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Extinção da Punibilidade em Direito Penal

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Aula 06
Policia Penal-DF (Policial Penal) Passo
Estratégico de Direito Penal - 2022
(Pós-Edital)
Autor:
Telma Vieira
06 de Abril de 2022
 
 
 1 
 
Sumário	
Introdução ......................................................................................................................................... 2	
Análise Estatística ............................................................................................................................. 2	
O que é mais cobrado dentro do assunto? .................................................................................. 3	
Roteiro de revisão e pontos do assunto que merecem destaque ................................................... 4	
Aposta Estratégica .......................................................................................................................... 10	
Questões Estratégicas .................................................................................................................... 12	
Questionário de Revisão e Aperfeiçoamento ................................................................................. 29	
Perguntas ..................................................................................................................................... 30	
Perguntas com Respostas ........................................................................................................... 31	
Lista de Questões Estratégicas ....................................................................................................... 33	
Gabarito .......................................................................................................................................... 38	
Conclusão ....................................................................................................................................... 38	
Referências Bibliográficas ............................................................................................................... 39	
 
 	
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INTRODUÇÃO	
Olá, pessoal, tudo bem? 
Neste relatório, dando continuidade à análise dos pontos do nosso edital, vamos analisar o 
assunto "Extinção da Punibil idade". Vamos ver como o assunto costuma ser cobrado e 
quais os pontos merecem uma atenção especial nos seus estudos. 
Vamos à análise! 
 
ANÁLISE	ESTATÍSTICA	
Inicialmente, convém destacar os percentuais de incidência de todos os assuntos de Direito 
Penal, no universo das questões da área policial da banca AOCP, entre os anos de 2015 a 2020:
 
Direito Penal – Área Policial 
% de cobrança em provas anteriores 
Dos crimes contra a pessoa 15,33% 
Dos crimes contra o patrimônio 14,29% 
Teoria do Crime 14,29% 
Dos crimes praticados por Func. Púb. Contra a 
Adm. 
14,29% 
Da Aplicação da lei penal 10,20% 
Princípios 5,10% 
Das Penas 5,10% 
Da culpabilidade 5,10% 
Da extinção da punibilidade 3,06% 
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 3 
 
Dos crimes contra as Finanças Públicas 3,06% 
Do concurso de pessoas 2,04% 
Dos crimes contra a Dignidade Sexual 2,04% 
Dos crimes contra a Administração da Justiça. 2,04% 
Dos crimes praticados por particular contra a 
Adm 
2,04% 
Da Ação Penal 1,02% 
Dos crimes contra a Fé Pública 0% 
 
O	que	é	mais	cobrado	dentro	do	assunto?	
Considerando os tópicos que compõem o nosso assunto, possuímos a seguinte distribuição 
percentual, em ordem decrescente de cobrança: 
 
 Tópico % de cobrança 
Prescrição 1,02% 
Demais causas de Extinção 
da Punibil idade 
2,04% 
 
 
 
 
 
 
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ROTEIRO	DE	REVISÃO	E	PONTOS	DO	ASSUNTO	QUE	MERECEM	DESTAQUE	
A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão 
completa do assunto e, ao mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que 
merecem atenção. 
Sobre o tópico “Extinção da Punibilidade”, o ponto preferido das bancas é a PRESCRIÇÃO. 
Deste modo, sugiro que o aluno conheça as disposições acerca da prescrição constantes no 
Código Penal, memorizando os prazos previstos no artigo 109, do Código: 
Art. 109- A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto 
no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade 
cominada ao crime, verificando-se: 
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; 
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze; 
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito; 
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro; 
V – em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não 
excede a dois; 
 VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.” 
Ademais, o artigo 115 do CP também é de extrema importância, também devendo 
ser decorado por vocês! 
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, 
ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 
70 (setenta) anos. 
Outro artigo importante é o da prescrição da pena de multa, prevista no artigo 114, incisos I e II 
do CP, que também deve ser de conhecimento obrigatório pelo aluno! 
Prescrição da multa 
Art. 114 - A prescrição da pena de multa ocorrerá: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 
1º.4.1996) 
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I - em 2 (dois) anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada; (Incluído pela Lei 
nº 9.268, de 1º.4.1996) 
II - no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de liberdade, 
quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou cumulativamente 
aplicada. (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996) 
 
Atenção ao prazo prescricional da pena de multa: de acordo com o artigo 114, do 
Código Penal, será de 02 (dois) anos, quando ela for a única pena cominada, e 
será no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de 
liberdade, quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou 
cumulativamente aplicada. 
 
De acordo com a doutrina, a prescrição é a perda do direito de punir decorrente do decurso de 
prazo sem que a ação penal tenha sido proposta ou sem que se consiga concluí-la (prescrição da 
pretensão punitiva), ou, ainda, a perda do direito de executar a pena, porque o Estado não deu 
início ou prosseguimento a seu cumprimento dentro do prazo estabelecido por lei (prescrição da 
pretensão executória). 
Deste modo, existem duas modalidades de prescrição: a que atinge a pretensão punitiva estatal 
e que ocorre antes do trânsito em julgado da sentença condenatória (PPP) e a que atinge a 
pretensão executória estatal - PPE (em que o Estado terá perdido o direito de executar sua 
decisão), também chamada de prescrição da pena, que pressupõe a existência de sentença 
condenatória transitada em julgado para acusação e defesa. 
A primeira modalidade, isto é, a prescrição da pretensão punitiva, se subdivide em (i) prescrição 
pela pena em abstrato e (ii) prescrição pela pena em concreto, que se subdivide em (ii.a) 
prescrição retroativa e (ii.b) prescrição intercorrente. Vejamos cada uma delas: 
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1- Prescrição da pretensão punitiva pela pena em abstrato: ocorre antes da sentença 
condenatória transitada em julgado para aacusação e usa como parâmetro para a aferição do 
lapso prescricional o máximo de pena privativa de liberdade prevista em abstrato para a infração 
penal, de acordo com os prazos do artigo 109, CP, abaixo listados: 
“Art. 109- A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto 
no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade 
cominada ao crime, verificando-se: 
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; 
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não 
excede a doze; 
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede 
a oito; 
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a 
quatro; 
V – em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, 
não excede a dois; 
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.” 
 
2- Prescrição da pretensão punitiva pela pena em concreto (retroativa e 
intercorrente): Na sentença de primeira instância, o juiz fixa uma determinada pena. Na 
ausência de recurso da acusação ou sendo este improvido, estabelece o artigo 110, § 1º, do 
Código Penal que “a prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado 
para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não 
podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.”. 
Deste modo, tanto na prescrição retroativa quanto na intercorrente, a pena fixada pela sentença 
condenatória deverá servir de parâmetro para a contagem do prazo prescricional, sendo 
também utilizados os prazos do art. 109, CP. 
• Retroativa: A prescrição retroativa começa a correr a partir da publicação da sentença 
ou acórdão condenatório, desde que haja transitado em julgado para a acusação, para 
trás, até o recebimento da denúncia ou da queixa. Isso porque, após a Lei 12.234/2010 
(entrou em vigor em 5/5/2010), responsável pela atual redação do art. 110, §1º, CP, é 
vedada a prescrição retroativa antes do recebimento da denúncia ou queixa. 
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• Intercorrente ou Superveniente: a prescrição intercorrente não se verifica para trás, 
mas sim entre a publicação da sentença condenatória recorrível e seu trânsito em julgado 
para a defesa. 
 
