Prévia do material em texto
RESUMO DE ESTUDO AO EXAME DE ACESSO AO CURSO DE MEDICINA BIOLOGIA 1. ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS 1.1 Histórico, importância e abrangência da Biologia Jeiniere da Cruz e seu pai, Zacharias Jansen, dois holandeses fabricantes de Óculos. Construíram o primeiro microscopio em 1592, Antonie van Leeuwenhoek (1632-1723). primeiro a fazer observações microscópicas de materiais biológicos com apenas uma lente, Robert Hooke em 1665 analisou cortes finos de cortiça obtidos da casca do sobreiro verificou que estes eram constituídos por pequenas cavidades poliédricas as quais foram denominadas células. Schleiden e Schwann elaboraram a teoria celular 1838- 1839 Ernst Ruska e Max Knoll , construtores dos microscópio eletrónico em 1931, 1.2 Caracterização dos seres vivos. Para ser considerado um ser vivo, esses têm de apresentar certas características como: Complexibilidade química Níveis de organização Organização celular Metabolismo Nutrição Reacção Movimento Reprodução Hereditariedade Evolução 1.2 Níveis de organização dos seres vivos Os seres vivos estão organizados da seguinte maneira: Átomos, Moléculas Organelas Células Tecidos Órgãos Sistemas Organismos População Comunidade Ecossistema Biosfera 1.4 Teorias sobre a origem e evolução dos seres vivos O Criacionismo: Esta teoria defende que os seres vivos teriam surgido por obra divina, sem defeitos e sem necessidade de mudança. O criacionismo surgue de forma a agradar aqueles que não acreditavam na existência de um Deus Criador e não desagradar os estudiosos que não aceitam . A Abiogênese: Ou teoria da geração espontânea os seres vivos podiam brotar a partir da matéria orgânica na qual os Sapos poderiam brotar dos pântanos, vermes brotavam das frutas. A Biogênese: Segundo essa teoria todos os seres vivos originaram-se de outros seres vivos preexistentes Teoria de Oparin-Haldane: É a teoria mais aceita hoje pelo meio cientifico para explicar a origem da vida. Ela diz que na atmosfera primitiva da Terra, assim como no Sol e em Júpiter, predominavam gases como metano, amoníaco, hidrogênio e vapor d’água, compostos por elementos químicos básicos, liberados através de erupções vulcânicas. Esses gases na atmosfera, submetidos a descargas elétricas e as fortes radiações ultravioletas, foram fundamentais para a formação de moléculas orgânicas complexas, e com frequentes chuvas foi responsavel pela transferência das moléculas orgânicas da atmosfera para os mares primitivos, dando origem aos coacervados, a primeira substância orgânica da Terra. Posteriormente, com surgimento de uma membrana envoltória lipoproteica e ácidos nucléicos inseridos em seu interior, e adquirindo a capacidade de reprodução, surgiu o primeiro ser vivo da face da Terra 1.5 Biologia celular 1.5.1 Composição química da célula: água, sais minerais, carboidratos, lipídios, proteínas, ácidos nucleicos e vitaminas Os componentes químicos da célula podem ser divididos em dois grandes grupos: “Inorgânicos e Orgânicos”. Componentes inorgânicos: são moléculas simples, sem carbono na sua constituição. Ex.: água e sais minerais. Água: considerado o componente químico mais abundante da matéria viva, atua como solvente universal. Propriedades da Água A molécula de água é formada por dois átomos de hidrogênio (H) e um átomo de (O), e é representada pela fórmula H2O. A disposição dos átomos na molécula faz com que as cargas elétricas não sejam distribuídas de maneira uniforme, criando um polo com cargas positivas e negativas. Os polos positivos e negativos de diferentes moléculas se atraem, estabelecendo as ligações de hidrogênio (ou pontes de hidrogênio), que promovem a coesão entre as moléculas de água. Funções: Solvente de líquidos corpóreos Meio de transporte de íons e de moléculas Regulação térmica Ação lubrificante Atuação nas reações de hidrolise Matéria prima para realização de fotossíntese Sais Minerais (Fé, Na, K, Ca, Nacl) Os sais minerais são substâncias que