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RELATÓRIO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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SUMÁRIO
4INTRODUÇÃO	�
5DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO	�
7CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO	�
8DIÁRIO DAS OBSERVAÇÕES	�
10PLANOS DE AULA	�
13DIÁRIO DAS REGÊNCIAS	�
14CONSIDERAÇÕES FINAIS	�
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INTRODUÇÃO
O presente estudo tem como objetivo principal analisar e trazer considerações acerca do Estágio Supervisionado Obrigatório realizado na Creche Municipal EEI “Nilce Fugió Akashi, bem como fazer uma articulação entre as disciplinas estudadas no curso de Pedagogia da Anhanguera – Uniderp (CEAD) e a vivência em sala de aula. Para fundamentar e articular as discussões deste trabalho verificou a importância do Estágio Curricular para a formação acadêmica do estudante, buscamos apresentar elementos que possibilitam uma reflexão sobre a importância do Estágio Supervisionado para os alunos do curso de Pedagogia, pois consideramos que este é um espaço rico de possibilidades de articulação entre teoria e prática. Realizar o relatório das práticas educativas nos dá a oportunidade não só de socializar o contexto real encontrado na sala de aula durante o Estágio Supervisionado, mas ainda permitem repensar tanto a relação que fazemos entre teoria e prática, quanto os teóricos e materiais lidos e compartilhados durante o nosso processo formativo.
Sabemos que o curso de Pedagogia apresenta um currículo bastante teórico, mas, ao mesmo tempo, nos oferece a oportunidade de vivenciar a prática nas redes municipal e estadual de ensino da nossa cidade. Consideramos o Estágio Curricular um dos momentos mais ricos e importantes em aprendizagens significativas com que o aluno de graduação se depara ao longo do curso, já que traz situações reais, proporcionando aos educandos espaços de reflexão-ação-reflexão, como defende Paulo Freire, das práticas pedagógicas no processo de ensino e aprendizagem.
No primeiro momento, destacamos a importância do Estágio para a formação do futuro educador. Na seqüência, fazemos a contextualização e a caracterização do Estágio Curricular na Educação Infantil, trazendo alguns dados sobre a creche municipal EEI Nilce Fugió Akashi, além da explicitação do desejo de realizar as atividades neste espaço e a importância tanto do PPP - Projeto Político-Pedagógico - quanto das avaliações educacionais realizadas hoje no Brasil.
Durante o Estágio Supervisionado, a observação é o primeiro passo deste momento de formação, tornando-o essencial para o sucesso das atividades a serem desenvolvidas. Permite conhecer o contexto da sala de aula e as práticas educativas utilizadas pelo professor titular e verificar o dia a dia das crianças nos ajuda a entender o que mais lhes interessa e, assim, abre caminhos para percebermos de que maneira vamos abordar os temas e trabalhá-los dentro e fora da sala de aula, ou seja, dá-nos as condições concretas da Creche e da turma escolhida. Para isso, a professora deve conhecer bem suas crianças e perceber em qual contexto está inserida, se aquilo que a criança estuda é interessante para a vida dela ou se não está muito distante de seu cotidiano. A observação realizada com o objetivo de criar estratégias e organizar a ação docente está em conformidade com uma proposta de planejamento crítico, reflexivo e comprometido com o processo de ensino-aprendizagem, pois favorece a seleção consciente e diversificada de conteúdos, metodologias e avaliação.