3. Prescrição da pretensão executória: o prazo prescricional da pretensão executória 
rege-se pela pena fixada na sentença transitada em julgado, de acordo com os patamares do 
artigo 109, do CP. Os termos iniciais do prazo da PPE estão elencados no artigo 112, do CP. 
 
Atenção também às causas interruptivas e suspensivas da prescrição, previstas nos artigos 116 e 
117, bem como ao termo inicial da prescrição da pretensão punitiva previsto no artigo 111 do 
Código Penal. Cuidado, pois o artigo 116 foi recentemente alterado pela nova Lei Anticrime. 
Veja: 
Causas impeditivas da prescrição 
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre: (Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o 
reconhecimento da existência do crime; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I I - enquanto o agente cumpre pena no exterior; (Redação dada pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
I I I - na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais 
Superiores, quando inadmissíveis; e ( Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução 
penal. ( Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição 
não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo. (Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
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O entendimento do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que o recebimento 
de denúncia por magistrado absolutamente incompetente não interrompe a 
prescrição penal. Vejamos o precedente: HC	 104907/PE,	 rel.	 Min.	 Celso	 de	 Mello,	
10.5.2011.	 (HC-104907). O recebimento da denúncia por magistrado absolutamente 
incompetente não interrompe a prescrição penal (CP, art. 117, I). Esse o entendimento da 2ª 
Turma ao denegar habeas corpus no qual a defesa alegava a consumação do lapso prescricional 
intercorrente, que teria acontecido entre o recebimento da denúncia, ainda que por juiz 
incompetente, e o decreto de condenação do réu. Na espécie, reputou-se que a prescrição em 
virtude do interregno entre os aludidos marcos interruptivos não teria ocorrido, porquanto 
apenas o posterior acolhimento da peça acusatória pelo órgão judiciário competente deteria o 
condão de interrompê-la. 
 
É importante conhecer também o art. 108, CP. 
Art. 108 - A extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, elemento constitutivo 
ou circunstância agravante de outro não se estende a este. Nos crimes conexos, a 
extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, a agravação da 
pena resultante da conexão. 
Em outras palavras, o crime acessório, também chamado de crime de fusão ou parasitário, é 
aquele cuja existência depende da prática de crime anterior, chamado de principal. Como 
exemplo, dentre outros casos, temos que a prescrição do crime principal (furto), não se estende 
ao crime acessório (receptação). 
Veja também os arts. 111 e 112, CP. 
Termo inicial da prescrição antes de transitar em julgado a sentença final 
Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a 
correr: (Redação	dada	pela	Lei	nº	7.209,	de	11.7.1984) 
I - do dia em que o crime se consumou; (Redação	dada	pela	Lei	nº	7.209,	de	11.7.1984) 
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II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; (Redação	dada	pela	
Lei	nº	7.209,	de	11.7.1984) 
III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; (Redação	dada	pela	
Lei	nº	7.209,	de	11.7.1984) 
IV - nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, 
da data em que o fato se tornou conhecido. (Redação	dada	pela	Lei	nº	7.209,	de	11.7.1984) 
V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste 
Código ou em legislação especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, 
salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal. (Redação	dada	pela	Lei	nº	
12.650,	de	2012) 
 
Termo inicial da prescrição após a sentença condenatória irrecorrível 
Art. 112 - No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a correr: (Redação	
dada	pela	Lei	nº	7.209,	de	11.7.1984) 
I - do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação, ou a 
que revoga a suspensão condicional da pena ou o livramento condicional; 
II - do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva 
computar-se na pena. (Redação	dada	pela	Lei	nº	7.209,	de	11.7.1984) 
O art. 113, CP também foi cobrado pela sua banca: 
Prescrição no caso de evasão do condenado ou de revogação do livramento condicional 
Art. 113 - No caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento condicional, 
a prescrição é regulada pelo tempo que resta da pena. 
Explicando o diploma legal, Cleber Masson ensina que “o art. 113 do CP consagra o princípio 
penal segundo o qual “pena cumprida é pena extinta”. Dessa forma, tendo o condenado 
cumprido parte do débito correspondente à infração penal por ele cometida, o cálculo 
prescricional levará em conta somente o tempo restante da pena aplicada na sentença ou no 
acórdão,pois o Estado não teria mais o poder de executar a parte da pena já cumprida. No caso 
em tela, com a evasão de Jorge, o prazo prescricional da execução da pena será contado com 
base nos anos que faltavam ser cumpridos”. 
 
Sobre a aula de hoje, o aluno deve ter atenção às seguintes súmulas: 
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Súmula 146, STF - A prescrição da ação penal regula-se pela pena concretizada na 
sentença, quando não há recurso da acusação. 
Súmula nº 497 do STF - Quando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-
se pela pena imposta na sentença, não se computando o acréscimo decorrente da 
continuação. 
Súmula 592, STF - Nos crimes falimentares, aplicam-se as causas interruptivas da 
prescrição, previstas no Código Penal. 
Súmula nº 709 do STF - Salvo quando nula a decisão de primeiro grau, o acórdão 
que provê o recurso contra a rejeição da denúncia vale, desde logo, pelo recebimento 
dela. 
Súmula nº 18 do STJ - A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da 
extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório. 
Súmula nº 191 do STJ - A pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda que o 
Tribunal do Júri venha a desclassificar o crime. 
Súmula nº 220, STJ - A reincidência não influi no prazo da prescrição da pretensão 
punitiva. 
Súmula 415, STJ - O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo 
máximo da pena cominada. 
Súmula nº 438 do STJ - É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da 
pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da 
existência ou sorte do processo penal. 
Súmula 617, STJ - A ausência de suspensão ou revogação do livramento condicional 
antes do término do período de prova enseja a extinção da punibilidade pelo integral 
cumprimento da pena. 
 
APOSTA	ESTRATÉGICA	
A ideia desta seção é apresentar os pontos do conteúdo que mais possuem 
chances de serem cobrados em prova, considerando o histórico de questões da 
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banca em provas de nível semelhante à nossa, bem como as inovações no 
conteúdo, na legislação e nos entendimentos doutrinários e jurisprudenciais1. 
Pessoal, nossa aposta vai para entendimentos sumulados dos Tribunais Superiores sobre o 
assunto, que foram exigidos em diversas questões de sua banca: 
Súmula 146, STF - A prescrição da ação penal regula-se pela pena concretizada na 
sentença, quando não há recurso da acusação. 
Súmula nº 497 do STF - Quando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-
se pela pena imposta na sentença, não se computando o acréscimo decorrente da 
continuação. 
Súmula 592, STF - Nos crimes falimentares, aplicam-se as causas interruptivas da 
prescrição, previstas no Código Penal. 
Súmula nº 709 do STF - Salvo quando nula a decisão de primeiro grau, o acórdão 
que provê o recurso contra a rejeição da denúncia vale, desde logo, pelo recebimento 
dela. 
Súmula nº 18 do STJ - A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da 
extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório. 
Súmula nº 191 do STJ - A pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda que o 
Tribunal do Júri venha a desclassificar o crime. 
Súmula nº 220, STJ - A reincidência não influi no prazo da prescrição da pretensão 
punitiva. 
Súmula 415, STJ - O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo 
máximo da pena cominada. 
Súmula nº 438 do STJ - É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da 
pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da 
existência ou sorte do processo penal. 
Súmula 617, STJ - A ausência de suspensão ou revogação do livramento condicional 
antes do término do período de prova enseja a extinção da punibilidade pelo integral 
cumprimento da pena. 
 
