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77Biomedicina na prática: da teoria à bancada SUMÁRIO - Amostra de sangue em tubo com EDTA; - Microscópio - Capilar de microhematócrito - Líquido de Staven. Procedimentos: 1. Homogeneizar a amostra sanguínea em agitador hematológico por pelo menos 5 minutos. 2. Diluir a amostra 1:200 (10 μL da amostra + 2 mL do Líquido de Staven) 3. Homogeneizar em agitador mecânico por 5 minutos a diluição para lise dos eritrócitos. 4. Cobrir a Câmara de Neubauer com lamínula. 5. Com o auxílio de um tubo capilar retirar a solução diluída e com a ponta do capilar tocar na ranhura entre a câmara e a lamínula nas duas extremidades, o líquido por capilaridade preencherá o espaço, não deixar transbordar ou criar bolhas. 6. Sedimentar as plaquetas, repousando a preparação por 30 minutos em uma placa de Petri, contendo um pedaço de algodão umedecido em água (câmara úmida) e em local isento de vibrações; 7. Fazer a contagem no microscópio com aumento de 400X, conforme indicado para hemácias. Cálculo: Número de plaquetas por mm3 = Número de plaquetas contados x 10 x 200 10= Fator da câmara 200= Fator de diluição Valores de referência adulto: 140.000 a 440.000 μL 8.2. PRÁTICA: Contagem de plaquetas em esfregaço sanguíneo pelo método de Fônio Baseia-se na contagem de plaquetas no esfregaço sanguíneo, sendo possível também a visualização de leucócitos e hemácias. Defeitos qualitativos das plaquetas, como formas gigantes e bizarras, são identificados. Materiais: - Lâmina; - Papel absorvente; - Agitador hematológico; - Luvas; - Jaleco; - Amostra de sangue em tubo com EDTA; - Microscópio - Capilar de microhematócrito 78Biomedicina na prática: da teoria à bancada SUMÁRIO - Coloração May-Grunwald-Giemsa Procedimentos: 1. Preparar uma lâmina de esfregaço, como descrito anteriormente; 2. Realizar a coloração de May-Grunwald-Giemsa; 3. Secar e observar ao microscópio no aumento de 100x com óleo de imersão; 4. Contar mil hemácias e, ao mesmo tempo, as plaquetas encontradas, anotando seu número. A contagem é realizada em vários campos sucessivos seguindo linhas longitudinais em relação à lâmina. 5. Realizar a contagem de hemácias em câmara de Neubauer, conforme descrito anteriormente para aplicar na fórmula. Cálculo: Plaquetas por microlitro de sangue = No P contadas x Contagem total de Hm (microlitro) No Hm contadas Onde: P = Plaquetas Hm = Hemácias Valores de referência: 140.000 a 440.000 μL Observe: A trombocitopenia é a redução nas plaquetas abaixo de 150.000, ela pode ocorrer pela formação deficiente de plaquetas ou pela destruição aumentada de plaquetas na circulação e no baço. Um aumento do número de plaquetas é denominado trombocitose, e correlaciona-se com formação de trombos intravasculares. 9. PRÁTICA: Coagulação Hemostasia é obtida por uma série de interações complexas pelos quais o sangue é mantido fluido no sistema vascular; desta forma são prevenidos processos hemorrágicos espontâneos e contidos sangramentos traumáticos. A hemostasia depende da resistência dos vasos, da atividade plaquetária normal, de um sistema adequado de coagulação e da estabilidade do coágulo. Com o processo de coagulação do sangue é obtido um coágulo sólido de fibrina através da interação de plaquetas, fatores plasmáticos, seus inibidores e ativadores. Quando ocorre a ruptura de um vaso, imediatamente ocorre vasoconstrição reflexa reduzindo o fluxo sanguíneo local. Posteriormente, ocorre a adesão plaquetária e agregação, ocorrendo a formação do tampão hemostático. Em conjunto ocorre a ativação da protrombina, através das vias de coagulação (extrínseca e intrínseca) e a protrombina é convertida em trombina que atua sobre o fibrinogênio para formar a rede de fibrina e consequentemente a formação de um coágulo sólido. Finalmente ocorre a dissolução do coágulo e o reestabelecimento do fluxo sanguíneo normal. A avaliação laboratorial das vias de coagulação é importante no diagnóstico de doenças que podem provocar hemorragias