não podem ser produzidos por seres vivos sua maior parte está concentrada nos ossos. Funções: Componentes da estrutura esquelética Ativadores enzimáticos Composição de moléculas orgânicas Manutenção de equilíbrio osmótico Componentes Orgânicos: São moléculas que possuem carbono na sua constituição. Ex.: Carboidratos, Lipídeos, Proteínas, Vitaminas e Ácidos Nucleicos Carboidratos: São compostos orgânicos elaborados pelos organismos autótrofos, como as plantas e as algas, por meio do processo denominado de fotossíntese. Já os organismos heterótrofos, como os animais, devem obter essas moléculas por meio da nutrição. Os carboidratos estão presentes em diversos alimentos, como frutas, legumes, pães, massas e doces. Essas substâncias constituem a principal fonte de energia para as células desempenharem suas funções, como produzir e transportar substâncias, crescer e se dividir Classificação dos Carboidratos Os carboidratos são classificados em três grandes grupos: Monossacarídeos, Oligossacarídeos e Polissacarídeos. Monossacarídeos: São carboidratos simples, que não sofrem hidrólise de fórmula geral Cn (H2O)n, em que não varia de 3 a 7. Os principais representantes destes grupos : GALATOCTOSE, FRUTOSE, GLICOSE DESOXIRIBOLSE, PENTOSES , HEXOSES “mais inportantes” Dissacarídeos ou Oligossacarídeos: do grego oligo “poucos” são carboidratos formados pela junção de duas moléculas de monossacarídeos. Principais representantes : SACAROSE, LACTOSE, MALTOSE Polissacarídeos: São carboidratos constituídos por centenas ou milhares de monossacarídeos. Essas moléculas recebem o nome de polímeros de monossacarídeos. Principais representantes:CELULOSE,AMIDO, GLICOGÉNIO E QUITINA Principais Funções dos Carboidratos Os carboidratos desempenham dois papéis principais nos seres vivos: Energético: A glicose é a principal fonte de energia para as células. As plantas podem armazenar glicose na forma de Amido, ao passo que os animais armazenam glicose na forma de Glicogênio, que fica estocado nas células musculares e no fígado. Estrutural: alguns polissacarídeos compõem uma parte orgânica dos seres vivos: como a celulose, que constitui a parede das células vegetais, e a quitina, que compõe o exoesqueleto os artrópode Lipídeos Do grego lipos “gordura”, são moléculas insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos (benzina, querosene álcool...). São também chamadas óleos ou gorduras. Os lipídeos podem ser classificados em: Glicerídeos, Fosfolipídios, Cerídeos, Esteróis Carotenoides. Glicerídeos: Podem ser de origem animal, como a gordura presente em carnes, manteiga e ovos, ou de origem vegetal, como os óleos vegetais, presentes no azeite de oliva ou no óleo de soja. Os glicerídeos de origem animal são sólidos a temperatura ambiente, enquanto os de origem vegetal são líquidos. Funções: Isolante térmico e Reserva energética. Fosfolipídios: Constituem as membranas plasmáticas das células de todos os seres vivos. Cada molécula de fosfolipídios tem uma região hidrofílica (que tem afinidade com a água) e uma região hidrofóbica (sem afinidade com a água). Cerídeos: São lipídios produzidos por animais e plantas. Nas plantas, de forma geral, as ceras têm função impermeabilizante. São produzidas e depositadas na superfície das folhas ou dos frutos para diminuir a perda de água. Funções: Contribuem para defesa da planta contra a desidratação Esteroides: Formam um conjunto de substâncias muito variadas. Um exemplo é o colesterol, lipídio presente em alimentos de origem animal, como carne, leite e ovos, que faz parte da composição das membranas celulares dos animais. Os hormôniossexuais, como estrógeno (nas fêmeas) e a testosterona (nos machos) também são exemplos de esteroides. Funções: Atuam como precursores de hormônios sexuais (progesterona e testosterona). Carotenoides: São pigmentos avermelhados e alaranjados produzidos por seres autótrofos que participam do processo de fotossíntese. Principais Funções dos Lipídios Entre as principais