 
1	Vale deixar claro que nem sempre será possível realizar uma aposta estratégica para um determinado assunto, 
considerando que às vezes não é viável identificar os pontos mais prováveis de serem cobrados a partir de critérios 
objetivos ou minimamente razoáveis. 
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QUESTÕES	ESTRATÉGICAS	
 
Nesta seção apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas 
selecionadas estrategicamente: são questões com nível de dificuldade 
semelhante ao que você deve esperar para a sua prova e que, em conjunto, 
abordam os principais pontos do assunto. 
A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa 
de questões, mas que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de, 
relativamente, poucas questões. 
Para o assunto “Extinção da Punibil idade”, apresentamos as seguintes questões 
estratégicas: 
1. (2018 – FCC – SÃO LUÍS - AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS) 
Extingue-se a punibil idade do agente 
a) pela retroatividade da lei que diminui a pena do crime. 
b) pela superveniência de doença mental do autor do il ícito. 
c) pela reparação do dano ou restituição da coisa objeto do il ícito, em qualquer 
crime. 
d) pelo perdão do ofendido, em qualquer crime. 
e) pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. 
 
Comentários: 
O art. 107, CP assim dispões: 
 Extinção da punibilidade 
 Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
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 I - pela morte do agente; 
 II - pela anistia, graça ou indulto; 
 III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; 
 IV - pela prescrição, decadência ou perempção; 
 V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação 
privada; 
 VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; 
 VII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) 
 VIII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) 
 IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. 
Visto isso, vamos às alternativas: 
a) ERRADA. Não é a lei que diminui a pena que extingue a punibil idade, mas sim 
aquela que não mais considera o fato como criminoso (abolitio criminis). 
b) ERRADA. A superveniência de doença mental do autor não é causa de extinção 
da punibil idade, levando o agente a ter aplicada contra ele uma Medida de 
Segurança. 
c) ERRADA. Em verdade, nos crimes sem violência ou grave ameaça à pessoa, 
reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da 
queixa, incidirá a causa de diminuição de pena do art. 16, CP referente ao 
arrependimento posterior. Contudo, com dito, trata-se de causa de diminuição de 
pena e não de causa de extinção da punibil idade. 
d) ERRADA. O perdão do ofendido só é compatível com os crimes de Ação Penal 
Privada, ou seja, que somente se procede mediante queixa. Em outras palavras, 
não cabe o perdão do ofendido para os crimes de Ação Penal Pública. 
e) CORRETA. Literalidade do art. 107, IX, CP. 
GABARITO E. 
 
2. (2018 – VUNESP – PC/SP - DELEGADO) 
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No que concerne ao art. 107 do CP, que enumera as causas extintivas da 
punibil idade, trata-se de rol 
a) exemplificativo, já que são admitidas pela legislação causas ali não contidas, 
como, por exemplo, a incapacidade mental superveniente ao crime. 
b) exemplificativo, já que são admitidas pela legislação causas ali não contidas, 
como, por exemplo,o cumprimento da suspensão condicional do processo. 
c) exemplificativo, já que são admitidas pela legislação causas ali não contidas, 
como, por exemplo, o indulto. 
d) taxativo, já que não admite exceção. 
e) taxativo, uma vez que as causas supralegais de extinção da punibil idade não 
são reconhecidas pela jurisprudência. 
 
Comentários: 
a) ERRADA. De fato, o rol do art. 107 é exemplificativo, existindo no próprio CP 
como nas Legislações Penais Especiais, outras hipóteses de exclusão da 
punibil idade. No entanto, a incapacidade mental superveniente não constitui 
causa de extinção da punibil idade, podendo dar azo a eventual suspensão do 
processo e à consequente aplicação de medida de segurança. 
b) CORRETA. Expirado o prazo da suspensão condicional do processo sem a que 
tenha havido a sua revogação, o juiz declarará a extinção da punibil idade, 
conforme o art. 89, §5º da Lei nº 9.099/95. 
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, 
abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá 
propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não 
esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os 
demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código 
Penal). 
(...) 
§ 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade. 
c) ERRADA. O indulto é causa extintiva da punibil idade prevista expressamente 
no art. 107, II do CP e não em outras legislações. Aí resido o erro da questão. 
d) ERRADA. Como visto, o rol é exemplificativo. 
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 15 
 
e) ERRADA. Mesmo fundamento da anterior. 
GABARITO: LETRA B 
 
3. (2018 – VUNESP – MPE/SP – ANALISTA) 
A respeito da extinção da punibil idade, assinale a alternativa correta. 
a) São causas de extinção da punibil idade a morte do agente; a prescrição; a 
renúncia ao direito de queixa, nos crimes de ação penal privada e, nos crimes 
sem violência, o ressarcimento do dano à vítima. 
b) São reduzidos de metade os prazos prescricionais quando o criminoso era, 
ao tempo do crime, menor de 21 anos ou portador de doença mental 
comprometedora da capacidade de entendimento. 
c) O perdão judicial concedido ao agente impede que, posteriormente, seja 
considerado reincidente, caso novo crime seja praticado. 
d) Antes de transitar em julgado a sentença final, a prescrição somente se 
regulará pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime. 
e) Interrompida a prescrição, todo o prazo começa acorrer, novamente, do dia 
da interrupção, salvo no caso da pronúncia. 
 
Comentários: 
a) ERRADA. Repare que o ressarcimento do dano à vítima não é causa extintiva da 
punibil idade, mas sim de diminuição de pena, conforme o art. 16 do CP. É o 
chamado Arrependimento Posterior. 
Arrependimento posterior 
 Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado 
o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato 
voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 
b) ERRADA. São reduzidos de metade os prazos prescricionais quando o 
criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 anos ou portador de doença 
mental comprometedora da capacidade de entendimento. 
 Redução dos prazos de prescrição 
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 16 
 
 Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso 
era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior 
de 70 (setenta) anos. 
A primeira parte da assertiva está correta, correspondendo ao art. 155 do CP. No 
entanto, não existe a previsão de redução da prescrição para a hipótese do 
portador de doença mental comprometedora da capacidade de entendimento. O 
que há na verdade é a hipóteses eventual de redução da pena ou até mesmo da 
isenção da pena de acordo com o caso concreto. 
Inimputáveis 
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental 
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz 
de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Redução de pena 
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em 
virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento.(Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
c) CORRETA. É o que consta do art. 120, CP e da Súmula nº 18 do STJ. 
Perdão judicial 
Art. 120 - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de 
reincidência. 
Súmula 18 do STJ: A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção 
da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório. 
d) ERRADA. Antes de transitar em julgado a sentença final, a prescrição somente 
se regulará pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime. 
O art. 109 prevê expressamente a hipótese excepcional abarcada para o art. 110, 
§1º do CP. 
Prescrição antes de transitar em julgado a sentença 
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 17 
 
 Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o 
disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de 
liberdade cominada ao crime, verificando-se: 
Art. 110, § 1º - A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado 
para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não 
podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou 
queixa. 
 e) ERRADA. Interrompida a prescrição, todo o prazo começa acorrer, novamente, 
do dia da interrupção, salvo no caso da pronúncia. 
A exceção prevista no dispositivo legal que trata das causas interruptivas da 
prescrição não é a Pronúncia, conforme verificaremos a seguir. 
Causas interruptivas da prescrição 
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: 
 I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; 
 II - pela pronúncia; 
 III - pela decisão confirmatória da pronúncia; 
 IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; 
 V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; 
 VI - pela reincidência. 
§ 1º - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição 
produz efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que 
sejam objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a 
qualquer deles. 
§ 2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo 
começa a correr, novamente, do dia da interrupção. 
GABARITO LETRA C. 
 
