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PSICOMOTRICIDADE INFANTIL

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SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO.......................................................................................................08
1.1. OBJETIVO
GERAL...................................................................................09
1.2. OBJETIVOS
ESPECIFICOS....................................................................09
1.3.
JUSTIFICATIVA........................................................................................09
2. REFERENCIAL
TEÓRICO.....................................................................................11
2.1. HISTÓRIA DA
PSICOMOTRICIDADE......................................................11
2.2. DEFINIÇÃO DE
PSICOMOTRICIDADE...................................................13
2.3. DESENVOLVIMENTO
PSICOMOTOR....................................................15
2.4.
INTELIGÊNCIA.........................................................................................18
2.5. MÚLTIPLAS
INTELIGÊNCIAS.................................................................21
3.
METODOLOGIA....................................................................................................24
3.1. PERSPECTIVA DE
ESTUDO...................................................................24
3.2. DELIMITAÇÃO DO
ESTUDO...................................................................24
3.3. LIMITAÇÕES DE
ESTUDO......................................................................24
3.4. RELAÇÃO PSICOMOTRICIDADE E
INTELIGÊNCIA..............................25
4. CONSIDERAÇÕES
FINAIS...................................................................................27
5. REFERENCIAS
BIBLIOGRAFICAS......................................................................29
1. INTRODUÇÃO
Este estudo é apresentado como trabalho de conclusão do curso de
Pósgraduação “Lato Sensu”, em Educação Psicomotora, da FAESI -
Faculdade de Ensino Superior de São Miguel do Iguaçu, sob a orientação do
professor Dr. Decio Roberto Calegari, onde o objeto de estudo do mesmo é a
inteligência humana partindo do desenvolvimento psicomotor do indivíduo.
Ao longo de séculos o corpo foi visto de diversas formas. Houve fases em
que a humanidade tinha crenças nas quais o corpo era algo sujo e não tinha
conhecimento de sua relação direta com o desenvolvimento cognitivo do
individuo, chegando ao extremo de considerá-lo algo vergonhoso, como
descrito por Lins (2007). Assim como, tiveram certos períodos da historia da
evolução humana em que o corpo era idolatrado e posto em altares, e outros
onde ele era objeto de pesquisas e estudos, visto como o centro das atenções,
onde todas as atividades eram dedicadas a sua manutenção, e todos os
cuidados eram dados a ele.
Com os avanças da neuropsiquiatria e da própria psicomotricidade, o homem
passou a compreender melhor sua mente seu corpo, deixou de lado muitos
dogmas e passou a estudar a si próprio como um só sem divisão se partes
distintas. Assim muitas teorias e pesquisas foram criadas, o resultado de
muitas pesquisas nos traz a luz da importância do movimento para o ser
humano, como a partir dos movimentos, do contato, do autoconhecimento, e
das vivências os indivíduos se criam sinapses neurais, armazenam
informações e desenvolvem sua capacidade cognitiva.
Para apresentação de tais estudos e elucidar algumas questões pertinentes ao
tema se utilizou um processo metodológico cientifico de pesquisa descritiva e
bibliográfica, buscando subsídios em diversas áreas como, Psicologia,
Pedagogia, Psicomotricidade, Psicologia comportamental e Educação Física,
tendo como tema principal o desenvolvimento da inteligência humana e a
contribuição da psicomotricidade neste processo.
1.1. OBJETIVO GERAL
Este estudo teve por objetivo analisar o papel da psicomotricidade no
desenvolvimento da inteligência humana. Como, ao longo dos séculos, a
psicomotricidade evolui e contribui até seu contexto atual.
1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Realizar uma analise sobre a evolução da psicomotricidade desde seu inicio,
até a atualidade;
- Relacionar o desenvolvimento motor com o desenvolvimento cognitivo do
individuo;
- Apresentar as definições e conceitos acerca da inteligência que
fundamentam a presente pesquisa exploratória;
- Apresentar de forma contextual à ligação da psicomotricidade a
inteligência, os fatores que desenvolvem a parte cognitiva e o papel da
psicomotricidade mediante estes fatores.
1.3. JUSTIFICATIVA
Muito se discute sobre a inteligência humana, como se desenvolve, se já
nascemos ou se a adquirimos no decorrer de nossa existência, de que forma
ela é desenvolvida e os fatores que envolvem este processo, para tanto se faz
necessário estudos e pesquisa para que cada vez mais possam ser
desvendadas as incógnitas da inteligência.
Através deste estudo se buscou saber quais as formas e como pode ser mais
bem definida a inteligência, como ela se desenvolve e quais são os fatores
relevantes neste desenvolvimento. desenvolvimento e qual o papel da
psicomotricidade neste
Através da análise de livros, artigos e textos da internet, foi descrito o papel
da psicomotricidade no desenvolvimento da inteligência e identificado como
aflora a inteligência em cada fase de um indivíduo.
