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DIREITO PENAL I.docx casos concretos

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DIREITO PENAL I - CCJ0007
 Título Caso Concreto 1
 Descrição 
Caso concreto
 Leia ao caso concreto narrado abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas de acordo com os temas abordados no plano de aula: Joana Bela e João Charmoso, jovem casal de namorados com 19 e 20 anos, respectivamente, decidem que no carnaval deste ano pularão em todos os blocos da cidade. Para tanto, decidem beber muito líquido durante as danças a fim de evitar desidratação. No primeiro dia de maratona, após ingerirem uma quantidade expressiva de cerveja, João Charmoso não consegue se controlar e acaba por urinar escondido atrás de uma banca de jornal. Sendo certo que a mídia tem veiculado uma série de notícias condenando esta atitude, indaga-se: 
A conduta de João Charmoso é, sob o aspecto penal, juridicamente relevante?
Não, pois, João teve o cuidado de urinar es condido das pessoas apesar de ter cometido um a contravenção penal, não se caracteriza crime. Não teve conotação sexual estava apenas satisfazendo suas necessidades fisiológicas.
Caso João Charmoso não tivesse tido o cuidado de se esconder atrás da banca de jornal e, ao contrário, abaixasse a bermuda e urinasse em meio ao bloco de carnaval mirando os demais foliões, a resposta seria a mesma?
Não, nesse caso ele seria enquadrado no artigo 233 d o Código penal. João teve a intenção de urinar nas pessoas praticando assim ato obsceno em lugar público, exposto ao publico. Podendo pegar de tenção de três a um ano ou m ulta. Pode -se dizer que o ato obsceno é representado por qualquer atitude impudica, com a potencialidade de ferir opudor e os bons costumes de um a população
Questão objetiva. 
O Direito Penal é uma ferramenta de controle social, na medida que visa coibir condutas lesivas. Porém, num Estado Democrático de Direito, ainda que em um olhar Garantista a análise do bem jurídico é de suma importância critério limitador do poder punitivo do Estado. Assim, a partir das missões do Direito Penal, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta: 
I. Entre outras características, o Direito Penal tem natureza constitutiva e sancionatória.
 II. No Brasil, em um primeiro momento, a União Federal pode legislar sobre matéria penal. No entanto, de forma indireta e urgente, leis estaduais podem impor regras e sanções de natureza criminal. 
III. Pode-se afirmar, no tocante aos objetivos e às missões do Direito Penal, que a opinião majoritária considera que a missão do Direito Penal é a de proteger bens jurídicos de possíveis lesões ou perigos, sendo que tais bens devem ser aqueles que permitem assegurar as condições de existência da sociedade, a fim de garantir os aspectos principais e indispensáveis da vida em comunidade.
 IV. A pena, exclusiva do Direito Penal, como visa ressocializar, seu uso é sempre salutar, devendo ser utilizada mesmo nos conflitos mais simples.
 a) As assertivas I, II e III estão corretas.
 b) As assertivas II, III e IV estão corretas.
 c) As assertivas I e III estão corretas.
 d) As assertivas II e III estão corretas
DIREITO PENAL I - CCJ0007
 Título Caso Concreto 2
 Descrição
 Caso concreto.
 Leia o caso concreto abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas. Fulano de Tal, foi denunciado como incurso nas sanções do art. 306 da Lei n. 9503/97 (Código de Trânsito Brasileiro), pela prática dos fatos delituosos a seguir descritos: 
No 10 de junho de 2016, por volta das 23h44min, na BR 386, KM 248, o denunciado conduzia, em via pública, o veículo GM/Astra, Placa XXXX, cor prata, com a capacidade psicomotora alterada, em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência. Na oportunidade, o Policial recebeu um comunicado de que o denunciado estava andando em zigue-zague pela via em questão, momento em que ao passar pelo Posto da PRF empreendeu alta velocidade, sendo acompanhado pelos policiais cerca de 10 quilômetros até ser abordado. Durante a abordagem, os Policiais Federais constataram que o denunciado apresentava visíveis sinais de embriaguez. Assim, foi solicitada a realização do teste do etilômetro. Realizado o teste com aparelho de ar alveolar pulmonar (etilômetro), constatou-se que o denunciado estava com concentração de álcool por litro de sangue de 0,74 miligramas na primeira tiragem e 0,82 miligramas na segunda tiragem, conforme consta na folha 15 do expediente
. A defesa aduziu, dentre outras, a tese defensiva no sentido de que não restou comprovada qualquer circunstância indicativa da alteração da capacidade psicomotora, porquanto o acusado não se envolveu em nenhum acidente e tampouco gerou perigo de dano.
A defesa usou o principio da lesividade/ofensividade, não há crime sem lesão efetiva ao bem jurídico tutelado.
 Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os princípios norteadores do Direito Penal, identifique, de forma objetiva fundamentada, quais princípios foram suscitados pela acusação e pela defesa.
A acusação usou o principio da legalidade há crime com lei anterior que a defina conforme o art.1 CP e o art. 5 xxxix CRFB/88. Neste caso concreto o fato delitivo enquadra-se art. 306 CBT
 Questão objetiva.
 “O suicídio é um crime (assassínio) [...]. Aniquilar o sujeito da moralidade na própria pessoa é erradicar a existência da moralidade mesma do mundo, o máximo possível, ainda que a moralidade seja um fim em si mesma. Consequentemente, dispor de si mesmo como um mero meio para algum fim discricionário é rebaixar a humanidade na própria pessoa (homo noumenon), à qual o ser humano (homo phaenomenon) foi, todavia, confiado para preservação” (KANT, Immanuel, a Metafísica dos Costumes). A lei penal brasileira tipifica a conduta de terceiro que induz, instiga ou auxilia alguém a suicidar-se, conforme prevê o art.122, do Código Penal, todavia, caso o suicida sobreviva, não incidirá a ele qualquer sanção penal. Tal medida de política criminal tem por fundamento o princípio:
 a) Da lesividade. 
b) Da legalidade.
 c) Da intranscendência.
 d) Da Humanidade. 
e) Da Alteridade.
DIREITO PENAL I - CCJ0007 
Título Caso 
Concreto 3 
Descrição
Caso concreto.
 Leia a notícia abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas. 
Operação apreende mais de 100 mil CDs e DVDs piratas no Centro de Teresina Seis pessoas serão conduzidas de forma coercitiva para prestar depoimentos na delegacia. 