funções dos lipídios, destacam-se: Reserva energética, Isolante térmico, Estrutural e reguladora. Proteínas São compostos orgânicos complexos, formado por carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. Suas unidades básicas são os Aminoácidos, que se ligam em cadeias, os polipeptídios. Os aminoácidos produzidos por um organismo são chamados de aminoácidos naturais. Aqueles obtidos por meio da dieta são denominados aminoácidos essenciais. São conhecidos cerca de vinte aminoácidos que rotineiramente participam da estrutura das proteínas. Ex.: Glicina, Valina, Serina, Isoleucina, Cisteina, Leucina, Ácido Glutâmico Para formar as proteínas, os aminoácidos combinam-se por meio de ligações químicas denominadas ligações peptídicas. Principais Funções das Proteínas Estrutural Enzimática Transporte Defesa Ácidos Nucleicos Os ácidos nucleicos são moléculas orgânicas responsavel pelo armazenamento e à transmissão das informações hereditárias ao longo das gerações. Há dois tipos de ácidos nucleicos: DNA (ácido desoxirribonucleico) e o RNA (ácido ribonucleico). Tanto o DNA quanto RNA são formados por nucleotídeos. Ácidos Nucleicos são formados por: Grupo fosfato Caboidrato (pentose) Base nitrogenada As bases nitrogenadas podem ser divididas em dois grupos: purinas e pirimidinas DNA: Timina, Adenina, Citosina e Guanina. ( purinas) RNA: Uracila, Adenina, Citosina e Guanina. (Pirimidinicas) Diferênça de DNA-RNA Síntese proteica Transcrição: compreende ao processo de transferência de DNA para o RNA. Tradução: o RNA orienta a síntese protéica, indicando não apenas os tipos de aminoácidos que serão utilizados, mas também a posição que eles deverão ocupar na molécula protéica produzida. DUPLICAÇÃO DO DNA A duplicação acontece antes de uma divisão celular a enzima DNA-polimerase: responsável pela quebra das pontes de hidrogênio do DNA, separando-o em dois. Cada molécula inicial do DNA, forma duas novas moléculas TRANSCRIÇÃO DO RNA A transcrição inicia com a abertura da fita de DNA. A RNA polimerase vai encaixar o nucleotídeo complementar aos da fita molde RNA: existem 3 tipos: RNAm (mensageiro): Possui uma sequência de bases que codifica uma proteína. É o único RNA que será traduzido. RNAr (ribossomal): faz parte da síntese de proteína. RNAt (transportador): transporta os aminoácidos até o ribossomo. Vitaminas: substâncias orgânicas de natureza química heterógena. Atuam como coenzimas. Não possui função estrutural, nem energética. Tipos de vitaminas: - lipossolúveis (A, D, E, K) - hidrossolúveis (C e complexo B) 1.5.2.1 Metabolismo energético: respiração celular e fermentação; fotossíntese e quimiossíntese. Respiração: do ponto de vista intracelular, a palavra respiração é empregada em todo processo de síntese de ATP que envolve a cadeia respiratória. Respiração Anaeróbicas: A extração de energia de compostos orgânicos ocorre sem a utilização de O2. O aceptor final de hidrogênio não é oxigênio, mas outra substância, como sulfato/nitrato/carbonato. Exemplos – bactérias desnitrificantes: C6H12O6 + 4NO3 →6O2+ 6H2O + 2N2 Processos anaeróbicos de obtenção de energia Fermentação alcoólica: realizada por levedos, algumas bactérias e algumas plantas. Trata-se da base do processo de fabricação de bebidas alcoólicas, pães e combustíveis. C6H12O6 2C2H5OH + 2CO2 + 2ATPs Fermentação lática: Não há formação de CO2 é realizada por microrganismos (algumas bactérias, fungos e protozoários). Tais como as bactérias do gênero lactobacilos (fabricação de queijos/coalhadas/iogurte/queijos) C6H12O6 2C3H6O3 + 2ATP Respiração Aeróbicas: Realizadas por muitos procariontes, protistas, fungos e por plantas e animais. Etapas da respiração: Glicólise Formação de acetil-CoA Ciclo de Krebs Cadeia respiratória Fosforilação oxidativa Por meio destas 5 etapas, a glicose é desmontada gradativamente e forma substâncias relativamente simples: CO2 e H2O. C6H12O6 + 6O2 →6CO2+ 6H2O + energia Fotossíntese: é um processo realizado por seres clorofilados e