Este estudo descreveu como a psicomotricidade surgiu, como ela contribuiu
para o desenvolvimento humano, como são definidas a psicomotricidade e a
inteligência e como as aquisições motoras contribuem para o individuo se
adaptar melhor ao seu meio, se relacionar, solucionar conflitos internos e
problemas de seu cotidiano.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1.HISTÓRIA DA PSICOMOTRICIDADE
Conforme Falcão et. al. (2009), a história da psicomotricidade caminha junto
com a história do corpo humano, desde a antiguidade o homem busca o corpo
com músculos bem desenvolvidos, que vinha a ser sinal da masculinidade e
de força. Na antiga Grécia, o corpo era Karpós, que significa fruto, envoltura,
e no latim, o corpo era corpus, que significa envoltura da alma. Ao longo de
nossa história os humanos passam a dar diferentes concepções deste corpo.
Nos estudos de Falcão et. al. (2009), foram também encontrados referência as
grandes cidades gregas como origem do culto ao corpo, com estátuas e
pedestais, sempre em locais de destaque. Platão apresentava o corpo como
um momento de transição da alma na terra, e, considerava corpo e alma dois
elementos distintos, o mesmo afirmava ainda que para educar o corpo
tínhamos que mexê-lo.
Falcão et. al. (2009), afirma que foi Aristóteles o primeiro a desenvolver o
pensamento que foi o primórdio do pensamento psicomotor, ele acreditava
que a ginástica deveria ser praticada até a idade da adolescência, não podendo
ser muito cansativa, dando a está uma conotação de movimento e, não
simplesmente exercício por exercício, tudo com o objetivo de não prejudicar
o desenvolvimento da alma, pois, está molda o corpo lhe da forma e o põe em
movimento.
Mas, como no relata Lins (2007) em sua obra, entre os séculos XVI e XVII, a
então sociedade da época, influenciada pela teologia cristã e pela idéias de
Santo Agostinho, o corpo era visto como algo maligno e merecedor de
vergonha e a criança como um ser imperfeito, fruto do pecado original, a
representação da força do mal. A criança era descrita como um ignorante,
totalmente corrompido, que daria trabalho para recuperar, sendo necessária a
força e a violência para recuperar nela a bondade humana, o que justificaria
ameaças e palmatórias. O pensamento de Santo Agostinho predominou por
muito tempo na história da pedagogia.
A partir do século XVIII, conforme Ferreira et. al. (2007), a pedagogia veio a
perceber que se faz necessário à presença da família no desenvolvimento da
criança, anterior a isso a educação da criança era apenas assistencialista,
assim, se passou a perceber suas necessidades e a traçar formas de educá-las a
partir deste ponto. Ainda no século XVIII conforme Falcão et. al. (2009),
Descartesestabelece a dualidade entre o corpo, que era algo externo não
pensante, e a alma, considerada substância pensante, e assim, esta distinção
se seguiu ao longo da história tentando explicar o sujeito.
A partir do século XIX, conforme Lussac (2008), com o avanço da
neurofisiologia são descobertos distúrbios na atividade gestual, os quais o
esquema anátomo-clínico não consegue mais solucionar nem descrever, pois
aparentemente o cérebro não apresenta lesão, então a partir do discurso
médico é que se vê pela primeira vez no ano de 1870 o termo
Psicomotricidade, com um enfoque um enfoque eminentemente neurológico.
No ano de 1909, o neuropsiquiatra Dupré surge no âmbito do estudo
psicomotor, mesmo período em que o tônus axial começa a ser estudado por
André Thomas e Saint-Anné Dargassie. Em 1925 Henry Wallon passa a
estudar o movimento humano como instrumento de construção do psiquismo
(LUSSAC 2008 pg. 2).
Para Falcão et. al. (2009), provavelmente o médico, pedagogo e psicólogo
Henry Wallon é o pioneiro da psicomotricidade vista como ciência, conforme
o mesmo o movimento é o pensamento em ato e o pensamento é o
movimento sem ato. Wallon forneceu informações de grande importância
sobre o desenvolvimento neurológico de recém-nascidos e a evolução
psicomotora das crianças.
Conforme Lussac (2008), os estudos psicomotores no Brasil tiveram grande
influência da escola francesa, sendo Antônio Branco Lefévre, influenciado
por sua formação em Paris, que criou a primeira escala neuromotora pra
crianças no Brasil, e a Dra. Helen Antipoff assistente do Instituto Jean-
Jacques Rosseau em Genebra que trouxe ao país a pedagogia do interesse,
que deriva do conhecimento do sujeito sobre si mesmo, e também sua grande
experiência com deficientes.
2.2. DEFINIÇÃO DE PSICOMOTRICIDADE
Para Lapierre (2008), nossa civilização, apesar de toda evolução por muito
carregou o estigma de vinte séculos de dualismo, que separava o individuo
em corpo e alma, ou corpo e espírito, ou ainda corpo e mente. Da divisão
católica romana, de um corpo que padece e de uma alma que vivera par todo
sempre, uma alma pura e um corpo condenado pela culpa, pecado, tentações
e que deverá ser escondido com vergonha.
Mas, este dualismo, conforme Lapierre (2008) passa a perder espaço com as
publicações de Dupré sobre o paralelismo entre o desenvolvimento mental e
o desenvolvimento motor de deficientes mentais. Falcão et. al. (2009) nos diz
que em mesmo período Henry Wallon que em seus estudos fornece
informações de grande importância sobre a formação neurológica do recém-
nascido, afirmando que o movimento, pensamento e linguagem são uma
única unidade inseparável.
