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FRATURAS DE MEMBROS INFERIORES

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ANA BEATRIZ CAMPOS 1 
 
TRAUMATOLOGIA – 4ª AULA BL 2 
PROF. SESIOM 
 
FRATURA DO COLO DO FÊMUR 
	
	
• 	São	responsáveis	por	20%	das	cirurgias	de	um	
serviço	de	trauma	e	elas	abrangem	praticamente	
a	metade	das	faturas	do	quadril.	
• O	risco	dessa	fratura	durante	a	vida	é	maior	nas	
mulheres	(cerca	de	40	a	50%)	e	de	13	a	22%	
nos	homens.	
• 85%	 dessas	 fraturas	 são	 desviadas,	
principalmente	 nas	 mulheres	 idosas	 em	 que	 a	
osteoporose	está	prevalente.	
• Na	maioria	dos	casos,	o	tratamento	de	escolha	é	
a	artroplastia	total	do	quadril	(ATQ).	
	
	
	 Essa	 é	 uma	 foto	 ilustrativa	 da	 cabeça	 do	
fêmur,	mostrando	a	angulação	do	colo	femural.	
	
	 	 Esse	ângulo	colo-diáfise	é	em	torno	de	130º	
a	135º	e,	quanto	mais	varo	esse	colo	do	fêmur,	maior	
é	o	risco	de	fratura.	Então,	quanto	maior	a	largura	do	
colo	femural,	maior	o	risco	de	fratura.	
	 	 Quando	a	gente	tem	um	colo	femoral	 largo,	
significa	 dizer	 que	 a	 gente	 tem	 um	 grau	 de	
osteoporose	 naquele	 osso,	 maior,	 mais	 evidente,	
então	 o	 risco	 de	 fratura	 vai	 ser	 maior,	
consequentemente.		
	
	
	
• Existem	 3	 fontes	 principais	 de	 vascularização	 da	
cabeça	do	fêmur:	
® Vasos	capsulares	–	principalmente	no	adulto;	
Paciente	 que	 tem	 lesão	 nessa	 circulação	
sanguínea,	normalmente	vai	ser	 interrompido	o	
fluxo	 da	 cabeça	 do	 fêmur.	 Por	 isso,	 que	 na	
maioria	das	vezes	as	cirurgias	para	fraturas	no	
colo	 do	 fêmur	 partem	 para	 uma	 cirurgia	 mais	
agressiva,	que	é	a	artroplastia	do	quadril,	porque	
como	a	gente	vai	interromper	essa	circulação,	na	
maioria	 dos	 casos	 ela	 vai	 sofrer	 uma	 necrose	
vascular,	consequentemente	ocorrendo	a	morte	
e	 a	 necrose	 daquela	 cabeça	 femoral,	
necessitando	da	troca	por	um	material	metálico,	
na	maioria	das	vezes	é	a	prótese.	
® Vasos	intramedulares;	
 
 
ANA BEATRIZ CAMPOS 2 
 
TRAUMATOLOGIA – 4ª AULA BL 2 
PROF. SESIOM 
® Ligamento	 redondo	 –	 que	 também	 faz	parte	 da	
irrigação	sanguínea	da	cabeça	do	fêmur;	
	
	
	
• Existem	3	pedículos	para	a	irrigação	sanguínea	da	
cabeça	do	fêmur:	
® Pedículo	póstero-superior;	
® Pedículo	inferior;	
® Pedículo	?	
	
	
	 Quando	a	gente	 tem	uma	 fratura,	 toda	essa	
irrigação	sanguínea,	que	é	uma	irrigação	retrógada	
da	cabeça	do	 fêmur,	ela	vai	 perder	essa	 irrigação	
sanguínea,	levando	na	maioria	das	vezes	a	necrose	
avascular	 da	 cabeça	 do	 fêmur.	 Por	 isso	 que	 no	
adulto	 jovem	que	tem	fratura	da	cabeça	femoral,	
essas	fraturas	devem	ser	tratadas	de	maneira	ur-	
urgente,	por	que	a	partir	de	24h	o	risco	de	necrose	da	
cabeça	femoral	aumenta	consideravelmente.	
	