Do G1, em Brasília, 01/12/2017, disponível em: https://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/operacao-apreende-mais-de-100-mil-cds-e-dvdspiradas-no-centro-de-teresina.ghtml
 Uma operação da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Ordem Tributária Econômica e Relações de Consumo (Decoterc) apreendeu mais de 100 mil CDs e DVDs piratas, na manhã desta sexta-feira (1º) no Centro de Teresina. A ação policial ocorreu em seis lojas que reproduziam áudio e vídeo ilegalmente. Os estabelecimentos foram fechados e os respectivos donos encaminhados à Central de Flagrantes. O objetivo da operação é combater a sonegação de impostos e a pirataria em diversos estabelecimentos de Teresina. De acordo com o delegado Laércio Eulálio, os prejuízos para Receita são avaliados em R$ 1 milhão, que seriam aplicados em impostos e pagamento de direitos autorais. "Este tipo de comércio ilegal prejudica a economia, já que enfraquece as lojas que pagam impostos. Essa rua, segundo investigações, tem um histórico de produção e venda desse tipo de produtos", informou o delegado. A quantidade de material apreendido surpreendeu a polícia. "A demanda aqui é tão grande que estamos com problemas de carros para conduzir o material apreendido”, afirmou o delegado Laércio Eulálio, acrescentando que os sete veículos que estão no local, dentre eles um microônibus, estão lotados com os objetos encontrados nos estabelecimentos. Seis pessoas serão conduzidas de forma coercitiva para prestar depoimentos na delegacia. Segundo o delegado, elas poderão responder processos judiciais após a aberturado inquérito. "As investigações vão continuar e em breve teremos o desencadeamento de mais trabalhos como esse para combater cada vez mais a ilegalidade", finalizou o delegado.
 Com base nos estudos realizados sobre os princípios norteadores, limitadores e garantidores de Direito Penal, responda de forma objetiva e fundamentada: Aplica-se ao caso concreto o princípio da adequação social para fins de exclusão da tipicidade material relativa à conduta dos agentes?
RESPO ST A: Apesar de ser tolerado por boa parte da população, não pode ser aplicado o princípio da adequação social pois existe crime tributário contra a receita federal que deixa de arrecadar com impostos, contra gravadoras que tem prejuízos c om vendas e os artistas que deixam de receber direitos autorais.
 Questão objetiva.
 De acordo com o Professor Luiz Flávio Gomes: “A subtração de um par de chinelos (de R$ 16,00) vai monopolizar, em breve, a atenção dos onze ministros do STF, que têm milhares de questões de constitucionalidade pendentes. Decidirão qual é o custo (penal) para o pé descalço que subtrai um par de chinelos para subir de grau (na escala social) e se converter em um pé de chinelo. No dia 5/8/14, a 1ª Turma mandou para o Pleno a discussão desse tema. Reputado muito relevante. No mundo todo, a esse luxo requintadíssimo pouquíssimas Cortes Supremas se dão (se é que exista alguma outra que faça a mesma coisa). Recentemente outros casos semelhantes foram julgados pelo STF: subtração de 12 camarões (SC), de um galo e uma galinha (MG), de 5 livros, de 2 peças de picanha (MG), etc. Um homem, em MG, pelo par de chinelos (devolvido), foi condenado a um ano de prisão mais dez dias-multa. Três instâncias precedentes (1º grau, TJMG e STJ) fixaram o regime semiaberto para ele (porque já condenado antes por crime grave: outra subtração sem violência) (...)”. (Disponível em:
a) Da legalidade e da reserva legal.
 b) Da intervenção mínima.
 c) Da insignificância.
 d) Da adequação social.
 e) Da fragmentariedade
DIREITO PENAL I - CCJ0007 
Título
 Caso Concreto 4
 Descrição 
Caso concreto 
Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas. Belízia e Adamastor mantém um relacionamento estável e moram juntos há um ano, entretanto Adamastor esconde da amada uma dívida de R$5.0000,00 por temor que ela o abandone em decorrência da mentira. Cobrado da dívida, ele decide pegar emprestado o valor com Belízia sem o conhecimento desta. Desta forma, forja um investimento e diz a ela que o rendimento será enorme em um curto período de tempo. Belízia transfere a referida quantia para a conta corrente de Adamastor certa de que terá a restituição e os respectivos frutos em breve. Sendo certo que, desde o início, Adamastor induziu Belízia a erro a fim de pagar sua dívida sem contar à amada, em tese, sua conduta configura a figura típica de estelionato, previsto no art.171, do Código Penal.
 Ante o exposto, com base nos estudos acerca da Interpretação e Integração da norma penal, responda de forma objetiva e fundamentada:
qual fundamento será utilizado pela defesa para fins de aplicação do disposto no art.181, I, do Código Penal? 
RESPO ST A: O Código Penal, pelo art. 181, prevê isenção de pen a para quem comete algum dos crimes contra o patrimônio, previstos no Título II da sua parte especial, s em violência ou grave ameaça, contra cônjuge, as c endente ou descendente, desde que a vítima seja menor de 60 (sessenta) anos . A essa isenção dá-se o nome de escusa absolutória. Em bora o dispositivo legal refira-se a cônjuge, a verdade é que a imunidade também alcança os casos de união estável, reconhecida por lei c om o entidade familiar (CC, art. 1.723 e s .), estabelecendo, assim , tal como no matrimônio, direitos e obrigações de ordem patrimonial.
Diferencie analogia, interpretação analógica e interpretação extensiva. 	
RESPO ST A: A analogia é um a forma de auto- integração da lei, uma forma de aplicação da norma legal, um método de integração do sistema jurídico, que pressupõe a ausência de lei que discipline especificam ente a situação que enseja a extensão de um a norma jurídica de um c as o previsto a um c as o não previsto, c om fundamento na semelhança entre ambos . Como não há norma reguladora para a hipótese, em presta-se um a lei existente a plicada a um caso, para outro similar. 
A interpretação analógica, ela é o processo de averiguação do sentido da norma jurídica, valendo-se de elementos fornecidos pela própria l ei, através de método de semelhança. Ocorre sempre que o legislador apresenta uma forma casuística (fechada) seguida de um a fórmula genérica (aberta).
 A interpretação extensiva, é o processo de extração do autêntico s ignificado da norma, ampliando-se o alcance das palavras legais, a fim de s e atender a real finalidade do texto. Nesta, existe uma norma regulando a hipótese, de m odo que não s e aplica a norma do caso análogo, não mencionando, tal norma, expressam ente essa eficácia, devendo o intérprete ampliar seu significado além do que es tiver expresso.
Questão objetiva. 
Motorista é preso por embriaguez ao volante após acidente em Itapetininga Segundo a PM, acidente foi registrado no Jardim Itália. Condutora do outro veículo foi socorrida com ferimentos leves.
