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A civilização suméria

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A civilização suméria (séculos IV-III a.C.)
Os Sumérios, uma das civilizações mais antigas conhecidas da história, floresceram na
região da Mesopotâmia, localizada no sul da antiga Mesopotâmia, por volta do século IV
a.C. até o século III a.C. O povo sumério habitava uma série de cidades-estados
independentes, com destaque para Ur, Uruk, Lagash e Nippur, cada uma delas governada
por seu próprio rei e sustentada por uma economia agrícola baseada nas férteis terras
regadas pelos rios Tigre e Eufrates.
A sociedade suméria era complexa e estratificada, com uma hierarquia formada por nobres,
sacerdotes, artesãos, agricultores e escravos. Os sumérios eram conhecidos por suas
realizações culturais, como a invenção da escrita cuneiforme, o desenvolvimento de
avançados sistemas de irrigação, a construção de templos em forma de zigurates e a
produção literária, com épicos como "A Epopeia de Gilgamesh".
A religião desempenhava um papel central na vida dos sumérios, que cultuavam um
panteão de deuses e deusas responsáveis por diferentes aspectos da natureza e da vida
cotidiana. Os sumérios realizavam cerimônias e rituais religiosos para apaziguar essas
divindades e garantir prosperidade e proteção para suas comunidades.
O comércio também desempenhava um papel importante na economia suméria, com as
cidades-estado realizando trocas de produtos agrícolas, artesanais e minerais com outras
regiões da Mesopotâmia e do mundo antigo. As rotas comerciais estabelecidas pelos
sumérios contribuíram para o intercâmbio cultural e o enriquecimento da civilização.
A arquitetura suméria se destacava pela construção de templos em forma de zigurates,
considerados lugares sagrados de comunhão com os deuses. Essas estruturas
monumentais, compostas por terraços sobrepostos e acessíveis por uma escadaria em
espiral, simbolizavam a ligação entre o céu e a terra e serviam como centros cerimoniais e
administrativos das cidades-estado.
Apesar de sua avançada cultura e desenvolvimento tecnológico, a civilização suméria
enfrentou desafios internos e externos que contribuíram para seu declínio a partir do século
III a.C. Invasões de povos vizinhos, secas, guerras e rivalidades entre as cidades-estado
enfraqueceram progressivamente o poder e a influência dos sumérios.
Apesar de seu desaparecimento como uma civilização independente, a cultura suméria
deixou um legado duradouro na história da humanidade, influenciando profundamente as
civilizações posteriores da região, como os acádios, babilônios e assírios, e contribuindo
para o desenvolvimento da escrita, da religião e da arquitetura no mundo antigo. A herança
dos sumérios continua sendo estudada e admirada até os dias de hoje, como um
testemunho da capacidade humana de criação e realização.