Longe da influência do dualismo, conforme Santos (2001), surge então a
psicomotricidade, que estuda o homem através dos movimentos de seu corpo
e a relação entre o pensar e o agir, o interno e o externo, e suas possibilidades
de perceber e atuar com sigo mesmo, com os objetos e com outros
indivíduos. Sendo então a psicomotricidade a ciência do movimento, que
envolve as funções de inteligência, orgânica, afetivas e cognitivas.
Para melhor conceituação o termo psicomotricidade foi dividido em duas
partes, a“Motricida”, que seria a capacidade de determinadas células nervosas
determinarem a contração do musculo e o“Psico”, que representa o intelecto,
a alma e o espírito, sendo assim, psicomotricidade seria a união entre o
intelecto e a contração muscular (LUSSAC 2008 pg. 4).
Conforme Vieira et. al. (2005), o conhecer o corpo e suas múltiplas relações,
como, perceptividade, imaginária e simbólica, contribuem para torná-lo um
instrumento de ação e relação sobre o mundo que o cerca, e os demais
indivíduos, estes fatores podem ser caracterizados como psicomotricidade.
Sendo a psicomotricidade definida como o conhecimento da relação do corpo
humano com o imaginário, o gesto, a palavra, o sentimento, o pensamento o
símbolo e o conceito do mesmo, controlado e interagindo com os objetos e o
outro, integrado e bem orientado no tempo e no espaço.
Para Aguiar et. al. (2007) é a partir dos movimentos que se trabalha a noção
corporal do ser humano, utilizando a gestualidade como meio de
comunicação, de ser do individuo, socializando e adaptando o mesmo ao seu
mundo. Ainda para Aguiar et. al. (2007) a consciência se forma e se
materializa através da relação entre a criança e o meio, assim, a
psicomotricidade é hoje concebida como a integração superior da
motricidade.
A definição de psicomotricidade é apresentada por Monteiro (2007) como
sendo a ação harmoniosa entre o psiquismo e a motricidade, onde a resultante
é a adaptação do individuo ao seu meio, torna possível a relação do individuo
global com o mundo externo, e permite que o mesmo interaja com ambiente
que o cerca de forma completa e adaptada.
Aguiar et. al. (2007) diz que para a psicomotricidade a noção de corpo não
tem como foco as realizações motoras, mas sim, o estudo da linguística e das
representações psicológicas a partir do movimento, assim, com um infinito
potencial de aprendizagem o corpo é visto como instrumento para
desenvolver inteligência e personalidade do individuo.
Vieira et. al. (2005) afirma que a psicomotricidade visa privilegiar em nosso
o equilíbrio, a planificação práxia, o controle postural a lateralidade e noção
de corpo, a disponibilidade tônica assim como a qualidade das relações
afetivas do individuo, tornando o mesmo uma unidade de totalidade, onde o
psíquico e o motor se tornam componentes essências para a construção do eu.
Para que se possa melhor compreender o homem e, o que está por traz do
movimento humano, Aguiar et. al. (2007) afirma que a psicomotricidade se
tornou uma ciência aberta a outras ciências. Ela estuda o homem a partir de
três pontos, o emocional, que envolve aspectos afetivos, o intelectual, que
envolve aspectos cognitivos e, o motor, que envolve aspectos orgânicos.
Para Tavares (2007) a psicomotricidade é fator essencial para o
desenvolvimento do individuo, para educar e reeducar, é através de
psicomotricidade que se inibem os atrasos, pois alguém que não tem sua
lateralidade bem definida não conseguirá aprender a ler e a escrever vendo
que se lê e se escreve da esquerda para a direita, entre outros diversos
distúrbios causados pela debilidade motora.
2.3. DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
Perrotti et. al. (2001) diz que o desenvolvimento motor é descrito por muitos
cientistas e estudiosos como um programa, que estaria presente em nossos
genes sendo ativado por certos estímulos em cada fase do crescimento. Assim
se tem como certo pela maioria dos estudiosos do assunto que o
desenvolvimento motor está diretamente ligado às fases de maturação.
Lapierre (2008) descreveu que o individuo começa a se desenvolver já com
seu nascimento psíquico, aproximadamente no quinto mês de gestação, a
partir daí a separação da mãe, as experiências, vivências, contatos com si
mesmo e outros irá definir quem o mesmo será quando adulto, é será a partir
dessas experiências, mesmo que ainda dependente da proteção da mãe, que se
iniciará também o desenvolvimento motor do individuo.
O desenvolvimento motor segundo Santos (2001) é um comportamento que
não se aprende, mas sim, surge de forma espontânea, desde que a criança
tenha condições adequadas para se exercitar. Este desenvolvimento aparece
com a maturação de certos tecidos nervosos, aumentando em tamanho e
complexidade o sistema nervoso central.
Santos (2001) ainda no relata que o correto desenvolvimento de nossas
funções motoras não surge de forma mecânica, assim, se faz necessário
diversas vivências, para que então ocorra um desenvolvimento satisfatório de
uma boa estrutura psicomotora, óculo-pedal, óculo-manual, função tônica
entre outras.