 (disponível em: https://g1.globo.com/sp/itapetininga-regiao/noticia/2018/07/23/policiaprende-motorista-por-embriaguez-ao-volante-em-itapetininga.ghtml, atualizado em 23/07/2018 11h37)
 Um homem foi preso suspeito de dirigir embriagado após se envolver em um acidente com outro carro, neste domingo (22), no bairro Jardim Itália, em Itapetininga (SP). De acordo com a polícia, a batida aconteceu no cruzamento entre a rua Antonio Fogaça de Almeida e Expedicionários Itapetininganos. Devido ao impacto, a motorista do veículo atingido foi socorrida com ferimentos leves e levada ao Hospital Regional. Ainda segundo a polícia, o motorista que causou o acidente não ficou ferido, mas durante o atendimento da ocorrência os policiais notaram que ele estava embriagado. Porém, o homem se negou a fazer o teste do bafômetro. Após o acidente, o motorista foi levado para a delegacia, onde foi autuado por embriaguez ao volante. Uma fiança de R$ 1 mil foi arbitrada e, após pagamento, ele foi liberado. A CNH dele foi suspensa.
 No caso exposto, uma vez que a condutora do outro veículo sofreu lesões corporais culposas, surge o denominado conflito aparente de normas entre figuras típicas do Código Penal e do Código de Trânsito Brasileiro, (CTB. Lei n.9503/1997). O referido conflito deverá ser solucionado pelo princípio:
 a) Alternatividade 
b) Especialidade 
c) Consunção 
d) Subsidiariedade
DIREITO PENAL I - CCJ0007
 Título
 Caso Concreto 5
 Descrição 
Caso concreto
 Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas: No dia 20 de março de 2016, por volta de 23h25min, na Estrada Ademar Ferreira Torres, 230, na cidade do Rio de Janeiro, Carlos agindo de forma livre e consciente, mediante grave ameaça exercida por palavras de ordem e pelo emprego de arma de fogo, subtraiu, em proveito próprio, coisa alheia móvel, consistente em bens de propriedade de Abelardo, dentre os quais um veículo GM Cruze, cor preta, placa XYZ 0000, um aparelho de telefone celular e documentos pessoais. Dos fatos, Carlos restou denunciado como incurso nas penas do art. 157, §2º, incisos I, do Código Penal, todavia a sentença julgou parcialmente procedente a pretensão punitiva estatal e condenou o denunciado Carlos pela prática da conduta típica prevista no artigo 157, § 2º-A, do Código Penal por força da alteração legislativa ocorrida no referido dispositivo pela Lei n.13.654, de 23 de abril, de 2018.
 
 Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre lei penal no tempo, responda de forma objetiva e fundamentada: a decisão do magistrado ao adotar a nova lei quando da aplicação da sentença está correta?
RESPOSTA: O juiz agiu errado, pois trata-se de uma novatio legis.
 Questão objetiva.Em razão do aumento do número de crimes de dano qualificado contra o patrimônio da União (pena: detenção de 6 meses a 3 anos e multa), foi editada uma lei que passou a prever que, entre 20 de agosto de 2015 e 31 de dezembro de 2015, tal delito (Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal) passaria a ter pena de 2 a 5 anos de detenção. João, em 20 de dezembro de 2015, destrói dolosamente um bem de propriedade da União, razão pela qual foi denunciado, em 8 de janeiro de 2016, como incurso nas sanções do Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal. Considerando a hipótese narrada, no momento do julgamento, em março de 2016, deverá ser considerada, em caso de condenação, a pena de:
 A) 6 meses a 3 anos de detenção, pois a Constituição prevê o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica ao réu.
 B) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei temporária tem ultratividade gravosa.
 C) 6 meses a 3 anos de detenção, pois aplica-se o princípio do tempus regit actum (tempo rege o ato). 
D) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei excepcional tem ultratividade gravosa.
DIREITO PENAL I - CCJ0007
 Título 
Caso Concreto 6
 Descrição
 Caso concreto
. Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas: No dia 10 de janeiro do corrente ano, por volta das 03h20min, na Avenida Nossa Senhora Aparecida, n. 10, Vila Aparecida, em Alvorada/RS, o denunciado portava arma de fogo de uso permitido, consistente em uma pistola, marca Taurus, calibre 380, numeração suprimida, municiada com 11 (onze) munições de mesmo calibre, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Na ocasião, o acusado dispensou no chão arma de fogo, após perceber a presença de viatura da Brigada Militar, os quais efetuavam patrulhamento de rotina na região. Posteriormente, foi localizada a arma de fogo acima referida sendo apreendida e submetida à perícia preliminar de exame de eficácia, a qual constatou estar a mesma em condições normais de uso e funcionamento. Dos fatos, o agente restou denunciado pela conduta prevista no art. 16, parágrafo único, inciso IV, da Lei nº 10.826/03 - Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito ( Estatuto do Desarmamento). Com base nos estudos realizados sobre a classificação dos delitos, indaga-se: 
a)Qual a distinção entre crimes de dano e perigo? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Crime de dano: Aquele que se consuma com a efetiva lesão do bem jurídico (Exemplo: homicídio)
Crime de perigo: Se consome com a mera situação de risco e que fica exposto e que fica exposto o objeto material do crime (Exemplo: Rixa) 
No caso concreto, qual a correta classificação do delito previsto no art.16, da Lei n.10826/2003?
Crime de porte ilegal de arma, é um crime abstrato, não exige demonstração de ofensividade real para sua consumação, sendo irrelevante para sua configuração encontra -se a arma mi nutada ou não. O fato é típico
 Questão objetiva.
 Segundo a qualificação doutrinária dos crimes, assinale a alternativa incorreta: 
a) Ocorre delito putativo por erro de proibição quando o agente supõe estar infringindo uma norma penal que na realidade não existe. Já no delito putativo por erro de tipo o agente se equivoca quanto a existência das elementares do tipo. Um exemplo do primeiro poderia ser o da mulher que supondo estar grávida (quando não está na verdade) ingere substância abortiva;
 b) Crime próprio é o que somente pode ser cometido por determinada categoria de pessoas, pois pressupõe no agente uma particular condição ou qualidade. Um exemplo pode ser o crime de aborto provocado pela gestante. Já o crime de mão própria é aquele que somente pode ser cometido pelo sujeito em pessoa, como o falso testemunho; 
c) Para o crime habitual é necessária reiteração da mesma conduta reprovável, de forma a constituir um estilo ou hábito de vida, como o crime de curandeirismo. O crime continuado difere do habitual, porque naquele cada ação praticada constitui-se isoladamente em crime; já no crime habitual, cada conduta tomada isoladamente não se constitui em delito;
 d) Crime instantâneo é o que se perfaz num só momento, como o homicídio. O crime permanente é aquele cujo momento consumativo se protrai no tempo, como o sequestro. Já no crime instantâneo de efeitos permanentes, o crime se consuma em um dado momento, mas os efeitos da conduta perduram no tempo, como o homicídio; 
e)Crime de ação múltipla é aquele que contempla no tipo várias modalidades de ação para sua prática, como o induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio. Já no crime de forma livre, a descrição típica não encerra qualquer forma de ação específica para sua prática, como o homicídio
.
