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Metástase de Osteossarcoma de Pulmão

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UNINASAU
 RELATORIO DE PATOLOGIA 
ALUNA: BEATRIZ VITORIA DA SILVA SANTOS 
CURSO: ENFERMAGEM 3° PERÍODO 
TURNO: MANHÃ 
DATA: 25/04/2024
 OLINDA 
 METÁSTASE DE OSTEORSSARCOMA DE PULMÃO- HE
1) INTRODUÇÃO
Um osteosarcoma é o tipo mais comum de câncer ósseo. Afeta principalmente crianças, adolescentes e adultos jovens, mais homens do que mulheres. O lugar  mais frequente é nos ossos longos do joelho (fêmur e tíbia), seguido pelo topo do úmero (osso do braço formando), mas pode ocorrer em qualquer osso. Osteossarcoma pode criar metástase, as células cancerosas podem viajar para outros locais distantes através do sangue.
 Um dos órgãos onde ele tende a produzir metástase é o pulmão. Também pode se espalhar para outras partes do mesmo outros ossos. Quando um osteosarcoma, tratado reaparece no mesmo local ou nas proximidades é chamado recorrente. O osteossarcoma é uma neoplasia maligna de alto grau que ocorre predominantemente nas metáfises dos ossos longos de crianças e adultos jovens, com pico de incidência na segunda década de vida. 
Osteossarcomas são os tumores ósseos primários mais comuns. Aproximadamente 20% dos pacientes com osteossarcoma apresentam doença metastática no momento do diagnóstico, sendo o pulmão o principal órgão acometido. O diagnóstico precoce de metástase pulmonar pode ser fundamental para planejar uma terapia eficaz. Por esse motivo, a triagem por TC de tórax deve ser considerada. Geralmente, as metástases pulmonares aparecem como múltiplos nódulos arredondados de vários tamanhos, predominando nas porções inferiores dos pulmões e poupando os ápices. 
No entanto, podem ter uma apresentação atípica. Aqui, descrevemos um caso incomum em que múltiplas metástases pulmonares atípicas foram detectadas durante o tratamento em um jovem do sexo masculino com osteossarcoma femoral.
2) AULA PRÁTICA 
Fiquei encarregada de observar a lâmina da metástase de osteossarcoma no pulmão-HE, pelo microscópio, e notei a presença de:
1- Presença de Osteóide: O osteossarcoma é caracterizado pela produção de uma matriz osteóide pelas células tumorais. Esta matriz tem uma aparência semelhante ao osso em termos de composição, e sua presença é uma característica distintiva do tumor. No microscópio, o osteóide pode ser observado como uma matriz amorfa e eosinofílica (cor-de-rosa) entre as células tumorais.
2- Células Tumorais: As células do osteossarcoma podem variar em aparência, mas frequentemente exibem atipia nuclear e celular. Isso pode incluir células com núcleos irregulares, hipercromáticos (núcleos densos e corados intensamente) e citoplasma escasso ou abundante.
3- Padrões de Crescimento: O osteossarcoma pode exibir diferentes padrões de crescimento, como padrões trabeculares, que consistem em trabéculas de células tumorais separadas por osteóide, ou padrões fusiformes, caracterizados por células alongadas e fusiformes. Outros padrões incluem padrões de células gigantes e padrões de células pequenas e redondas.
4- Mitoses: Mitoses, ou divisões celulares, são frequentemente vistas em amostras de osteossarcoma. A presença de mitoses indica atividade celular aumentada e crescimento tumoral ativo.
5- Invasão Local: As células do osteossarcoma podem invadir e destruir os tecidos pulmonares circundantes. Isso pode ser observado como margens irregulares entre o tumor e o tecido normal, bem como a presença de células tumorais infiltrando os tecidos adjacentes.
6- Infiltrado Inflamatório: Pode haver um infiltrado inflamatório ao redor do tumor, composto principalmente por células inflamatórias como linfócitos e macrófagos. 
3) CAUSAS
1- Genética: Alterações genéticas podem desempenhar um papel no desenvolvimento de osteossarcomas. Certas condições genéticas hereditárias, como a síndrome de Li-Fraumeni, estão associadas a um maior risco de desenvolver osteossarcoma.
2- Exposição a Radiação Ionizante: A exposição a doses elevadas de radiação ionizante, como aquelas usadas no tratamento de câncer ou em acidentes nucleares, pode aumentar o risco de desenvolver osteossarcoma. Isso inclui exposição terapêutica prévia à radiação.
3- Histórico de Doença Óssea Pre-Existente: Algumas condições ósseas pré-existentes, como displasia óssea hereditária ou doença óssea de Paget, podem aumentar o risco de desenvolver osteossarcoma.
4- Trauma Ósseo: Embora raro, alguns casos de osteossarcoma foram associados a trauma ósseo prévio, como fraturas ou lesões ósseas graves.
4) TRATAMENTO
1- Cirurgia: A remoção cirúrgica do tumor é frequentemente recomendada quando possível. Isso pode envolver uma ressecção segmentar do pulmão afetado, lobectomia (remoção de um lobo do pulmão) ou pneumonectomia (remoção de todo o pulmão).
2- Quimioterapia: A quimioterapia é frequentemente utilizada no tratamento do osteossarcoma pulmonar, seja como um tratamento adjuvante antes ou após a cirurgia para diminuir o tamanho do tumor ou como tratamento principal para controlar a disseminação do câncer.
3- Radioterapia: A radioterapia pode ser usada antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor, depois da cirurgia para eliminar células cancerosas residuais ou como tratamento paliativo para aliviar sintomas em estágios avançados da doença.
4- Imunoterapia: A imunoterapia é uma abordagem emergente no tratamento do câncer que envolve o uso de medicamentos para estimular o sistema imunológico do paciente a reconhecer e atacar as células cancerosas. Embora ainda esteja em fase de pesquisa para osteossarcoma, alguns estudos têm explorado seu potencial benefício.
5) Registros da aula
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