Conforme ao trabalho de Ferreira et. al. (2007) o esquema corporal é um dos
aspectos de maior importância no desenvolvimento motor humano, mas, o
corpo não pode ser visto apenasde forma orgânica e biológica, pois, através
de suas relações como o meio o indivíduo expressa emoções, sentimentos e
irá criar valores que influenciarão muito na formação do esquema corporal e
própria imagem corporal.
Conforme Lapierre (2008), existem várias etapas no desenvolvimento motor,
a primeira etapa, entre os 6 os 18 meses de vida, é marcada por uma grande
dependência da mãe, um corpo que precisa de referencias ainda desordenado
e fragmentado. A segunda fase entre os 18 meses e os 2 anos de idade é uma
das mais importantes, onde o individuo passa a vivenciar diversos conflitos,
busca relações corporais e afetivas, e se relacionar e compreender os sons,
objetos, gestos. Ainda nesta fase se pode observar um aumento de
agressividade, mas, também é a fase de construção do seu “eu”, sem o qual
não haverá individualidade.
Lapierre (2008) relata ainda que a Partir dos dois anos surge uma fase
caracterizada pela agressividade, o individuo entra na fase denominada fase
anal, fase na qual o mesmo passa a dominar seu esfíncter anal, passando
assim a ter domínio/controle sobre seu corpo, consequentemente quer ter
domínio sobre seu ambiente, afirmar seu controle sobre o mundo, e, é daí que
vem o desejo de agredir e se opor sobre o adulto, que representa limitações ao
seu domínio sobre o mundo.
Porém Zazzo (1968) apresenta em seus estudos que o desenvolvimento motor
e psíquico do individuo não é um sistema fechado onde à manifestação de
cada característica dependem exclusivamente umas das outras, as etapas não
podem ser vistas simplesmente como conseguintes, sendo que a possibilidade
de cada individua e o seu meio serão de grande influência.
Santos (2001) apresenta o modelo descritivo de Gisell para cada idade
cronológica e as características que indivíduo apresenta na primeira infância.
Sendo estas fases divididas entre, um ano, dois e três anos, quatro anos, sete e
oito anos, cinco e seis anos, sete e oito anos, nove e dez anos e entre onze e
doze anos.
- Com um ano de idade ocorrem as primeiras descobertas do individuo, ele
está na idade de desabrochar, ele está conhecendo seu próprio corpo, passar a
dar os primeiros passos, e consegue distinguir entre imagens familiares e
estranhas. (SANTOS, 2001 pg. 8)
- Entre os dois e três anos de idade, o individuo entra em uma fase que passa
a controlar seu esfíncter, passar a ter sua noção de identidade própria, o seu
“eu”, ele neste período passa a se opor em certas situações, começa o
desenvolvimento da linguagem e passa a se socializar (SANTOS, 2001 pg.
8).
- No seu quarto ano de idade, o individuo passa a ser contraditório em
diversas situações, mas é também nesta fase que o mesmo passa a demostrar
grande interesse por outros indivíduos (SANTOS, 2001 pg. 8).
- Com a chegada dos cinco a seis anos de idade o individuo passa a ter
disciplina social, e também passa a compreender o valor da cooperação e
exerce-la (SANTOS, 2001 pg. 8).
- A Partir dos sete a oito anos de idade este individuo agora passa a procurar
contatos externos a sua casa, agora ele já está plenamente integrado com seu
próprio corpo, passa a entender e a seguir condutas éticas e a dar mais
importância a valores e normas, o individuo já com facilidade defini
lateralidade em si mesmo e em outros (SANTOS, 2001 pg. 8).
- Com a chegada dos nove e dez anos de idade, o individuo consegue
compreender e explicar conceitos abstratos, agora ele da um maior valor as
amizades, consegue solucionar problemas e cooperar em comunidade,
aperfeiçoa cada vez mais os movimentos os tornando cada vez mais ágeis e
também passa a relaxar sua postura (SANTOS, 2001 pg. 8).
- E por fim, o individuo entra na fase entre os onze e doze anos de idade,
agora ele é reflexivo e mais espontâneo, consegue combinar movimentos e
tem um maior controle de sua força e equilibrá-la com suas habilidades, seus
movimentos corporais e faciais são expressivos, ele agora está no inicio da
adolescência (SANTOS, 2001 pg. 8).
Mas conforme Zazzo (1968), o desenvolvimento do individuo não pode ser
descrito pela simples adição de funções, sendo que cada característica, e
comportamento já possíveis em cada idade fazem parte de um sistema, em
que as atividades concorrem umas com as outras, recebendo seu papel do
conjunto de todas elas.
Perrotti et. al. (2001), em seus escritos declara que para os estudos do
desenvolvimento é impossível desassociar o individuo do seu meio, pois este
processo está inserido dentro de uma sociedade, uma cultura, um ambiente,
assim, o individuo esta em constante troca de informação e energia com o
ambiente que o cerca, o tornando um sistema aberto.