consiste na formação da molécula orgânica glicose, unindo gás carbônico, água e luz. Etapas da fotossíntese Fotoquímica: Ocorre nos tilacoídes do cloroplasto. Fosforilação: Produção de ATP dependente da presença de luz. Fotólise da H2O: Quebra de moléculas de água na presença de luz - geração de oxigênio; Equação geral da fotossintese 6CO2 + 12H2O→ C6H12O6+ 6O2+ 6H2O Fatores limitantes da fotossíntese Luz: Disponibilidade de água: Poluentes atmosféricos: Co2 Temperatura QUIMIOSSÍNTESE É um processo em que a energia utilizada na formação de composto organico provem da oxidação de substancias inorganica diversas. As substancia oxidadas são diferentes para os diferentes tipos de bacterias quimiossintetizantes. 1.5.3 Divisão celular: ciclo celular, mitose e meiose. Ciclo Celular O ciclo celular compreende toda a vida da célula. Nele podemos distinguir o período em que a célula não está se dividindo interfase, e o período de divisão celular (mitose e meiose). Interfase: é o período do ciclo celular em que a célula não está se dividindo e no qual ocorre a duplicação do material genético celular. Período G1: É a fase que antecede a duplicação do material genético da célula; Período S: É a fase em que ocorre a duplicação do material genético da célula; Período G2: É a fase após a duplicação do material genético celular. Período de Divisão Celular Mitose: É um processo pelo qual a celula mãe da orgem a célula filha idêntica a célula-mãe. Cada célula filha contém exatamente o mesmo número de cromossomos da célula mãe. Este processo constitui a base de alguns processos de reprodução assexuada, como: bipartição, cissiparidade e o brotamento. Fases da divisão celular na mitose Prófase Ocorrem aqui os seguintes eventos: 1. Os centríolos, já duplicados, afastam-se, atingindo os pólos da célula. Entre os centríolos que se afastam, formam-se as fibras de fuso mitótico. 2. O nucléolo fica cada vez menos visível e acaba se desintegrando, sendo seu material (RNA ribossômico), distribuído pela célula. 3. O núcleo aumenta de volume, por fim a membrana nuclear se desorganiza 4. Durante todos os eventos anteriores, os cromossomos, já duplicados, sofrem um processo de espiralação crescente. As cromátides ficam visíveis. Por fim, os cromossomos predem-se as fibras do fuso pelo centrômero. Metáfase: Os cromossomas atingem seu grau máximo de condesação e colocam-se no plano equatorial. Anáfase : As fibras do fuso encurtam, os cromossomos migram cada um para um pólo da célula Telófase : Cada conjunto cromossômico atinge um dos pólos. Os cromossomas descondensam-se, e duas novas carioteca são reconstituidas a partir das membranas do retículo endoplasmático. Meiose A meiose é um processo em que uma célula diplóide dá origem a quatro células haplóides. Pode se chamar divisão reducional - ocorre na formação de gametas Etapas da meiose: Prófase I - Os cromossomos condensam-se e os homólogos se juntam formando tétrades; a carioteca e os nucléolos se desintegram; os centríolos duplicam e dirigem-se para os pólos da célula; forma-se o fuso de divisão. Subdivide-se em cinco períodos: Leptóteno - Os cromossomos condensam-se e tornam-se visíveis. Zigóteno - Oscromossomos homólogos juntam-se aos pares. Paquíteno - Os cromossomos tornam-se mais curtos e espessos, formando tétrades. Diplóteno - Os cromossomos homólogos iniciam a separação; podem ser observados os quiasmas, que evidenciam trocas de pedaços entre os homólogos, processo conhecido como permuta ou crossing-over. Diacinese - Os cromossomos migram para o equador da célula. Metáfase I - As tétrades se distribuem-se no equador da célula. Anáfase I - Os cromossomos homólogos separam-se e migram para os pólos da célula. Telófase I - O citoplasma se divide e formam-se duas células-filhas com o mesmo número de cromossomos cada uma. Intercinese - Curto intervalo entre as duas etapas da divisão Prófase II - Os centríolos se dividem e formam-se novos fusos de divisão nas duas células-filhas. Metáfase II - Os cromossomos dispõem-se no equador das células. Anáfase II - Os centrômeros dividem-se, as cromátides-irmãs se separam migrando para os pólos das células. Telófase II - O citoplasma se divide e os núcleos reconstituem-se nas quatro células- filhas. 