-
nistração colonial na América portuguesa, e 
assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.
( ) Com o objetivo de diminuir as dificuldades 
na administração das capitanias, D. João 
III implantou, na América portuguesa, um 
governo-geral que deveria ser capaz de res-
tabelecer a autoridade da corte portuguesa 
nos domínios coloniais, centralizar as deci-
sões e a política colonial.
( ) A capitania de São Vicente foi escolhida 
pela coroa portuguesa para ser a sede do go-
verno, pois estava localizada em um ponto 
estratégico do território colonial português. 
Foi nesta capitania que se implementou as 
novas políticas administrativas da coroa 
com a instalação do governo-geral.
( ) Tomé de Souza foi o responsável por ins-
talar o primeiro governo-geral. Trouxe com 
ele soldados, colonos, burocratas, jesuítas, 
e deu início à construção da primeira capi-
tal do Brasil: Rio de Janeiro.
( ) A criação e instalação do governo-geral na 
América portuguesa foi uma alternativa 
encontrada pela coroa portuguesa para or-
ganizar e ocupar a colônia, que enfrenta-
va dificuldades, dentre elas os constantes 
conflitos com os indígenas e os resultados 
insatisfatórios de algumas capitanias.

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