Durante o meu estágio na Educação Infantil notei e acredito que a criança precisa se sentir segura e acolhida pela professora. É necessário estabelecer um laço de afetividade entre a professora e a criança somente assim a criança estará disposta a participar ativamente das atividades a serem desenvolvidas na creche. A criança deve sentir prazer em ir para creche e perceber que a professora acredita no potencial delas, vimos à presença das artes na Educação Infantil é essencial, pois por meio do desenho as crianças expressam suas emoções desenvolvendo seus sentimentos e através dele o professor pode perceber dificuldades de aprendizagem, de interação, entre outros, mas não basta só o desenho pelo desenho, a professora deve estar sempre atenta e procurar informações para entender as produções dos seus alunos e optamos por trabalhar de forma lúdica, pois segundo Oliveira (1985, p. 74), o lúdico é “(...) um recurso metodológico capaz de propiciar uma aprendizagem espontânea e natural. Estimula à crítica, a criatividade, a sociabilização, sendo, portanto reconhecidos como uma das atividades mais significativas pelo seu conteúdo pedagógico social”. Foi desta maneira que os nossos educandos vivenciaram momentos de aprendizagem significativa por meio de brincadeiras e das artes com situações reais de aprendizagem. Interagiram com os colegas, afloraram suas emoções e desenvolveram habilidades motoras.
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO
A escola escolhida para fazermos o nosso estágio curricular obrigatório foi a Creche EEI “Nilce Fugió Akashi” que fica localizada na Rua 16B, 1248 bairro Joaquim Pereira Lelis. As atividades no ambiente da Creche foram realizadas no período de 05 de março a 10 de maio de 2018. A Creche contempla Educação Infantil, atendendo a crianças desde o Berçário l até o Jardim ll. As faixas etárias das crianças são desde os 04 meses até 4 anos. O total de crianças matriculados nos dois turnos, no ano de 2018 (matutino e vespertino) é de 260 crianças. Foi de meu interesse realizar o estágio nesta Creche, pois é a mais próxima de meu bairro e é considerada uma Creche Excelente.
 Durante toda a nossa vivência na instituição ficou claro que toda a equipe se preocupa, de fato, com a qualidade da educação que oferecem. Este foi um dos pontos mais importantes para a realização do nosso trabalho, pois é uma preocupação que está registrada no Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, como também é algo que vai de encontro com as necessidades que existem hoje na educação. Devido às mudanças ocorridas na última década do século XX, algumas questões relativas à educação, ganharam uma ênfase maior no que diz respeito ao acesso irrestrito e a permanência com qualidade das crianças nas Creches. 
As avaliações educacionais realizadas hoje em nosso país estão diretamente relacionadas ao desempenho destas e o seu real funcionamento dentro da educação. Com o intuito de aumentar o conteúdo informacional da avaliação e suas conseqüências sobre as escolas, foi implementado, a partir de 2005, a Prova Brasil, que permite agregar à perspectiva diagnóstica a noção de responsabilização (FERNANDES; GREMAUD, 2009). Hoje a realização desta prova nas escolas é considerada pelos educadores um mecanismo de extrema importância, pois é através dos resultados obtidos na Prova Brasil, que podem analisar a qualidade da educação em cada instituição, como também se sua prática está coerente. Acredito que esta prova, não traga uma real situação da educação brasileira, tendo em vista que na correção destas avaliações, não é considerado o contexto como um todo, além de apresentar um peso maior do aspecto quantitativo sobre o qualitativo. Penso que o professor não pode depender exclusivamente deste tipo de instrumento para avaliar seus alunos, tendo em vista que a avaliação deva acontecer de forma contínua, observando todos os aspectos do educando e seu tempo de aprendizagem. Ao chegar à Creche todos me receberam muito bem, desde a diretoria, ao pessoal do suporte pedagógico e os professores. Isso contribuiu bastante para o fácil acesso aos documentos da Creche, como o PPP e as pessoas que fazem parte desta gestão, o que foi de extrema importância para realização das atividades na creche, o PPP foi muito bem elaborado, pois toma por base as necessidades encontradas na realidade da instituição e das crianças, atrelados aos documentos oficiais nacionais direcionados a Educação Infantil e as teorias abordadas nas diferentes disciplinas do curso de pedagogia.Um dos documentos importantes para a realização do projeto foi o Parâmetro de Qualidade da Educação Infantil proposto pelo Ministério da Educação. Em síntese, para propor parâmetros de qualidade para a Educação infantil, é imprescindível levar em conta que as crianças desde que nascem são: cidadãos de direitos; indivíduos únicos, singulares; seres sociais e históricos; seres competentes, produtores de cultura; indivíduos humanos, parte da natureza animal, vegetal e mineral. (BRASIL, 2006, p.18) É com base nestes princípios e fundamentos primordiais para a qualidade da educação infantil que a instituição escolhida trabalha.
CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO
Foi inaugurada em 2011para atender crianças desde o berçário a jardim ll, com horário de atendimento integral a todas as crianças, contendo brinquedoteca, sala de televisão, 02 salas de jardim l, 02 salas de jardim ll, 01 sala de berçários l e 01 sala de berçários ll, 2 salas de maternal l, 02 salas de maternal ll, sendo 3 vezes por semana aulas de Educação Física sendo realizadas no pátio coberto, possui ainda uma ampla cozinha, refeitório, lactário, secretaria e 2 banheiros enormes para os meninos e 02 banheiros para as meninas, salas de coordenação, lavanderia. E um parquinho onde as crianças adoram brincar.
A unidade ainda consta com o auxilio de 01 psicóloga, 01 fonoaudióloga, 01 assistente social, 01 coordenadora, 30 educadoras infantis e 04 professoras de Educação infantil, 01 professor de educação física, 01 professor de Artes, 01 professora de Ingles, 01 merendeira, 03 auxiliares de cozinha, 03 agentes de serviços diversos, 01 secretaria, 01 guardinha, 01 guarda noturno e a diretora Edna Leppk.
Infelizmente há muitas reclamações por falta de funcionárias, pois a creche é enorme em relação à quantidade de funcionarias e crianças.
O que mais me chamou a atenção foi à existência de um anfiteatro no centro da creche, onde a diretora nos relatou que infelizmente é pouco utilizado devido a acidentes com as. crianças.
EE Nilce Fugio Akashi é uma creche municipal, localizada na rua 16B, 1248, Bairro Joaquim Pereira Lelis na cidade de Guaira-Sp, recebeu este nome em homenagem a Nutricionista jovem que faleceu de um câncer Nilce Fugio Akashi, esta creche oferece atendimento a mais de duzentas e sessenta crianças que vão desde os 04 meses até 4 anos.
As famílias atendidas possuem situação socioeconômica médio-baixa, já que em sua maioria apresentam renda familiar de um a dois salários mínimos. A composição familiar gira em torno de um a três filhos, e as crianças, na maioria das vezes, moram com os pais, avós ou, em alguns casos, com responsáveis legais.
Há também matérias para prática de educação física (quais): Bolas, Arcos, Balões, EVA, Colchonetes, Xadrez, Quebra-Cabeças, Som, Corda, Cones, Fitas Violão, Balança, Fita métrica.
Materiais para prática de educação artística (quais): Cola, Eva, Palito, Tinta guache, Cola colorida, Glitter, Papel crepom, Color-sete, Lápis de pintar, Giz de cera.
Materiais didáticos (especificar): Coleção de livros para Educação Infantil, Ensino Fundamental, Jogos Pedagógicos, Mapas, Material dourado e Ficha de Leitura. Vídeo e TV, sucatas e materiais diversos tanto lúdicos quanto concretos.
DIÁRIO DAS OBSERVAÇÕES	
O primeiro encontro para desenvolver as atividades do plano de ação foi no dia 05 de março de 2018. Realizei registros do espaço interno da escola e das dependências, as salas do maternal I e II contem ate banheiros com pias adaptadas para as crianças fazerem a higiene bucal e banho e as salas todas decoradas e com nomes de todas as crianças, uma graça. 
. Dos dias 06 em diante do corrente mês, em sala de aula continuamos as observações. Este foi o momento apenas de observar o cotidiano em sala de aula e fazer as anotações que considerássemos importantes. A professora foi bastante atenciosa, mas deixou claro no primeiro encontro que sua intenção era estar no ensino fundamental, mas que por falta de escolha teve que assumir a turma de educação infantil. Apresentei-me as crianças e percebi que estavam um pouco tímidas, mas com o decorrer do dia foram se familiarizando. O processo para me familiarizar com as crianças durou uns dois dias. Em seguida iniciou-se uma atividade de pintura e desenhos relacionados à Páscoa. Infelizmente me deparei com a falta de materiais pedagógicos então tivemos que nos planejar melhor as aulas e projetos da turma.
