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TICs V- PRESSÃO DE PERFUSÃO CEREBRAL

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 Componente: Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC`s) 
 Período: 5º semestre - Medicina - 2022.2 
 Docente: Cristina da Costa Oliveira 
 Discente: Francielle Santos Agostinho Pinheiro - Matrícula: 0015415 
 
PRESSÃO DE PERFUSÃO CEREBRAL – SEMANA 13 
O fluxo sanguíneo cerebral adequado é mantido através da auto regulação do sistema 
nervoso central, ou seja, pela capacidade intrínseca de constrição e de dilatação dos vasos. Esta 
capacidade dos vasos sanguíneos permite que haja manutenção de fluxo sanguíneo adequado, 
desde que a pressão arterial sistêmica e a pressão intracraniana estejam dentro dos limites da 
normalidade. 
A pressão de perfusão cerebral (PPC) é a diferença entre a pressão arterial média e a 
pressão intracraniana (PIC). Ela é calculada pela simples fórmula: PPC = PAM (pressão arterial 
média) – PIC. No traumatismo crânioencefálico, os dados disponíveis confirmam que a 
manutenção da PPC entre 60 a 70 mmHg em adultos pode prevenir a isquemia cerebral. 
Esforços para aumentar a PPC a pressões mais elevadas de perfusão podem elevar o risco de 
complicações sistêmicas, incluindo a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). 
A pressão intracraniana pode ser considerada normal quando estiver entre 0 e 15 mmHg 
de 15 a 40 mmHg ela está moderadamente elevada e acima de 40 mmHg muito alta. 
Se um diagnóstico de PIC elevada for suspeitado e uma causa imediata não é 
identificada, então a PIC deve ser monitorada. O objetivo da monitoração da PIC e do 
tratamento da hipertensão intracraniana (HIC) é a manutenção da PIC abaixo de 20 mmHg e da 
PPC acima de 60 mmHg. Qualquer intervenção somente deve ser instituída após a PIC manter-
se acima de 20 mmHg por mais de 5 a 10 minutos, desde que elevações transitórias da PIC 
podem ocorrer com a tosse, movimento, períodos de aspiração e assincronia com o ventilador. 
A identificação de ondas patológicas, também indica necessidade de intervenção. 
A melhor terapia para HIC é a resolução da causa imediata da PIC elevada. Exemplos 
incluem a evacuação de um coágulo sanguíneo, ressecção de um tumor, desvio do líquido 
cefalorraquidiano (LCR) no cenário de hidrocefalia ou tratamento de um distúrbio metabólico 
subjacente. 
Além da terapia definitiva, existem manobras que podem ser empregadas para reduzir 
a PIC de forma aguda. A avaliação urgente e suporte de oxigenação, pressão arterial (PA) e 
perfusão de órgãos-alvo são particularmente importantes no trauma e aplicáveis a todos os 
 
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pacientes. Se houver suspeita de PIC elevada, deve-se ter cuidado para minimizar elevações 
adicionais da PIC durante a intubação por meio de posicionamento cuidadoso, escolha 
apropriada de agentes paralíticos (se necessário) e sedação adequada. Sempre se atentando aos 
seguintes aspectos: 
Gerenciamento de fluidos - Em geral, pacientes com PIC elevada não precisam ser 
severamente restritos a fluidos. Os pacientes devem ser mantidos euvolêmicos e normo a 
hiperosmolares. 
 Sedação - Manter os pacientes adequadamente sedados pode diminuir a PIC, reduzindo 
a demanda metabólica, assincronia do ventilador, congestão venosa e as respostas simpáticas 
da hipertensão e taquicardia. O estabelecimento de uma via aérea segura e atenção especial à 
PA permitem ao clínico identificar e tratar a apneia e a hipotensão rapidamente. 
Controle da pressão arterial - Em geral, a PA deve ser suficiente para manter a PPC 
>60 mmHg. Geralmente só deve ser tratada quando PPC > 120 mmHg e PIC > 20 mmHg. 
Posição - Pacientes com PIC elevada devem ser posicionados para maximizar o fluxo 
venoso da cabeça. Manobras importantes incluem reduzir a flexão ou rotação excessiva do 
pescoço, evitar a bandagem cervical restritiva e minimizar os estímulos que podem induzir 
respostas de Valsalva, como a aspiração endotraqueal. 
Febre - A febre aumenta o metabolismo cerebral e demonstra aumentar a lesão 
cerebral. Portanto, o tratamento agressivo da febre, incluindo paracetamol e resfriamento 
mecânico, é recomendado em pacientes com PIC aumentada. 
Terapia anticonvulsivante - As convulsões podem complicar e contribuir para a PIC 
elevada. A terapia anticonvulsivante deve ser instituída se houver suspeita de convulsões; o 
tratamento profilático pode ser justificado em alguns casos. Não há diretrizes claras para este 
último, mas os exemplos incluem lesões de massa de alto risco, como aquelas em locais 
corticais supratentoriais, ou lesões adjacentes ao córtex, como hematomas subdurais ou 
hemorragia subaracnóidea. 
 
 
Referências: 
Smith , E., & Amin-Hanjani, S. (2022). Avaliação e manejo da pressão intracraniana elevada em adultos. In JL 
Wilterdink (Ed.), UpToDate. Acessado em setembro 31, 2022, por https://www.uptodate.com/contents/evaluation-
and-management-of-elevated-intracranial-pressure-in-
adults?sectionName=ICP%20MONITORING&search=press%C3%A3o%20de%20perfus%C3%A3o%20cereb
ral&topicRef=3570&anchor=H9&source=see_link# 
 
SIRQUEIRA, Mario G. Tratado de Neurocirurgia. 1. Ed – Barueri, SP: Manole, 2016. 
https://www.uptodate.com/contents/acetaminophen-paracetamol-drug-information?search=press%C3%A3o%20de%20perfus%C3%A3o%20cerebral&topicRef=1659&source=see_link
https://www.uptodate.com/contents/evaluation-and-management-of-elevated-intracranial-pressure-in-adults?sectionName=ICP%20MONITORING&search=press%C3%A3o%20de%20perfus%C3%A3o%20cerebral&topicRef=3570&anchor=H9&source=see_link
https://www.uptodate.com/contents/evaluation-and-management-of-elevated-intracranial-pressure-in-adults?sectionName=ICP%20MONITORING&search=press%C3%A3o%20de%20perfus%C3%A3o%20cerebral&topicRef=3570&anchor=H9&source=see_link
https://www.uptodate.com/contents/evaluation-and-management-of-elevated-intracranial-pressure-in-adults?sectionName=ICP%20MONITORING&search=press%C3%A3o%20de%20perfus%C3%A3o%20cerebral&topicRef=3570&anchor=H9&source=see_link
https://www.uptodate.com/contents/evaluation-and-management-of-elevated-intracranial-pressure-in-adults?sectionName=ICP%20MONITORING&search=press%C3%A3o%20de%20perfus%C3%A3o%20cerebral&topicRef=3570&anchor=H9&source=see_link
 
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