4. (2018 – VUNESP – PREF. SBC – PROCURADOR) 
É causa de extinção da punibil idade, expressamente prevista no art. 107 do CP, 
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 a) a impronúncia. 
 b) a despronúncia. 
 c) o perdão judicial. 
 d) a decisão absolutória. 
 e) a retroatividade de lei que diminui a pena cominada ao fato criminoso. 
 
Comentários: 
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 I - pela morte do agente; 
 II - pela anistia, graça ou indulto; 
 III - pela retroatividadede lei que não mais considera o fato como criminoso; 
 IV - pela prescrição, decadência ou perempção; 
 V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação 
privada; 
 VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; 
 VII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) 
 VIII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) 
 IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. 
O perdão judicial é causa extintiva da punibil idade. Por outro lado, não há 
previsão legal de que as outras hipóteses elencadas no enunciado sejam causas 
extintivas da punibil idade. 
GABARITO LETRA C. 
 
5. (2018 – VUNESP – TJ/SP - NOTÁRIO) 
É causa impeditiva da prescrição 
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 a) o cumprimento da pena, pelo agente, no estrangeiro. 
 b) o recebimento da denúncia ou da queixa. 
 c) a reincidência. 
 d) o início ou continuação do cumprimento da pena. 
 
Comentários: 
É o Art. 116, CP que trata do tema. 
Causas impeditivas da prescrição 
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre: 
 I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o 
reconhecimento da existência do crime; 
 II - enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro. 
 Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a 
prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro 
motivo. 
Todas as outras hipóteses apresentada são causas de interrupção da prescrição e 
não impeditivas. 
Causas interruptivas da prescrição 
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: 
 I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; 
 II - pela pronúncia; 
 III - pela decisão confirmatória da pronúncia; 
 IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; 
 V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; 
 VI - pela reincidência. 
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CUIDADO! As bancas adoram confundir os candidatos com a troca das hipóteses 
elencadas nos dois artigos supratranscritos. 
GABARITO LETRA A. 
 
6. (2018 – VUNESP – PC/BA – DELEGADO DE POLÍCIA) 
Mévio, de 20 anos, participando de um jogo de desafio virtual, à meia noite da 
sexta-feira, do dia 13 de março de 2015, invadiu o cemitério e, após violar o 
túmulo no qual, pela manhã, o corpo de uma mulher de 50 anos havia sido 
sepultado, manteve com o cadáver conjunção carnal e coito anal. Para provar 
ter cumprido a tarefa, Mévio fi lmou todos os atos, tendo enviado o vídeo ao 
grupo de whatsapp, criado exclusivamente para o compartilhamento dos 
desafios. A mãe de Tício, rapaz de 22 anos, também participante do jogo, 
mexendo no celular do fi lho, assistiu ao vídeo. Apavorada, procurou a 
Autoridade Policial, tendo fornecido as imagens, bem como todas as conversas 
do grupo, desde o início. Encerrada a investigação, o Ministério Público 
denuncia Mévio e Tício pelo crime de vil ipêndio a cadáver. Mévio, pelos atos 
praticados, e Tício, por restar constatado ter sido ele quem propôs o desafio a 
Mévio, tendo-o instigado. A denúncia foi recebida em 15 de junho de 2015 e, 
encerrada a instrução, Mévio e Tício, em 20 de junho de 2017, são condenados 
pelo crime de vil ipêndio a cadáver. Mévio à pena de 02 (dois) anos de reclusão. 
Tício à pena de 01 (um) ano de reclusão. A sentença condenatória transitou em 
julgado para a acusação. Diante da situação hipotética e, levando em conta o 
Código Penal, a alternativa correta é: 
a) Em vista da condenação, em concurso de agentes, a punição de Mévio e 
Tício haveria de ser idêntica, em respeito à teoria unitária, adotada pelo 
Código Penal. 
b) Em havendo concurso de agentes, em respeito à natureza da acessoriedade 
da participação, a extinção da punibil idade do autor do crime impede a 
punição do partícipe. 
c) A punibil idade de Tício está extinta, por força da prescrição, já que 
transcorreu período superior a dois anos entre a data do recebimento da 
denúncia e a da sentença. 
d) A punibil idade de Mévio está extinta, por força da prescrição, já que 
transcorreu período superior a dois anos entre a data do recebimento da 
denúncia e a da sentença. 
e) O sujeito passivo, nos crimes contra o sentimento de respeito aos mortos, é 
o cadáver. 
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Comentários: 
a) ERRADA. Em vista da condenação, em concurso de agentes, a punição de 
Mévio e Tício haveria de ser idêntica, em respeito à teoria unitária, adotada pelo 
Código Penal. 
Vamos por partes. Inicialmente, o CP no art. 29, caput adotou de fato, como 
regra, a Teoria Unitária/Monista segundo a qual todos aqueles que concorrerem 
para um crime, por ele serão responsabilizados. Com isso, todos os envolvidos em 
uma infração penal serão por ela responsáveis. No entanto, conforme disposição 
expressa da norma, cada um será responsabilizado NA MEDIDA DA SUA 
CULPABILIDADE, caso em que as penas serão individualizadas no caso concreto. 
Portanto, a Teoria Unitária não preza pela identidade de pena dos agentes, mas 
sim a responsabilização de cada um de acordo com o seu envolvimento no caso 
concreto. 
b) ERRADA. Em havendo concurso de agentes, em respeito à natureza da 
acessoriedade da participação, a extinção da punibil idade do autor do crime 
impede a punição do partícipe. 
De forma majoritária, a doutrina pátria abarcou a Teoria Objetivo-Formal para 
distinguir o autor do partícipe. Por esta teoria, autor é quem realiza diretamente 
o núcleo do tipo penal enquanto o partícipe é quem, sem realizar diretamente a 
ação típica, concorre de qualquer forma para a realização do crime. Quanto à 
punição do partícipe, o CP, em seu art. 31, consagra a Teoria da Acessoriedade. 
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa 
em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 
Por essa teoria, diz-se que a conduta do partícipe tem natureza acessória, pois 
não realiza o núcleo do tipo penal. Assim, se a conduta do autor não chegar ao 
menos a ser tentada, não se pune o partícipe. Em outras palavras, a conduta 
acessória do partícipe somente adquire eficácia penal quando adere à conduta 
principal praticada pelo autor. Exemplificando, caso Joana mande matar Pedro, e 
este nem sequer chegou a iniciar os atos executórios, não poderá ser punida a 
conduta de Joana. Isso não significa, no entanto, que uma vez extinta a 
punibil idade do autor do crime, a punibil idade do partícipe também será extinta. 
No caso narrado no enunciado, Mévio por ter realizado diretamente o núcleo do 
tipo penal, é considerado o autor do crime, enquanto Tício será considerado 
partícipe. No caso em tela, tendo ocorrido o crime, caso Tício venha a falecer no 
curso do processo, NÃO será extinta a punibil idade de Mévio. 
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c) ERRADA. A punibil idade de Tício está extinta, por força da prescrição, já que 
transcorreu período superior a dois anos entre a data do recebimento da 
denúncia e a da sentença. 
Inicialmente, cumpre destacar o aduzido no enunciado de que ocorrera o trânsito 
em julgado sentença condenatória para a acusação. Nesse passo, veja como será 
regido o prazo prescricional. 
Prescrição depois de transitar em julgado sentença final condenatória 
Art. 110, §1º, CP - A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em 
julgado para a acusação ou depois de improvidoseu recurso, regula-se pela pena 
aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da 
denúncia ou queixa. 
Como a pena de Tício foi de 1 anos, vamos nos remeter ao art. 109, V do CP. 
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto 
no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade 
cominada ao crime, verificando-se: 
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não 
excede a dois; 
Com isso, ao ser punido com pena de 1 anos, a prescrição será de 4 anos, o que 
não ocorreu no caso em tela. 
d) CORRETA. Diferentemente do que ocorreu com Tício, a punibil idade de Mévio 
será declarada extinta pela prescrição, pelo simples fato do agente possuir 20 
anos de idade na data do fato. 
Da mesma forma que descrito na alternativa anterior, ao ser punido com pena de 
2 anos, deveremos ser remetidos ao inciso V do art. 109 supracitado. Desta 
forma, temos que o prazo prescricional inicial para Mévio é o de 4 anos. No 
entanto, como visto, por ter o agente menos de 21 anos na data do fato, o prazo 
prescricional será reduzido pela metade. 
Redução dos prazos de prescrição 
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao 
tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 
(setenta) anos. 
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Com isso, temos que a prescrição de Mévio será a de 2 anos, tendo decorrido o 
referido período entre a data do recebimento da denúncia e a da sentença. 
e) ERRADA. Nesses crimes, o sujeito passivo imediato é a coletividade, já que a 
sociedade preza pelo respeito aos mortos. Como sujeitos passivos mediatos, 
podemos ter, por exemplo, os familiares do morto. 
GABARITO LETRA D. 
 