EPIDEMIOLOGIA	
	
	 	
	
	 	 As	fraturas	do	colo	do	fêmur	se	apresentam	de	
maneira	bimodal,	os	grupos	mais	acometidos	são	idosos	
>69	 anos	 e	 mulheres;	 são	 aqueles	 pacientes	 que	
sofrem	trauma	de	baixa	energia.	
	 	 Tem	 um	 grupo	 reduzido	 (3-5%)	 que	 são	
homens	 jovens,	 que	 sofrem	 trauma	 de	 alta	 energia,	
como	acidentes	automobilísticos	ou	quedas	de	altura.	
	 	 Então,	 temos	 uma	 epidemiologia	 bimodal:	
jovens	com	trauma	de	alta	energia	e	idosos	com	trauma	
de	 baixa	 energia	 (uma	 simples	 queda	 da	 cadeira,	 da	
própria	altura,	da	cama,	que	venha	a	levar	à	fratura	do	
colo	do	fêmur).	
	 	 A	raça,	mulheres	brancas	são	mais	acometidas	
e	é	menos	comum	em	negros.	A	mulher	branca	é	mais	
susceptível	 a	 osteoporose,	 então	 consequentemente,	
elas	 serão	 mais	 acometidas	 nas	 fraturas	 do	 fêmur	
proximal.	
	 	 Risco	de	nova	fratura	do	fêmur	em	2	anos	é	de	
10%	em	mulheres	e	5%	em	homens.	
 
 
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	 Paciente	 com	 fratura	 de	 colo	 são	 pacientes	
mais	 ativos,	 mais	 novos,	 em	 comparação	 à	
pacientes	com	fratura	transtrocantéricas,	que	vão	
ser	mais	 idosos,	mais	propensos	a	não	saírem	de	
casa,	 mais	 dependentes	 de	 terceiros,	 com	 mais	
perda	óssea,	então,	vai	ser	aquele	paciente	que	está	
mais	 susceptível	 a	 fratura	 transtrocantéricas,	 são	
os	 pacientes	 mais	 idosos	 e	 com	 um	 grau	 de	
osteoporose	 mais	 avançado	 em	 relação	 aos	
pacientes	que	contém	a	fratura	de	colo	do	fêmur.	
	
• FATORES	DE	RISCO:	
® Pacientes	 emagrecidos	 que	possuem	o	 IMC	
<18,5;	
® Pacientes	que	tem	baixa	exposição	ao	sol;	
® Baixo	nível	de	atividade;	
® Pacientes	que	são	tabagistas;	
® Pacientes	 que	 possuem	 fraturas	
osteoporóticas	prévias	(como	as	fraturas	do	
rádio	distal);	
® Mãe	com	história	de	fratura	do	quadril;	
® Pacientes	 que	 possuem	 um	 maior	 risco	 de	
queda	 (fraqueza,	 claudicação,	 desequilíbrio,	
doença	 neurológica,	 baixa	 acuidade	 visual,	
faça	 uso	 de	 medicações	 como	
benzodiazepínicos,	por	exemplo).	
• A	 osteoporose	 está	 presente	 em	 84%	 dos	 casos,	
então,	isso	vai	dobrar	o	risco	de	fratura	de	quadril.	
• Outras	 doenças	 que	 podem	 está	 presentes	 nesses	
pacientes	são:	osteomalácia,	osteodistrofia	renal.	
• Sempre	lembrar	de	pacientes	etilísticos	crônicos,	que	
também	vão	ter	um	grau	acentuado	de	osteoporose.	
EXAME	FÍSICO	
	
