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HemorragiaHemorragia SubaracnóideSubaracnóide A causa mais comum de hemorragia subaracnóidea espontânea (HSA) é uma ruptura do aneurisma cerebral. A hipertensão e o tabagismo são seus principais fatores de risco. O estudo diagnóstico de escolha é a tomografia computadorizada (TC) de crânio sem contraste. Se for negativo e persistir a suspeita clínica, é aconselhável realizar a punção lombar.Os estudos de escolha para identificar a origem do sangramento são a ressonância magnética (RM) e a angiografia. A nimodipina é recomendada para a prevenção da isquemia cerebral retardada.. A hemorragia subaracnóide (HSA) espontânea é uma forma de accidente vascular encefálico hemorrágico que acomete em sua maioria indivíduos jovens e esta associada a altas taxas de morbimortalidade. O atendimento inicial da HSA concentra-se na investigação e tratamento da causa da hemorragia, evitando assim o principal responsável pelo desfecho ruim nesta fase que é o ressangramento. Afastada a hipótese de traumatismo, na grande maioria dos casos, a causa da HSA é a ruptura de um aneurisma intracraniano, identificado na angiografia cerebral. Entretanto, em cerca de 15% dos pacientes, a angiografia inicial é normal, e a origem do sangramento é desconhecida. No caso da HSA aneurismática, a localização mais frequente do aneurisma é a artéria comunicante anterior (36%), seguida da cerebral média (26%), comunicante posterior (18%) e carótida interna (10%). 9% dos casos são aneurismas de circulação posterior e múltiplos aneurismas em 20%. Sintomas como perda de consciência, náuseas ou vômitos, neurologia focal ou convulsões podem estar associados. A rentabilidade das técnicas de imagem diminui quanto mais tarde são realizadas em relação ao início. Se forem negativos e a suspeita persistir, o segundo passo é realizar uma punção lombar, que é aconselhável levar de 6 a 12 horas do início dos sintomas para permitir a difusão do sangue no espaço subaracnóideo e a lise de hemácias para auxiliar na detecção de xantocromia, se houver dúvidas de que o sangue eventual do conteúdo é devido a HSA ou punção traumática. Em 3 semanas após o evento, o líquido cefalorraquidiano (LCR) torna-se normal. Em relação ao rastreamento de familiares com aneurismas, calculou-se que seja custo-efetivo em quem tem pelo menos 2 parentes de primeiro grau afetados, sendo a melhor estratégia a prática de uma angiografia por ressonância magnética a cada 7 anos a partir dos 20 a 80 anos, seguido em seu caso por angiografia As principais explicações para o resultado falso-negativo da angiografia inicial são: técnica inadequada (p.ex., projeções insuficientes); vasoespasmo da artéria parental; aneurisma de tamanho muito reduzido (microaneurismas); trombose do colo do aneurisma ou do todo; obliteração do aneurisma pela pressão exercida por um hematoma adjacente; ou destruição do aneurisma no momento da hemorragia. Fatores de risco:o diabetes mellitus está relacionado apenas ao subtipo HSA perimesencefálico. Os principais VRFs não modificáveis são história familiar de primeiro grau, que multiplica a incidência em até 4 vezes , e doenças do tecido conjuntivo: doença renal policística, síndrome de Ehlers-Danlos tipo IV, telangiectasia hemorrágica hereditária, pseudoxantoma elástico, tipo de neoplasia endócrina múltipla 1 e neurofibromatose tipo 1. - A triagem é recomendada em pessoas com pelo menos 2 parentes com aneurismas, de 18 a 80 anos, com uma angiografia por ressonância magnética a cada 7 anos; Sintomas: A forma mais comum de apresentação da HAS é a cefaleia. Geralmente é uma cefaléia intensa de início súbito que atinge seu pico em segundos ou minutos. Algoritmo de tratamento para HSA aneurismática. 1) Grande quantidade de sangue inicial, gravidade clínica; 2) LCR: líquido cefalorraquidiano; 3) Use temporariamente (3 dias) e somente se não houver vasoespasmo. O objetivo principal do tratamento médico da HAS é colocar o paciente nas melhores condições clínicas para que a exclusão do aneurisma roto da circulação seja abordada com as máximas garantias. Assim, nesses casos e naqueles em que não há etiologia aneurismática, o objetivo é evitar o surgimento de duas de suas principais complicações neurológicas: ressangramento e vasoespasmo, bem como combater o próprio vasoespasmo se ele ocorrer. Da mesma forma, será baseado em estratégias para o enfrentamento de outros problemas relacionados a essa doença, como cefaleia, edema cerebral, potencial aparecimento de convulsões e manifestações de natureza sistêmica.tais como alterações iônicas (hiponatremia devido à síndrome de perda de sal ou devido à síndrome de secreção inadequada de hormônio antidiurético e hipernatremia devido a diabetes insipidus), complicações cardíacas (arritmias, infarto agudo do miocárdio ou síndrome de Tako-Tsubo), gastrointestinal (sangramento gastrointestinal) ou respiratório (síndrome do desconforto respiratório, edema pulmonar neurogênico ou tromboembolismo pulmonar). Os fatores de risco para ressangramento são:a demora na admissão e no início do tratamento; Pressão Sistólica > 160mm Hg (embora esteja mais relacionado a mudanças na pressão arterial do que a um certo número) e condição neurológica deficiente na admissão. Recomenda-se a monitoração do paciente e o uso de anti-hipertensivos de meia-vida curta, como o labetalol, nos casos de aumento da pressão arterial. Referências https://www.elsevier.es/es-revista-neurologia-295-articulo-guia-actuacion- clinica-hemorragia-subaracnoidea--S0213485312002496 PONTE, Keven. HEMORRAGIA SUBARACNÓIDE COM ANGIOGRAFIA INICIAL NORMAL. Sociedade Brasileira de Neurorradiologia Diagnóstica e Terapêutica, 2019. Disponível em: <https://sbnr.org.br/hemorragia-subaracnoide-com- angiografia-inicial-normal Sanar Med. https://sbnr.org.br/hemorragia-subaracnoide-com-angiografia-inicial-normal/