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Mód.11 | Larissa Gomes de Oliveira. 
Proliferação Celular 
REPARO TECIDUAL 
Para fazer um reparo de um tecido lesado, ou seja, reorganizar um tecido lesionado, o nosso 
organismo tem 2 mecanismos que é a regeneração e a cicatrização. 
REGENERAÇÃO CELULAR E TECIDUAL 
É uma proliferação de células e tecidos para substituir estruturas perdidas quando há pouca 
lesão do estroma que é o tecido de preenchimento local. Além da extensão da lesão, a 
regeneração vai depender do tipo celular que foi prejudicado, porque depende se esse tipo 
celular consegue se multiplicar ou se tem uma capacidade reduzida de multiplicação. 
Vários tipos celulares proliferam durante o reparo do tecido. Eles incluem as células restantes 
do tecido lesado (que tentam restaurar a estrutura normal), as células endoteliais (para criar 
novos vasos que fornecem nutrientes necessários ao processo de reparo) e fibroblastos (fonte 
de tecido fibroso que forma a cicatriz para preencher os defeitos que não podem ser corrigidos 
por regeneração). 
Os processos-chave na proliferação celular são a replicação do DNA e a mitose. Neste ponto, é 
importante notar que células que não se dividem estão paradas na fase G1 ou saíram do ciclo e 
estão na fase de G0. Os fatores de crescimento estimulam as células a passar da fase de G0 para 
a fase de G1 e depois para as fases de sínteses de DNA (S), G2 e mitose (M). 
CAPACIDADE REGENERATIVA DOS TECIDOS. 
A habilidade dos tecidos em se autorreparar é criticamente influenciada por sua capacidade 
proliferativa intrínseca. Com base nesse critério os tecidos do corpo são divididos em 3 grupos: 
1. Tecidos lábeis (dividem-se continuamente): 
As células desse tecido são continuamente perdidas e substituídas pela maturação das células-
tronco e por proliferação das células maduras. As células lábeis incluem as hematopoiéticas na 
medula óssea e a maioria dos epitélios de superfície, como o epitélio estratificado escamoso da 
pele, cavidade oral, vagina e colo uterino. Além de o epitélio cúbico dos ductos das glândulas 
exócrinas, o epitélio colunar gastrointestinal, útero, tubas uterinas e entre outros... 
Esses tecidos se regeneram rapidamente após a lesão, já que o pool das células-tronco é 
preservado. 
2. Tecidos estáveis: 
 
Mód.11 | Larissa Gomes de Oliveira. 
As células desses tecidos são quiescentes e, em seu estado normal, possuem baixa atividade 
replicativa. Porém, essas células são capazes de proliferar em resposta a lesão ou perda de 
massa tecidual. As células estáveis constituem o parênquima da maioria dos tecidos sólidos, 
como fígado, rim e pâncreas. Nesse grupo estão também as células endoteliais, os fibroblastos 
e as células musculares lisas. 
A proliferação dessas células é particularmente importante na cura de feridas. Com exceção do 
fígado, os tecidos possuem capacidade limitada de regeneração após a lesão. 
3. Tecidos permanentes: 
As células desses tecidos são consideradas terminalmente diferenciadas e não proliferativas na 
vida pós-natal. A maioria dos neurônios e as células musculares cardíacas pertence a essa 
categoria. Assim, uma lesão no cérebro ou no coração é irreversível porque os neurônios e os 
miócitos cardíacos não se regeneram, resultando em cicatriz. Contudo, ocorrem replicação e 
diferenciação limitada da célula-tronco em algumas áreas do cérebro adulto e existe algumas 
evidencias de que a célula-tronco cardíaca possa proliferar após necrose do miocárdio. 
Porém, qualquer que seja a capacidade proliferativa que exista nesses tecidos, ela é insuficiente 
para regenerar o tecido lesado. O musculo esquelético é classificado como tecido permanente, 
porém células satélites, aderidas a bainha endomisial fornecem capacidade regenerativa a esse 
tecido. Nos tecidos permanentes o reparo é tipicamente dominado por formação de cicatriz. 
OBS: enquanto a regeneração tende a ocorrer em células com grande capacidade de divisão, a 
cicatrização tende a ocorrer em tecidos com baixa capacidade de divisão. 
A regeneração ocorre principalmente em tecidos lábeis e estáveis, enquanto a cicatrização vai 
ter uma tendência a ocorrer em tecidos permanentes. Além disso, a regeneração tende a 
ocorrer feridas em que menor lesão tecidual, em que há poucas alterações na função tecidual. 
CÉLULAS-TRONCO 
Na maioria dos tecidos que se dividem, as células maduras são terminalmente diferenciadas e 
de curta duração. Quando essas células morrem, o tecido é substituído por células geradas das 
células-tronco e que se diferenciam. Assim, nesses tecidos há um equilíbrio homeostático entre 
a replicação, a autorrenovação, a diferenciação das células-tronco e a morte das células 
maduras. 
A autorrenovação permite as células-tronco manter uma população funcional de precursores 
por longos períodos de tempo. Sobre os tipos de células-tronco, basicamente há 2 espécies: 
→ Células-tronco embrionárias (células ES): são as células mais indiferenciadas, presentes na 
massa celular interna do blastocisto e que possuem extensa capacidade de renovação. Por 
isso, podem ser mantidas em cultura por mais de um ano, sem sofrer diferenciação. Em 
condições apropriadas de cultura, essas células podem induzir a formação de células 
especializadas dos 3 folhetos germinativos, incluindo neurônios, células cardíacas, hepáticas 
e células das ilhotas pancreáticas. 
 
