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LMF – MÓD. 33 
Karen Soares – 2021.1 
REVISÃO PATOLOGIA 
TUMOR DE PARTES MOLES 
 Partes moles: gordura, músculo, vaso sanguíneo e tendão. 
 Marcadores imunohistoquímicos: 
- Citoqueratina (AE1/ AE3 e EMA): marcador epitelial 
- CD45 (LCA): linfoma 
- CD99: sarcoma de Ewing. 
- Vimentina: positivo para a maioria dos tumores de partes moles; cora neoplasia mesenquimal. 
 TUMORES DE ORIGEM DE CÉLULAS ADIPOCITÁRIAS 
 Qualquer peça que seja suspeita de tumor devemos pintar com nanquim. 
 Na sequência: lipossarcoma, lipoma e hibernoma. 
 
LIPOSSARCOMA 
 Caso clínico: mulher, 60 anos, com crescimento rápido e agressivo, hemorragia e formato irregular, pode ser doloroso. 
 Microscopia: células atípicas, hemorragia, necrose. 
 Padrão variegado. 
 
HIBERNOMA 
 Origem na gordura marrom – termogênica. 
 Mais raro. 
 Células poligonais com microgotículas/ microvacúlos. 
 
LIPOMA 
 Massa bem delimitada, crescimento lento. 
 Superfície amarelada ao corte. 
 Microscopia: adipócitos maduros 
 Lobulação característica. 
 
 
ANGIOLIPOMA 
 Nódulo doloroso e de crescimento lento. 
 
 TUMORES DE MÚSCULO LISO 
LEIOMIOSARCOMA 
 Macroscopia: lesão bem delimitada, fasciculada, esbranquiçada + acinzentada. 
 Microscopia: células alongadas (fusiforme), células epiteliais. 
 
LEIOMIOMA 
 Pleomorfismo, atipias e mitose. 
 
 TUMORES DE MUSCULATURA ESQUELÉTICA 
RABDOMIOSSARCOMA 
 Tumores de partes moles em crianças (85% dos casos) 
 Desenvolve-se nos músculos ligados aos ossos. 
 Microscopia: células fusiformes. 
 
 TUMORES DE ETIOLOGIA INCERTA 
SARCOMA SINOVIAL 
 Pode ser monofásico ou bifásico (formação de glândulas) 
 Muito agressivo 
 Dá metastase para pulmão e linfonodo. 
 20-40 anos 
 Cresciimento lento 
 Acomete articuações ou tecidos moles profundos 
 
 
 
 TUMOR DE CÉLULAS PEQUENAS REDONDAS E AZUIS (BASOFÍLICOS) 
 
SARCOMA DE EWING 
 Células basofílicas que lembram linfócitos, mas são 3 a 4x maiores. 
 É necessário o estudo histoquímico para comprovação da histogênese. 
 Origem neuroectodérmica. 
 Realizar CD99. 
 Pode simular um paciente com osteomielite, mas sem história de trauma. 
 
 
 
TUMORES ÓSSEOS 
 Osteossarcoma: 10-20 anos. 
 Condrossarcoma: 40-60 anos. 
 
 ORIGEM HEMATOPOIÉTICA: linfoma e mieloma múltiplo. 
 
OSTEOMA OSTEÓIDE E OSTEOBLASTOMA 
 Trabéculas ósseas se unificam, osteoblastos sem atipias, tecido fibroconjuntivo. 
 Osteoma osteóide: acorda a noite com dor, melhora com aspirina, localização em fêmur e tíbia. 
 Osteoblastoma: cabeça e pescoço, não acorda a noite com dor, não melhora com aspirina, é maior que 2 cm. 
 
 TUMORES DE ETIOLOGIA DESCONHECIDA 
CISTO ÓSSEO SIMPLES ANEURISMÁTICO 
 Identifica-se no exame de imagem. 
 Cavidades com sangue. 
 Conduta: retirada do cisto. 
 
TUMOR DE CÉLULAS GIGANTES 
 Fibroblastos + células gigantes multinucleadas. 
 Tumor benigno de origem incerta, mas pode ser agressivo. 
 É necessário realizar uma ressecção ampla. 
 
CORDOMA 
 É bem agressivo. 
 Presença de lobulação. 
 Paciente com tumor em região sacral, paciente constipado, acima de 40 anos. 
 Origem: notocorda. 
 Célula fisalífera, presença de muco. 
 