	 A	gente	 pode	encontrar	 fraturas	 desviadas	 e	
sem	desvio.	
	 Nas	 fraturas	desviadas	a	gente	vai	encontrar	
uma	 clínica	 e	 o	 RX	 evidente,	 demonstrando	 aquela	
fratura	do	colo.	
	 O	paciente	vai	ter	impotência	funcional,	vai	ser	
aquele	paciente	que	vai	chegar	na	cadeira	de	rodas	ou	
na	maca.	
	 O	 paciente	 vai	 ter	 dor	 a	 imobilização	 daquele	
MMII.	 Pode	 ter	 também	 deformidade	 em	 rotação	
externa	e	encurtamento	daquele	nervo.	
	 Sempre	 investigar	 o	 punho	 e	 o	 ombro	 do	
paciente	 para	 avaliar	 se	 não	 tem	 uma	 fratura	
concomitantemente	 nesses	 locais,	 principalmente,	
naqueles	pacientes	que	fazem	tentativa	de	defesa	de	
queda,	normalmente	esses	pacientes	vão	ter	fraturas	
de	punho	e	no	ombro.	
	 Nas	fraturas	sem	desvio,	alguns	pacientes	vão	
conseguir	 deambular	 claudicando,	 vão	 se	 queixar	 de	
dor	na	virilha	ou	no	lado	medial	do	joelho.	
 
 
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	 O	RX	pode	ser	normal,	o	que	 leva	a	gente	a	
solicitar	uma	tomografia	do	quadril.	
	 	
DIAGNÓSTICO	POR	IMAGEM	
	
	
	
	 Singh	à	São	as	linhas	que	a	gente	encontra	na	
parte	do	fêmur	proximal	e	no	colo	femoral	(avalia	a	
concluência	dessas	linhas).	
	
CLASSIFICAÇÕES	
	
	
	
	 Mais	utilizada:	GARDEN.	
	
• GARDEN:	
	
	
	
	
	
® GARDEN	TIPO	I:	
	 	 Vai	ser	aquela	fratura	que	vai	fraturar	apenas	
o	córtex	 lateral	do	colo	do	fêmur,	vai	ser	uma	fratura	
incompleta.	
	 	 A	 perda	 do	 alinhamento	 das	 trabéculas	 da	
cabeça	do	acetábulo	é	mínima	nesse	tipo.	
	
® GARDEN	TIPO	II:	Fratura	completa	sem	desvio;	
® GARDEN	TIPO	III:	Fratura	completa,	deslocada,	com	
desvio,	 porém,	 vai	 manter	 uma	 certa	 continuidade	
entre	os	fragmentos	e	a	perda	do	alinhamento	das	
trabéculas.	
® GARDEN	 TIPO	 IV:	 Desvio	 total,	 completo,	 com	
dissociação	entre	a	cabeça	e	o	colo.	O	prognóstico	
dessa	 cabeça	 é	 reservado	 e	 nesse	 caso,	 a	 gente	
parte	para	a	artroplastia	total	do	fêmur.	
TRATAMENTO	
	
 
 
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OBS:	 Raras	 as	 exceções	 que	 a	 gente	
trata	de	maneira	conservadora	uma	fratura	do	colo	
do	fêmur.		
® O	tratamento	cirúrgico	é	o	melhor	tratamento.	
® O	 risco	 de	 necrose	 avascular	 diminuem	 com	 a	
redução	e	a	fixação	no	prazo	de	6h,	então,	quanto	
mais	 rápido	o	seu	 tratamento,	menor	o	 risco	de	
necrose	 avascular	 da	 cabeça	 do	 fêmur	 e	
pseudoartrose.		
® O	adiamento	por	mais	de	48h	é	um	fator	preditivo	
de	1	ano	após	a	intervenção.	
® Os	 idosos	 a	 gente	 deve	 tratar	 com	 relativa	
urgência	e	o	procedimento	em	até	48h.	
	
• FRATURA	SEM	DESVIO	(quando	o	 tratamento	é	
conservador	ou	cirúrgico):	
	
	
	
	 	 Vamos	 tratar	 conservadoramente	 quando	 a	
fratura	não	tem	desvio,	o	paciente	vai	usar	moletas.	
Essas	fraturas	podem	desviar	quando	você	iniciar	o	
tratamento	(19-46%	dos	casos).		
	 	 A	pseudoartrose	aumenta	em	2x	em	relação	ao	
tratamento	cirúrgico.		
	 	 As	 indicações	 são	 limitadas,	 como	 mostra	 os	
pacientes	específicos	no	slide.No	tratamento	cirúrgico,	vamos	utilizar	a	fixação	
interna,	normalmente	utiliza	3	parafusos	canulados.	
	 	 No	PO	o	paciente	já	pode	mexer	aquele	quadril,	
já	pode	realizar	carga	conforme	a	dor.		
	 	 A	consolidação	ocorre	em	90%	dos	casos	e	a	
necrose	avascular	chega	em	até	22%.	
	