DIREITO PENAL I - CCJ0007 
Título 
Caso Concreto 7
 Descrição
 Caso concreto.
 Leia à situação hipotética narrada abaixo e responda às questões formuladas: Ratão e Ratinho, por volta das 13 horas, invadiram uma residência e anunciaram o assalto à Adriana, adolescente, que estava sozinha na casa. Amarraram a vítima, trancando-a em um dos quartos do imóvel. Os dois permaneceram por aproximadamente 45 minutos no local, buscando objetos e valores. Quando já estavam saindo, carregando uma TV e um notebook, ouviram um barulho, que identificaram como sendo uma sirene de viatura policial. Temendo serem presos, empreenderam fuga, sem nada levar. Socorrida a vítima e acionada a Polícia Civil, restou esclarecido que a sirene supostamente ouvida pelos assaltantes era a sineta de encerramento de aula de uma escola situada ao lado da residência. Os autores do crime foram descobertos em seguida e denunciados como incursos na conduta de roubo tentado majorado por concurso de agentes e restrição da liberdade da vítima (art.157, §2º, II e V n.f art.14, II, ambos do Código Penal).
 Sendo certo que a responsabilização penal pela tentativa se encontra descrita no art.14, II e parágrafo único, do Código Penal e não na própria figura típica do art.157, do Código Penal pergunta-se: A partir dos estudos realizados sobre a relação entre Tipo Penal, Tipicidade e Adequação Típica, qual a natureza jurídica do tipo penal descrito no art.14, II, do Código Penal? Responda de forma objetiva e fundamentada.
 Questão objetiva. 
Sobre tipicidade, considere as afirmações abaixo.
 I - Os princípios da insignificância penal e da adequação social se identificam, ambos caracterizados pela ausência de preenchimento formal do tipo penal.
 II - Tipicidade legal é a individualização que a lei faz da conduta, mediante o conjunto dos elementos descritivos e valorativos (normativos) de que se vale o tipo legal.
 III - A tipicidade conglobante é um corretivo da tipicidade legal, posto que pode excluir do âmbito do típico aquelas condutas que apenas aparentemente estão proibidas. Quais estão corretas? 
a) Apenas I.
 b) Apenas II e III. 
c) Apenas III. 
d) Apenas I e II.
 e) I, II e III
	
DIREITO PENAL I - CCJ0007 
Título Caso Concreto 8 
Descrição
 Caso concreto.
 Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas. 'Pena já foi a morte', diz delegado sobre pai que esqueceu filho em carro Menino de dois anos morreu após passar 5 horas trancado em carro em MT. Causa da morte foi asfixia por confinamento, segundo laudo do IML. 28/01/2016 18h18 - Atualizado em 28/01/2016 18h24 Disponível em http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2016/01/pena-ja-foi-morte-dizdelegado-sobre-pai-que-esqueceu-filho-em-carro.html A Polícia Civil acredita que a Justiça deverá aplicar o perdão judicial após o envio do inquérito que apura a morte de uma criança de dois anos que foi esquecida dentro de um carro em Cuiabá. Frederico era filho do delegado Geraldo Gezoni, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e morreu na última terça-feira (26). O caso será investigado pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica). Segundo o delegado Eduardo Botelho, o procedimento de investigação é comum na polícia e, após o fim da apuração do caso, oinquérito será encaminhado ao Poder Judiciário. O delegado disse que aguarda apenas o encaminhamento do expediente por parte da DHPP, que atendeu o caso, e o resultado do exame de necropsia da criança para realizar a abertura do inquérito. A partir da situação narrada e dos estudos realizados sobre as teorias da conduta, responda às questões formuladas: 
Qual a distinção entre as condutas comissivas e omissivas?
R.: Na conduta comissiva, o sujeito da ação se manifesta por intermédio de um movimento corpóreo tendente a uma finalidade. Nas condutas omissivas, o sujeito deixa de fazer alguma coisa ou permite a produção de um resultado mediante inação
 b) Qual o fundamento para a responsabilização penal do denominado agente garantidor?
R.: No art. 13, § 2º, CP , diz que “a omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância”
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c)com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
 Questão objetiva.
 Analise as assertivas abaixo e selecione a opção correta:
I Para a teoria finalista, ação é a conduta do homem, comissiva ou omissiva, dirigida a uma finalidade e desenvolvida sob o domínio da vontade do agente, razão pela qual não reputa criminosa a ação ocorrida em estado de inconsciência, como no caso de quem, durante o sono, sonhando estar em legítima defesa, esbofeteia e causa lesão corporal na pessoa que dorme ao seu lado. Para esta mesma teoria, a culpabilidade não é psicológica, nem psicológico-normativa.
 II. Os princípios da adequação social e da insignificância, sugeridos pela doutrina, servem de instrumentos de interpretação restritiva do tipo penal, que afetam a tipicidade material do fato.
 III. Os crimes omissivos impróprios são de estrutura típica aberta e de adequação típica de subordinação mediata. Só podem ser praticados por determinadas pessoas, embora qualquer pessoa possa, eventualmente, estar no papel de garante. Neles, descumpre-se tão somente a norma preceptiva e não a norma proibitiva do tipo legal de crime ao qual corresponda o resultado não evitado.
 IV. Segundo o Código Penal, a omissão imprópria tem relevância penal sempre que houver o dever de impedir o resultado, independentemente do omitente ter ou não possibilidade de evitá-lo. Estão corretas as assertivas:
 a) I e II.
 b) I e III.
 c) II e IV.
 d) I, II e III.
DIREITO PENAL I - CCJ0007 
Título Caso
 Concreto 9
 Descrição
 Caso concreto.
 Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas: No dia 31 de março de 2012 (sábado), por volta das 19h30 min, na Avenida X, Antonino, dirigindo o veículo VW/Fusca 1300, placas XXX, cor verde, ano de fabricação/modelo 1976, atropelou Felizberto, causando-lhe lesões corporais das quais adveio sua morte por hemorragia encefálica consecutiva a fraturas de ossos do crânio.
