Prévia do material em texto
CIRCULAÇÃO ENCEFÁLICA As junções oclusivas (principiantes na barreira hematoencefálica) diferenciam um vaso do sistema nervoso de qualquer outro do corpo humano. Os vasos transitam em meio aquoso (líquor) que o protege a fim de diminuir choques mecânicos contra os nervos. O fluxo sanguíneo para o SNC deve fornecer oxigênio, glicose e outros nutrientes, além de remover o dióxido de carbono, ácido láctico e outros metabólitos possivelmente danosos. Os vasos formam curvas em formato de ‘S’, chamados cifões, a fim de atenuar a pressão no lúmen dos vasos. O encéfalo é irrigado por dois sistemas distintos: 1. Vértebro-basilar (posterior): maior limiar hipoxêmico; 2. Carotídeo interno (anterior): menor limiar hipoxêmico. Os dois sistemas originam três principais artérias, a saber: 1. Artéria cerebral anterior (SCI) 2. Artéria cerebral média (SCI) 3. Artéria cerebral posterior (SVB) Formação do polígono de Willis: Duas artérias vertebrais (1º r. subclávia) se juntam e formam a artéria basilar, que, à frente do sulco bulbopontino, bifurcam-se em duas cerebrais posteriores (esquerda e direita). Os ramos terminais das carótidas internas são as cerebrais médias e anteriores. Há uma comunicação por meio da artéria comunicante posterior entre os dois sistemas (anterior e posterior). Sistema vértebro-basilar 1. Primeiro ramo (a. vertebral): artéria cerebelar inferior posterior (PICA), que promove a irrigação das estruturas posteriores do cerebelo. Oclusão: síndrome de Wallenberg. 2. Segundo ramo: artéria espinhal anterior (é ímpar, formada por uma junção entre as duas artérias vertebrais). 3. Terceiro ramo (a. basilar): artéria cerebelar inferior anterior (AICA), que promove a irrigação das estruturas anteriores do cerebelo. 4. Artéria cerebelar superior (a. basilar): irriga a porção superior do cerebelo, emergindo próximo ao polígono. 5. Saem ramos pontinos e perfurantes (estas suprem a F.R. do bulbo) da artéria basilar. o Oclusão da artéria basilar: hemorragia de Duret (100% letal). o Síndrome de Ondine: ocorre por oclusão dos centros ventilatórios (vasos perfurantes), por exemplo isquemia, o paciente perde capacidade de ventilar involuntariamente e o faz apenas voluntariamente. Sistema carotídeo interno. 1. Primeiro ramo: artéria cerebral anterior. Oclusão: incontinência urinária e fecal, disartria, hemiparesia de predomínio crural, afasia de Broca. 2. Segundo ramo: artéria cerebral média. Oclusão: hemiparesia braquiofacial, afasia. Terceiro ramo: artéria comunicante anterior (de Heubner). Marchas ceifante e hemiparética: possuem relação com marcha patológica, porém a hemiparética é característica de AVC da a. cerebral média, que há hiperflexão do MS de um lado e um MI ipsilateral em extensão contínua. SEIOS VENOSOS Existem diversos seios da superfície cortical que confluem aos seios específicos da dura-máter, que acabam por formar a jugular interna. AVC DA ARTÉRIA CEREBRAL ANTERIOR: Problema na tomada de decisões (córtex pré-frontal); Disartria (área de Broca); Distúrbio esfincteriano; Diminuição de força na perna e no pé (hemiparesia de predomínio crural por acometimento do lóbulo paracentral). AVC DA ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA: Afasia expressiva (área de Broca); Marcha hemiparética: hiperextensão MS e hiperflexão MI (giro pré-central). Hemiparesia de predomínio crural. AVC ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR: Hemianopsia homônima contralateral (fibras ópticas occiptais); Rebaixamento da consciência. Déficits sensitivos olfatórios ou auditivos (giro pós-central).