	
	
	 	 Aqui	é	uma	imagem	em	AP	e	perfil	do	quadril,	
mostrando	 o	 tratamento	 cirúrgico	 de	 uma	 fratura	 do	
colo	do	fêmur	com	parafusos	canulados.	
	 	 Vejam	 que	 na	 AP	 a	 gente	 só	 consegue	
enxergar	2	parafusos,	porém	em	PERFIL	a	gente	ver	
que	tem	3	parafusos	canulados.	Esse	é	o	método	da	
pirâmide	 invertida,	 tratamento	 do	 colo	 do	 fêmur	 à	
método	 utilizado	 para	 pacientes	 adultos	 jovens,	 mas	
lembre-se,	 tem	que	 iniciar	 esse	 tratamento	 de	 forma	
urgente	para	diminuir	o	risco	de	necrose	da	cabeça	do	
fêmur.		
	
• FRATURA	COM	DESVIO:	
A	 redução	 e	 a	 fixação	 interna	 a	 gente	 deve	
realizar	de	maneira	gentil,	 não	pode	 realizar	de	 forma	
brusca,	para	evitar	danar	aquela	vascularização.		
As	 próteses	 podem	 ser	 parcial	 e	 pode	 ser	 a	
prótese	total.	A	prótese	parcial	tem	2	tipos	(unipolar	e	
bipolar).	
	
 
 
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	 Veja	que	a	cabeça	desse	tipo	de	prótese	não	é	
articulda,	diferente	da	prótese	bipolar.	
	
	
	
	 Na	 prótese	 bipolar,	 podemos	 perceber	 que	 a	
cabeça	 é	 articulada,	 então	 a	 gente	 encontra	
movimentos	nesse	local,	evitando	o	desgaste	desse	
acetábulo.	
	
	
	
	 Aqui	é	uma	prótese	total,	onde	a	gente	realiza	a	
osteotomia	do	acetábulo.	Coloca	um	acetábulo	e	a	
cabeça	 fica	 articulada	 nesse	 acetábulo	 que	 foi	
colocado.	É	um	método	utilizado	naqueles	pacientes	
que	são	mais	jovens,	por	que	o	tempo	de	sobrevida	
desse	 implante	 vai	 ser	 bem	 maior	 do	 que	 uma	
prótese	 bipolar.	 Também	utiliza	 quando	 o	 paciente	
tem	 uma	 artrite	 reumatoide,	 que	 tem	 um	
comprometimento	de	artrose	nesse	acetábulo.	
	
	
FRATURAS TRANSTROCANTERICAS 
	
	 Toda	 fratura	 que	 vai	 esta	 entre	 o	 colo	 e	 a	
diáfise	do	fêmur,	vai	ser	uma	fratura	transtrocanterica.		
	 Normalmente,	 o	 traço	 de	 fratura	 dela	 vai	 do	
trocante	maior	para	o	trocante	menor.	
	 São	fraturas	extracapsulares,	então	o	risco	de	
pseudoartrose	já	diminui	bastante.		
	
EPIDEMIOLOGIA	
	
	
	
	 Entre	9	em	10	fraturas	o	paciente	vai	ter	>65	
anos	e,	3	em	4	vão	ser	mulheres.	Então,	percebe-se	
que	é	uma	fratura	prevalente	nas	mulheres	acima	de	
65	 anos.	 A	 maioria	 dessas	 mulheres	 são	 magras,	
brancas,	idosas	e,	50%	apresentam	osteoporose.	
	 É	 o	 tipo	de	 fratura	mais	operado	e	que	mais	
morre.	
 
 
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MECANISMO	DE	LESÃO	
	
	
	
	 Lembre-se	que	essas	fraturas,	etiologicamente,	
são	sempre	bimodais.	No	adulto	jovem,	podem	ser	
provocadas	por	traumatismo	de	alto	impacto,	como	
acidente	automobilístico	e	as	quedas	de	altura.	
	 Paciente	idoso,	mais	prevalente	em	mulheres.	A	
simples	queda	de	nível,	da	própria	altura,	são	90%	
dos	casos.	
	
