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Laís Kemelly UNIME – 2020.2 Como o próprio nome diz, as vias de sinalização alternativa são mecanismos menos comuns de controle da expressão gênica. Ah, estou muito atordoada para fazer resumo bonito (e nem tô entendendo direito). Vocês que lutem. • Wnt e beta-cadenina • Hedgehod – Patched – Smoothned • NFkB A sinalização excessiva de qualquer uma dessas vias é encontrada em grande parte dos cânceres humanos. por mais que esse tópico seja bem chatinho e cheio de detalhes, Bibiana disse que queria essa via no nosso DNA. Então já sabem né? : a Wnt irá impedir a degradação de beta-catenina, levando ao acúmulo no citoplasma. Posteriormente, a beta-catenina irá para o núcleo e aumentará a expressão gênica de C-myc, que é um fator que estimula a proliferação celular. Fez sentido na minha cabeça. Agora, detalhes. As proteínas Wnt são moléculas de sinalização que agem como mediadores locais e morfógenos de muitos aspectos do desenvolvimento. Elas possuem uma cadeia de ácido graxo ligada covalentemente à sua extreminade N-terminal, o que aumenta sua ligação com a superfície celular. As vias ativadas por essa proteína são: • Via Wnt/Beta-catenina o Essa via permite a regulação da beta-catenina, que é um dos reguladores de transcrição celular. • Via de polaridade planar o Coordena a polarização das células no plano do epitélio em desenvolvimento. (?) Dessas duas vias, a Wnt/beta-catenina é mais relevante porque está associada com tumores. Agora assim iremos entrar no processo cheio de detalhes. Volte lá no resumíssimo para ter uma noção geral porque foi digitado com muito amor. Sendo esse o último resumo de sinalização, acho que já entrou na cabeça de todo mundo que a molécula precisa interagir com seu receptor específico para atuar, certo? O receptor de superfície da Wnt é o Frizzled, e quando este é ativado pela interação com a molécula, recruta a proteína de suporte Dishevelled, que irá transmitir o sinal para outras moléculas sinalizadoras. (olhe a diferença do aglomerado de células na imagem da esquerda e da direita) degradação núcleo C-myc proliferação beta- catenina Wnt Laís Kemelly UNIME – 2020.2 Wnt → Frizzled → Dishevelled Pronúncia = frislêd, disreued Em associação com a beta-catenina, temos uma proteína relacionada ao receptor de LDL (LRP). Essa é a região da proteína que sofrerá proteólise. Quem realiza essa proteólise? O complexo de degradação proteico, composto por: • CK1 – caseína cinase 1, que fosforila uma serina • GSK3 – glicogênio-sintetase-cinase-3, que realiza a fosforilação final e marca a proteína para ubiquinação* e degradação rápida nos proteassomos. Ubiquinação é adicionar uma ubiquitina, que é uma proteína que marca proteínas indesejadas. No caso, ela vai marcar a serina para que ela se degrade, não a beta-catenina em si, ok? Só um pedacinho dela. Lembre que no final das contas, teremos um acúmulo de beta-catenina!!! Proteínas de suporte que também atuam no processo: • Axina • APC (polipose adenomatosa de cólon) o O gene que codifica essa proteína geralmente está em mutação nos casos de tumor benigno de cólon. Esse tumor pode se projetar para o lúmen e se tornar maligno (mas entenderemos esses mecanismos em outro problema) o “Ela é muuuuito importante, tão anotando gente?” BIBI, 2020. o Mutações no APC impedem que o complexo de degradação (olhe a imagem) seja montado, contribuindo para o acúmulo de beta-catenina e para a proliferação típica de câncer. o Mutado em 80% dos cânceres de cólon humano Após esses processos, a beta-catenina entra no núcleo e atua como um coativador, induzindo a ativação da transcrição dos genes-alvo. O principal gene ativado pela beta-catenina é o Myc, que codifica uma proteína do mesmo nome, sendo esta responsável pela regulação do crescimento e proliferação celular. Na imagem da esquerda, temos o Frizzled e o Dishevelled, ambos inativos. Já na direita: 1. Quando o Wnt faz ligação com o Frizzled, também faz a ativação da LRP. 2. O LRP fosforila CK1 e GCK3, desmontando a estrutura do complexo (compare imagem da esquerda com direita) 3. Sem a atuação das proteínas do complexo de degradação proteico, a beta-catenina passa a ser estável Beta-catenina instável = sem proliferação Beta catenina estável = com proliferação 4. A beta-catenina vai se acumulando até chegar ao núcleo, onde recruta o Groucho e seus fatores de transcrição 5. A proteína transcrita é a Myc, que atua na ativação das ciclinas e promove uma ativação exacerbada. Laís Kemelly UNIME – 2020.2 – (Pronúncia: réroge – patxed – ismûtined) : o mecanismo base é parecido com o anterior. A Hedhehog impede a degradação do fator de transcrição CI (Cubitus Interruptus), levando ao seu acúmulo e passagem para o núcleo. Sua sinalização excessiva pode levar ao câncer. Pensando que você entendeu o mecanismo anterior (e se não entendeu volte, beba uma água, olhe o alberts, procure uma vídeo-aula... é bem importante), vamos fazer algumas associações O CI é equivalente à beta-catenina pelas