7. (2018 – VUNESP – TJ/RS – JUIZ ESTADUAL) 
João foi condenado por furto simples (CP, art. 155, caput) em sentença já 
transitada em julgado para a acusação. Na primeira fase de dosimetria, a pena 
foi fixada no mínimo legal. Reconhecidas circunstâncias agravantes, a pena foi 
majorada em 1/2 (metade). Por fim, em razão da continuidade delitiva, a pena 
foi novamente aumentada em 1/2 (metade). A prescrição da pretensão 
executória dar-se-á em 
 a) 4 (quatro) anos. 
 b) 3 (três) anos. 
 c) 8 (oito) anos. 
 d) 12 (doze) anos. 
 e) 2 (dois) anos. 
 
Comentários: 
João foi condenado pelo crime de furto simples, em sentença transitada em 
julgado para a acusação, com pena fixada no mínimo legal. 
Furto 
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Como a sentença transitou em julgado para a acusação, a prescrição passa a ser 
regulada pela pena aplicada, levando-se em conta os prazos do art. 109, CP. 
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==14b95d==
 
 
 24 
 
Art. 110, §1º, CP - A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em 
julgado para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena 
aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da 
denúncia ou queixa. 
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto 
no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade 
cominada ao crime, verificando-se: 
 I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; 
 II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a 
doze; 
 III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a 
oito; 
 IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a 
quatro; 
 V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não 
excede a dois; 
 VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. 
Agora vamos calcular a pena final do delito, levando-se em conta as três fases da 
dosimetria da pena. 
1ª fase pena mínima do furto = 1 ano. 
2ª fase reconhecida agravantes = + ½ = 1 ano e 6 meses. 
3ª fase reconhecida a majorante pela continuidade delitiva = +1/2 = 2 anos e 
3 meses. 
Entretanto, segundo a Súmula nº 497 do STF, “Quando se tratar de crime 
continuado, a prescrição regula-se pela pena imposta na sentença, não se 
computando o acréscimo decorrente da continuação”. 
Portanto, não sendo computado o acréscimo decorrente da continuidade delitiva, 
temos que a pena a ser computada para prescrição é a de 1 ano e 6 meses, ou 
seja, menor que 2 anos, temos o prazo prescricional de 4 anos, conforme o inciso 
V do art. 109, CP, acima disposto. 
GABARTIO LETRA A. 
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8. (2018 – VUNESP – TJ/SC – JUIZ LEIGO) 
Mévio, então com 19 anos de idade, é acusado de crime de estelionato (art. 
171 do Código Penal, sancionado com reclusão de 01 a 05 anos e multa), em 
continuidade delitiva, por fatos ocorridos em 15 de março e 20 de abril do ano 
de 2009. Instaurado inquérito policial, encerrada a investigação, Mévio é 
denunciado pelo Ministério Público. Recebida a denúncia em 05 de maio de 
2011, após o regular trâmite, Mévio é condenado, em 05 de março de 2013, à 
pena mínima de 01 (um) ano de reclusão e multa. Por força da continuidade 
delitiva, o Magistrado aplicou o aumento de 1/6, totalizando a pena de 01 (um) 
ano e 04 (quatro) meses de reclusão e multa. Logo que certificado o trânsito 
em julgado para a acusação, a defesa de Mévio recorreu. Contudo, desde logo, 
pleiteou que fosse declarada a extinção da punibil idade, por força da 
prescrição retroativa, calculada com base na pena aplicada, pois, entre a data 
dos fatos e o recebimento da denúncia, teria transcorrido período superior a 
dois anos. A Autoridade Judicial reconheceu a prescrição, tendo declarado 
extinta a punibil idade de Mévio. Afirmou que a alteração legislativa que alterou 
as regras, impedindo o reconhecimento da prescrição retroativa, com base em 
termo inicial anterior à data do recebimento da denúncia, ocorreu no ano de 
2010, não se aplicando aos fatos imputados a Mévio. 
Diante da hipotética situação, asinale a alternativa correta. 
a) A prescrição retroativa, calculada com base na pena aplicada, depende do 
trânsito em julgado da sentença para acusação e defesa. Equivocou-se o Juiz 
em declarar extinta a punibil idade de Mévio. 
b) A alteração legislativa ocorrida no ano de 2010, que vedou a prescrição 
retroativa, com base em termo inicial anterior à data do recebimento da 
denúncia, teve aplicação imediata a todos os processos em andamento, em 
vista do princípio tempus regit actum. Equivocou-se o Juiz em declarar extinta 
a punibil idade de Mévio. 
c) Interrompem o curso prescricional o oferecimento da denúncia e a 
publicação da sentença condenatória recorrível em cartório. 
d) Nos termos do Código Penal, dadas as circunstâncias pessoais de Mévio e a 
pena a ele imposta, a prescrição dar-se-ia se transcorrido o período de 04 
(quatro) anos. 
e) Para o cálculo da prescrição, não se considera o aumento decorrente da 
continuidade delitiva. 
 
