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ESTUDO DIRIGIDO DIREITO PENAL
DIREITO PENAL é o conjunto de normas disciplinadoras da Vida Social.
DIREITO PENAL OBJETIVO é o corpo de normas jurídicas que se destinam a combater a criminalidade.
DIREITO PENAL SUBJETIVO é o direito do Estado de punir a infração penal.
POLITICA CRIMINAL é o meio pelo qual o Estado externa sua sabedoria legislativa na repressão às infrações penais.
CRIMINOLOGIA é a ciência que estuda o crime. 
BEM JURIDICO é tudo aquilo que pode ser objeto do Direito. Bem sobre o qual recaem direitos e obrigações. 
DIREITO PENAL SUBSTANTIVO é o conjunto de normas penais.
DIREITO PENAL PROCESSUAL (ADJETIVO) é o conjunto de normas penais processuais, que permite a aplicação do direito penal substantivo. 
DIREITO PENAL DE COMUM é o conjunto de normas existentes no Código Penal
DIREITO PENAL ESPECIAL é o conjunto de normas especiais, fora do Código Penal. 
A FINALIDADE e a FUNÇÃO do Direito Penal é punir o delinquente e evitar pratica de novos crimes ou promover a Paz Social e Ressocializar. 
DIREITO PENAL INTERNACIONAL elabora e determina a norma penal que se aplicará ao crime que afeta a ordem jurídica de dois ou mais países. 
DIREITO INTERNACIONAL PENAL aplica a lei, sua finalidade é a punição aos Estados quando infringem uma norma penal a nível global. 
ESCOLA CLASSICA o criminoso é visto como uma pessoa que cometeu o crime “por que quis”, merecendo a pena. Evitava-se penas corporais de toda ordem. Direito Penal do Fato. 
ESCOLA POSITIVA o criminoso era produto da sociedade, que não agia por que queria, mas pq herdava as características de delinquente. Portanto punia-se o homem delinquente e não o fato em si. A pena era aplicada em caráter primitivo, para evitar que o criminoso pudesse agir. Direito Penal do Autor. 
PRINCIPIOS DO DIREITO PENAL – CONSERNENTES AO ESTADO
LEAGALIDADE ou RESERVA LEGAL – Os tipos penais incriminadores só podem ser criados através de lei voltada para essa finalidade. Somente o poder legislativo pode criar leis penais. 
ANTERIORIDADE - A Lei Penal só pode ser aplicada a um fato concreto que teve origem antes da pratica da conduta ilegal. 
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL BENÉFICA – A lei penal pode voltar no tempo para favorecer no réu. 
HUMANIDADE – O direito penal deve ser pautado pela benevolência, garantindo o bem-estar coletivo e também do condenado. 
PRINCIPIOS DO DIREITO PENAL – CONSERNENTES AO INDIVIDUO
PERSONALIDADE ou DA RESPONSABILIDADE PESSOAL. A pena não deve e nem pode ultrapassar a pessoa do delinquente.
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA. Cabe a cada um ser punido na medida exata do crime que cometeu. 
PRINCIPIOS DO DIREITO PENAL – CONSTITUCIONAIS IMPLICITOS
1. Em relação a atuação do Estado.
INTERVENÇÃO MÍNIMA – O direito Penal não pode interferir demais na vida do individuo retirando-lhe a autonomia e a liberdade;
TAXATIVIDADE – As Condutas passíveis de punição devem ser claras e bem elaboradas, de modo a não deixar duvida para aquele que a norma se destina. 
PROPORCIONALIDADE – As penas devem ser proporcionais ao delito cometido, sem exagero e nem liberalidade na sua aplicação. 
VEDAÇÃO DA DUPLA PUNIÇÃO PELO MESMO FATO – Ninguém deve ser processado e punido duas vezes pela pratica da mesma infração. 
2. Em relação a atuação do individuo
CULPABILIDADE – Ninguém será penalmente punido se não tiver agido com dolo ou culpa(nullum crime sine culpa). 
O crime/contravenção penal é a ação ou omissão voluntaria – Dolo ou culpa
IV. FONTES DO DIREITO PENAL
FONTE MATERIAL – Apenas a União através do Poder Legislativo pode criar leis penais.
FONTE FORMAL – São as leis Penais em sentido estrito. Pode ser Leis Complementares ou Leis Ordinárias. É o modo e a forma que o Direito Penal é exteriorizado. 
FONTE FORMAL IMEDIATA – As Leis penais que existem. Não há crime sem lei anterior que o defina. 
FONTE FORMAL MEDIATA: Quando a lei se omite ou não é clara, ela abre possibilidade de aplicação da jurisprudência, da doutrina, dos costumes. A lei autoriza esses princípios. 
O Direito Penal pode ser interpretado pelas seguintes técnicas. Interpretação é o processo de conhecimento do conteúdo da norma. 
· Interpretação Extensiva: Aplicada quando o caso requer ampliação do alcance das palavras da lei, para que ela corresponda a vontade do texto. 
· Analógica: Analogia vem de comparação, ou seja, se não existe regulamentação legal, aplica-se um caso semelhante. Não se aplica analogia no direito penal, a não ser para beneficio do réu. 