Além disso, verificamos a real necessidade dos alunos do nível jardim II da educação infantil que foi a turma escolhida por nós para fazermos nosso primeiro estágio curricular obrigatório na educação infantil. Lembramos que essas crianças tinham entre 4 e 5 anos de idade. 
Observei que o estabelecimento esta em péssimas condições, sem a devida manutenção, as mesas do refeitório estão todas danificadas, bancos quebrados, luzes do pátio queimadas e os banheiros alagam no horário do banho das crianças dificultando para as educadoras, lamentável esta situação, a direção faz o que pode e o que dá.
A instituição atende as crianças carentes da zona urbana e zona rural e duas crianças com necessidades especiais, O espaço físico é adequado aos alunos com necessidades especiais. É um pátio gramado com área para recreação e acesso fácil aos banheiros e refeitório. Possibilita o desenvolvimento e a aprendizagem das mais de 200 crianças atendidas o dia inteiro, possui espaços condizentes com as necessidades das crianças e dos profissionais que atuam nesse nível de ensino.
Para as demais faixas etárias as salas de atividades possibilitam diferentes organizações como cantos para brincadeiras em pequenos grupos, jogos, atividades práticas, exploração de livros e brinquedos, bem como espaços para repouso das crianças em momentos específicos.
Os banheiros infantis são adaptados e foram implantados próximos ás salas de atividades, não tendo comunicação direta com a cozinha e com o refeitório.
Dentro da medida do possível a escola encontra-se preparada para lidar com casos isolados de alunos com necessidades especiais, visto o numero de alunos com essas deficiências na região é mínimo. Sempre que necessário é feito um minicurso na área específica para cada caso.
Quanto à avaliação do projeto pedagógico deve ser pautada em estratégias que dêem voz a todos os atores da comunidade escolar. Essa mobilização é tarefa por exigência do diretor.
Deve ser revisto anualmente, ou mesmo antes desse período, se a comunidade escolar sentir tal necessidade que possam surgir alterações e acréscimos
 
PLANOS DE AULA
Nossa primeira atividade foi planejada diante da dificuldade dos alunos escrevem seu próprio nome. Fazer os crachás e o mural para colocar o nome deles foi o ponto de partida para conhecermos melhor o nível em que as crianças se encontravam, sempre pensando em trabalhar de forma lúdica e considerando os interesses e necessidades deles. Por isso, tivemos um momento de investigação de interesses das crianças. Daí então, começamos nosso trabalho de regência. Segundo Lopes apud Leal (2011), a brincadeira é um poderoso instrumento que pode nas práticas de alfabetização e letramento. Diante desse pressuposto buscamos alicerçar utilização da leitura, escrita e oralidade nas práticas sociais (Lopes apud Leal, p13, 2011todo nosso projeto com base lúdica. Desse modo, confirma que o brincar com a língua faz parte das atividades sociais que a criança realiza quando canta cantigas de roda, recitam poemas, quadrinhas e adivinhações, quando lê contos de fadas, faz palavras cruzadas ou brinca de adedonha. Essas atividades lúdicas que envolvem a formação de palavras permitem à criança o entendimento do sistema prazeroso de). Foi nesta perspectiva que buscamos desenvolver as auxiliar atividades em sala de aula na prática de estágio tendo em vista que articular os jogos e de escrita e da escrita alfabética, ao mesmo tempo, que se constituem em momentos as brincadeiras aos conteúdos escolares propicia às crianças o conhecimento sobre o uso socialda leitura Essa forma lúdica de se trabalhar é de fundamental importância para o desenvolvimento da criança, pois, adquirem diversas experiências, interagem com outras pessoas, organizam seu pensamento, tomam decisões e criam maneiras diversificadas de jogar, brincar e produzir conhecimentos. Ressaltamos ainda que os processos de desenvolvimento e de aprendizagem.