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Comentários: 
a) ERRADA. A prescrição retroativa, calculada com base na pena aplicada, 
depende do trânsito em julgado da sentença para acusação e defesa. Equivocou-
se o Juiz em declarar extinta a punibil idade de Mévio. 
 A prescrição com base na pena aplicada depende do trânsito em julgado da 
sentença condenatória paraa acusação, e não para a defesa. 
Art. 110, §1º, CP - A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em 
julgado para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena 
aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da 
denúncia ou queixa. 
b) ERRADA. A alteração legislativa ocorrida no ano de 2010, que vedou a 
prescrição retroativa, com base em termo inicial anterior à data do recebimento 
da denúncia, teve aplicação imediata a todos os processos em andamento, em 
vista do princípio tempus regit actum. Equivocou-se o Juiz em declarar extinta a 
punibil idade de Mévio. 
Repare que a lei nova versa sobre conteúdo de direito material, qual seja, a 
prescrição que reflete diretamente na liberdade do agente. Com isso, sendo a 
nova lei, de 2010, prejudicial ao réu, a mesma não poderá ser aplicada nos 
processos em andamento. Nesse passo, a lei nova prejudicial ao réu só poderá ser 
aplicada aos crimes cometidos posteriormente à sua vigência. 
c) ERRADA. Interrompem o curso prescricional o oferecimento da denúncia e a 
publicação da sentença condenatória recorrível em cartório. 
Causas interruptivas da prescrição 
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: 
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; 
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; 
d) ERRADA. Nos termos do Código Penal, dadas as circunstâncias pessoais de 
Mévio e a pena a ele imposta, a prescrição dar-se-ia se transcorrido o período de 
04 (quatro) anos. 
A pena final aplicada a Mévio foi a de 1 ano e 4 meses de reclusão, tendo a 
sentença transitado em julgado para a acusação. Nesse passo, a prescrição 
passou a reger-se pela pena aplicada. 
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Art. 110, §1º, CP - A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a 
acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em 
nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa. 
Com isso, temos que o período de 4 anos de prescrição. 
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto 
no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade 
cominada ao crime, verificando-se: 
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não 
excede a dois; 
No entanto, novamente a VUNESP vem com a mesma pegadinha, já que Mévio, ao 
possuir menos de 21 anos na data do fato, terá a sua prescrição reduzida pela 
metade, o que totaliza 2 anos. 
Redução dos prazos de prescrição 
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao 
tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 
(setenta) anos. 
e) CORRETA. É a l iteralidade da Súmula nº 497 do STF. 
Súmula nº 497 do STF, “Quando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-se 
pela pena imposta na sentença, não se computando o acréscimo decorrente da 
continuação”. 
GABARITO LETRA E 
 
9. (2018 – VUNESP – TJ/MT – JUIZ ESTADUAL) 
Sobre o tema reincidência, no Direito Penal, assinale a alternativa correta. 
a) A pena deverá ser aumentada em um terço quando caracterizada a 
reincidência. 
b) Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de 
transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha 
condenado por qualquer espécie de crime anterior. 
c) Não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou 
extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo 
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superior a 5 (cinco) anos, não se computando o período de prova da suspensão 
ou do livramento condicional. 
d) Influencia na prescrição da pretensão punitiva. 
e) Aumenta de um terço o prazo da prescrição depois de transitar em julgado a 
sentença condenatória, se o condenado é reincidente. 
 
Comentários: 
a) ERRADA. A pena deverá ser aumentada em um terço quando caracterizada a 
reincidência. 
 Veja o que diz o CP. 
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou 
qualificam o crime:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 I - a reincidência; 
CUIDADO! A reincidência é causa de agravamento da pena e não de aumento. A 
diferença é que, no critério trifásico da dosimetria da pena, encampado pelo art. 
68, CP, as agravantes/atenuantes são fixadas na 2º fase da dosimetria, enquanto 
as causas de aumento/diminuição de pena são verificadas na 3ª fase. 
Cálculo da pena 
Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em 
seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as 
causas de diminuição e de aumento 
b) ERADA. Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois 
de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha 
condenado por qualquer espécie de crime anterior. 
Reincidência 
Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de 
transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por 
crime anterior. 
Art. 64 - Para efeito de reincidência: 
II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos. 
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Não é qualquer espécie de crime que é considerado para fins de reincidência, 
conforme os dispositivos legais supratranscritos. 
c) ERRADA. Não prevalece a condenação anterior, se entre a data do 
cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período 
de tempo superior a 5 (cinco) anos, não se computando o período de prova da 
suspensão ou do livramento condicional. 
Art. 64 - Para efeito de reincidência: 
I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da 
pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, 
computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não 
ocorrer revogação; 
d) ERRADA. Influencia na prescrição da pretensão punitiva. 
Súmula 220 do STJ: A reincidência não influi no prazo da prescrição da pretensão 
punitiva. 
e) CORRETA. 
Art. 110, CP - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória 
regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais 
se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente. 
Cuidado para não confundir a Prescrição da Pretensão Punitiva (art. 109, CP) com 
a Prescrição da Pretensão Executória (art. 110, CP). 
GABARITO LETRA E. 
 
QUESTIONÁRIO	DE	REVISÃO	E	APERFEIÇOAMENTO	
A ideia do questionário é elevar o nível da sua compreensão no assunto e, ao mesmo tempo, 
proporcionar uma outra forma de revisão de pontos importantes do conteúdo, a partir de 
perguntas que exigem respostas subjetivas. 
São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua 
resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas. 
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O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para 
consolidar melhor o que aprendeu :) 
Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto. 
Assim, ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados 
do conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam. 
Assim, no questionário,buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar 
melhor os diversos pontos do conteúdo, na medida do possível. 
É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o 
exigido na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo 
a facilitar a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok? 
Nosso compromisso é proporcionar a você uma revisão de alto nível! 
Vamos ao nosso questionário: 
Perguntas		
Responda às questões abaixo: 
1. Em uma turma de direito da Faculdade XX, começou uma discussão acerca 
dos prazos prescricionais previstos no Código Penal no caso do crime de 
furto simples praticado por João quando tinha 18 anos. Enquanto Daniel 
entendia que o prazo aplicável era de 8 anos, nos termos do artigo 109, 
inciso IV, do Código Penal, Carla afirmou que o prazo era de 4 anos. A quem 
assiste razão? Fundamente. 
2. De acordo com o artigo 115, do Código Penal, são reduzidos de metade os 
prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 
21 (vinte e um) anos, ou, na data do fato, maior de 70 (setenta) anos? 
3. A prescrição da pena de multa sempre ocorre no mesmo prazo da pena 
privativa de liberdade cominada? 
4. De acordo com o que prescreve o Código Penal, as penas mais leves nunca 
prescrevem com as mais graves. 
5. De acordo com o Código Penal, no caso de concurso de crimes, a extinção da 
punibil idade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente. 
6. De acordo com o Código Penal, enquanto o agente cumpre pena no 
estrangeiro, antes de passar em julgado a sentença final, não corre a 
prescrição. 
7. A reincidência é causa suspensiva da prescrição. 
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8. De acordo com o disposto no Código Penal, no caso de evadir-se o 
condenado ou de revogar-se o l ivramento condicional, a prescrição é 
regulada pelo tempo que resta da pena. 
9. No que diz respeito à prescrição das penas restritivas de direito, podemos 
afirmar que se aplicam a elas os mesmos prazos previstos para as privativas 
de liberdade. 
10. A anistia, a graça e o indulto também são causas de extinção da punibil idade. 
11. O perdão nos crimes de ação privada, aceito ou não, é causa de extinção da 
punibil idade. 
Perguntas	com	Respostas		
1. Em uma turma de direito da Faculdade XX, começou uma discussão acerca do prazo 
prescricional previsto no Código Penal no caso do crime de furto simples praticado 
por João, quando este tinha 18 anos. Enquanto Daniel entendia que o prazo 
aplicável era de 8 anos, Carla afirmava que o prazo era de 4 anos. A quem assiste 
razão? Fundamente. 
De acordo com o artigo 109, inciso IV, c/c artigo 115, ambos do CP, quem possui 
razão no caso é Carla. Como João possuía 18 anos na data do fato, se aplica a 
redução do prazo prescricional pela metade (passando de 8 para 4 anos). 
 