 Restou comprovado que Antonino estava conduzindo seu veículo em estado de embriaguez alcoólica e em velocidade aproximada de 50km/h, durante a noite, com os faróis do veículo desligados, bem como sem possuir habilitação para conduzir veículo automotor, quando simplesmente colheu frontalmente a vítima, a qual caminhava bem próximo ao meio fio da calçada, causando-lhe as graves lesões corporais que o levaram a óbito. O acusado foi preso em flagrante e, no mesmo dia, posto em liberdade mediante o pagamento de fiança. Ante o exposto, a partir dos estudos sobre a teoria finalista da ação, responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas:
diferencie as condutas dolosas e culposas e apresente seus elementos caracterizadores.
A conduta dolosa consiste em uma conduta voluntária que realiza um fato ilícito onde o agente não quer, mas que foi por ele previsto (culpa consciente ) ou lhe era previsível (culpa inconsciente ) e que podia ser evitado se o agente atuas se com o de vido cuidado 
No caso concreto ora narrado, a conduta se configura dolosa ou culposa?
No dolo eventual o agente prevê o resultado, não se importando que venha ele a ocorrer.
A conduta restará tipificada no Código Penal ou no Código de Trânsito Brasileiro (Lei n.9503/1997)?
Segundo o principio da especialidade seria mais relevante ele responder pela lei de trânsito
 Questão objetiva.
 Com a desclassificação no torneio nacional, o presidente do clube AZ demite o jogador que perdeu o pênalti decisivo. Irresignado com a decisão, o futebolista decide matar o mandatário. Para tanto, aproveitando o dia da assinatura de sua rescisão, acopla bomba no carro do presidente que estava estacionado na sede social do clube. O jogador sabe que o motorista particular do dirigente será fatalmente atingido e tem a consciência que não pode evitar que torcedores ou funcionários da agremiação, próximos ao veículo, venham a falecer com a explosão. Como para ele nada mais importa, a bomba explode e, lamentavelmente, além das mortes dos dois ocupantes do veículo automotor, três torcedores e um funcionário morrem. A partir da leitura desse caso, é correto afirmar que o indiciamento do jogador pelos crimes de homicídio sucederá 
a) por dolo direto de primeiro grau em relação ao presidente e ao motorista. 
b) por dolo eventual em relação ao motorista; aos torcedores e ao funcionário.
 c) por dolo direto de segundo grau em relação ao presidente e ao motorista
d) por dolo eventual apenas em relação aos torcedores.
 e) por dolo direto de segundo grau apenas em relação ao motorista.
DIREITO PENAL I - CCJ0007 
Título
 Caso Concreto 10
 Descrição 
Caso concreto.
 Leia à notícia transcrita abaixo e responda às questões formuladas: Acidente envolvendo três veículos causa uma morte na RS-115 em Taquara Rodovia, no limite entre Taquara e Igrejinha, ficou bloqueada por cerca de quatro horas neste sábado (disponível em: 
https://gauchazh.clicrbs.com.br/transito/noticia/2018/04/acidenteenvolvendo-tres-veiculos-causa-uma-morte-na-rs-115-em-taquaracjfzeow47000a01qlhzjfs6aa.html.Atualizada em 14/04/2018 - 11h07min)
 Um acidente envolvendo três veículos causou uma morte, por volta de 6h30min deste sábado (14), entre os quilômetros 3 e 4 da RS-115, no limite entre Taquara e Igrejinha. A vítima está no local, aguardando perícia, e a via ficou totalmente bloqueada por cerca de quatro horas. Segundo informações iniciais, o acidente foi quase em frente ao posto do Corpo de Bombeiros de Taquara. Houve uma colisão frontal entre um veículo Uno, com placas de Taquara, e um caminhonete Montana. O condutor do Uno, Telminho Santos da Silva, 51 anos, foi arremessado para fora do carro após o impacto. Ele morreu no local. Duas pessoas que estava na caminhonete ficaram feridas. Logo após a colisão, um veículo Corolla bateu no Uno e ainda atingiu a vítima que estava na pista. O motorista do Corolla não ficou ferido. O Batalhão Rodoviário da Brigada Militar sinalizou o trecho e orientou motoristas sobre desvios no local. No entanto, com a chegada da perícia e com a retirada dos carros que estavam na pista, a rodovia foi liberada logo depois das 10h30. A Em relação ao trabalho pericial, um servidor deslocado para atender a ocorrência informou que foi acionado somente por volta de 8h30min. Os nomes das pessoas feridas não foram divulgados. Ante o exposto, responda de forma objetiva e fundamentada: 
a) Quais as teorias adotadas pelo Código Penal acerca da Relação de Causalidade?
 b) No caso narrado, caso a vítima que se encontrava na pista em decorrência do acidente entre o veículo Uno e a caminhonete Montana, tivesse vindo a óbito em decorrência da conduta do motorista do Corolla, o resultado morte seria imputado a todos os condutores envolvidos no acidente?
 Questão objetiva.
 Analise as assertivas abaixo, acerca da Relação de Causalidade e Resultado e assinale a opção correta:
I Para a teoria da conditio sine qua non, se a vítima morre quandopoderia ter sido salva, caso levada, logo após o fato, a atendimento médico, responde o agente da ação com animus necandi por homicídio consumado. Mas, se levada a socorro em hospital, morresse por efeito de substância tóxica ministrada por engano pela enfermeira, o agente responderia por tentativa de homicídio e não por homicídio consumado.
 II. Para a teoria da imputação objetiva, o ato de imputar significa atribuir a alguém a realização de uma conduta criadora de um risco relevante e juridicamente proibido e a produção de um resultado jurídico. Pressupõe um perigo criado pelo agente e não coberto por um risco permitido dentro do alcance do tipo. O risco permitido conduz à atipicidade, e o risco proibido, quando relevante, à tipicidade. A imputação objetiva constitui elemento normativo implícito do tipo penal. 
III. Considera-se o delito de extorsão mediante sequestro, previsto no art.159, do Código Penal, um crime instantâneo de efeito permanente, já que seu momento consumativo é instantâneo, mas seus efeitos perduram no tempo. 
IV. Segundo a teoria da imputação objetiva, cuja finalidade é limitar a responsabilidade penal, o resultado não pode ser atribuído à conduta do agente quando o seu agir decorre da prática de um risco permitido ou de uma conduta que diminua o risco proibido.
