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Relações entre Cristãos e Árabes

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O mundo medieval 
cristão e o 
mundo árabe
História 
6º ANO
Aula 19 – 4º Bimestre
Etapa Ensino Fundamental
Anos Finais
Habilidade: (EF06HI21*) Identificar as características e trajetórias do Cristianismo, do povo hebreu e do povo árabe, estabelecendo as relações do mundo medieval cristão com o mundo árabe, com o Império Otomano e com as populações judaicas.
Na prática: 10 minutos.
Aplicando: 6 minutos.
O que aprendemos hoje?: 1 minuto.
Relações entre o mundo medieval cristão e o mundo árabe;
Intercâmbios culturais e comerciais com o mundo árabe; 
Conflitos e alianças entre árabes e cristãos.
Conteúdo
Objetivos
 
Identificar as relações entre o mundo medieval cristão e o mundo árabe;
Compreender os intercâmbios culturais e comerciais entre essas duas regiões;
Analisar os conflitos e as alianças entre o mundo cristão e o mundo árabe.
Estudante, de acordo com a aula 18 estudada 
por você, pare, pense e responda:
Pare, pense e responda
1 – Como era a relação entre os cristãos e os árabes durante a Idade Média?
Para começar
Análise de Fonte
Análise de fonte
Desde os tempos mais remotos, os seres humanos passaram a questionar a sua origem e depois as situações que impactavam seu cotidiano, mas que não eram previsíveis, como as condições climáticas, as guerras, os sentimentos (raiva, amor, saudade, tristeza e felicidade) e, finalmente, a morte. Essa busca por explicações aparece em vestígios arqueológicos de diferentes sociedades e épocas. Dessa forma, estudar as crenças e as religiões significa conhecer e refletir sobre aspectos culturais, políticos e econômicos das sociedades.
As religiões e a História
Foco no conteúdo
Em Al Andalus (nome dado pelos árabes à Península Ibérica, à partir do século VIII), havia diferenças em relação a outras partes da Europa: ali florescia uma cultura de variedade religiosa, enquanto nas outras partes do continente a fé cristã havia se tornado exclusiva, não aceitando nenhuma manifestação que lhe fosse contrária. 
Relações entre o mundo medieval cristão e o árabe
Grafia árabe da palavra al-Andalus (com os sinais diacríticos de vocalização)
Foco no conteúdo
Foram muito frequentes as conversões voluntárias de cristãos, não apenas por razões de ordem prática, para evitar o pagamento do imposto que era cobrado das comunidades ditas “protegidas” (os dhimmi, judeus e cristãos), mas também por legítimo interesse na nova fé. 
Mesquita-Catedral de Córdova, Espanha
Foco no conteúdo
Al-Andalus em 732
Al-Andalus (ou al-Ândalus), foi o nome dado à Península Ibérica (com a Septimânia) no século VIII, a partir do domínio do Califado Omíada. Esse nome era utilizado para se fazer referência à península, independentemente do território politicamente controlado pelas forças islâmicas. Contudo, hoje utiliza-se o termo para referir-se aos territórios que se diferenciavam dos reinos cristãos.
Foco no conteúdo
Ser muçulmano tornou-se também parte da identidade ibérica, e não apenas uma religião “dos invasores”. Já no século IX, Álvaro de Córdova (Alvarus Cordubensis), um intelectual, teólogo e poeta cristão lamentava que a juventude de Al-Andalus estivesse esquecendo o latim e que, em seu lugar, aprendesse o árabe. 
Defendia a ideia de que os cristãos gostavam de ler os poemas e os romances árabes, estudavam os teólogos e os filósofos árabes, não para refutá-los, mas para aperfeiçoar seu domínio do idioma, o que era uma realidade aceita em grande parte dos meios intelectuais da época, apesar das inevitáveis queixas de personalidade como a do latinista Álvaro.
Foco no conteúdo
A partir de seus estudos na aula de hoje, responda o que se pede abaixo:
Levante a mão quem quiser responder!
1 – Fale o que você entendeu sobre a relação entre cristãos e árabes em Al-Andalus.  
Na prática
Outro aspecto importante dessa cultura diz respeito à cultura gastronômica. Árabes muçulmanos não se alimentam de carne de porco, comem somente com a mão direita e normalmente fazem suas refeições sentados no chão.
Cena de uma feira na cidade de Marrakesh, Marrocos
No espaço muçulmano é possível notar o desenvolvimento cultural e científico, o qual foi resultado da grande circulação de conhecimentos ocorrida entre os diversos povos e culturas que coabitavam os territórios islamizados. Alguns exemplos desse desenvolvimento são:
Intercâmbio cultural e comercial árabe-cristão na Idade Média
Foco no conteúdo
Matemática: se utilizavam da numeração indiana (hoje comumente conhecida como numeração árabe), já se utilizando do conceito do "zero", revolucionando, dali para frente, a álgebra e também as operações aritméticas;
Astronomia: se desenvolveram muitos estudos sobre o movimento e a distância entre alguns dos astros conhecidos naquele momento;
Química: descobriu-se como se proceder para a produção de álcool utilizando-se o processo de destilação;
Foco no conteúdo