2. BIOLOGIA DOS ORGANISMOS 2.1 Diversidade dos seres vivos: regras de nomenclatura e classificação Regras nomenclatura dos seres vivos são a) Os nomes devem ser escritos em latim b) Escritos em itálico quando impresso e grifado quando manuscrito; c) Deve ser uninominal para gênero, binominal para espécie e trinominal para subespécie; d) O gênero deve ser grafado em maiúsculas e a espécie e a subespécie em letras minúsculas; e) Coloca-se o nome do autor sem qualquer pontuação, acompanhado por uma vírgula e o nome a qual foi publicado pela primeira vez f) Sufixo idae para designar família em zoologia e aceae, em botânica; g) O nome dado em primeiro lugar deve ter prioridade em relação aos outros Classificação dos seres vivos: Obedece uma hierarquia 1. Reino 2. Filo 3. Classe 4. Ordem 5. Família 6. Gênero 7. Espécie 2.2 Caracterização dos vírus Principais Características dos Vírus 1. São agentes infecciosos; 2. Possuem DNA ou RNA; 3. São parasitas intracelulares obrigatórios; 4. Passam por filtros que retêm bactérias; 5. Dimensões, em geral, de 20 a 1000 nm; 6. Não são visualizados ao Microscópio de Luz; 7. Não são isolados “in vitro” pela técnicas de cultura habituais; 8. Não possuem metabolismo próprio; 9. Não possuem enzimas relacionadas a síntese de proteínas ou de energia Etapas da Replicação dos Vírus Adsorção Penetração Descapsidação Transcrição Tradução Replicação Maturação Liberação 2.3 Caracterização dos reinos: Monera, Protista, Fungi, Plantae, Animália 2.3.1 Doenças bacterianas, fúngicas, protozoonoses, verminoses e viroses. DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS VÍRUS DA INFLUENZA pertence à família Ortomixiviridae. São vírus RNA de hélice única, que se subdividem em três tipos distintos: A, B e C. Os tipos A, responsáveis pela ocorrência da maioria das epidemias de gripe Reservatório - os seres humanos, suínos, equinos, focas e as aves. Modo de transmissão - O modo mais comum é a transmissão direta (pessoa a pessoa), por meio de pequenas gotículas de aerossol expelidas pelo indivíduo infectado com o vírus (ao falar, tossir e espirrar) às pessoas suscetíveis. Período de incubação - Varia de 1 a 7 dias, sendo mais comum entre 1 a 4 dias HIV Agente etiológico - HIV-1 e HIV-2, retrovírus da família Lentiviridae. Reservatório - O homem. Modo de transmissão - O HIV pode ser transmitido por via sexual (esperma e secreção vaginal); pelo sangue (via parenteral e vertical); e pelo leite materno. Período de incubação - Compreendido entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas da fase aguda, podendo variar de 5 a 30 dias DENGUE Agente etiológico - O vírus da Dengue (RNA). Arbovírus do gênero Flavivirus, pertencente à família Flaviviridae, com quatro sorotipos conhecidos: DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4. Vetores hospedeiros - Os vetores são mosquitos do gênero Aedes. Modo de transmissão - A transmissão se faz pela picada da fêmea do mosquito Aedes. Período de incubação - De 3 a 15 dias; em média, de 5 a 6 dias. ZIKA Descrição: É uma doença viral aguda, transmitida principalmente por mosquitos, tais como Aedes aegypti, Modo de transmissão - O principal modo de transmissão descrito do vírus é por vetores. a ocorrência de transmissão ocupacional em laboratório de pesquisa, perinatal e sexual, além da possibilidade de transmissão transfusional. CHIKUNGUNYA Modo de transmissão - O vírus é transmitido pela picada da fêmea de mosquitos infectados. São eles o Aedes aegypti, FEBRE AMARELA Agente etiológico - Vírus arbovírus do gênero Flavivírus e família Flaviviridae. É um RNA vírus. Vetores/reservatórios e hospedeiros - O principal vetor é o mosquito do gênero Haemagogus janthinomys; os hospedeiros naturais são os