A falta da intencionalidade e situações reais de alfabetização, nas brincadeiras realizadas na sala de aula nos motivou a desenvolver nosso planejamento nessa perspectiva. Preencher esta lacuna foi um dos maiores desafios enfrentados por nós, já que passaríamos dar uma importância maior ao lúdico, trabalhando de maneira intencional, para que as atividades realizadas fizessem sentido para nós e para as crianças. Acredito que escolhemos o caminho certo, pois era notória a felicidade das crianças ao estarem conosco e realizando as atividades, além de terem conseguido grandes avanços no processo de alfabetização. Primeira Intervenção quando chegamos à sala as 13h00 da tarde, esperamos as crianças se ajeitarem cada uma em seus lugares. Inicialmente a professora titular faz a contagem dos alunos para poder saber quantos alunos vieram para informar a direção da Creche ao pessoal da merenda. Nesse momento não interferimos. Após esse primeiro contato, a professora informou para as crianças que seriam nós que conduziríamos a aula naquele dia. Como planejado, fizemos uma roda da conversa, que não era um procedimento adotado pela professora, pelo menos nas naquele dia, pois nunca tínhamos presenciado. Convidamos os alunos para sentarem no chão formando um círculo, iniciamos as perguntas: Como foi seu final de semana? Brincaram de quê? O que comeram? Enfim, tentávamos trabalhar a oralidade com eles, enquanto aproximávamos do contexto social daqueles alunos. Logo após a roda da conversa, fomos trabalhar os crachás que fizemos para eles e buscamos fazê-lo de forma lúdica para que não fosse algo cansativo. Espalhamos os crachás no chão e oferecemos a oportunidade das crianças procurarem seus próprios crachás e o dos colegas. Dessa forma podemos perceber quais as crianças precisavam de uma atenção maior nas atividades de alfabetização diante das dificuldades encontradas durante a brincadeira, além de trabalhar a socialização entre eles. O sentimento de angústia e tristeza se fez presentes dentro de mim, pois era notório que muitas crianças não sabiam nem a letra que começava seu próprio nome. Diante disto, todo o processo de planejar, executar e avaliar foi extremamente importante para o nosso aprendizado. Nesse momento aprendíamos mais do que ensinávamos.
No momento seguinte fomos trabalhar com os nomes das crianças. Na primeira etapa trabalhamos a leitura e depois a escrita. Como as crianças têm muita resistência a escrever no caderno, pensamos então em colocá-los para escrever no quadro. Como em uma brincadeira, todos adoraram a ideia e desta forma, escreveram o seu nome e dos seus colegas.
Outro momento de aprendizagem envolvendo as brincadeiras e o lúdico é à hora do recreio, no qual as crianças podem brincar em um parque que foi adquirido pela creche no ano de 2011.
Quando voltamos do intervalo as crianças realizaram uma atividade de caça palavras. De início seria uma atividade para casa, porém a professora nos informou que seria muito complexa para que eles fizessem sozinhos, segundo ela exigia muito das crianças e alguns pais poderiam não conseguir ajudá-los. Então trabalhamos a atividade em sala de aula, este momento foi de fundamental importância para nós, pois remeteu-nos as aulas de didática quando a professora enfatizava a discussão trazida por vários autores de que Não existe planejamento rígido! Todos nós discutimos durante o curso de pedagogia a ideia de que o planejamento flexível permeia as ações pedagógicas desenvolvidas no contexto escolar, por isto devemos estar atentos a esta tal flexibilidade.
Nesta semana trabalhamos com atividades relacionadas à páscoa, pois será comemorada pela creche no dia 29 de março onde reunirão todas as crianças para a entrega dos ovos doados pela prefeitura.