· Literal
· Histórica
· Logica
· Sistemática
· Teleológica
· Comparada
· Autentica (Beneficio do Réu – Sim. Prejuízo do Réu – Não)
Resultado da Interpretação:
· Declarativo – Esclarece o conteúdo da Lei.
· Restritivo – Restringe a aplicação da Lei
· Extensivo – Dá maior abrangência
V. LEGALIDADE E ANTERIORIDADE
LEGALIDADE – Não há crime sem lei que o defina e nem tampouco pena sem lei que a comine. 
MERA LEGALIDADE – A lei é condição indispensável do direito e da pena. 
ESTRITA LEGALIDADE – A reserva absoluta da lei, que é uma norma dirigida ao legislador, a quem prescreve a taxatividade e a precisão empírica das formulações legais. 
LEGALIDADE MATERIAL – A conduta só é criminosa se ela lesa o Bem Jurídico tutelado, passível de pena de acordo com a visão da sociedade, independentemente da existência de lei. 
LEGALIDADE FORMAL – é impossível que a conduta seja criminosa se não houver violação do bem jurídico tutelado. Só é passível de pena, se houver previsão da lei. Se aplica no Brasil. Evita-se a todo custo elaborar leis demasiadamente abertas, que poderiam abranger qualquer atitude tomada por um individuo, tornando insegura a aplicação da lei penal.
Ex.: tentativa de homicídio. 
ANTERIORIDADE – A lei penal incriminadora deve existir antes da pratica do crime, assim como a sansão para determinada pena já deve estar prevista em lei antes de sua aplicação. 
TAXATIVIDADE – As Condutas passíveis de punição devem ser claras e bem elaboradas, de modo a não deixar duvida para aquele que a norma se destina. 
· Norma Penal:
Preceito Primário: Crime
Preceito Secundário: Pena
· Quando não há clareza no
Preceito Primário: Norma Penal Incompleta
Preceito Secundário: Norma penal em branco
LEI PENAL PRÓPRIA: É aquela lei penal em branco que possui complemento extraído de norma hierarquicamente INFERIOR.
LEI PENAL IMPRÓPRIA: É aquela lei penal em branco que possui complemento extraído de norma hierarquicamente IGUAL.
VI. APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO 
REGRA GERAL – Se aplica a lei vigente à época do cometimento do crime e que ainda esteja em vigor no momento da sentença. 
TEMPO DO CRIME: a Infraçao penal ocorre no momento da ação ou omissão independente de resultado. TEORIA DA ATIVIDADE
· EXTRATIVIDADE – A lei penal pode ser aplicada a fato ocorrido fora de seu tempo, desde que em beneficio do réu. Esse fenômeno pode ser chamado de Retroatividade(antes) ou Ultratividade(depois). 
· RETROATIVIDADE – Quando o Juiz aplica nova lei penal, que não existia a época do crime. Essa irá retroagir à data do cometimento do ato ilícito, pq beneficia o réu. 
Ex.: Lei B, irá retroagir ao momento A para beneficiar o réu. 
· ULTRATIVIDADE – Quando o juiz aplica lei penal já revogada, no momento da sentença, porém, era vigente à época do fato ocorrido, pois esta é mais benéfica pro réu. 
· LEIS INTERMITENTES – São normas penais de curta duração. São dividas em Temporárias e Excepcionais.
· LEIS TEMPORÁRIAS – Possuem no próprio texto a data de sua revogação. Vigoram por um período determinado de tempo.
· LEIS EXCEPCIONAIS – Vigoram enquanto uma situação anormal, atípica, ocorrer. Tem breve duração, mas vigoram por um período de tempo incerto. 
CRIME PERMANENTE – Ex. Sequestro – Não se aplica a lei benéfica 
CRIME CONTINUADO – Ex. Serial Killer 
VII. APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO
LUGAR DO CRIME: A infração penal ocorre no lugar onde ocorreu a ação ou omissão, ou onde ocorreu o resultado do mesmo. TEORIA DA UBIQUIDADE(MISTA).
TERRITORIALIDADE – Aplica-se a lei penal brasileira aos crimes ocorridos em território nacional. 
EXTRATERRITORIALIDADE – Aplicação da lei penalbrasileira aos crimes ocorridos fora do território nacional. 
· Por defesa ou proteção. Ex.: Falsificação de dinheiro brasileiro na Argentina. 
· Por Justiça Universal ou Cosmopolita. Ex.: Genocidio
· Por Nacionalidade ou Personalidade. Ex.: Nacionalidade do agente
· Representação ou bandeira. Ex.: Matricula de embarcação/aeronave
EXTRADIÇÃO – Um Estado entrega um acusado de cometer ato infracional para cumprimento de pena em seu Estado de origem. 
IMUNIDADES DIPLOMATICAS E CONSULARES – Concede aos diplomatas e cônsules que esses sejam processados criminalmente em seus países de origem.
IMUNIDADES PARLAMENTARES – Possibilita ao parlamentar não ser responsabilizado civil e criminalmente, no exercio do seu mandato, por suas palavras, opiniões e votos. Permite ainda que processos criminais contra eles instaurados possam ser derrubados pela casa legislativa pela qual exercem sua função.

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