SINAIS	E	SINTOMAS	NAS	FRATURAS	
TRANSTROCANTERICAS	
	
	
	 	 Quando	o	paciente	chega	na	urgência	com	uma	
fratura	 transtrocanterica,	 é	 aquele	 paciente	 bem	
evidente	 os	 sinais	 e	 sintomas.	O	 paciente	 vai	 chegar	
com	o	MMII	em	rotação	externa,	encurtado	e	o	paciente	
chega	com	dor	e	incapacidade	funcional.	
	 	 Existem	 pacientes	 com	 essa	 fratura	 sem	
desvio	 e	 o	 paciente	 consegue	 deambular,	 mas	 SÃO	
RARAS	AS	EXCEÇÕES!		
	 	 O	paciente	que	tem	a	fratura	transtrocanterica,	
ele	roda	mais	o	membro	externamente,	por	que	é	um	
fratura	extra-capsular.	
	
RADIOGRAFIAS	
	
	
	
	 	 A	tração	ajuda	a	ver	melhor	se	possui	desvio	
ou	não.		
	 	 AP	de	pelve	para	avaliar	o	lado	contralateral.	
 
 
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	 AP	e	PERFIL	do	fêmur	para	avaliar	se	não	tem	
traço	diafisário	 ou	 ate	mesmo,	 se	 tem	 fratura	 do	
fêmur	distal.	
	
TRATAMENTO	CONSERVADOR	
	
	
	
	 RARAS	AS	EXCEÇÕES,	a	principal	indicação	vai	
ser	para	aqueles	pacientes	não-deambuladores.	As	
vezes	tem	aquele	paciente	sequelado	de	AVC,	que	
não	 deambula,	 você	 pode	 realizar	 o	 tratamento	
conservador.	
	
TRATAMENTO	CIRURGICO	
	
	
	
	 A	 gente	 vai	 abrir	 mão	 de	 uma	 estabilidade	
relativa	daquela	região	transtrocanterica.		
	 Normalmente	se	faz	a	redução	em	uma	mesa	
de	tração.	
	
	
	
	
	 	 Aqui	 a	 gente	 tem	 um	 implante,	 é	 um	 tutor	
extra-medular.	 Esse	 parafuso	 da	 imagem	 é	 um	 pino	
deslizante,	 então	 a	 gente	 vai	 da	 estabilidade	 relativa	
nessa	região	transtrocanterica.	
	 	 Veja	a	angulação	da	placa,	é	uma	angulação	de	
135º,	é	a	mesma	angulação	do	colo	do	fêmur.		
	 	 O	 parafuso	 deve	 esta	 a	 10mm	 da	 cortical	
superior	da	cabeça	do	fêmur.	
	
	
	
	 	 Aqui	 mostra	 uma	 haste	 PFM,	 tutor	 intra-
medular	 e	 coloca	 o	 parafuso	 na	 haste,	 parafuso	 de	
bloqueio,	na	mesma	angulação	da	placa	PHS.	
	
 
 
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TRAUMATOLOGIA – 4ª AULA BL 2 
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COMPLICAÇÕES	
	
® Pseudoartrose	–	não	é	comum,	mas	existe;	
® Infecção	 –	 quadros	 infecciosos,	 como	 todo	
tratamento	cirurgico;	
® 	Deformidade	 rotacional	 –	 aquele	 cirurgião	
inexperiente,	que	não	faz	a	redução	correta	no	
pré-operatório;	
® Osteoartrose	–	do	quadril;	
JOELHO 
	
Anatomia	do	joelho.	
	
	
Anatomia	da	patela.	
	