Continuando os trabalhos fizemos atividades como escrever o próprio nome das crianças, dos pais e a outras atividades, depois fizemos uma recreação com as crianças envolvendo musicas do coelhinho da Páscoa, eles pintaram alguns desenhos relacionados ao dia da celebração da páscoa, com incentivos a escrita, com desenhos com contornos parecidos com letras, linhas e curvas.
A comemoração do dia das mães estava se aproximando e a professora solicitou que destinássemos o segundo momento da aula a uma atividade que pudesse contemplar essa temática. Foi então trabalhado atividades de artes. As crianças confeccionaram um cartão desenhando suas mãos e recortando. Propomos que colocassem seus nomes e deixamos os desenhos e pinturas livres. Esta atividade proporcionou para nós a compreensão de que com poucos recursos podemos fazer uma aula diferenciada, além de envolver a disciplina das artes no contexto da sala de aula. Para esta atividade foi usado apenas, papel A4, tesoura, giz de cera e coleção de madeira. Realizamos esta atividade por acreditar que o desenho na educação infantil tem um papel fundamental. Ao desenhar a criança expressa seu pensamento, conta sua história, realiza suas fantasias, expõem seus medos, alegrias, tristezas e interagem com seu corpo e como meio. De acordo com os Parâmetros Curriculares da Educação Infantil (1988): Na garatuja, a criança tem como hipótese que o desenho é simplesmente uma ação sobre uma superfície, e ela sente prazer ao constatar os efeitos visuais que essa ação produziu. A percepção de que os gestos, gradativamente, produzem marcas e representações mais organizadas permite à criança o reconhecimento dos seus registros. (BRASIL, 1988, p.92)
A presença das artes na Educação Infantil é essencial. Por meio do desenho as crianças expressam suas emoções desenvolvendo seus sentimentos e através dele o professor pode perceber dificuldades de aprendizagem, de interação, entre outros. Mas não basta só o desenho pelo desenho, o professor deve estar sempre atento e procurar informações para entender as produções dos seus alunos.
Foi desta maneira que os nossos educandos vivenciaram momentos de aprendizagem significativa por meio de brincadeiras e das artes com situações reais de aprendizagem. Interagiram com os colegas, afloraram suas emoções e desenvolveram habilidades motoras.
DIÁRIO DAS REGÊNCIAS
Tomando como base todas as informações da turma escolhida decidimos que nossa prática pedagógica seria realizada através do projeto: alfabetizar com o lúdico. Foi por meio de brincadeiras que realizamos as atividades em sala de aula no período de 05 de março a 10 de maio de 2018. Sentamos com a professora titular, para realizar o planejamento de nossas atividades na regência. Conforme estabelecido pela professora tutora, não poderíamos deixar de trabalhar uma musica para homenagear as mães, já era uma atividade permanente, mas deixou a nosso critério as escolhas das musicas. Então, diante da liberdade que tivemos para planejar nossas atividades e a escolha da musica começamos a idealizar nossas atividades de alfabetização para aquela turma.
Nos dias de observação percebemos que a professora em sua prática trabalhava com as famílias das letras. Isso pode ser demonstrado na fala da docente: - “hoje vamos trabalhar a família do B - ba, be, bi, bo, bu”. Minha intenção neste trabalho não é criticar ou desfazer da metodologia adotada pela docente, porém considero ser mais significativo trabalhar com as letras dentro de um contexto mais amplo e fazendo relação com aquilo que a criança vivencia, trazendo significado para o alfabetizando. Para isso, o professor tem que fazer uma investigação inicial sobre os conhecimentos prévios dos seus alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho trouxe uma análise sobre o estágio obrigatório na Educação Infantil. Pensar e elaborar o projeto e os planos de aula como umaprofessora titular tendo como suporte os referenciais teóricos já estudados e as disciplinas, já cursadas, como a disciplina de Didática e Alfabetização e Letramento e tantas outras foi primordial para o sucesso do nosso estágio obrigatório e para execução das atividades propostas em sala de aula. Experiências como essas são extremamente importantes para construção do conhecimento do pedagogo.