 
Mód.11 | Larissa Gomes de Oliveira. 
→ Céleulas-tronco adultas, também chamadas de células-tronco teciduais: são menos 
indiferenciadas do que as células ES, mesmo possuindo capacidade de autorrenovação. 
Além disso, seu potencial de linhagem (habilidade em originar células especializadas) é 
restrito a algumas ou a todas as células diferenciadas do tecido. 
 
Enquanto a função normal das células ES é originar todas as células do corpo, as células-tronco 
adultas estão envolvidas na homeostasia do tecido. 
As células-tronco podem originar todas as linhagens celulares sanguíneas e reabastecer 
continuamente os elementos do sangue quando são consumidos na periferia. 
FATORES DE CRESCIMENTO 
A maioria dos fatores de crescimento são proteínas que estimulam a sobrevivência e a 
proliferação de várias células e podem promover migração, diferenciação e outras respostas 
celulares. 
Os fatores de crescimento induzem a proliferação celular através da ligação de receptores 
específicos e influenciam a expressão de genes em que vai promover a entrada das células no 
ciclo celular, impedem apoptose e aumentam a síntese de proteínas celulares e entre outros. 
Mecanismos de sinalização dos receptores dos fatores de crescimento: 
1. Receptores com atividade intrínseca de tirosina-cinase: 
A ligação do ligante até a porção extracelular do receptor, induz a dimerização e subsequente 
fosforilação das subunidades do receptor. Uma vez fosforilados, os receptores podem ligar e 
ativar outras proteínas intracelulares e ativar uma cascata de sinais que levam a proliferação 
celular ou a indução de vários programas transcricionais. 
2. Receptores acoplados a proteína G 
Esses receptores contem 7 seguimentos e após a ligação com o ligante, os receptores se 
associam com as proteínas de ligação (proteína G) e ao trifosfato de guanosina (GTP), 
resultando na ativação de proteínas, ativando vias de sinalização, que liberará cálcio do 
reticulo endoplasmático. 
3. Receptores sem atividade enzimática intrínseca: 
São usualmente moléculas monoméricas transmembrana com um domínio extracelular de 
ligação ao ligante. A interação do ligante induz uma alteração da estrutura intracelular, 
permitindo associação com cinases proteicas chamadas de Janus cinases (JAKs). A fosforilação 
das JAKs ativa fatores de transcrição citoplsmáticos chamados de STATs (que são transdutores 
de sinais e ativadores de transcrição). 
PAPEL DA MATRIZ EXTRACELULAS NO REPARO TECIDUAL 
 
Mód.11 | Larissa Gomes de Oliveira. 
O reparo tecidual não depende apenas da atividade dos fatores decrescimento, mas também 
das interações entre as células e os componentes da matriz. A matriz extracelular é um complexo 
de várias proteínas que se arranjam em uma rede que circunda as células e constitui uma 
proporção significativa em qualquer tecido. Ela regula também a proliferação, a diferenciação 
das células que vivem no seu interior, fornecendo um substrato para a adesão e a migração de 
células, e funcionando como reservatório para fatores de crescimento. 
A matriz está em constante remodelamento e ela ocorre em 2 formas básicas: 
→ Matriz intersticial: essa forma da matriz está presente nos espaços entre as células do 
tecido conjuntivo e entre as estruturas de suporte vascular e musculo liso. Seus 
principais constituintes são colágenos fibrilantes e não fibrilantes, bem como 
fibronectina, elastina, proteoglicanos, hialuronatos e entre outros. 
 
→ Membrana basal: a membrana basal tende a formar uma rede semelhante a uma tela 
de arame e seus principais constuintes são colágeno não fibrilar tipo IV e a laminina. 
 
Esses componentes da matriz extracelular auxiliam no processo de regeneração, em que as 
proteínas fibrosas como colágenos e elastinas, conferem resistência a tensão e flexibilidade. Os 
géis hidratados, como os proteoglicanos, permitem elasticidade e lubrificação. E as 
glicoproteínas de adesão, conectam os elementos da matriz uns aos outros e as células. 
A matriz faz muito mais do que preencher os espaços em torno das células, ela possui várias 
funções como: 
▪ Suporte mecânico para ancoragem da célula e migração celular. 
▪ Controle da proliferação celular por se ligar a fatores de crescimento. 
▪ Arcabouço para renovação tecidual. 
▪ Estabelecimento de microambientes teciduais. 
Desse modo, A regeneração tecidual ocorre em órgãos parenquimatosos que apresentam 
população de células estáveis, ou seja, células que possuem somente uma atividade replicativa 
mínima no seu estado normal, como o pâncreas, o fígado, as supra-renais, a tireoide e os tecidos 
pulmonares. Além disso, ocorre também em tecidos que possuem células lábeis, ou seja, que se 
dividem continuamente, como as células hematopoiéticas e na maior parte dos epitélios de 
superfície. Contudo, em ambos os casos, é necessário que a matriz extracelular esteja 
preservada, com consequente manutenção do arcabouço de estroma, conferindo suporte para 
as células que estão se replicando. 
 
 
 
 
 
 
Mód.11 | Larissa Gomes de Oliveira.