	
	
FRATURAS DA PATELA 
	
	
MECANISMO	DE	LESÃO	
	
® Direto:	 traumatismo	 sobre	 a	 patela,	 aquela	
paciente	 que	 normalmente	 cai	 ajoelhado,	 com	 o	
joelho	no	chão,	ocasionando	fraturas	complexas	da	
patela.	
® Indireto:	 MAIS	 COMUM.	 Secundário	 a	 uma	
posição	excêntrica	forcada	com	o	joelho	em	posição	
semiflexionada.	 Aquele	 paciente	 que	 vai	 ter	 uma	
fratura	transversal	da	patela.	
® Mecanismos	 diretos/indiretos	 combinados:	
queda	de	grandes	alturas.	
AVALIÇÃO	CLÍNICA	
® Aquele	 paciente	 que	 vai	 ter	 dificuldade	 ou	
impossibilidade	de	deambular,	vai	ter	dor	e	edema	e	
a	sensibilidade	aumentada	sobre	o	joelho	lesionado.	
 
 
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TRAUMATOLOGIA – 4ª AULA BL 2 
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® As	vezes	pode	ser	palpável	algum	defeito	
sobre	 a	 patela,	 principalmente	 nas	 fraturas	
transversas	da	patela	onde	você	teve	ruptura	dos	
tendináculos	(tanto	medial,	como	lateral)	e	o	polo	
superior	 da	 patela	 vai	 ser	 tracionado	 pelo	
quadríceps,	então,	vai	ter	aquela	falha	entre	o	polo	
proximal	 e	 distal	 e,	 você	 vai	 identificar	 bem	 a	
fratura	de	patela.	
® A	 extensão	 ativa	 do	 joelho	 deve	 ser	
avaliada	para	determinar	se	a	lesão	das	expasões	
retinaculares.	
AVALIAÇÃO	RADIOLÓGICA	
® Normalmente	a	gente	solicita	incidências	em	AP	
e	perfil	do	joelho.	
® Pode	 também,	 solicitar	 a	 incidência	 axial	 para	
patela,	 para	 identificar	 justamente	 aquelas	
fraturas	de	traço	vertical.	
® Tomografia:	 delinear	 melhor	 os	 padrões	 de	
fratura,	 fraturas	 marginais,	 fragmentos	
osteocondrais	livres	ou	planejar	seu	tratamento	
cirúrgico.		
	
	
Radiografia	em	AP	do	joelho.	
	
	
	 	 A	gente	não	consegue	fazer	um	estudo	perfeito	
com	AP	de	joelho,	porem,	no	PERFIL,	a	gente	estuda	
bem	as	fraturas	da	patela.	
	
	
Radiografia	em	perfil.	
	
	 	 Nessa	radiografia,	observa-se	o	polo	proximal	
e	 o	 polo	 distal,	 distantes	 e	 desviados	 entre	 eles,	
necessitando	de	tratamento	cirúrgico.		
	
	
	
	 	 Radiografia	 axial	 da	 patela	 onde	 a	 gente	
observa	um	traço	vertical	de	fratura	nessa	patela.		
	
	
	
	
	
 
 
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TRAUMATOLOGIA – 4ª AULA BL 2 
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	 Outro	 exemplo	 de	 uma	 radiografia	 em	 AP	 e	
PERFIL	 da	 patela.	 É	 evidenciado	 uma	 fratura	
transversa	da	patela.	Normalmente,	esses	pacientes	
tem	perda	de	movimentação	do	aparelho	extensor,	
necessitam	 de	 tratamento	 cirúrgico.	 Vejam	 na	
imagem	que	foi	realizado	o	tratamento	cirúrgico	com	
banda	 de	 tensão	 (?),	 principio	 de	 estabilidade	
absoluta,	a	gente	 transforma	uma	forca	em	flexão	
em	tensão.		
	
	
	
	
	
	 Outro	 exemplo	 de	 radiografia	 em	 AP	 e	 PERFIL,	
evidenciandouma	fratura	transversa	da	patela.	
	
CLASSIFICAÇÃO	
	
• As	 fraturas	 da	 patela	 são	 classificadas	 de	 maneira	
descritiva:	
® Aberta	 vs	 fechada	 –	 se	 é	 fratura	 exposta	 ou	
fechada;	
® Sem	desvio	vs	com	desvio;	
® Padrão:	 estrelada,	 cominutiva,	 transversa,	
vertical,	polar	(polo	proximal	ou	polo	distal).	
® Osteocondral;	
	
	
	
	
TRATAMENTO	
	
	
RADIOGRAFIA 
EM PERFIL DO 
JOELHO, 
MOSTRANDO 
UMA FRATURA 
DE PATELA. 
 
