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Toxicocinética e absorção oral 
O que é: estuda o caminho do agente tóxico no organismo em função do tempo. 
A intoxicação tem 4 fases: 
• Exposição: vias de introdução e biodisponibilidade do toxicante. 
• Toxicocinética: absorção, distribuição, biotransformação e excreção do toxicante. 
• Toxicodinâmica: mecanismo de ação do toxicante, sítio alvo de ação do mesmo. 
• Clínica: sinais e sintomas, no geral o efeito nocivo. A intoxicação propriamente dita. 
Toxicidade: a capacidade que um toxicante tem de induzir efeitos nocivos no organismo. 
Absorção de toxicante: transferência do agente tóxico do meio externo para a corrente 
sanguínea, sendo absorvidos através de transporte passivo, transporte facilitado e a 
pinocitose. 
• Filtração: podem ser moléculas polares, íons e água, atravessando os poros delgados 
presentes na membrana da célula, tem polaridade elevada e baixo peso molecular. 
• Difusão simples: as moléculas precisam ser apolares (lipossolúvel) e de baixo peso 
molecular, atravessando a membrana da bicamada lipídica. 
• Transporte facilitado: transporte do intoxicante por um carreador, tendo a afinidade 
com o mesmo, do meio mais concentrado para o meio menos concentrado. A 
capacidade de atravessar a membrana por meio de transportadores, por exemplo o 
ferro, que no mesmo transportador não diferencia do cobalto e do manganês, sendo o 
ferro essencial para nós, o cobalto e manganês tóxicos. Outro exemplo é o cálcio, onde 
o seu transportador não diferencia o cálcio e o chumbo (Pb++), que é altamente 
tóxico. 
• Pinocitose: as células captam substâncias particuladas ou líquidas, formando espécies 
de invaginação, semelhante a uma fagocitose. 
Absorção oral de toxicantes: existem diversos toxicantes que contaminam alimentos de 
origem vegetal e animal, o glicosídeo cianogênico, presente em macaxeira, feijão, pode liberar 
o cianeto devido ao PH ácido do estômago. Existem contaminantes presentes nos próprios 
alimentos ou por ação humana. Essa absorção de intoxicantes pode acontecer na mucosa 
bucal, gástrica e intestinal (a nível de duodeno), na bucal e gástrica só é possível acontecer por 
difusão passiva, ou seja, apenas moléculas apolares, enquanto no intestino delgado temos 
todos os outros mecanismos podendo acontecer. 
➢ Fatores que afetam a absorção por via oral: 
• Apolaridade da fração não dissociada. 
• Estado de plenitude/vacuidade gástrica – quanto mais vazio maior absorção. 
• Tempo de permanência nas diferentes regiões – quanto mais tempo maior a 
absorção e ação. 
• Dissolução no suco gastrointestinal e tamanho da molécula – quanto maior a 
dissolução do toxicante e menor a molécula maior será a absorção. 
• Alteração da molécula nos sucos gástricos e intestinal – por exemplo a cocaína é 
uma base fraca, hidrolisando no PH ácido do estômago / Veneno de cobra por 
exemplo é degradado por enzimas digestivas, por exemplo o curare, o índio caça a 
presa com a flecha e o veneno, tendo a paralização dos músculos, após isso o índio 
come a carne e não acontece nada, pois é degradado no PH ácido do estômago.

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