Buscar

A LÍNGUA MATERNA NO ENSINO MÉDIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Camila Peixoto Neves da Rocha
MACHADO, Maria Letícia Cautela de Almeida. A língua materna no Ensino Médio:
Finalidades e organização curricular. Rio de Janeiro: Programa de Pós-Graduação em Educação – ProPEd/UERJ - Qualis/Capes. 2018.
Pensar o trabalho pedagógico com a língua materna, no Ensino Médio implica, necessariamente, pensar que este trabalho se concretiza no terreno das contradições do sistema capitalista e da forma específica como elas se produzem na sociedade brasileira. No entanto, ainda há contradições sobre a língua materna. Que hoje no Brasil foi implantada a Língua Portuguesa, e quando se fala materna, acredita-se que seja a língua mãe; a primeira, que no caso fica difícil de definir uma no Brasil, um país de dimensões continentais e que antes da implantação da língua Portuguesa, existiam centenas de dialetos dos povos originários (indígenas); mas fala-se que o Tupi-guarani era o mais falado. Até hoje ainda existem no país vários dialetos indígenas e em cada região do país, mesmo com a Língua Portuguesa, uma variação linguística que em muitos casos variam até entre cidades do mesmo Estado. Tornando difícil definir uma língua padrão e materna sem incluir a língua dos povos originários.
Por outra vertente, os resultados apontam que o ensino da língua materna tem como finalidades desenvolver no aluno seu potencial crítico, sua percepção das múltiplas possibilidades de expressão linguística, sua formação como leitor e escritor efetivo dos mais diversos textos representativos de nossa cultura.
A proposta de uma organização curricular em que o ensino da língua materna se dê a partir de um modo diferenciado de produzir e de compreender textos em sala de aula, em que haja uma continuidade da apropriação de práticas sociais em circulação em espaços públicos e formais, as orientações para um trabalho escolar com a língua materna que atenda a tais objetivos que passaram a se destacar, levando os linguistas a uma preocupação quanto a esse ensino. Considerando, ainda, a concepção central de linguagem como interação entre sujeitos, que são agentes sociais historicamente situados, interagindo por meio da linguagem. Sendo essa a linguagem não apenas escrita, mas, a falada e também por meio de sinais e símbolos que antecipam a escrita, isso, ainda, na infância. Já no ensino médio, também, há uma preocupação quanto a linguagem não formal e que vem de gerações, que passam suas tradições oralmente e sem interferência da língua formal. Visam ampliação da capacidade de uso da língua pelo aluno para atender aos objetivos específicos de contextos sociais diversos, e ao desenvolvimento da capacidade de refletir analiticamente sobre os usos e formas linguísticas.
Nessa análise, pretende-se que o aluno seja capaz de produzir e interpretar seus próprios textos e também de outros autores, sem abrir mão do estudo de gramática, que entra como complementos indissociáveis e não como o principal objetivo. Onde o importante é o aluno entender e se fazer entender, por meios de textos escritos e oralidade, dentro dos estudos de gêneros, o estudo de textos de uso social pois, a linguagem, é considerado um fenômeno complexo, já que não se resume apenas a escrita e oral, mas, vai muito além e envolve a capacidade humana cognitiva, interativa e comunicativa. É por meio dela que o indivíduo vai ter uma percepção de construção do mundo que o cerca, além de organizar o pensamento e estruturar a realidade.
Na década de 90, os reflexos das pesquisas e das novas teorias da aprendizagem e da linguagem trazem os gêneros textuais como possibilidade de ferramenta para o trabalho de ensino de Língua Materna. Para melhor abarcá-las e na tentativa de garantir essas reflexões nas salas de aula, o Ministério da Educação tomou como princípio esses estudos e publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), as Orientações Curriculares Nacionais (OCN) e os Parâmetros Curriculares do Ensino Médio (PCNEM+), entre outros, para que todos pudessem abraçar essas mudanças tão importantes para o ensino da língua materna. 
Segundo orientações dos PCN, OCNEM e PCNEM+ os conteúdos a serem trabalhados no ensino da língua materna são aqueles considerados relevantes para a formação de leitores proficientes. Os conteúdos serão apresentados em uma relação única levando em conta a natureza dos conhecimentos linguísticos.
1

Mais conteúdos dessa disciplina