primatas não humanos (macacos). Período de incubação - Varia de 3 a 6 dias, após a picada do mosquito fêmea infectado. DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS CÓLERA Agente etiológico - Vibrio cholerae Reservatório - O principal é o homem. Modo de transmissão - Ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes ou vômitos de doente ou portador. COQUELUCHE Descrição - Doença infecciosa aguda, transmissível, de distribuição universal, que compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. Agente etiológico - Bordetella pertussis. Reservatório - O homem é o único reservatório natural. Modo de transmissão - Contato direto da pessoa doente com pessoa suscetível (gotículas de secreção eliminadas por tosse, espirro ou ao falar) HANSENÍASE Descrição - Doença crônica granulomatosa, proveniente de infecção causada pelo Mycobacterium leprae. Modo de transmissão - A principal via de eliminação dos bacilos dos pacientes multibacilares (virchowianos e dimorfos) é a aérea superior, sendo, também, o trato respiratório a mais provável via de entrada do M. leprae no corpo. Período de incubação - Em média, 2 a 7 anos. LEPTOSPIROSE Modo de transmissão - A infecção humana resulta da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados. Período de incubação - De 1 a 30 dias (em média, de 5 e 14 dias). TUBERCULOSE Agente etiológico - M. tuberculosis, também conhecido como bacilo de Koch (BK). Modo de transmissão - A Tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa, principalmente, através do ar. A fala, o espirro e, principalmente, a tosse de um doente de Tuberculose pulmonar bacilífera lança no ar gotículas, de tamanhos variados, contendo no seu interior o bacilo. DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS E PARASITAS DOENÇA DE CHAGAS Agente etiológico - Trypanosoma cruzi, protozoário flagelado da família Trypanosomatidae, Vetores - Triatomíneos hematófagos que, dependendo da espécie, podem viver em meio silvestre, no peridomicílio ou no intradomicílio. Modo de transmissão - ocorre através da pele lesada ou de mucosas do ser humano, durante ou logo após o repasto sanguíneo. A transmissão oral ocorre a partir da ingestão de alimentos contaminados. ESQUITOSSOMOSE MANSÔNICA Agente etiológico - Schistosoma mansoni, um helminto pertencente à classe dos Trematoda, família Schistosomatidae e gênero Schistosoma. Hospedeiro definitivo - O homem é o principal hospedeiro definitivo e nele o parasita apresenta a forma adulta, reproduzindo-se sexuadamente, possibilitando a eliminação dos ovos FILARÍASE OU ELEFANTÍASE Agente etiológico - Wuchereria bancrofti, nematódeo que vive nos vasos linfáticos dos indivíduos infectados Modo de transmissão - Pela picada dos mosquitos transmissores com larvas infectantes. No Brasil, o Culex quinquefasciatus é o principal transmissor.LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA Descrição - Doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoários do gênero Leishmania, de transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas. É primariamente uma infecção zoonótica que afeta outros animais que não o homem, o qual pode ser envolvido secundariamente. Modo de transmissão - Pela picada da fêmea de insetos flebotomíneos das diferentes espécies de importância médico-sanitária do gênero Lutzomyia. MALÁRIA Agente etiológico -:P. malariae, P. vivax e P. Falciparum e African . A Malária por Plasmodium ovale ocorre apenas no continente africano Reservatório - O homem é o único reservatório com importância epidemiológica para a Malária humana. Vetores - Mosquito pertencente à ordem Diptera, infraordem Culicomorpha, família Culicidae, gênero Anopheles Meigen Modo de transmissão - Por meio da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada pelo Plasmodium 3. HEREDITARIEDADE E AMBIENTE 3.1 -Genética. Conceitos básicos Na genética mendeliana usamos conceitos importantes relacionados ao estado de determinada característica. Seguem abaixo alguns