Zazzo (1968) relata que as condições de existência e sociais que cercam o
indivíduo têm grande influência na evolução e no desenvolvimento do
mesmo em cada fase, para entender essas fases e os indivíduos, devem ser
levadas em consideração e as aptidões pessoais com os obstáculos e objetos
que o mesmo irá encontrar no decorrer de seu desenvolvimento.
2.4. INTELIGÊNCIA
A inteligência pode ser definida como uma capacidade mental de raciocinar,
resolver problemas, aprender idéias, se comunicar, não sendo considerado,
caráter, sabedoria e criatividade (WIKIPEDIA, 2011).
A definição de inteligência apresenta duas definições: Conforme
“Intelligence: Knowns and Unknowns”, da Associação Americana de
Psicologia é a habilidade do individuo se adaptar, apreender, entender e
superar obstáculos mediante o pensamento, tendo variações de desempenho
conforme o ambiente e o individuo (WIKIPEDIA, 2011).
E conforme “ Mainstream Science on Intelligence”, de 1994, é a uma
habilidade mental que envolve solucionar problemas, compreender idéias,
pensar de forma abstrata, apreender com a experiência, seria uma
compreensão mais profunda do mundo a sua volta (WIKIPEDIA, 2011).
O senso popular conforme Mattos (2005) define inteligência como sendo a
capacidade do indivíduo solucionar problemas, aprender e compreender o
mundo a sua volta, de fazer relações e inventar a um nível mais abstrato, é a
capacidade de compreender situações anormais e inéditas.
Brennand et. al. (2005) descreve em seus estudos que nos últimos cinquenta
anos houve um grande acumulo sobre conhecimentos do sistema nervoso, o
que tem contribuído na compreensão da inteligência e do comportamento
humano. Hoje já se sabe que apesar do individuo não perceber, todo o
comportamento humano é programado e organizado a partir de sua
disposição biológica e sua relação com o meio ambiente.
Pinheiro (2007) afirma que com o início do século XIX, com a queda do
conceito de dualismo do indivíduo, a inteligência passou a ser mais bem
compreendida, e os fatores que e influenciam. Atualmente se têm certeza de
que a inteligência resulta de fatores hereditários que interagem com fatores de
ordem ambiental e, a capacidade cognitiva de um indivíduo é então
desenvolvida e não herdada.
Hoje conforme estudos de Pinheiro (2007) se sabe que os gliócitos, são
encontrados entre dez a quinze vezes mais no cérebro humano em relação aos
neurônios e que estes criam e vinculam sinais químicos de orientação para os
mesmos. E Pinheiro (2007) no mesmo âmbito de pesquisa, descobriu que
tanto neurônios como gliócitos, continuam a ser produzidos pelas células
tronco na fase adulta e na velhice, assim já se sabe que tais achados revelam a
possibilidade para regeneração de tecidos lesados.
Conforme Pinheiro (2001), gliócitos produzem a mielina que envolve os
axônios formando a bainha de mielina, estas por sua vez aumenta a
velocidade e eficiência na transmissão do impulso nervoso, assim, estas
células e sua função no sistema nervoso tem ligação direta com a
aprendizagem, este processo é denominado mielinização e marca o estágio
final de maturação do sistema nervoso que pode levar até três décadas.
Porém Pinheiro (2007) conclui em seus estudos que as áreas do córtex
cerebral sofrem mielinizaçãode forma não homogênea, aparentemente este
processo ocorre primeiramente em áreas que controla movimentos simples e
mais tarde nas que controlam funções mais complexas, contudo esta
mielinização parece ser mais precoce na região responsável pela linguagem
em meninas, enquanto em meninos é mais prolongada no hemisfério direito,
que pode vir a explicar sua habilidade viso espacial. Ainda para Pinheiro
(2007) a alguns estudos que indicam que a linguagem parece não ser
dependente deste processo.
Na atualidade, conforme Perrotti et. al. (2001), com os avanços nos estudos
da genética molecular, a uma forte crença de que o desenvolvimento seria um
processo biológico pré-programado regulado pela maturação do indivíduo,
porém ao se analisar o desenvolvimento como um fenômeno a genética se
torna apenas um dentre diversos fatores.
Para Gardner (2000 apud Brennand et. al.2005), assim com o
desenvolvimento, a inteligência humana possui um potencial biopisicológico
ativado conforme algumas condições como, valores culturais, oportunidades
sociais, experiências, criatividade, condições biológicas, e decisões
individuais. Este potencial pode servir para solucionar problemas, processar
informações ou criar produtos, e outras inúmeras funções determinada meio
do individuo.
Para Santana (2009), por muitos anos a inteligência foi descrita pela
psicologia como produto único, natural e hereditário, e possível de medições
e testes, levando a acreditar que uma vez que o individuo já tivesse nascido
com sua inteligência formada o mesmo seria incapaz de se desenvolver
cognitivamente.
Para Focchi et. al. (1998), existem várias informações e estudos tentando
formar um conceito sobre inteligência, a maioria busca apenas definir se este
conceito será ou não útil. Porém, para Focchi et. al. (1998) a inteligência é
uma função psíquica muito complexa, sendo muito difícil lhe atribuir
conceituação universalizada.