Foi possível articular diversos saberes, conhecimentos e experiências. Nosso estágio foi bastante rico de aprendizagem, pois nos possibilitou fazer articulações com a teoria estudada. Acredito que a atividade de estágio nos trouxe a aproximação de relacionar a teoria com a prática estudada, revelou-se também como oportunidade para responder vários questionamentos indagados por nós durante o curso. As dúvidas ficaram para trás, já que a vivência nos proporcionou uma satisfação ímpar, a de dever cumprido. O planejamento pensado por nós, para a realização do estágio foi concretizado, mas isso só foi conseguido, pois tivemos uma base sólida quanto às disciplinas estudadas e a orientação que nos foi dada, como também total liberdade para planejar as aulas e desenvolver as atividades na sala de aula. O estágio curricular obrigatório veio para mim como mais um desafio entre tantos outros do curso de Pedagogia, acredito que este tenha sido o mais difícil, mas também o mais prazeroso e real. Digo real, pois é neste momento que colocamos em prática boa parte do que aprendemos. O processo vivido nesse percurso me fez compreender a importância deste momento para a formação docente. Já que são hora de refletir sobre a nossa conduta e construir a nossa identidade enquanto pedagogos. Ser professor é uma satisfação muito grande. Sentir o carinho das crianças e perceber a evolução no processo de aprendizagem é um momento de muita felicidade, principalmente quando percebemos a nossa importância para a construção da identidade e da cidadania dos educandos. 
Quanto aos educandos, ficou claro o prazer e comprometimento deles quanto à participação nas atividades. Muitos diziam: - Tia adoramos a segunda-feira! Nem era preciso perguntar o motivo, pois o brilho nos olhos e o entusiasmo com as brincadeiras deixavam claro, que além da nossa presença, as atividades realizadas nestes dias eram diferenciadas. Acredito que as dinâmicas realizadas por nós contribuíram para melhorar as relações interpessoais, o respeito às diversidades, apropriar-se dos diversos tipos de linguagem e estabelecer relações entre os assuntos abordados e o contexto em que vivem. Penso que quando há comprometimento do profissional, planejamento das aulas e metas a ser alcançada, a atividade de estágio passa a ser um prazer e não apenas mais uma disciplina a ser estudada. Posso dizer, ao final deste processo, que esta é uma das disciplinas primordiais para o processo de formação do pedagogo.
REFERÊNCIAS
BRASIL: MEC/SEB. Parâmetros de Qualidade da Educação Infantil. V.1, 2006. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Educinf/eduinfparqualvol1.pdf>
LOPES, Denise M. de Carvalho; VIEIRA, Giane Bezerra. Linguagem, Alfabetização e Letramento: o trabalho pedagógico nos três primeiros anos do Ensino Fundamental e as especificidades da criança. In MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO/UFRN. CONTINNU – Programa de Formação Continuada do Professor para a Educação Básica – Curso de aperfeiçoamento Infância e Ensino Fundamental de nove anos. Módulo III – Linguagem. Alfabetização e Letramento. Natal: UFRN/CONTINNUM, 201BRASIL: MEC/SEB. Parâmetros de Qualidade da Educação Infantil. V.1, 2006. Disponível em: < 
BRASIL: MEC/SEB. Parâmetros de Qualidade da Educação Infantil. V.1, 2006. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Educinf/eduinfparqualvol1.pdf> Acesso em: 08.11.2015.
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
ADRIANA cRISTINA DA sILVA mIZUNO
RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Guaíra - SP
2018
Adriana Cristina da Silva Mizuno
O RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Relatório apresentado à Anhanguera-Uniderp, como requisito parcial para o aproveitamento da disciplina Estágio Curricular na Educação Infantil, do Curso de Pedagogia.
Docente supervisor: Prof. Rosilaine Aparecida Teles
Tutor: Rerison Rodrigues 
Cidade
 Guaíra - SP
2018

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