 
ANA BEATRIZ CAMPOS 12 
 
TRAUMATOLOGIA – 4ª AULA BL 2 
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	 Para	 realizar	 o	 tratamento	 conservador	 com	
essa	órtese,	o	mecanismo	extensor	do	joelho	deve	
esta	intacto,	o	paciente	tem	que	conseguir	realizar	a	
flexo-entensão	 daquele	 joelho,	 ativamente.	
Normalmente,	 esse	 tratamento	 perdura	 por	 4-6	
semanas.	
	
	
	
	 No	 tratamento	 cirúrgico,	 vai	 realizar	 a	 redução	
aberta	e	a	fixação	interna	da	fratura.		
	
	
Imagem	evidenciando	uma	banda	de	tensão.	
	
	
	
COMPLICAÇÕES	
	
	
	
	 	 OBS:	 A	 irrigação	 da	 patela	 também	 é	 de	
maneira	retrógada,	assim	como	a	cabeça	do	fêmur,	por	
isso	pode	aparecer	osteonecrose.	
	
FRATURAS DO PLATÔ TIBIAL 
 
	
	
	
 
 
ANA BEATRIZ CAMPOS 13 
 
TRAUMATOLOGIA – 4ª AULA BL 2 
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• Os	 platores	 tibiais	 são	 compostos	 pelas	
superfícies	 articulares	 dos	 platôs	 sobre	 os	 quais	
encontramos	os	meniscos	cartilaginosos.	
• PLATÔ	MEDIAL	à	E	maior	e	côncavo	/	PLATÔ	
LATERAL	 à	 Mais	 alto	 e	 convexo	 (mais	
susceptível	 ao	 trauma)	 nos	 planos	 sagital	 e	
coronal.	
MECANISMO	DE	LESAO	
	
AVALIAÇÃO	CLÍNICA	
	
	 Avaliar	também	se	aquele	paciente	não	tem	
uma	lesão	de	artéria	poplítea.	
LESÕES	ASSOCIADAS	
	
	
	
	
	
	 OBS:	 Inicialmente,	vai	ser	muito	difícil	de	avaliar	
se	 o	 paciente	 tem	 lesão	 ligamentar,	 por	 que	 o	
paciente	esta	com	muita	dor	naquele	momento.	
AVALIAÇÃO	RADIOLÓGICA	
	
	
	 Radiografia	em	AP	do	joelho,	evidenciando	uma	fratura	
do	 platô	 tibial	 lateral,	 onde	 tem	 um	 cisalhamento	
(afastamento	do	platô	tibial).	
	
 
 
ANA BEATRIZ CAMPOS 14 
 
TRAUMATOLOGIA – 4ª AULA BL 2 
PROF. SESIOM 
		
	
CLASSIFICAÇÃO	DE	SCHATZKER	
• É	a	classificação	mais	utilizada	nas	fraturas	de	platô	
tibial.	
	
	
TRATAMENTO	
• Conservador:	RARAMENTO.	Utilizado	em	fraturas	
sem	desvio	ou	com	pequeno	desvio	e	nos	pacientes	
com	osteoporose	acentuada.	Mobilização	precoce	
do	joelho	com	um	brace	articulado	são	indicados,	a	
gente	não	pode	deixar	aquele	joelho	imobilizado	por	
muito	tempo,	por	que	se	não	a	gente	vai	ocasionar	
uma	rigidez	articular,	prejudicando	o	paciente	mais	
do	que	a	fratura.	
• Cirurgico:		
	
	
	
	 OBS:	 Essa	 parte	 do	 tratamento	 ele	 não	 costuma	
cobrar	em	prova!!!!	
	
COMPLICAÇÕES	
	
	
	
FRATURAS DO FÊMUR DISTAL 
 
MECANISMO	DE	LESÃO	
• A	maioria	das	fraturas	do	fêmur	distal	resulta	de	uma	
carga	 axial	 intensa	 com	 força	 em	 varo,	 valgo	 ou	
rotanical.	
• Em	adultos	jovens	à	trauma	de	alta	energia.	
• Idosos	à	trauma	de	baixa	energia.	
 
