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Anti virais

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Dicente: Gabriela Tavares de Magalhães 
RA: 201910092 
Docente: Claudiane Ferreira 
Anti virais 
 
Descreva os fármacos utilizados em medicina veterinária nas relações abaixo: 
• Quais os fármacos que utilizamos em medicina veterinária que interferem na 
fase de interação vírus­membrana celular do hospedeiro? 
R= Amantadina e sua derivada rimantadina usadas no tratamento de influenza A em 
humanos , são aminas primárias tricíclicas que inibem a penetração da partícula viral no 
hospedeiro, bloqueiam a desencapsulação do genoma viral e a sua subsequente 
transferência para a célula hospedeira. 
• Quais os fármacos que utilizamos em medicina veterinária que inibem a síntese 
do ácido nucleico? 
R= Vidarabina (adenina­arabinosideo) é uma substancia semelhante a adenosina , este 
antiviral é convertido, por enzimas celulares, ao trifosfato, que inibe a DNA­polimerase 
viral e humana, por consequência produz um decréscimo da síntese do DNA viral, e 
também a vidarabina pode ser incorporada ao DNA viral, retardando sua replicação e 
bloqueia o alongamento da cadeia de DNA 
Aciclovir também conhecido como acicloguanosina, é um nucleosídio análogo da 
guanosina, que tem o mecanismo parecido com o da vidarabina , mas apresenta maior 
seletividade. O antiviral parece ser captado seletivamente por células infectadas por 
vírus e convertido, mediante um processo de fosforilação, em uma substancia 
polarizada, que por sua vez sofre ação de várias enzimas (principalmente a 
timidinoquinase), que converte em sua forma de trifosfato, este inibe a polimerase 
especifica do herpes vírus. 
A idoxuridina ou IDU, é um nucleosídio pirimidínico halogenado, sendo análogo da 
timidina iodado. O mecanismo de ação exato deste medicamento ainda não está 
completamente esclarecido, mas sugere­se que após a fosforilação por quinases 
celulares, idoxuridina seja incorporada ao DNA, o que proporciona um código falso 
para a futura multiplicação dos vírus ou para a síntese de proteínas ou outros 
componentes fundamentais para a sobrevivência do vírus. 
Zidovudina, também conhecida como AZT, é um análogo da timidina, com atividade 
contra o retrovírus (exemplo do vírus HIV). Sua ação se faz por meio da inibição da 
transcriptase reversa, então após a fosforilação por enzimas celulares, este composto 
compete com trifosfatos celulares que são substratos essenciais para a formação de 
DNA pró­viral pela transcriptase reversa. O AZT inibe a α­ DNA­polimerase de 
mamíferos. Entretanto, isto ocorre em concentrações 100 vezes maiores do que aquelas 
necessárias para a inibição da transcriptase reversa, por outro lado a γ­DNA­polimerase 
na mitocôndria da célula do hospedeiro é bastante afetada, e este fato explica os efeitos 
colaterais produzidos por este antiviral. 
O foscarnet é um composto análogo do pirofosfato, que exibe atividade antiviral contra 
vários DNA e RNA vírus. Seu mecanismo de ação se faz por meio da inibição da RNA 
e DNA polimerases, bem como a transcriprase reversa, mas ao contrário da zidovudina, 
sua inibição não é competitiva, já que o foscarnet se liga principalmente no sitio de 
ligação do pirofosfato e não no sitio de ligação da base. Tal medicamento vem sendo 
usado experimentalmente na mieloblastose aviária, influenza, leucemia bovina, febre 
suína africana, entre outras afecções. 
Ribavirina, também denominada tribavirina, é um nucleosídio sintético que tem 
semelhante estrutural com a guanosina. Seu mecanismo de ação não está totalmente 
elucidao, mas parece que este antiviral atua duplamente inibindo a formação celular de 
inosina monofosfato, resultando na depleção intracelular de guanosina trifosfato (GMP), 
também interferindo na síntese de mRNA viral. 
 
• Quais os fármacos que utilizamos em medicina veterinária que inibem a síntese 
de proteínas virais? 
R= A metisazona é um dos primeiros medicamentes antivirais eficazes, em seres 
humanos foi utilizada profilaticamente no combate á varíola, entretanto atualmente com 
a erradicação do vírus da varíola o medicamento caiu em desuso. A perspectiva de 
utilizar na veterinária contra a hepatite infecciosa, tanto canina como equina, e bovinos , 
na doença respiratória, o medicamento se mostrou eficaz contra o adenovírus 
• Quais os fármacos que utilizamos em medicina veterinária que atuam como 
imunomoduladores? 
R= Interferona é uma glicoproteína, é uma substancia na maioria das vezes, espécie­
especifica, Os interferons induzem um estado de resistência antiviral em células 
teciduais não infectadas. O vírus, ao replicar­se, vai ativar o gene codificante do 
interferon. Após a síntese proteica, a proteína sai da célula e entra na corrente 
sanguínea, até chegar às células vizinhas que ainda não foram atacadas. A proteína liga­
se à membrana celular dessas células e ativa o gene codificante de proteínas antivirais. 
Estas proteínas antivirais, por sua vez, vão impedir a replicação do vírus, quando este 
tentar replicar­se nessas células. Os IFN são produzidos na fase inicial da infecção e 
constituem a primeira linha de resistência a muitas viroses. Um grupo de interferons 
(IFNalfa e IFNbeta) é produzido por células infectadas por vírus, e um outro grupo 
(IFNgama) é sintetizado por células NK ou linfócitos T ativados. 
Levamisol é um anti­helmintico, com propriedades imunomoduladoras. Essa substancia 
não tem efeito antiviral direto, porem atua estimulando células efetoras envolvidas no 
processo de imunidade de células imunomediadas. Além disso, pode aumentar 
indiretamente a produção de anticorpos. Assim, tem sido proposto que seu mecanismo 
de ação imunoestimulante se faça alternando a nucleotídeo cíclico fosfodiesterase, 
promovendo decréscimo da monofostato cíclico de guanosina (cGMP), e aumentando a 
degradação da monofosfato cíclico de adenosina (cAMP). Dessa maneira, os níveis 
elevados de cGMP nos linfócitos promovem aumento de respostas proliferativas e 
secretórias, o que promove aumento de quimiotaxia, fagocitose, síntese de linfocinas e 
ampliação de taxa de linfócito T helper versus linfócito T supressor

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