Para Aguiar et.al. (2007), através do seu corpo o ser humano passa a recebe
estímulos do meio através de seus sentidos, sentimentos, e sensações, e a
interagir e conhecer o seu mundo, servindo de base para o desenvolvimento
intelectual, que se resume em uma complexa combinação de fatores
ambientais e genéticos.
Duarte (2003) afirma em seus estudos que a inteligência do ser humano não
vem por acaso, muito menos é algo que surge junto com o individuo, e sim, é
algo a ser construído, onde se fazendo necessária a inserção constante de
novas informações, o que envolve a passagem obrigatória por certos estágios
descritos por Piaget como:
1. Até os 18 meses, sensório-motor; 
2. Entre 7 e 8 anos, pré-operatório; 
3. Entre7 aos 12 anos, operações concretas;
4. E a partir dos 12 operações formais. (DUARTE, 2003 pg. 1)
Como visto ainda nos estudos de Duarte (2003), estes estágios são
independentes entre si, porém com uma ordem de sucessão fixa, ou seja, o
individuo pode chagar a fase adulta sem a capacidade de realizar operações
formais, assim, se pode afirmar que é necessário adquirir algumas funções
mentais básicas para que se realizem funções e tarefas cognitivas de maior
complexidade.
As habilidades cognitivas de um indivíduo são para Garcia (2001), uma
resultante de habilidades práticas, e as estruturas e pensamentos são
resultantes da sociedade na qual o mesmo está inserido e sua história pessoal,
não sendo então determinadas por fatores congênitos.
Pádua (2009), em seus estudos sobre os textos de Piaget, apresenta a
inteligência de duas formas, a primeira função, que se refere a processos de
adaptação necessários a sobrevivência do individuo ao meio, pode se
modificar conforme as novas necessidades apresentadas, a segunda se
apresenta como estrutura, ou seja, ele seria uma organização de processos
relacionados diretamente ao conhecimento, quanto mais complexa fora a
organização maior será o conhecimento, quanto menos complexa for essa
organização menor será o nível de conhecimento.
2.5. MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS
Conforme Kruszielski (1999) no ano de 1900 o psicólogo francês Albert
Binet foi convidado a desenvolver uma medida que diferenciasse crianças
retardadas de crianças normais, e assim, surgiu o primeiro teste inteligência
que se tem relato.
Conforme Santana (2009), no ano de 1905, Binet publicou sua escala que
media o desenvolvimento da inteligência conforme a idade das crianças. Até
então se acreditava que a inteligência seria um produto único e eterno, natural
e hereditário, sendo que o individuo já nasceria com a mesma formada sendo
incapaz de alterá-la, assim, passível de medições.
Mas Kruszielski (1999) em seus estudos demonstra uma proposta que
apresenta uma inteligência com diversas facetas, apresentando pela primeira
vez as Inteligências Múltiplas, que não englobam apenas as capacidade
logicas e linguísticas, apesar de elas terem um maior valor em nossa
sociedade.
A teoria das inteligências múltiplas surgiu conforme Mattos (2005), na
década de 80, foi quando Gardner ao observar profissionais de grande
sucesso, observou que muitos deles, quando em idade escolar foram alunos
abaixo da média ou muito ruins, isso o fez questionar as avaliações escolares,
apontando para o fato de as mesmas apenas indicarem a capacidade lógica
matemática do individuo, porém as demais competências também seriam
traços de inteligência, assim, ele ampliou o conceito para um esquema bem
maior e mais complexo.
Santana (2009) diz que em 1983, Gardner e uma equipe de pesquisadores da
“Universidade de Harvard”, publicaram seu trabalho, muitos relutaram
afirmando que a inteligência era única e imutável a passível de testes.
Gardner afirmava que o atleta, o músico, e o enxadrista possuem uma grande
inteligência que não poderia ser avaliada pelos testes até então presentes, e
não se enquadrariam em padrões pré-definidos, sendo assim, existem diversas
áreas do cérebro, referente a funções especificas que se destacam de forma
variada de indivíduo para indivíduo.
Conforme Travassos (2001), apesar de crescentes críticas Gardner não
abandonou suas idéias, para ele a inteligência não era algo único e sim algo
construído de diversos blocos que vinham a compor o individuo, assim,
conforme o arranjo as características de inteligência seriam diferenciadas de
individuo para individuo, ele sempre levou em conta as diferentes
informações encontradas em diferentes populações para determinar a
inteligência de um individuo.
A partir destes estudos, Santana (2009) nos apresenta as sete inteligências
encontradas na teoria das inteligências múltiplas de Gardner, que seriam elas:
Inteligência linguística – Que é a capacidade de cognitiva que permite ao
indivíduo a recepção e transmissão das palavras, de todas as formas, escrita,
falada, gesticulada, e até algumas com peculiaridades como código Morse
(SANTANA, 2009 pg. 3).
Inteligência lógico-matemática – capacidade de conhecer relações de causa
e efeito, como também solucionar situações envolvendo dados estatísticos e
números em geral (SANTANA, 2009 pg. 3).
Inteligência musical– Permite ao indivíduo através de instrumentos ou do
próprio corpo interpretar e produzir sons muito variados (SANTANA, 2009
pg. 4).