 Estão corretas as assertivas:
 a) I, II e III.
 b) I, II e IV. 
c) II, III e IV. 
d) I e II
DIREITO PENAL I - CCJ0007
 Título 
Caso Concreto 11
 Descrição
 Caso concreto Leia à notícia transcrita abaixo e responda às questões formuladas:
 https://www.google.com.br/amp/g1.globo.com/ro/vilhena-e-conesul/noticia/2016/07/homem-e-flagrado-em-loja-com-pe-de-cabra-em-tentativa-de-furtoem-ro.amp (03/07/2016 ) 
 VILHENA E CONE SUL 
Homem é flagrado em loja com pé de cabra em tentativa de furto em RO
 PM foi chamada, pois alguém teria quebrado vidro do estabelecimento. Suspeito tem condenação por furto e foi levado para Ressocialização.
 Um homem de 25 anos foi preso em flagrante por tentativa de furto em uma loja de móveis e eletrodomésticos na madrugada deste domingo (3). A Polícia Militar (PM) foi chamada a comparecer no estabelecimento, no bairro Cristo Rei, em Vilhenax (RO), pois alguém teria quebrado o vidro do local. No endereço, os policiais flagraram o suspeito com um pé de cabra.
 Conforme a PM, ao ver a viatura, o homem tentou se desfazer da ferramenta, jogando-a no lixo. Na loja foram encontrados uma bolsa, uma chave de roda de caminhão e outro objeto utilizado para estourar cadeados. Ele foi levado para o Centro de Ressocialização Cone Sul, pois já tem condenação por furto.
 Diante da situação fática narrada e dos estudos sobre o iter criminis, responda de forma objetiva e fundamentada às questões formuladas:
 a) A partir da análise do iter criminis, identifique em que fase o agente se encontrava.
 b) Ainda, a partir da premissa de que o agente tentou se desfazer da ferramenta, jogando-a no lixo, sua conduta configuraria tentativa ou desistência voluntária?Quais seus consectários penais? 
Questão objetiva.
 Decidido a praticar crime de furto na residência de um vizinho, João procura o chaveiro Pablo e informa do seu desejo, pedindo que fizesse uma chave que possibilitasse o ingresso na residência, no que foi atendido. No dia do fato, considerando que a porta já estava aberta, João ingressa na residência sem utilizar a chave que lhe fora entregue por Pablo, e subtrai uma TV. Chegando em casa, narra o fato para sua esposa, que o convence a devolver o aparelho subtraído. No dia seguinte, João atende à sugestão da esposa e devolve o bem para a vítima, narrando todo o ocorrido ao lesado, que, por sua vez, comparece à delegacia e promove o registro próprio. Considerando o fato narrado, na condição de advogado(a), sob o ponto de vista técnico, deverá ser esclarecido aos familiares de Pablo e João que:
 a) nenhum deles responderá pelo crime, tendo em vista que houve arrependimento eficaz por parte de João e, como causa de excludente da tipicidade, estende-se a Pablo. 
b) ambos deverão responder pelo crime de furto qualificado, aplicando-se a redução de pena apenas a João, em razão do arrependimento posterior. 
c) ambos deverão responder pelo crime de furto qualificado, aplicando-se a redução de pena para os dois, em razão do arrependimento posterior, tendo em vista que se trata de circunstância objetiva.
 d) João deverá responder pelo crime de furto simples, com causa de diminuição do arrependimento posterior, enquanto Pablo não responderá pelo crime contra o patrimônio.
DIREITO PENAL I - CCJ0007 
Título 
Caso Concreto 12
 Descrição 
Caso concreto.
 Leia a notícia abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas. 
No Acre, mulher alega legítima defesa e é absolvida de homicídio contra ex: 'apanhou por três anos', diz defesa. Ré esfaqueou o ex-marido durante uma briga no bairro Vitória em Rio Branco, em novembro de 2014. Júri popular entendeu que ela agiu em legítima defesa após ser agredida.
 (Disponível em: https://g1.globo.com/ac/acre/noticia/no-acre-mulher-alega-legitimadefesa-e-e-absolvida-de-homicidio-contra-ex-apanhou-por-tres-anos-diz-mae.ghtml)
 Atualizado em: Atualizado 15/03/2018 18h42.
 O Tribunal do Júri de Rio Branco absolveu Karine Fonseca, de 21 anos, acusada de matar o ex-marido, em novembro de 2014, no bairro Vitória, na capital acreana. À Justiça, ela alegou que deu uma facada no homem, após ter sido agredida durante uma briga na casa dele. O julgamento ocorreu no Dia da Mulher, comemorado no dia 8 de março, mas o Tribunal de Justiça divulgou somente na quarta-feira (14). Um dos advogados de Karine, Fábio Santos, informou que a mulher já tinha registrado um boletim de ocorrência contra o ex-marido e que existia uma medida protetiva em seu favor desde o início do ano de 2014. Ele contou que o casal viveu junto por três anos e sofreu agressão desde o início.
 No dia do crime, segundo o advogado, a acusada foi até a casa do ex-marido para buscar as coisas que ele havia comprado para a filha deles, que na época tinha 2 anos, e, quando chegou, ele pediu que ela ficasse no local por um tempo. Eles dois teriam ingerido bebida alcoólica e à tarde, quando a mulher disse que ia embora, iniciou-se uma discussão. Nesse momento, ela correu para a cozinha e pegou uma faca para se defender. Foi quando o homem se aproximou para seguir com as agressões e ela o atingiu com uma facada na região do peito. A mulher chamou o Serviço de Atendimento Móvel (Samu) e saiu do local, mas foi presa em flagrante e ficou no presídio durante três meses. Depois, foi solta e passou a responder em liberdade. “No dia em que ela foi presa, ela aparentava escoriações, ele tinha agredido ela no dia que ela o matou. Ele já tinha sido preso anteriormente por agredir a mulher antes de Karine. Levantamos duas teorias, que foi a legítima defesa e outra foi a falta de necessidade da pena. Ela apanhou por três anos”, afirmou a defesa. Conforme o TJ-AC, o Júri Popular entendeu que o homicídio ocorreu em legítima defesa em decorrência da agressão física e verbal em que a mulher passava pelo ex-marido, no momento em que decidiu dar a facada. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre ilicitude e causas excludentes, responda de forma objetiva e fundamentada: 
a) Qual a distinção entre legítima defesa e estado de necessidade? 
b) Ainda, o conselho de sentença tivesse entendido que Karine Fonseca atuou em excesso, ainda assim teria sido absolvida? 
Questão objetiva.
 Oficial de Justiça ingressa em comunidade no interior do Estado de Santa Catarina para realizar intimação de morador do local. Quando chega à rua, porém, depara-se com a situação em que um inimputável em razão de doença mental está atacando com um pedaço de madeira uma jovem de 22 anos que apenas caminhava pela localidade. Verificando que a vida da jovem estavaem risco e não havendo outra forma de protegêla, pega um outro pedaço de pau que estava no chão e desfere golpe no inimputável, causando lesão corporal de natureza grave. 