termos utilizados: Heterozigoto: é usado para designar os indivíduos que carregam um par de genes diferentes, por exemplo, um dominante e um recessivo (Aa). Homozigoto: é usado para designar indivíduos de linhagens puras, que carregam um par de genes iguais dominantes ou recessivos (AA ou aa). Desta maneira, um indivíduo AA é dito homozigoto dominante; um indivíduo Aa, heterozigoto; e um indivíduo aa, homozigoto recessivo. Genótipo: é a constituição genética, ou a composição de genes de um organismo. Fenótipo: significa literalmente "a forma que é mostrada". É o aspecto físico, exterior, de um caráter qualquer em estudo. Dominante: refere-se a um alelo ou um fenótipo que é expresso nos homozigotos (AA) e heterozigotos (Aa); apenas o alelo dominante é expresso no fenótipo heterozigoto. Recessivo: refere-se a um alelo ou fenótipo que é expresso apenas quando em homozigose; o alelo recessivo não se expressa no fenótipo heterozigoto. Cariótipo :Conjunto de cromossomos de cada célula de um organismo. Herança Biológica (hereditariedade) :Transmissão das informações genéticas de pais para filhos durante a reprodução. Genes: Seguimento da molécula de DNA que contém uma instrução gênica codificada para a síntese de uma proteína. Cromossomo: Cada um dos longos filamentos presentes no núcleo das células eucarióticas, constituídos basicamente por DNA e proteínas. Cromossomos Homólogos :Cada membro de um par de cromossomos geneticamente equivalentes, presentes em uma célula diploide, apresentando a mesma sequência de lócus gênico. Lócus Gênico: Posição ocupada por um gene no cromossomo. Segregação dos Alelos :Separação dos alelos de cada gene que ocorre com a separação dos cromossomos homólogos durante a meiose. Codominância: Propriedade do alelo de um gene expressar-se sem encobrir ou mesmo mesclar sua expressão com a de seu outro alelo, em indivíduos heterozigóticos. Interação Gênica : Ação combinada de dois ou mais genes na produção de uma mesma característica. Herança Quantitativa (Poligênica): Tipo de herança biológica em que uma característica é codificada por dois ou mais genes, cujos alelos exercem efeitos cumulativos sobre a intensidade da característica (peso, altura, pigmentação da pele). 3.1.1- Bases da hereditariedade A hereditariedade é um fenômeno que representa a condição de semelhança existente entre ascendentes (geração parental) e descendentes (geração filial), através da contínua transferência de instruções em forma de código (as bases nitrogenadas), inscritas no material genético (molécula de ácido desoxirribonucleico), orientando a formação, desenvolvimento e manutenção de um ser vivo. A hereditariedade se expressa: A partir do conjunto de as características contidas no núcleo das células gaméticas, fusionado durante a fecundação (união do óvulo com o espermatozoide). Os cromossomos são filamentos compactados e enovelados compostos de moléculas de DNA associadas a proteínas, onde estão instruções para o funcionamento da cada célula e as informações hereditárias Tipos de Cromossomos Nas diversas espécies de seres vivos, há três sistemas principais de determinação sexual cromossômica: XY, ZW e X0. Sistema XY: Ocorre em todos os mamíferos, em alguns insetos e plantas com sementes. Sistema X0: Ocorre em alguns insetos, como os gafanhotos. Sistema Zw: Ocorre nas aves, em diversas espécies de répteis, em algumas espécies de peixes e em algumas espécies de insetos. 3.1.2 - Leis mendelianas Lei de Mendel diz: Cada planta possui dois fatores (alelos), um recebido do pai e outro da mãe, que determinam o aparecimento de uma característica. Quando um organismo tem dois alelos diferentes para a mesma característica, ou seja, é um híbrido, apenas o dominante se manifesta. Nos gametas, cada alelo aparece em dose simples, ou seja, no momento da produção dos gametas, os alelos para a mesmas características são separados de forma independente. 