Inteligência espacial – conhecida também como visuoespacial, é a
inteligência que permite ao individuo se deslocar dentro de qualquer espaço
sem se chocar com objetos, antecipar a trajetória de objetos e a distância dos
mesmos através das valências de relação tempo espaço (SANTANA, 2009
pg. 4).
Inteligência cinestésico-corporal – Capacidade muito desenvolvida em
atletas de alto rendimento é a capacidade de conhecer o próprio corpo e saber
suas possibilidades, fácil de perceber em indivíduos com pleno domínio
corporal e domínio de gestos complexos e específicos (SANTANA, 2009 pg.
4).
Inteligência intrapessoal – é a capacidade cognitiva que permite ao
individuo pleno conhecimento de si mesmo, de realizar autoanálises de suashabilidades, de suas limitações corporais, sociais, emocionais e cognitivas e
com isso visar melhorias, este individuo compreende em quais momentos se
devem realizar mudanças (SANTANA, 2009 pg. 5).
Inteligência interpessoal – capacidade esta que permite ao individuo se
relacionar com os outros com muita facilidade, permitindo ao mesmo
compreender e ser compreendido com muita facilidade, toda relação social
depende desta capacidade cognitiva (SANTANA, 2009 pg. 5).
Além destas, que são as mais difundidas entre os estudiosos, Kruszielski
(1999) descreve em seus estudos que Gardner posteriormente passou a
cogitar a existência de outras inteligências além das sete já sugeridas, contudo
indiferente da quantia de inteligências que existam ou possam vir a existir, e
o desenvolvimento acentuado de alguma capacidade em um único individuo
as demais sempre estarão presentes, pois, todas as inteligências agem de
forma integrada indiferente de uma ou outra capacidade ter maior destaque.
3. METODOLOGIA
3.1. CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO
Conforme Thomas e Nelson (1996), para a busca de informações sobre o
fenômeno e a relação existente entre os elementos que o compõem se utiliza
o estudo exploratório de base documental, com técnicas de pesquisa
bibliográfica, sendo que todos os dados foram coletados de periódicos,
monografias encontradas na internet, artigos científicos, livros, e outros
materiais disponíveis na internet.
3.2. DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
Todo o material foi coletado e estruturado no período entre o mês de
fevereiro e setembro do ano de dois mil e onze, sendo que toda a coleta do
material foi através de material encontrado na biblioteca da UNIPAR na
cidade de Toledo Paraná, biblioteca publica de Toledo no oeste do Paraná e
rede mundial de internet, neste mesmo período se estruturou e ordenou os
dados coletados.
3.3. LIMITAÇÕES DE ESTUDO
Estudos como este esbaram em diversas limitações, uma delas é a quantia de
materiais disponíveis em bibliotecas, sendo que sempre a um número bem
limitado sobre cada tema e nunca com temáticas muito amplas, outra é a falta
de qualidade, seriedade, e embasamento cientifico em muitos dos materiais
encontrados na internet, o que dificulta e muito a analise e estruturação de um
trabalho com uma grande quantia de informações.
3.4. RELAÇÃO ENTRE PSICOMOTRICIDADE E INTELIGÊNCIA
Para Seber (1995), O desenvolvimento da inteligência pode se apresentar em
três formas distintas. A primeira refere-se ao meio ao qual o individuo está
inserido, toda a informação vem de fora, o meio social lhe serve de base para
padrões comportamentais que são registrados passivamente, assim, o
individuo apenas memoriza e repete o que lhe é passado. A segunda sugere
que a inteligência é inata, sem possibilidade de se modificar ao longo da vida,
ela já seria pré-formada e no decorrer da existência do individuo ela
simplesmente aflore. A terceira se refere a interação do indivíduo com o
mundo, pois, o conhecimento é constituído através e durante a interação da
criança e do adulto com o mundo.
Conforme Brennand et. al. (2005), o sistema nervoso do individuo é formado
por conexões entre as células conhecido como rede neural, está formação é
sucedida por novas redes neurais num processo rápido, este processo segue
até formar por completo o sistema nervoso de um indivíduo adulto. Este
desenvolvimento confere a identificação de regiões do cérebro que são
ativadas conforme o comportamento do indivíduo, assim, mesmo que a
programação biológica defina certas condições cognitivas a relação com um
mundo amplo pode determinar e alterar o desenvolvimento, mas não sua
finalidade.
Mas, conforme Camilo (2008), em nossa sociedade a televisão e as atividades
e jogos prontos, estão restringindo a criatividade, a capacidade de se
relacionar, deteriorando assim a qualidade de vida. As atividades do mundo
moderno acabam por prejudicar o desenvolvimento do adulto, que ao passar
pela infância e adolescência não consegue esclarecer os conflitos comuns a
essas fases e, consequentemente em encontrar soluções para as problemáticas
da fase adula.
Monteiro (2007) diz que a psicomotricidade faz com o que o individuo
através dos movimentos de seu próprio corpo venha a experimentar
sentimentos e emoções, e assim, possibilita um desenvolvimento global, que
vem a partir dos movimentos corporais conscientes, que fazem com este
individuo pense, sinta e aja em diferentes situações, o tornando
completamente autônomo.