Com base apenas nas informações narradas, é correto afirmar que, de acordo com a doutrina majoritária, a conduta do Oficial de Justiça: 
a) não configura crime, em razão da atipicidade;
 b) não configura crime, em razão do estado de necessidade; 
c) configura crime, mas o resultado somente poderá ser imputado a título de culpa, em razão do estado de necessidade; 
d) não configura crime, em razão da legítima defesa; 
e) configura crime, tendo em vista que não havia direito próprio do Oficial de Justiça em risco para ser protegido
DIREITO PENAL I - CCJ0007
 Título Caso Concreto 13 
Descrição
 Caso concreto.
 Leia a notícia transcrita abaixo e responda às questões formuladas: Policiais agiram em 
legítima defesa em confronto com sem-terra, afirma PF
 Conclusão faz parte do inquérito que apura caso ocorrido no dia 7 de abril. 
No enfrentamento, em Quedas do Iguaçu, dois membros do MST morreram.
 Disponível em: http://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2016/07/ 
A Polícia Federal concluiu que os policiais militares que entraram em confronto com integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Quedas do Iguaçu, no oeste do Paraná, agiram em legítima defesa. A conclusão faz parte do inquérito policial federal que investiga o enfrentamento ocorrido no dia 7 de abril, quando dois sem-terra morreram e ao menos seis ficaram feridos. Em nota, a PF diz que foram ouvidas 28 pessoas, feitas perícias em veículos, além da simulação do confronto e a necropsia no corpo dos dois mortos. “Concluiu-se que a ação policial resultou da utilização proporcional do uso da força em legítima defesa, não tendo sido detectado excesso por parte dos policiais envolvidos”, aponta o documento. O inquérito, que será encaminhado ao Ministério Público Estadual (MP-PR) em Quedas do Iguaçu, relata ainda que nenhum integrante do MST foi indiciado, já que nenhuma outra pessoa portava “armas de fogo no momento do confronto, exceto dois integrantes que vieram a falecer no local” e os policiais. Detalhes sobre o que foi apurado pela PF devem ser informados pelo delegado responsável pelo caso em uma coletiva de imprensa marcada para as 17h na delegacia de Cascavel. Ao G1 a assessoria de imprensa do MST informou que os advogados que atuam no caso ainda não receberam o resultado do inquérito e que por isso não devem se pronunciar por enquanto. Investigações
 O caso também é investigado internamento pela Polícia Militar e pela Polícia Civil, cujo inquérito foi encaminhado no dia 15 de abril incompleto ao Ministério Público (MP-PR), que o devolveu e solicitou mais informações. Na época, a delegada Ana Karine Palodetto declarou que, pela falta de depoimentos de alguns sem-terra que foram intimados e não compareceram à delegacia, não foi possível definir de quem partiu o primeiro tiro.
 Tanto os policiais como os sem-terra garantem que foram vítimas de uma emboscada, mas divergem nas versões. Enquanto um dos integrantes do MST feridos e detidos no mesmo dia do confronto diz que a polícia foi a primeira a atirar, outro afirma ter partido dos próprios sem-terra o primeiro disparo. Esta é a mesma versão defendida pelo advogado do MST, Claudemir Torrente Lima, o qual acrescenta inclusive que os acampados foram atingidos pelas costas. O confronto ocorreu na Linha Fazendinha, próximo ao acampamento Dom Tomás Balduíno, quando policiais ambientais disseram ter sido acionados para atender um suposto princípio de incêndio na área de reflorestamento da Araupel. Na época, o acampamento reunia 2,5 mil famílias.
 A partir dos estudos realizados sobre causas excludentes de ilicitude, indaga-se: 
a) Os policias militares somente poderiam alegar legítima defesa ou também seria possível a alegação de estado de necessidade ou estrito cumprimento do dever legal? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
b) Caso, efetivamente, no curso da ação penal, fosse caracterizada a legítima defesa por parte dos policiais militares, mas através da tese apresentada pelo advogado do MST fosse comprovada a ocorrência de excesso por parte dos policiais militares, qual seria a correta fundamentação da defesa do MST?
 Questão objetiva.
 Determinado policial, ao cumprir um mandado de prisão, teve de usar a força física para conter o acusado. Após a concretização do ato, o policial continuou a ser fisicamente agressivo, mesmo não havendo a necessidade. Nessa situação hipotética, o policial:
 a) excedeu o estrito cumprimento do dever legal.
 b) abusou do exercício regular de direito.
 c) prevaleceu-se de condição excludente de ilicitude.
 d) agiu sob o estado de necessidade. e) manifestou conduta típica de legítima defesa.
DIREITO PENAL I - CCJ0007 
Título 
Caso Concreto 14
 Descrição 
Caso concreto 
Leia ao caso concreto narrado abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas de acordo com os temas abordados no plano de aula:
 No dia 25 de dezembro de 2017, Carlos, funcionário público, recebe uma visita inesperada de João, seu superior hierárquico, em sua residência. João informa a Carlos que estava sendo investigado pela prática de um delito e exige que este altere informação em determinado documento público, mediante falsificação, de modo a garantir que não sejam obtidas provas do crime que vinha sendo investigado, assegurando que, caso a ordem não fosse cumprida, sequestraria o filho de Carlos e que a restrição da liberdade perduraria até o atendimento da exigência. Diante desse comportamento de João, Carlos falsifica o documento público, mas vem a ser descoberto e denunciado pela prática do crime previsto no Art. 297 do Código Penal (falsificação de documento público). Com base apenas nessas informações, a partir dos estudos realizados sobre culpabilidade e causas excludentes, responda de forma objetiva e fundamentada: (QUESTÃO DE CONCURSO PÚBLICO. MODIFICADA)
 a) Qual a concepção finalista de culpabilidade no Estado Democrático de Direito consubstanciado na CRFB/1988?
 b) Qual a tese defensiva a ser apresentada pelo advogado de Carlos em busca de sua absolvição? 
Questão objetiva.