 
OSTEOMIELITE 
 História de trauma. 
 
ARTRITES 
 
ARTRITE REUMATÓIDE 
 Quadro clínico: mulher, 40 a 60 anos, dor e rigidez + sintomas constitucionais, poliartrite simétrica/crônica, rigidez de 
caráter inflamatório, pequenas articulações, o tabagismo é fator de risco; VHS e PCR, FR, ACPA, FAN. 
 Macroscopia: sinovial inflamada, infiltrada e rico em células inflamatórias (pannus) 
 
 
NÓDULO REUMATÓIDE 
 Comum na artrite reumatoide. 
 Microscopia: granuloma com necrose e fibrinóide central com uma rima de histiócitos em paliçada. 
 
GOTA 
 Cristais de monourato de sódio – cristais em agulha – microscópio em luz polarizada. 
 Quadro clínico: monoartrite, com melhora espontânea, mas que com o tempo cronifica; alimentação rica em purinas 
(cerveja, carne), mais comum em homens; primeira metatarso falangiana. 
 Macroscopia: aspecto em giz molhado – tofo gotoso. 
 Fisiopatologia: hiperuricemia → precipitação de cristais de urato na articulação → fagocitose de macrófagos → liberação 
de citocinas → processo inflamatório. 
 Microscopia: área eosinofílica homogênea circundada de fibroblasto. 
 
PSEUDOGOTA 
 Cristais de pirofostato de cálcio – cristais rombo – microscopia em luz polarizada 
 Primária ou secundário (hemocromatose). 
 Mais comum em joelho. 
ARTRITE SÉPTICA 
 Infecção fúngica por para paracocococidiomicose – brotamento 
múltiplo 
 Positiva a Stiff e Grocott 
 Diagnóstico diferencial: tuberculose – granuloma caseoso. 
 
 
 
DECLARAÇÃO DE ÓBITO FETAL E INFANTIL 
 Causa base: patologia materna. 
 
 Vias da DO: 
- Branca: secrataria de saúde. 
- Amarela: Cartório 
- Rosa: hospital 
 No óbito fetal e infantil: 
- Quase todos as causa final será anóxia intraútero. 
- Causa base: doença da mãe (DM gestacional, infecção urinaria materna). 
EM QUAIS SITUAÇÕES EMITIR A DO? 
 Em todos os óbitos (natural ou violento) 
 Quando a criança nascer viva e morrer logo após o nascimento. 
 No óbito fetal, se: gestação >20 semanas, feto apresenta peso maior ou igual a 500g ou se a estatura do feto é maior ou 
igual a 25 cm. 
CASO 1 
 
 
CASO 2 
 
 
CASO 3 
 
 
CASO 4 
 
 
REVISÃO RADIOLOGIA 
ARTROPATIAS 
OSTEOARTROSE 
 Quadro clínico: mulher, 72 anos, com história de dor crônica no joelho direito com crepitação. 
 Exame complementar: radiografia de joelho em AP e perfil. 
 Achados radiológicos: 
- Redução do compartimento femoro-tibial medial 
- Redução articular assimétrica (diferente da AR) 
- Osteófitos 
- Esclerose subcondral (osso mais branco/ radiopaco) 
- Cistos subcondrais 
 Locais mais acometidos: joelho, quadril, mãos (interfalangianas distais). 
 
 
HIPERTOSTOSE ESQUELÉTICA IDIOPÁTICA DIFUSA – DISH 
 Hipertrofia/ formação óssea do ligamento longitudinal 
anterior da coluna. 
 Não há redução do espaço discal 
 Formação de anquilose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARTRITE REUMATÓIDE 
 Quadro clínico: mulher, 50 anos, dor e inchaço em mãos, pés e 
punhos, piores pela manha, com rigidez matinal maior que 1 hora. 
 Exame complementar: radiografia de mãos e punhos. 
 Achados radiográficos: 
- Aumento de partes moles pericarticulares. 
- Osteopenia periarticular (sem esclerose) 
- Redução do espaço articular das IFP, MCF e punhos. 
- Subluxações, deformidades e desvio ulnar das IFP. 
 Nódulos de Bouchard: localizados nas IFP. 
 
