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1. Compreender a organização da saúde no DF (regionalização). 2. Descrever os diferentes níveis de prevenção. 3. Discutir importância da vigilância em saúde. 4. Discutir os níveis de atenção à saúde. Fonte: revista usp 2006 – níveis atenção Artigo ses - vigilância Site ses - regionalização Objetivo 1 A regionalização é a descentralização da gestão da saúde do Distrito Federal. ● De acordo com o novo modelo, todas foram agrupadas em sete Regiões de Saúde (Centro-Sul, Centro-Norte, Oeste, Sudoeste, Norte, Leste e Sul). ● Cada região é representada por uma superintendência, que trabalha de forma integrada, e terá, gradativamente, autonomia administrativo-financeira, ao longo do tempo, para a tomada de decisões, o que facilitará a gestão e dará transparência ao processo. ● Para aprimorar o trabalho nas unidades, cada gestor levará em consideração o planejamento das necessidades locais em conformidade com o perfil epidemiológico e dos indicadores sociais. ● Acordos de gestão serão celebrados entre a Administração Central e as superintendências contendo objetivos e metas de cada unidade que compõe seu território. ● Os gestores de cada uma das sete regiões foram nomeados pelo governador ou secretário de Saúde e acompanhados pelo controle social (por meio do Conselho de Saúde do DF e Conselhos Regionais de Saúde). ● A fiscalização ficará por conta da gestão central da secretaria, que fará o acompanhamento de todas as superintendências. Objetivo 2 Primária (promoção da saúde e proteção específica) A promoção da saúde aparece como prevenção primária, confundindo-se com a prevenção referente à proteção específica (vacinação, por exemplo). Corresponde a medidas gerais, educativas, que objetivam melhorar a resistência e o bem-estar geral dos indivíduos (comportamentos alimentares, exercício físico e repouso, contenção de estresse, não ingestão de drogas ou de tabaco), para que resistam às agressões dos agentes. Também diz respeito a ações de orientação para cuidados com o ambiente, para que esse não favoreça o desenvolvimento de agentes etiológicos (comportamentos higiênicos relacionados à habitação e aos entornos). Secundária (diagnóstico e tratamento precoce; limitação da invalidez) Engloba estratégias populacionais para detecção precoce de doenças, como por exemplo, o rastreamento de câncer de colo uterino. Também contempla ações com indivíduos doentes ou acidentados com diagnósticos confirmados, para que se curem ou mantenham-se funcionalmente sadios, evitando complicações e mortes prematuras. Isto se dá por meio de práticas clínicas preventivas e de educação em saúde, objetivando a adoção/mudança de comportamentos (alimentares, atividades físicas etc.). Terciária (reabilitação) Consiste no cuidado de sujeitos com sequelas de doenças ou acidentes, visando a recuperação ou a manutenção em equilíbrio funcional. Objetivo 3 “O estudo epidemiológico de uma enfermidade, considerada como um processo dinâmico que abrange a ecologia dos agentes infecciosos, o hospedeiro, os reservatórios e vetores, assim como os complexos mecanismos que intervêm na propagação da infecção e a extensão com que essa disseminação ocorre.” (Raska, 1966) ● Diminui e previne riscos à saúde; ● Intervém nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente; ● Fiscaliza e intervém em problemas sanitários decorrentes da produção e circulação de bens, que indireta ou diretamente, se relacionam com a saúde, incluindo todas suas etapas, até o consumo. Objetivo 4 Para se organizar por níveis de atenção leva-se em conta pelos menos três elementos: ● Tecnologia material disponível (máquinas e equipamentos de diagnóstico e terapêutica); ● Capacitação de pessoal (por exemplo, tempo de formação de cada curso de graduação, gasto do poder público para formar estas pessoas); ● Perfil de morbidade da população alvo do sistema (as doenças mais frequentes nesta população). Considerando a integralidade do sistema, para cada grupo de serviços de atenção primária (um certo número de unidades básicas de saúde) deve existir um serviço secundário de referência (ambulatório de especialidades e hospital geral) e da mesma forma para cada conjunto de serviços de atenção secundária (grupo de hospitais) deve haver hospital e ambulatórios especializados de referência. Atenção Básica à Saúde O nível primário é aquele onde estão os equipamentos com menor grau de incorporação tecnológica do sistema (os equipamentos de geração tecnológica mais antiga, tais como aparelhos básicos de raios X, sonar e eventualmente ultrassom). A capacitação de pessoal para este nível apresenta necessidades de uma formação geral e abrangente para atender os eventos mais prevalentes na população (os problemas de saúde mais frequentes) e no caso dos médicos são os médicos de família e os clínicos gerais. Estima-se que cerca de 80% dos casos demandados à atenção primária são passíveis de serem resolvidos neste nível da atenção. Engloba um conjunto de ações de caráter individual ou coletivo, que envolvem a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação dos pacientes, realizado pelas especialidades básicas da Saúde, que são: ● Clínica médica; ● Pediatria; ● Obstetrícia e ginecologia; ● Odontologia; ● Ações de enfermagem. Atenção Secundária Ao nível secundário cabem os equipamentos com grau intermediário de inovação tecnológica (tais como aparelhos de Rx com alguma sofisticação, ecocardiógrafo, ultrassom de geração mais nova, aparelhos para endoscopia) e a capacitação de pessoal e, em particular a dos médicos, situa-se em áreas especializadas originárias (clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia, pediatria) e outras tais como oftalmologia e psiquiatria. Essas especializações, no caso dos médicos, requerem dois a três anos após a graduação para atingir a formação que se realiza por meio da Residência Médica. Os serviços de atenção secundária devem estar aparelhados com pessoal e equipamentos para atender às situações que foram encaminhadas pelo nível primário. Os grupos que compõem os procedimentos de média complexidade do Sistema de Informações Ambulatoriais são os seguintes: ● Procedimentos especializados realizados por profissionais médicos, outros de nível superior e nível médio; ● Cirurgias ambulatoriais especializadas; ● Procedimentos traumato-ortopédicos; ● Ações especializadas em odontologia; ● Patologia clínica; ● Anatomopatologia e citopatologia; ● Radiodiagnóstico; ● Exames ultrassonográficos; ● Diagnose; ● Fisioterapia; ● Terapias especializadas;● Próteses e órteses; ● Anestesia. Atenção Terciária O nível terciário concentra os equipamentos com alta incorporação tecnológica, aqueles de última geração e, portanto, mais caros (tais como Ressonância Magnética e PET Scan) e o pessoal que trabalha necessita de formação especializada mais intensiva, no caso dos médicos até em áreas superespecializadas (neurocirurgia, cirurgia de mão, nefrologia pediátrica, cancerologia, dentre outras) que demandam de três a cinco anos de Residência Médica para obter a capacitação. O nível terciário deve estar aparelhado para atender a situações que o nível secundário não conseguiu resolver e eventos mais raros ou aqueles que demandam assistência deste nível do sistema.