 
ANA BEATRIZ CAMPOS 15 
 
TRAUMATOLOGIA – 4ª AULA BL 2 
PROF. SESIOM 
AVALIAÇÃO	CLÍNICA	
• Como	 em	 toda	 fratura	 a	 gente	 vai	 ter	 uma	
incapacidade	 funcional	 do	 paciente,	 vai	 ser	 um	
paciente	que	não	vai	 conseguir	 deambular,	 vai	 se	
queixar	 de	 muita	 dor,	 visualmente	 você	 vai	
encontrar	 um	 edema	 grande,	 pode	 ter	 também	
uma	deformidade	da	região	inferior	da	coxa.	
• Fazer	 avaliação	 neurovascular	 sucinta,	 como	 em	
toda	fratura.	
• Exame	 de	 quadril,	 joelho,	 perna	 e	 tornozelo	
ipsilateral	é	essencial.	
	
AVALIÇÃO	RADIOLÓGICA	
	
	
	
CLASSIFICAÇÃO	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
• PACIENTE	 POLITRAUMATIZADO	 =	 FIXADOR	
EXTERNO	à	CONTROLE	DE	DANOS.	
	
	
	
	 Paciente	do	sexo	femino,	34	anos,	radiografia	em	AP	
e	PERFIL	do	joelho,	evidenciando	uma	fratura	do	fêmur	
diáfase	distal,	provavelmente	é	um	traço	 intrarticular,	
mas	 tem	 um	 traço	 de	 fratura	 bem	 complexo,	 com	
vários	 fragmentos	ósseos.	Foi	 realizado	uma	 fixação	
externa,	 foi	 realizado	 controle	 de	 danos	 nessa	
paciente.			
	
OBS:	 Em	 caso	 de	 uso	 do	 fixador	 externo,	
nesse	caso,	 tem	que	usar	na	parte	anterior.	Não	se	
deve	colocar	na	parte	lateral	para	evitar	atrapalhar	a	
incisão	cirúrgica	no	transoperatório.		
	
TRATAMENTO	
	
 
 
ANA BEATRIZ CAMPOS 16 
 
TRAUMATOLOGIA – 4ª AULA BL 2 
PROF. SESIOM 
	
	
	 No	tratamento	cirúrgico,	principio	de	estabilidade	
absoluta.		
	
	 Nesse	 caso,	 usou	 os	 dois	 princípios	 de	
estabilidade	em	uma	mesma	fratura.	
	
	
	
COMPLICAÇÕES	
	
	
	
	
	
	
	
	
FRATURA DE TORNOZELO 
EPIDEMIOLOGIA	
	
	 	 Trimaleolares	 =	 quando	 atinge	 a	 parte	
posterior.	
OBS:	Só	na	incidência	em	AP	da	radiografia	que	
vamos	identificar	uma	fratura	no	maléolo	lateral.	
• O	 tipo	 de	 traço	 na	 fratura	 vai	 ser	 importante	 para	
classifica-lá	 (não	 vai	 cobrar	 em	 prova	 essa	
classificação).	
	
 
 
ANA BEATRIZ CAMPOS 17 
 
TRAUMATOLOGIA – 4ª AULA BL 2 
PROF. SESIOM 
MECANISMO	DE	LESÃO	
	
	
	 Todos	esses	mecanismos	vão	originar	o	tipo	do	
traço	de	fratura	que	vai	ser	evidente.	
	
AVALIÇÃO	CLÍNICA	
	
	
	
AVALIÇÃO	RADIOLÓGICA	
	
	
	
TRATAMENTO	
	
	
	
	
	
	
	 	 O	 tratamento	 conservador	 vai	 ser	 para	 os	
pacientes	que	possuem	fraturas	estáveis,	sem	desvio	e	
que	a	sindesmose	está	intacta.	Faz	o	acompanhamento	
quinzenal,	desses	tipos	de	fraturas.	
	
COMPLICAÇÕES