2. De acordo com o artigo 115, do Código Penal, são reduzidos de metade os prazos 
de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) 
anos, ou, na data do fato, maior de 70 (setenta) anos? 
NÃO. A primeira parte da assertiva está correta, vez que, se o agente era, AO 
TEMPO DO CRIME, menor de 21 anos, o prazo prescricional será reduzido pela 
metade. A segunda parte da assertiva encontra-se incorreta, vez que, para que o 
agente seja alcançado pela redução de prazo prescricional, tem que maior que 70 
anos NA DATA DA SENTENÇA, e não na data do fato, conforme menciona a 
questão. 
 
3. A prescrição da pena de multa sempre ocorre no mesmo prazo da pena privativa de 
liberdade cominada? 
NÃO. De acordo com o que dispõe o artigo 114, inciso II, do CP, a prescrição da 
pena de multa ocorrerá no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena 
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privativa de liberdade, quando a multa for alternativa ou cumulativamente 
cominada/aplicada. 
 
4. De acordo com o que prescreve o Código Penal, as penas mais leves nunca 
prescrevem com as mais graves. 
ERRADO. Ao contrário, de acordo com o artigo 118, do Código Penal, as penas mais 
leves prescrevem com as mais graves. 
 
5. De acordo com o Código Penal, no caso de concurso de crimes, a extinção da 
punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente. 
CERTO. É o que dispõe o artigo 119, do Código Penal. 
 
6. De acordo com o Código Penal, enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro, 
antes de passar em julgado a sentença final, não corre a prescrição. 
CERTO. É o que dispõe o artigo 116, inciso I, do CP. 
 
7. A reincidência é causa suspensiva da prescrição. 
ERRADO. De acordo com o que dispõe o artigo 117, inciso VI, do CP, trata-se de 
uma causa de interrupção de prescrição, e não de suspensão. 
 
8. De acordo com o disposto no Código Penal, no caso de evadir-se o condenado ou 
de revogar-se o livramento condicional, a prescrição é regulada pelo tempo que 
resta da pena. 
CERTO. É o que dispõe o artigo 113, do CP. 
 
9. No que diz respeito à prescrição das penas restritivas de direito, podemos afirmar 
que se aplicam a elas os mesmos prazos previstos para as privativas de liberdade. 
CERTO. É o disposto no artigo 109, § único, do CP. 
 
10. A anistia, a graça e o indulto também são causas de extinção da punibilidade. 
CERTO, conforme disposto no artigo 107, inciso II, do CP. 
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11. O perdão nos crimes de ação privada, aceito ou não, é causa de extinção da 
punibilidade. 
ERRADO. De acordo com o artigo 107, inciso V, do C, o perdão só é causa de extinção da 
punibilidade, nos casos de ação penal privada, quando aceito. 
 
 
LISTA	DE	QUESTÕES	ESTRATÉGICAS	
1. (2018 – FCC – SÃO LUÍS - AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS) 
Extingue-se a punibil idade do agente 
a) pela retroatividade da lei que diminui a pena do crime. 
b) pela superveniência de doença mental do autor do il ícito. 
c) pela reparação do dano ou restituição da coisa objeto do il ícito, em qualquer 
crime. 
d) pelo perdão do ofendido, em qualquer crime. 
e) pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. 
 
2. (2018 – VUNESP – PC/SP - DELEGADO) 
No que concerne ao art. 107 do CP, que enumera as causas extintivas da 
punibil idade, trata-se de rol 
a) exemplificativo, já que são admitidas pela legislação causas ali não contidas, 
como, por exemplo, a incapacidade mental superveniente ao crime. 
b) exemplificativo, já que são admitidas pela legislação causas ali não contidas, 
como, por exemplo, o cumprimento da suspensão condicional do processo. 
c) exemplificativo, já que são admitidas pela legislação causas ali não contidas, 
como, por exemplo, o indulto. 
d) taxativo, já que não admite exceção. 
e) taxativo, uma vez que as causas supralegais de extinção da punibil idade não 
são reconhecidas pela jurisprudência. 
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3. (2018 – VUNESP – MPE/SP – ANALISTA) 
A respeito da extinção da punibil idade, assinale a alternativa correta. 
a) São causas de extinção da punibil idade a morte do agente; a prescrição; a 
renúncia ao direito de queixa, nos crimes de ação penal privada e, nos crimes 
sem violência, o ressarcimento do dano à vítima. 
b) São reduzidos de metade os prazos prescricionais quando o criminoso era, 
ao tempo do crime, menor de 21 anos ou portador de doença mental 
comprometedora da capacidade de entendimento. 
c) O perdão judicial concedido ao agente impede que, posteriormente, seja 
considerado reincidente, caso novo crime seja praticado. 
d) Antes detransitar em julgado a sentença final, a prescrição somente se 
regulará pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime. 
e) Interrompida a prescrição, todo o prazo começa acorrer, novamente, do dia 
da interrupção, salvo no caso da pronúncia. 
 
4. (2018 – VUNESP – PREF. SBC – PROCURADOR) 
É causa de extinção da punibil idade, expressamente prevista no art. 107 do CP, 
 a) a impronúncia. 
 b) a despronúncia. 
 c) o perdão judicial. 
 d) a decisão absolutória. 
 e) a retroatividade de lei que diminui a pena cominada ao fato criminoso. 
 