Para Monteiro (2007) é através do movimento que o individuo se desenvolve
no processo de ensino e aprendizagem, e amplia sua cognitividade, pois é no
movimentar que o corpo planeja, experimenta, interage e opta entre
alternativas para cada situação, coordenam suas ações com objetos, o corpo o
tempo e o espaço.
Para Moro et. al. (2006) é através das sensações e percepções que o ser
humano desenvolve o conhecimento do seu “eu”, das manifestações motoras,
e do mundo exterior, dentro desta perspectiva a psicomotricidade contribui na
evolução do indivíduo, no seu desenvolvimento motor, intelectual e afetivo, a
psicomotricidade também ajuda a viver em grupo, respeitar regras, perceber
tempo e espaço, e a viver em grupo.
Aguiar (2007) apresenta em seus estudos que a base para o desenvolvimento
intelectual é o corpo, é ele que interage com o mundo e o explora através de
diversas atividades e comportamentos, assim, a inteligência pode ser descrita
como uma forma de adaptação ao meio, e para que isso ocorra de forma
proveitosa se faz necessária a manipulação de objetos pelo indivíduo. E cada
vez mais que o individuo explora seu mundo através de sensações, e
sentimentos, mais ele passa a receber estímulos, o que leva a um
desenvolvimento das funções intelectuais, isso tudo ocorre graças ao corpo.
Aguiar (2007) nos revela que a motricidade, a emoção e a inteligência estão
interligadas e convivem em plena harmonia durante a aprendizagem humana,
e o ser humano precisa desta relação para evoluir, torna esta relação
fundamental para nosso desenvolvimento e uma adequada atuação das
emoções e da inteligência.
Conforme Santana (2009), a inteligência, tanto a dogmática quanto as
inteligências múltiplas não irão se desenvolver sozinhas, assim se faz
necessários estímulos, assim, se faz necessário o papel do professor e da
psicomotricidade, criando estes estímulos através de atividades lúdicas e
prazerosas.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir de diversos estudos nestes apresentados, é possível constatar que a
inteligência não tem uma definição universal e única e, o processo de
desenvolvimento cognitivo ainda precisa de alguns estudos mais profundos
sobre o tema.
Porém, a psicomotricidade é algo totalmente relevante no processo de
desenvolvimento da inteligência humana, pois diversos autores apresentam
que o meio e as experiências são fatores de grande relevância para
inteligência, assim, fica clara a importância do movimento, pois é através
dele que todo individuo explora seu mundo, entra em contato com sigo
mesmo, com os que o cercam, e com seu ambiente.
Todo movimento deve ser valorizado, pois, é com ele que o indivíduo da os
primeiros passos, e dizem as primeiras palavras, isso ira resultar num
convívio social que lhe dará padrões de comportamento, padrões morais e
cognitivos. E também através do movimento o mesmo irá passar a explorar
seu mundo adquirindo assim novas experiências e vivencias o que ira
contribuir para formar cada vez mais sinapses neurais e por subsequência
ampliar a capacidade cognitiva do indivíduo.
Conforme a teoria de Gardner citada por Kruszielski (1999), o ser humano
possui diversas inteligências e não apenas a logico matemática, assim, a
relevância do movimento se torna maior ainda, pois as inteligências
esportivas, afetivas, artísticas, linguísticas dependem direta ou indiretamente
do movimento, e se em alguma fase do desenvolvimento psicomotor nãofor
trabalhado adequadamente o individuo poderá ter alguma limitação em
relação a uma ou mais inteligências.
Assim, se faz muito necessário o conhecimento sobre a psicomotricidade em
relação ao desenvolvimento da inteligência para que todas as fases do
desenvolvimento humano
desfrutar com o máximo
sejam muito bem trabalhadas, e assim, o individuo da plenitude de suas
capacidades cognitivas, pode
desenvolver uma ou mais inteligências acima do padrão esperado.
Para tal se considera a necessidade de mais estudos sobre a inteligência
humana relacionada à psicomotricidade, em cada fase, em cada idade.
Analisar as deficiências, os déficits, o contexto social e genético, para que
assim, se possa cada vez mais em escolas, faculdades, clubes, treinamentos,
estarem contribuindo para o pleno desenvolvimento intelectual do individuo.
Ainda no que diz respeito a estudos sobre o desenvolvimento cognitivo, seria
de grande validade estudo relacionando o movimento humano à geração de
impulsos químicos entre os neurônios, como isso ocorre, que tipo de
movimento poderia estimular o maior numero de sinapses, em que situação
estes impulsos químicos são gerados como maior intensidade. Assim com o
domínio de tais informações em um futuro próximo o desenvolvimento do
intelecto poderia ser trabalhado logo nas primeiras fases em aulas de
educação física, criando assim indivíduos mais preparados intelectualmente,
formando assim sociedades melhores.
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__________. WIKIPÉDIA, A enciclopédia livre. Disponível em:
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	1.3. JUSTIFICATIVA
	2.3. DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
	2.4. INTELIGÊNCIA
	2.5. MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS
	3.2. DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
	3.3. LIMITAÇÕES DE ESTUDO
	4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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