 Na articulação do quadril podemos observar: 
- Redução concêntrica do espaço articular. 
- Cabeça do fêmur com migração axial (para cima e para o 
meio). 
 Na articulação do quadril podemos observar: 
- Redução assimétrica do espaço articular. 
- Osteopenia periarticular. 
 
ESPONDILITE ANQUILOSANTE 
 Definição: 
- Associação com o gene HLA-B27. 
- Acomete homens jovens de 20 a 40 anos. 
- Acomete o esqueleto axial bilateral, simétrico e ascendente. 
 Quadro clínico: homem, 40 anos, dor lombar crônica progressiva e rigidez. 
- Mecânica: piora com a movimentação 
- Inflamatória: melhora com a movimentação; exemplos: espondilite anquilosante, 
aratrite reativa, artrite enteropática, artrite psoriática. 
 Exame complementar: radiografia de coluna lombar e quadril. 
 Achados radiológicos: 
- Redução do espaço articular da sacroilíaca 
- Sindessmófitos (orientação vertical) – anquilose - coluna em bambu. 
 
ARTRITE PSORIÁTICA 
 Acometimento da sacroilíaca unilateralmente. 
 Pode acometer também as IFD, com características de erosão, luxação. 
 A lesão de pele não é necessária. 
 Costuma ser bastante deformativa. 
 
 
 
 
 
 
 
GOTA – ARTROPATIA CRISTALINA 
 Quadro clínico: homem, 50 anos, dor no pé (primeiro metatarso - 
metatatarsofalangeana), ingestãoexcessiva de proteínas e álcool. 
 Exame complementar: radiografia de pé. 
 Achados radiológicos: 
- Aumento de partes moles 
- Erosão 
 
 
 
DOENÇA DE DEPÓSITO POR PIROFOSTATO DE CÁLCIO 
 Caracterizada por calcificação na superfície condral. 
 
ARTROPATIA DE CHARCOT 
 Relacionada à DM – paciente cursa 
com neuropatia periférica – 
ocasionando em dificuldade da 
percepção da dor. 
 Mais comum em pé e joelho. 
 Tríade: 
- Deformidade óssea 
- Ossificação heterotópica (proliferação de 
osso) 
- Destruição do espaço articular 
 Outro achado: desvio e luxação das articulações 
 
ARTRITE SÉPTICA 
 O diagnóstico é clínico!!!! 
 História de infecção localizada (Osteomielite). 
 
 
 
ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL 
 Sinais de desuso: 
- Diáfise grácil (fina) 
- Alargamento das metáfises 
 Outros achados: 
- Redução do espaço articular 
- Esclerose subcondral 
 
FUNDAMENTOS RADIOLÓGICOS DOS TUMORES ÓSSEOS 
PARÂMETROS DA RADIOGRAFIA 
 Osteolítica (destruição do osso) ou osteoblástica? 
 Localização da lesão 
- Diáfise (FNO) x Metáfise (Metástase) x Epífise 
- Excêntrica x Concêntrica 
 Zona de transição 
- Curta (menor agressividade) ou longa (menor agressividade) 
 Reação periosteal 
 
 Acometimento de partes moles 
 Cortical óssea 
- Insufla? Afila? Ruptura de cortical? 
 Idade/sexo 
 Morfologia 
- Borda 
- Destruição óssea 
- Reação periosteal 
- Invasão de partes moles 
 Simples ou múltipla 
 Localização no esqueleto 
 Localização no osso 
LESÃO MENOS AGRESSIVA X LESÃO MAIS AGRESSIVA 
 Lesões benignas: 
- Bordas escleróticas e bem definidas – limites precisos 
- Reação periosteal sólida/initerrupta (não existe) 
- Ausência de componente de partes moles 
- Destruição óssea do tipo geográfico 
- Geralmente cêntricos 
*Lesões benignas também podem apresentar características de alta agressividade. 
**Granuloma eosinofílico e infecção: são lesões benignas, mas possui caracteristcas de lesão maligna. 
 Lesões malignas: 
- Bordas mal definidas 
- Larga zona de transição 
- Reação periosteal interrompida do tipo casca de cebola ou raios de sol 
- Massa de partes moles adjacentes 
- Destruição óssea “roído de traça” ou difuso. 
- Excêntricos 
 
 
 
 
 