4 - ELEMENTOS BÁSICOS DE BIOLOGIA DO AMBIENTE (ECOLOGIA): 4.2- Relações ecológicas intraespecíficas e interespecíficas Relações Intraespecíficas Harmônicas Colônias: Trata-se de associações entre indivíduos da mesma espécie, unidos anatomicamente. Pode haver ou não divisão de trabalho. Ex.: corais e bactérias. Sociedades:. As sociedades são formadas pela união permanente entre indivíduos de uma mesma espécie, havendo divisão de trabalho. É o caso dos insetos sociais (abelhas, cupins e formigas) Relações Intraespecíficas Desarmônicas Competição Intraespecífica: Relação na qual indivíduo da mesma espécie disputam recursos oferecidos pelo ecossistema (água, alimento, espaço ou luz). A competição ocorre quando os indivíduos têm nichos ecológicos semelhantes ou idênticos Canibalismo: Ocorre quando um indivíduo mata outro da mesma espécie para se alimentar. É verificado, por exemplo, quando uma galinha, com carência de proteínas, devora seus filhotes. Relações Interespecíficas Harmônicas Inquilinismo: Nesse tipo de relação, um dos “sócios” é favorecido, sendo que o outro não sofre prejuízos. A espécie favorecida ganha abrigo ou suporte da outra espécie. Comensalismo: há bastante semelhança entre essa relação e a anterior, pois nos dois casos há favorecimento de uma das espécies. Porém, no comensalismo a relação é, sobretudo alimentar. Exemplos: tubarão e rêmora , leões e hienas entre outro. Protocooperação: na protocooperação, embora os participantes se beneficiem, eles podem viver de modo independente, sem a necessidade de se unir. Mutualismo: O mutualismo é uma relação interespecífica em que os participantes se beneficiam e mantêm relação de dependência. Às vezes, essa relação é extremamente íntima, como acontece com os liquens. Estes representam uma associação de fungos e algas tão dependente funcionalmente e tão integrada morfologicamente que são considerados juntos um outro tipo de organismo. Relações Interespecíficas Desarmônicas Antibiose (amensalismo) A antibiose é o fenômeno no qual uma espécie impede o crescimento de outra. É o que se vê quando raízes de certas plantas, como eucaliptos, secretam substâncias tóxicas que eliminam muitos vegetais à sua volta. Predatismo: no predatismo, uma das espécies (a predadora) captura e mata a outra (a presa), para alimentar-se. Todos os carnívoros podem ser tomados como exemplos: leão, lobo, tigre, onça e outros. Parasitismo: Parasitismo é uma relação desarmônica entre seres de espécies diferentes, em que um deles, denominado parasita, vive no corpo do outro, denominado hospedeiro, do qual retira alimentos. 4.3- Fluxo de energia nos ecossistemas Fluxo de Matéria e Energia A luz solar representaa fonte de energia externa sem a qual os ecossistemas não conseguem manter-se. A transformação (conversão) da energia luminosa para energia química, que é a única modalidade de energia utilizável pelas células de todos os componentes de um ecossistema, sejam eles produtores, consumidores ou decompositores, são feita através de um processo denominado fotossíntese. Portanto, a fotossíntese - seja realizada por vegetais ou por microrganismos - é o único processo de entrada de energia em um ecossistema. Na cadeia alimentar, o fluxo de energia que perpassa por todos os elos que formam os níveis tróficos é sempre unidirecional. À medida que a energia flui pelos níveis tróficos da cadeia, parte dela é perdida sob a forma de calor, devido ao processo de respiração. A respiração oxida principalmente os carboidratos e lipídios, transferindo energia para a realização de todas as funções biológicas necessárias à manutenção da vida, como a divisão celular e a reprodução. Por isso, a quantidade de energia disponível vai diminuindo à medida que é transferida pelos diversos níveis da cadeia ou da teia trófica. A energia perdida em cada nível trófico é de aproximadamente 90% da energia recebida, restando apenas 10% para o nível trófico seguinte. De modo geral, quanto menos energia se perder, mais eficiente será o ecossistema. Essa eficiência determina a sua produtividade