Wnts. Pelo amor de Deus acompanhe o texto com a imagem. Repetirei isso várias vezes. Primeiro vamos conceituar o que estamos vendo. • Patched: receptor que pode ter localização intracelular ou na superfície, onde podem se ligar à proteína Hedgehog. • iHog: correceptor do Patched para Hedgehog, localizado na superfície celular • Smoothened: proteína transmembrana inativa no interior da vesícula, controlada pelas duas anteriores. o Não se conhece o mecanismo exato, mas a Patched mantém a Smoothened bem linda em sua vesícula até receber a sinalização. Volte na imagem e olhe com carinho. Enquanto não houver ligação de proteína receptora no Patched e iHog, a Smoothened permanece na vesícula. (volte lá) Mais estruturas para dar prosseguimento, dessa vez as que compõem o complexo multiproteico • Fused: proteína cinase • Costal2: proteína de suporte Esse complexo mantém a CI inativada. Como??? • O complexo recruta outras cinases (PKA, GSK3, CK1). • Essas cinases fosforilam e a CI. • Quando fosforilada, a CI é ubitiquinada e hidrolisada por proteassomos (não tem imagem, mas lembrem que a ubiquitina é a marca da morte de uma proteína, Death Note puro). • Essa CI hidrolisada se acumula no núcleo, mas como está hidrolisada atua como um fator repressor da transcrição (imagem bb) • A CI hidrolisada também mantém os genes- alvo da HedgeHog inativos Fragmentos de CI = repressão da transcrição Laís Kemelly UNIME – 2020.2 A interação da proteína Hedgehog com seus receptores (Fatched e iHog) desativa a inibição do Smoothened. Lembra que o Smoothened estava compactado em uma vesícula por mecanismos não elucidados? Pois bem, quando a Fatched arruma outra coisa pra fazer – interagir com o Hedgehog –, ela libera o coitado do Smoothened. Agora farei uma associação de doido porque só assim para tico e teco funcionarem com esse assunto. • Imagine que o Smoothened é uma pessoa trancada em casa pela quarentena, o Fatched é o Covid e o Hedgehog a vacina. • Vacina interagindo com COVID libera a pessoa da quarentena. • Hedgehog interagindo com Fatched libera Smoothened da vesícula A Smoothened é fosforilada por PKA e CK1, sendo translocada para a membrana plasmática. Na membrana, ela recruta o complexo multiproteico + CI (volte um tópico). Esse complexo também é fosforilado, culminando na liberação de CI não processada. Essa CI vai se acumular no núcleo e ativar a transcrição dos genes-alvo de Hedgehog. Recapitulando: • Hedghehog + receptores • Liberação do Smoothened da vesícula • Fosforilação do Smoothenead na membrana • Fosforilação do complexo • Liberação de CI • Acúmulo de CI• Transcrição dos genes-alvo “Múltiplos estímulos estressantes e inflamatórios atuam por meio de uma via de sinalização dependente de NFkB” (n f k beta) As proteínas NFkB são reguladoras de transcrição latente presentes na maioria das células animais. Estão envolvidas: • Nas respostas estressantes, inflamatórias e inatas (principalmente!) do sistema imune • Nas reações a infecções ou a lesões • Ajudam a proteger os organismos multicelulares estressados e suas células Lembrando que inflamação crônica evolui para câncer. Ou seja, hiperatividade dessa cascata... • A TNF-alfa se liga aos seus receptores (trímeros) • Essa ligação fosforila o IKK (proteína cinase-cinase), que é um complexo de umaa proteína chamada NEMO, contendo duas subunidades o Alfa e beta (essa que fosforila e ativa) • A fosforilação ativa o IKK e IK-beta é degradado ao mesmo tempo • O NFK-beta fica livre, se direciona ao núcleo e transcreve seus genes-alvo. Laís Kemelly UNIME – 2020.2 Copiazinha do Alberts que achei importante mas não tenho neurônios para resumir. “Vários receptores de superfície celular ativam a via de sinalização da NFkB nas células animais. Os receptores Toll na Drosophila e os receptores tipo Toll nos vertebrados, por exemplo, reconhecem patógenos e ativam esta via no desencadeamento das respostas imunes inatas (discutido no Capítulo 24). Os receptores do fator a de necrose tumoral (TNF-a) e da interleucina-1 (IL-1), que são citocinas de vertebrados muito importantes na indução de respostas inflamatórias, também ativam essa via de sinalização. Os receptores Toll, tipo Toll e IL-1 pertencem à mesma família de proteínas, enquanto o receptor TNF-a pertence a uma família diferente; todos eles, no entanto, atuam de forma semelhante na ativação da NFkB. Quando ativados, desencadeiam uma ubiquitinação multiproteica e uma cascata de fosforilações que libera a NFkB de um complexo proteico inibidor, possibilitando sua translocação para o núcleo, onde ativa centenas de genes que participam nas respostas imunes inflamatórias e inatas.” Acho que esse resumo ficou confusinho porque na realidade eu não entendi 100% kkkrying. Segui um pouco da aula de Bibiana e fui completando com o Alberts, espero que não tenha ficado muito confuso. Ahhh, o Alberts fala de Notch e de ciclo circadiano celular, mas se ela não falou no curso de 7h, quem sou eu né? Ignorei mas são boas falas pra tutoria, porém... cansadah. Beijinhossss