5. (2018 – VUNESP – TJ/SP - NOTÁRIO) 
É causa impeditiva da prescrição 
 a) o cumprimento da pena, pelo agente, no estrangeiro. 
 b) o recebimento da denúncia ou da queixa. 
 c) a reincidência. 
 d) o início ou continuação do cumprimento da pena. 
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6. (2018 – VUNESP – PC/BA – DELEGADO DE POLÍCIA) 
Mévio, de 20 anos, participando de um jogo de desafio virtual, à meia noite da 
sexta-feira, do dia 13 de março de 2015, invadiu o cemitério e, após violar o 
túmulo no qual, pela manhã, o corpo de uma mulher de 50 anos havia sido 
sepultado, manteve com o cadáver conjunção carnal e coito anal. Para provar 
ter cumprido a tarefa, Mévio fi lmou todos os atos, tendo enviado o vídeo ao 
grupo de whatsapp, criado exclusivamente para o compartilhamento dos 
desafios. A mãe de Tício, rapaz de 22 anos, também participante do jogo, 
mexendo no celular do fi lho, assistiu ao vídeo. Apavorada, procurou a 
Autoridade Policial, tendo fornecido as imagens, bem como todas as conversas 
do grupo, desde o início. Encerrada a investigação, o Ministério Público 
denuncia Mévio e Tício pelo crime de vil ipêndio a cadáver. Mévio, pelos atos 
praticados, e Tício, por restar constatado ter sido ele quem propôs o desafio a 
Mévio, tendo-o instigado. A denúncia foi recebida em 15 de junho de 2015 e, 
encerrada a instrução, Mévio e Tício, em 20 de junho de 2017, são condenados 
pelo crime de vil ipêndio a cadáver. Mévio à pena de 02 (dois) anos de reclusão. 
Tício à pena de 01 (um) ano de reclusão. A sentença condenatória transitou em 
julgado para a acusação. Diante da situação hipotética e, levando em conta o 
Código Penal, a alternativa correta é: 
a) Em vista da condenação, em concurso de agentes, a punição de Mévio e 
Tício haveria de ser idêntica, em respeito à teoria unitária, adotada pelo 
Código Penal. 
b) Em havendo concurso de agentes, em respeito à natureza da acessoriedade 
da participação, a extinção da punibil idade do autor do crime impede a 
punição do partícipe. 
c) A punibil idade de Tício está extinta, por força da prescrição, já que 
transcorreu período superior a dois anos entre a data do recebimento da 
denúncia e a da sentença. 
d) A punibil idade de Mévio está extinta, por força da prescrição, já que 
transcorreu período superior a dois anos entre a data do recebimento da 
denúncia e a da sentença. 
e) O sujeito passivo, nos crimes contra o sentimento de respeito aos mortos, é 
o cadáver. 
 
7. (2018 – VUNESP – TJ/RS – JUIZ ESTADUAL) 
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João foi condenado por furto simples (CP, art. 155, caput) em sentença já 
transitada em julgado para a acusação. Na primeira fase de dosimetria, a pena 
foi fixada no mínimo legal. Reconhecidas circunstâncias agravantes, a pena foi 
majorada em 1/2 (metade). Por fim, em razão da continuidade delitiva, a pena 
foi novamente aumentada em 1/2 (metade). A prescrição da pretensão 
executória dar-se-á em 
 a) 4 (quatro) anos. 
 b) 3 (três) anos. 
 c) 8 (oito) anos. 
 d) 12 (doze) anos. 
 e) 2 (dois) anos. 
 
8. (2018 – VUNESP – TJ/SC – JUIZ LEIGO) 
Mévio, então com 19 anos de idade, é acusado de crime de estelionato (art. 
171 do Código Penal, sancionado com reclusão de 01 a 05 anos e multa), em 
continuidade delitiva, por fatos ocorridos em 15 de março e 20 de abril do ano 
de 2009. Instaurado inquérito policial, encerrada a investigação, Mévio é 
denunciado pelo Ministério Público. Recebida a denúncia em 05 de maio de 
2011, após o regular trâmite, Mévio é condenado, em 05 de março de 2013, à 
pena mínima de 01 (um) ano de reclusão e multa. Por força da continuidade 
delitiva, o Magistrado aplicou o aumento de 1/6, totalizando a pena de 01 (um) 
ano e 04 (quatro) meses de reclusão e multa. Logo que certificado o trânsito 
em julgado para a acusação, a defesa de Mévio recorreu. Contudo, desde logo, 
pleiteou que fosse declarada a extinção da punibil idade, por força da 
prescrição retroativa, calculada com base na pena aplicada, pois, entre a data 
dos fatos e o recebimento da denúncia, teria transcorrido período superior a 
dois anos. A Autoridade Judicial reconheceu a prescrição, tendo declarado 
extinta a punibil idade de Mévio. Afirmou que a alteração legislativa que alterou 
as regras, impedindo o reconhecimento da prescrição retroativa, com base em 
termo inicial anterior à data do recebimento da denúncia, ocorreu no ano de 
2010, não se aplicando aos fatos imputados a Mévio. 
Diante da hipotética situação, asinale a alternativa correta. 
a) A prescrição retroativa, calculada com base na pena aplicada, depende do 
trânsito em julgado da sentença para acusação e defesa. Equivocou-se o Juiz 
em declarar extinta a punibil idade de Mévio. 
b) A alteração legislativa ocorrida no ano de 2010, que vedou a prescrição 
retroativa, com base em termo inicial anterior à data do recebimento da 
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denúncia, teve aplicação imediata a todos os processos em andamento, em 
vista do princípio tempus regit actum. Equivocou-se o Juiz em declarar extinta 
a punibil idade de Mévio. 
c) Interrompem o curso prescricional o oferecimento da denúncia e a 
publicação da sentença condenatória recorrível em cartório. 
d) Nos termos do Código Penal, dadas as circunstâncias pessoais de Mévio e a 
pena a ele imposta, a prescrição dar-se-ia se transcorrido o período de 04 
(quatro) anos. 
e) Para o cálculo da prescrição, não se considera o aumento decorrente da 
continuidade delitiva. 
 
9. (2018 – VUNESP – TJ/MT – JUIZ ESTADUAL) 
Sobre o tema reincidência, no Direito Penal, assinale a alternativa correta. 
a) A pena deverá ser aumentada em um terço quando caracterizada a 
reincidência. 
b) Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de 
transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha 
condenado por qualquer espécie de crime anterior. 
c) Não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou 
extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo 
superior a 5 (cinco) anos, não se computando o período de prova da suspensão 
ou do livramento condicional. 
d) Influencia na prescrição da pretensão punitiva. 
e) Aumenta de um terço o prazo da prescrição depois de transitar em julgado a 
sentença condenatória, se o condenado é reincidente. 
 
 
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GABARITO	
 
1. Letra E 
2. LETRA B 
3. LETRA C 
4. LETRA C 
5. LETRA A 
6. LETRA D 
7. LETRA A 
8. LETRA E 
9. LETRA E 
 
 
CONCLUSÃO	
Bom, pessoal, finalizamos aqui nosso relatório do Passo Estratégico de Direito Penal. 
Permaneço à disposição para o esclarecimento de dúvidas surgidas ao longo do estudo do 
material através do Fórum de perguntas disponibilizado pelo Estratégia, ok? 
Bons estudos! 
Telma Vieira. 
 
 	
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REFERÊNCIAS	BIBLIOGRÁFICAS		
• Masson, Cleber. Direito Penal, Parte Geral, Volume 1. Editora Método, 12ª edição, 2018. 
 
• Cunha, Rogério Sanches. Manual de Direito Penal, Parte Geral, V. Único, 9ª ed., Editora 
JuspodiVum, 2017. 
 
• Cunha, Rogério Sanches. Código Penal para concursos, 8ª ed., Editora JuspodiVum, 2015. 
 
• Estefam, André e Gonçalves, Victor Eduardo Rios, Direito Penal Esquematizado, Parte 
Geral, 6ª ed., Editora Saraiva, 2017. 
 
• Greco, Rogério. Código Penal Comentado, 11ª ed., Ed. Impetus, 2017. 
 
 
 
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