 Em seu primeiro evento na faculdade, Rodrigo ingeriu, com a intenção de comemorar, grande quantidade de bebida alcoólica. Apesar de não ter intenção, a grande quantidade de álcool fez com que ficasse embriagado e, em razão desse estado, acabou por iniciar discussão desnecessária e causar lesão corporal grave em José, ao desferir contra ele dois socos. Todas as informações acima são confirmadas em procedimento de investigação criminal. Ao analisar as conclusões do procedimento caberá ao Promotor de Justiça reconhecer: 
a) a ausência de culpabilidade do agente diante da situação de embriaguez culposa. 
b) a ausência de culpabilidade do agente em razão da embriaguez completa, proveniente de caso fortuito, aplicando-se medida de segurança. 
c) a existência de conduta típica, ilícita e culpável, inclusive com presença da agravante da embriaguez pré-ordenada. 
d) a existência de conduta típica, ilícita e culpável, pois a embriaguez foi culposa, não sendo possível imputar a agravante da embriaguez pré-ordenada. 
e) a existência de conduta típica, ilícita e culpável, pois a embriaguez foi voluntária, não sendo possível imputar a agravante da embriaguez pré-ordenada.
DIREITO PENAL I - CCJ0007 
Título 
Caso Concreto 15
 Descrição 
Caso concreto 
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas: Pedro, jovem rebelde, sai à procura de Henrique, 24 anos, seu inimigo, com a intenção de matá-lo, vindo a encontrá-lo conversando com uma senhora de 68 anos de idade. Pedro saca sua arma, regularizada e cujo porte era autorizado, e dispara em direção ao rival. Ao mesmo tempo, a senhora dava um abraço de despedida em Henrique e acaba sendo atingida pelo disparo.Henrique, que não sofreu qualquer lesão, tenta salvar a senhora, mas ela falece. Com base nos estudos realizados sobre Teoria do Erro, responda: (Questão de Concurso MODIFICADA). 
a) Identifique as espécies de erro. Responda de forma objetiva e fundamentada.
 b) Aplica-se à conduta de Pedro a causa de aumento em razão da idade da vítima? Responda de forma objetiva e fundamentada.
 Questão objetiva.
 Considere trechos do poema abaixo: (...) Meu leiteiro tão sutil de passo maneiro e leve, antes desliza que marcha. É certo que algum rumor sempre se faz: passo errado, vaso de flor no caminho, cão latindo por princípio, ou um gato quizilento. E há sempre um senhor que acorda, resmunga e torna a dormir.
 Mas este acordou em pânico (ladrões infestam o bairro), não quis saber de mais nada. O revólver da gaveta saltou para sua mão. Ladrão? se pega com tiro. Os tiros na madrugada liquidaram meu leiteiro. Se era noivo, se era virgem, se era alegre, se era bom, não sei, é tarde para saber.
 Mas o homem perdeu o sono de todo, e foge pra rua.
 Meu Deus, matei um inocente. Bala que mata gatuno também serve pra furtar a vida de nosso irmão. Quem quiser que chame médico, polícia não bota a mão neste filho de meu pai. Está salva a propriedade. A noite geral prossegue, a manhã custa a chegar, mas o leiteiro estatelado, ao relento, perdeu a pressa que tinha.
 Da garrafa estilhaçada, no ladrilho já sereno escorre uma coisa espessa que é leite, sangue... não sei. Por entre objetos confusos, mal redimidos da noite, duas cores se procuram, suavemente se tocam, amorosamente se enlaçam, formando um terceiro tom a que chamamos aurora. 
Diante destes trechos derradeiros do poema Morte do Leiteiro, de Carlos Drummond de Andrade (A rosa do povo. Rio de Janeiro: Record, 1996, p. 110-111), é correto tecnicamente afirmar:
 a) considerada a topografia do direito brasileiro positivado, cuida-se de um argumento clássico de erro de tipo que bem se tributa à chamada teoria limitada da culpabilidade.
 b) considerada a topografia do direito brasileiro positivado, cuida-se de um argumento clássico de erro de proibição, com a subsequente exclusão do dolo. 
c) tem-se, nesse poema, um argumento clássico da denominada aberratio ictus.
 d) tem-se, nesse poema, um argumento clássico da denominada aberratio criminis.
 e) tem-se, nesse poema, um argumento clássico de advento de causa relativamente independentemente.
DIREITO PENAL I - CCJ0007 
Título
 Caso Concreto 16
 Descrição 
Caso concreto 
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas: Tony, a pedido de um colega, está transportando uma caixa com cápsulas que acredita ser de remédios, sem ter conhecimento que estas, na verdade, continham Cloridrato de Cocaína em seu interior. Por outro lado, José transporta em seu veículo 50g de Cannabis Sativa L. (maconha), pois acreditava que poderia ter pequena quantidade do material em sua posse para fins medicinais. Ambos foram abordados por policiais e, diante da apreensão das drogas, denunciados pela prática do crime de tráfico de entorpecentes. (Questão de Concurso Público -MODIFICADA).
 A partir dos estudos realizados sobre a Teoria do Erro segundo a teoria finalista da conduta, responda às questões formuladas:
Diferencie erro de tipo e erro de proibição. Responda de forma objetiva e fundamentada.
Erro do tipo: esta no art. 20, caput C. P – quando o indivíduo não tem plena consciência do que esta fazendo. Imagina estar praticando uma conduta lícita quando na verdade esta praticando uma conduta ilícita, mas por um erro acredita ser inteira mente lícita.
Erro de proibição: está no art 21, C. P – O des conhecimento da lei é inescusável. O erros obre a ilicitude do fato, s e inevitável, isenta da pena; s e evitável, poderá diminuir a pena de 1/6 para 1/3
 No erro de tipo o agente não s abe o que faz, já no erro de proibição o agente sabe o faz mais acredita não ser contra a lei
Quais as teses defensivas a serem apresentadas por Tony e José? Responda de forma objetiva e fundamentada.
 
 Questão objetiva. 
Ana Maria colocou um par de botas no sapateiro para consertar. Na ocasião, ela recebeu um comprovante da entrega das botas, contendo o preço, o prazo de entrega e uma observação em caixa alta e negrito, na qual constava que a mercadoria seria vendida para saldar a dívida do conserto, caso não viesse a ser retirada no prazo de três meses. Ana Maria, por esquecimento, não retornou para saldar o conserto e retirar suas botas. Transcorridos os três meses, suas botas foram vendidas pelo sapateiro. Revoltada com a venda de suas botas procurou um amigo advogado que a informou que o sapateiro havia cometido o delito de furto. Transcorridos os três meses, suas botas foram vendidas pelo sapateiro, o qual acreditava ser lícita sua conduta por se tratar de uma prática habitual em seu meio. Assim, o sapateiro: 
a) incidiu no erro de tipo vencível. 
b) incidiu em erro quanto ao objeto. 
c) incidiu em erro de proibição. 
d) poderá responder pelo crime de furto.
 e) incidiu em erro de tipo invencível.

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