OSTEOSARCOMA 
 Quadro clínico: jovem com dor em osso e aumento do volume na região. 
 <30 anos 
 Pode ter matriz calcificada – focos algodonosos de permeio. 
 Lesão lítica e blástica 
 Reação periosteal do tipo triangulo de Codman e raio de sol. 
 Características: 
- Zona de transição longa 
- Destruição da cortical 
- Reação periosteal – triangulo de Codman 
- Acometimento de partes moles 
 Exame complementar: 
- Radiografia com duas incidências (AP e perfil) 
- TC/ RM/ Cintilografia: importantes para o estadiamento e resposta da quimioterapia 
- Biópsia: é o último passo – a clínica é soberana – lesão lítica só aparece com mais de 20 a 50% do osso na incidência 
demonstrada no RX. 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 
 Infecção 
 >40 anos: Mieloma múltiplo e metástase. 
LESÕES BENIGNAS 
 Presença de área esclerótica, borda bem definida. 
 Pode ser um defeito fibroso cortical (menores e múltiplos) ou fibroma não 
ossificante (maiores e únicos). 
 Costuma aparecer em crianças, em especial meninos, e pode desaparecer 
em 5 anos. 
 
 
CISTO ÓSSEO ANEURISMÁTICO 
 Expansão do osso. 
 <30 anos 
 Componente hemático: trauma? 
 Características: 
- Zona de transição curta 
- Destruição da cortical: se fratura 
- Ausência de reação periosteal 
- Ausência de acometimento de partes moles. 
 
TUMOR DE CÉLULAS GIGANTES 
 Também chamado de granuloma eosinofílico 
 Epifisário 
 Fise fechada (adultos) 
 Excêntrico 
 Ruptura de cortical 
 Zona de transição curta, porem sem margens escleróticas – um pouco mais agressivo. 
 
 
 
 
SARCOMA DE EWING 
 Acomete crianças 
 Diafisário 
 Costuma ter padrão permeativo 
 Pode ter reação periosteal em casca de cebola ou raios de sol 
 Pode simular infecção 
 Características: 
- Zona de transição longa 
- Destruição cortical 
- Reação perioesteal 
- Acometimento de partes moles 
OSTEOCONDROMA 
 Tumor benigno mais comum 
 Semelhante a um osteófito – crescimento ósseo 
 Mais comumente esporáficos, mas podem estará associados a exosmose 
múltipla familiar 
 Mais frequente no joelho 
 Características: 
- Zona de transição curta 
- Ausência de destruição cortical 
- Ausência de reação periosteal 
- Sem acometimento de partes moles 
MIELOMA MÚLTIPLO 
 Acomete pessoas com >40 anos. 
 Padrão permeativo 
 Zona de transição longa 
 Pode ter múltiplas lesões líticas na calota craniana 
 Pode fazer uma lesão única: plasmocitoma 
 
 
METÁSTASE 
 Podem acontecer de TODAS as formas. 
 É o tumor ósseo mais comum 
 Pensar quando >40 anos ou já com tumor primário conhecido. 
 
 
 
 
DOENÇAS DEGENERATIVAS DA COLUNA 
COMO AVALIAR UMA COLUNA? 
 Alinhamento: 
- Sagital: superlordose? Cifose? Lateralização do corpo vertebral? 
- Coronal: escoliose? 
 
 Corpos vertebrais: 
- Tamanho 
- Textura 
-Esclerose 
- Nódulos de Schmorl 
- Osteófitos 
- Irregularidade dos platôs vertebrais 
- Alterações degenerativas do tipo Modic: Tipo 1 (edema/inflamação), Tipo 2 (gordura) e Tipo 3 (esclerose). 
 
 
 Elementos posteriores 
- Facetas 
- Articulações 
 Discos intervertebrais 
- Discopatia degenerativa: desidratação, redução da altura, sinal do vácuo (nitrogênio). 
- Abaulamentos 
- Protusões 
- Extrusões 
- Compressão radicular: intracanal ou foraminal 
 
 Canal vertebral (estenose?) e forames intervertebrais (compressão de raiz nervosa?) 
ESPONDILOLISTESE 
 Escorregamento de um corpo vertebral superior sobre o inferior 
 Anterolistese x Retrolistese x Laterolistese 
 Espondilólise: fratura na pars intrarticulares 
 
 
 Conduta: a depender do grau pode ser necessário realizar cirurgia (estabilizar a coluna).

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