Medicina: conhecimentos vindos principalmente de Avicena – médico, filósofo, astrônomo e político – nascido em Córdoba, que descreveu várias doenças e estabeleceu a existência de uma relação entre doenças de foro psíquico e físico, dentre outras descobertas;
Agricultura: instituiu-se as técnicas de regadio e irrigação (nora, picota, açude e canais de rega), e muitas novas culturas, tais como: cana-de-açúcar, laranja, alfarroba, amendoim e arroz.
Foco no conteúdo
Conflitos e alianças entre o mundo cristão e o mundo árabe
A Península Arábica, situada na confluência entre a Europa, a Ásia e a África, beneficiou-se dessa localização, tanto para avançar sobre os povos mediterrâneos como para facilitar o intercâmbio entre distintas culturas. 
Transformou-se num grande império mercantil e ajudou a enriquecer o patrimônio cultural do Ocidente.
Logo, a Europa se deu conta da riqueza cultural islâmica. Tinham a facilidade do bom relacionamento predominante nos contatos entre cristãos e muçulmanos, vindo essas trocas a enriquecer o patrimônio dessas duas civilizações. 
Foco no conteúdo
Mesmo quando as Cruzadas estavam sendo preparadas e depois orquestradas com toda uma disseminação que coloca em primeiro plano o ódio cristão aos partidários de Maomé, as trocas continuaram, e foram se ampliando.
As trocas eram em primeiro lugar comerciais e depois intelectuais. 
No apogeu das Cruzadas, a ciência árabe se difunde pela cristandade e, se não chegou a produzir, ao menos alimentou o que era chamado de "renascimento do século XII". Os árabes ofereceram aos eruditos cristãos muita coisa (principalmente a ciência grega antiga) guardada nas bibliotecas orientais (e posta em circulação pelos muçulmanos).
Foco no conteúdo
2. A Península Arábica se transformou num grande império mercantil e ajudou a enriquecer o patrimônio cultural do Ocidente. Sendo assim, assinale abaixo qual foi a estratégia utilizada pela Europa para também beneficiar-se da riqueza cultural islâmica. 
 A Europa tinha a facilidade do bom relacionamento predominante nos contatos entre cristãos e muçulmanos;
 A Europa tinha contato com o líder islâmico da época;
 Havia a intenção da Europa de dominar a Península Arábica. 
Na prática
Correção
 A Europa tinha a facilidade do bom relacionamento predominante nos contatos entre cristãos e muçulmanos;
 A Europa tinha contato com o líder islâmico da época;
 Havia a intenção da Europa de dominar a Península Arábica. 
2. A Península Arábica se transformou num grande império mercantil e ajudou a enriquecer o patrimônio cultural do Ocidente. Sendo assim, assinale abaixo qual foi a estratégia utilizada pela Europa para também beneficiar-se da riqueza cultural islâmica. 
Na prática
A partir das discussões e explicações de seu professor sobre o tema da aula de hoje, “Cristãos e árabes no mundo medieval”, e tendo como objetivo ampliar o seu entendimento, organize uma pesquisa em duplas e apresente para a turma toda, quando solicitado: 
Como era a relação entre os cristãos e os árabes na Idade Média?
Aplicando
Identificamos a importância do Islãna cultura e na sociedade medieval;
Estabelecemos conexões entre o povo árabe e outros grupos religiosos da época.
O que aprendemos hoje?
Tarefa SP
Localizador: 102992
Professor, para visualizar a tarefa da aula, acesse com seu login: tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br
Clique em “Atividades” e, em seguida, em “Modelos”.
Em “Buscar por”, selecione a opção “Localizador”.
Copie o localizador acima e cole-o no campo de busca.
Clique em “Procurar”. 
Videotutorial: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/
19
Editora Conceitos.com. Conceito de Califado Abássida. Disponível em: https://conceitos.com/califado-abassida/. Acesso em: 22 set. 2023.
LEMOV, Doug. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência. Tradução de Leda Beck. Consultoria e revisão técnica de Guiomar N. de Mello e Paula Louzano. São Paulo: Da Prosa/Fundação Lemann, 2011. 
SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Estado da Educação. Coordenadoria Pedagógica – COPED. Currículo em Ação. São Paulo, 2023. Acesso em: 3 jul. 2023.
SOUSA, Reiner. “Mundo Árabe”. UOL. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/arabes.htm/. Acesso em: 21 ago. 2023.
Associação dos Professores de História/ Marta Torres. “Contributos da cultura muçulmana para a cultura-ibérica”. Disponível em: https://ensina.rtp.pt/explicador/contributos-da-cultura-muculmana-para-a-cultura-iberica. RTP. Acesso em: 23 set. 2023.
Referências
Lista de imagens e vídeos
Slide 3 – https://www.pngwing.com/pt/free-png-zbrfn
Slide 5 – https://pt.wikipedia.org/wiki/Al-Andalus#/media/Ficheiro:Al-%C3%81ndalus_con_grafemas_auxiliares.svg
Slide 6 – https://pt.wikipedia.org/wiki/Al-Andalus#/media/Ficheiro:Spain_Andalusia_Cordoba_BW_2015-10-27_13-54-14.jpg
Slide 7 – https://en.wikipedia.org/wiki/Al-Andalus#/media/File:Al-Andalus732.svg
Slide 11 – https://www.todamateria.com.br/cultura-arabe/
Slide 13 – https://www.pngwing.com/pt/free-png-nznlt/download
Slide 18 – https://www.pngwing.com/pt/free-png-vcqyq
Referências
Material 
Digital

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